[Logica-l] LogicaMx e Otávio Bueno sobre a obra e o legado de Décio Krause

2024-03-30 Por tôpico Maria Martinez-Ordaz
Olá a todos!

Estou escrevendo para vocês com muita alegria porque a *LogicaMx acaba de
lançar um novo vídeo da série “Los maestros de América Latina”*.

Nesta ocasião entrevistamos *Otávio Bueno sobre a obra e o legado de Décio
Krause.* O vídeo está disponível aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=t3ghEB6qYZc&list=PLg9kJiXBR87794Po-1Z9XDHrS4y6sdrql&index=5

Lembramos que esta série já inclui um vídeo de Atocha Aliseda sobre José
Alfredo Amor Montaño
(em
espanhol), um de Fabio Maia Bertato sobre Itala D'Ottaviano,

um vídeo de Walter Carnielli sobre Newton da Costa

(em espanhol) e um de Luis Felipe Bartolo Alegre sobre Francisco Miró
Quesada

(em
espanhol).

Espero que vocês gostem deste vídeo (e do restante da série) e nos ajudem a
divulgá-lo.

Muitos abraços,

Maria

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[Logica-l] um genocídio altamente televisionado

2024-03-30 Por tôpico jean-yves beziau
"um genocídio altamente

televisionado  que se anunciava há anos e que deveria (a meu ver) mobilizar
a melhor parte de nossa humanidade.."

Grande parte da humanidade já está mobilizada para acabar com os
judeus, e não começou ontem!

https://www.youtube.com/watch?v=DuNA5j2YwyU

JYB

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Re: [Logica-l] [OUF!] seis milhões de judeos exterminados durante a segunda guerra mundial

2024-03-30 Por tôpico Cassiano Terra Rodrigues
Gisele, obrigado pela mensagem.
É importante não silenciar, e mais, é fundamental se pronunciar qdo o
assunto aparece.
Daí, termino com o seguinte. A quem interessar possa. Já existe (há
tempos!) uma Federação Palestina Brasileira; e os descendentes de árabes
representam +/- 10% da população deste país. No entanto, é a voz da
hipocrisia burgoisraelense q se divulga por aqui, como se fosse a voz da
razão e da humanidade, ainda q os descendentes dos Ashkenazi girem em torno
de 1% da população e não haja uniformidade ideológica nem na Hebraica.
Pode essa falta de perspectiva lógica, argumentativa, histórica e social
ser sinal de mente colonizada pela propaganda made in USA, um vexatório
decalque de ideologia mainstream estadunidense? Eu acho q sim, e tb da
vontade de essência da filosofia euronazi.
Mas onde viceja tanatos, fenece eros.
Já disse certa vez outro a quem chamavam judeu.
O viagra não resolverá, acrescento.
Em tempo. João Marcos, meu amigo, parabéns, obrigado e me perdoe os
tropeços. Continuarei tentando melhorar as falhas.
Despeço-me dando à Wesen, ciao!
cass.

Em sáb., 30 de mar. de 2024, 12:15, Gisele Secco 
escreveu:

> Cassiano, camarada,
> Agradeço sua paciência e sua disposição para trazer elementos históricos e
> sociológicos relevantes para esta troca de mensagem a que não consigo
> sequer chamar de discussão, pois até pra isso falta.
> Eu, que de longe mal observo, penso que se uma historiadora um dia se
> propuser a fazer a história da lógica-l, ou melhor, se alguém fizer um
> apanhado, escrever um capítulo sobre as discussões off-topic que ocorrem
> aqui, terá um material e tanto com o qual estudar a psicologia dos lógicos
> brasileiros (boa sorte!). E se for publicada, então, será também causa de
> alguma vergonha para a “comunidade lógica”.
>
> É assustador, pra dizer o mínimo, o nível da “conversa” do momento.
> Senhores lógicos, vacinados e vermifugados, argumentando com ”evidências”
> as mais disparatadas, sem tratamento histórico, sem cuidado sociológico,
> sem atenção conceitual… e sobre um assunto, um genocídio altamente
> televisionado  que se anunciava há anos e que deveria (a meu ver) mobilizar
> a melhor parte de nossa humanidade..
>
> Axé pra quem é de Axé, Feliz Páscoa pra quem é de Páscoa, e que a Paz
> esteja com vocês.
>
> E um abraço especial pra JM, que não desiste de manter a lista! Bravo!
>
> G.
>
> Gisele Dalva Secco
>
> ORCID 
> PhilPeople 
>
>
> On Sat, Mar 30, 2024 at 5:50 AM Cassiano Terra Rodrigues <
> cassiano.te...@gmail.com> wrote:
>
>> Camaradas, eu não ia me pronunciar, mas diante dos absurdos q li aqui,
>> não dá pra ficar quieto.
>> Desculpem, mas muita gente aqui na lista de lógica precisa lembrar da
>> história pra não incorrer em falácia de suprimir evidências (posso crer q
>> não é intencional, mas não deixa de ser falácia).
>> Pra começar, mais soviéticos morreram na 2a Guerra do q judeus.  Camarada
>> Stalin é bem conhecido por essas e outras, mas não quero ser injusto com
>> ele sem lembrar os parças Churchill, De Gaulle et caterva.
>> E se há um direito à autodeterminação dos povos, o direito à existência
>> dos estados é uma invenção moderna, ineficiente até Thomas Paine
>> registrá-lo por escrito - afinal, era preciso justificar o nascimento da
>> nova nação (um filme com Al Pacino, de 1985, _Revolução_, mostra bem como a
>> ideia não era lá muito popular). Depois disso, a ideia definitvamente
>> ganhou contornos reacionários com Ernest Renan no séc XIX. Agora, para
>> Renan, o direito à existência estatal vai até onde chega a disposição de
>> seu povo de se autossacrificar (é de Renan q Peirce toma o elogio do
>> autossacrifício como fundamento da logicidade, vejam só, lógicos: é ilógico
>> não se sacrificar para salvar a comunidade? E q lugar cada um ocupa na
>> comunidade?). É nesse contexto q nasce o sionismo, como ideologia direitosa
>> q se impôs apesar da resistência de muitos judeus (judeus de esquerda?
>> Existem, sim, apesar de ser incômodo lembrar). O q fazem hj com a memória
>> do Brit Shalom é um rapto vergonhoso, um movimento q nunca foi sionista é
>> pintado como se fosse um sionismo puro e imaculado. Lamento em informar,
>> pode até existir esquerda sionista, mas não existe sionismo de esquerda.
>> Com toda a manipulação do espetáculo mediático, não admira q o sionismo
>> seja vendido como se fosse humanitário, limpinho e bonitinho, mas o fato é
>> q o sionismo é só uma forma de nacionalismo racista e imperialista q se
>> nutre da mistificação da Shoah como evento excepcional. Mas nem isso: nada
>> do q os nazistas fizeram na Europa foi novidade, no Brasil e na África já
>> tinha sido feito, até fornos para queimar gente, os alemães só
>> aperfeiçoaram e racionalizaram (toda comunidade é imaginada, mas os
>> imaginários diferem, né? Klaus Theleweit escreveu um livro monumental a
>> respeito de qual imaginário alimentou o nazismo, e lament

Re: [Logica-l] [OUF!] seis milhões de judeos exterminados durante a segunda guerra mundial

2024-03-30 Por tôpico Walter Carnielli
Oi Marcelo,

Longe de mim, longissimo, ter qualquer atitude anti-semita, ate porquê,
como.você e tantos  outros colegas  sabem, tenho parentes longínquos em
Israel, e meu próprio nome,  Carnielli, tem muito possivelmente raizes
hebraicas (קרניאלי), "korn-el", os "raios de Deus ", como nos disse o primo
que mora no deserto de Negev. Origem hipotética da,qual me orgulho.

E igualmente não tenho qualquer atitude islamofóbica.E menos ainda penso
que o estado de Israel deve parar de existir.

Só penso que devia haver uma solução pacífica, mas essa discussão tem que
parar porque é cheia de inuendos, alusões e insinuações  de um lado e de
outro que não levam a nada...


Abraços,
Walter

>
>
> -- Forwarded message -
> De: Marcelo Finger 
>
> Oi Walter.
>
> >>> Non sequitur. Ainda que tudo isso fosse verdade,  não seria
> justificativa para amassar palestinos inocentes só porque sao árabes.
>
> Sim, não há justificativa para amassar palestinos.  Mas o problema é em
> quem você põe a culpa.
>
> Uma coisa é culpar os que são responsáveis pelas ações militares (aka
> Governo de Israel, incluindo o 1o ministro e seu gabinete).  Outra coisa é
> dizer que o Estado (não o governo) de Israel não pode existir.  É isso que
> é ser antissionista.  É dizer que Israel não tem o direito de existir, que
> a população judaica deve ir embora "voltar para suas casa". Onde?  É uma
> crassa declaração antissemita.
>
> É um raciocínio análogo a: eu não gosto das atitudes do Brasil sob
> Bolsonaro (ou Lula, ou FHC, etc) portanto o Brasil deve parar de existir.
> Um raciocínio assim é absurdo em relação ao Brasil, por que seria aceitável
> em relação a Israel?  Por antissemitismo.
>
> []s
>
>
>
>
>
>
>
> Em qui., 28 de mar. de 2024 às 20:27, Walter Carnielli <
> walte...@unicamp.br> escreveu:
>
>> Non sequitur.
>> Ainda que tudo isso fosse verdade,  não seria justificativa para amassar
>> palestinos inocentes só porque sao árabes.
>>
>> De forma análoga, nada justifica amassar  franceses no Brasil, porque
>> eles invadiram parte do Brasil com intenções colonialistas, ou porque
>> praticaram atrocidades contra os argelinos na guerra de independência.
>>
>> Ninguém tem culpa de nascer francês. OU árabe.
>>
>> W.
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>> Em qui., 28 de mar. de 2024 18:32, jean-yves beziau <
>> jyb.logic...@gmail.com> escreveu:
>>
>>> No centro de Jerusalém tem uma mesquita, quem colonizou quem ?
>>> O chefe desta mesquita no século passado colaborou com o Adolf Hitler.
>>> Os árabes-islâmicos colonizaram uma superfície muito grande e  nao
>>> querem dar um centímetro para os judeos
>>> https://twitter.com/HilzFuld/status/1716363395442639096
>>> São  países que praticam a escravidão (cf o Qatar), os desrespeitos  as
>>> mulheres, monarquias da capitalismo selvagem  que não favorecem a
>>> democracia.
>>> No início do estado de Israel, que era uma proposta de dois estados, que
>>> não foi aceito, os países árabes entraram em guerra contra Israel para
>>> acabar tudo desde o início.
>>> A situação atual é o resultado deste comportamento violento dos árabes
>>> contra os judeus: from the river to the sea, palestine will be jews free.
>>> Força da paz
>>> https://www.youtube.com/watch?v=bdlNDCNBZSk
>>> Shalom!
>>> JYB
>>>
>>>
>>> On Thu, Mar 28, 2024 at 7:40 PM Frode Alfson Bjørdal <
>>> bjordal.fr...@gmail.com> wrote:
>>>
 andrad...@gmail.com

 Concordo completamente.

 Ademais, tem um outro ponto 0. Os palestinos são semitos.

 Consequentemente, e por causa de isso que agora «se desenvolveu a
 maior onda de antisemitismo depois da segunda guerra mundial».


 torsdag 28. mars 2024 kl. 15:22:21 UTC-3 skrev andrad...@gmail.com:

 Essa história é muito complexa, então vou me ater a alguns fatos
 simples.

 1. Antissemitismo segue existindo, assim como islamofobia.

 2. Somos contra os nazistas não porque eles erram alemães, germânicos
 ou cristãos, mas porque fizeram atrocidade desumanas.

 3. Existe um movimento contra Israel que não está baseado no fato de
 ser um país judeu, mas sim pelos crimes contra a humanidade que estão
 cometendo. Ou seja, existe uma diferença enorme entre antissemitismo e
 antissionismo.

 4. Ser contra os crimes de Israel não é equivalente a ser a favor do
 Hamas. A existência do antissemitismo não justifica a existência do
 sionismo e vice-versa.

 5. A ideia de nação é uma invenção moderna, um mito. O nacionalismo
 bélico, portanto, nunca é justificável. Misture a ideia de raça, nação e
 religião em uma disputa de controle territorial ou de mercado e você terá a
 receita perfeita para o nascimento do fascismo.

 Abraços.

 On Thu, 28 Mar 2024 at 14:00 Frode Alfson Bjørdal 
 wrote:

 «Não é a minha dramaturgia Frode» - Caracterizei o texto que você
 vinculou, e supus que foi escrito por você. Não é responsável?

 «se desenvolveu a maior o

Re: [Logica-l] [OUF!] seis milhões de judeos exterminados durante a segunda guerra mundial

2024-03-30 Por tôpico Gisele Secco
Cassiano, camarada,
Agradeço sua paciência e sua disposição para trazer elementos históricos e
sociológicos relevantes para esta troca de mensagem a que não consigo
sequer chamar de discussão, pois até pra isso falta.
Eu, que de longe mal observo, penso que se uma historiadora um dia se
propuser a fazer a história da lógica-l, ou melhor, se alguém fizer um
apanhado, escrever um capítulo sobre as discussões off-topic que ocorrem
aqui, terá um material e tanto com o qual estudar a psicologia dos lógicos
brasileiros (boa sorte!). E se for publicada, então, será também causa de
alguma vergonha para a “comunidade lógica”.

É assustador, pra dizer o mínimo, o nível da “conversa” do momento.
Senhores lógicos, vacinados e vermifugados, argumentando com ”evidências”
as mais disparatadas, sem tratamento histórico, sem cuidado sociológico,
sem atenção conceitual… e sobre um assunto, um genocídio altamente
televisionado  que se anunciava há anos e que deveria (a meu ver) mobilizar
a melhor parte de nossa humanidade..

Axé pra quem é de Axé, Feliz Páscoa pra quem é de Páscoa, e que a Paz
esteja com vocês.

E um abraço especial pra JM, que não desiste de manter a lista! Bravo!

G.

Gisele Dalva Secco

ORCID 
PhilPeople 


On Sat, Mar 30, 2024 at 5:50 AM Cassiano Terra Rodrigues <
cassiano.te...@gmail.com> wrote:

> Camaradas, eu não ia me pronunciar, mas diante dos absurdos q li aqui, não
> dá pra ficar quieto.
> Desculpem, mas muita gente aqui na lista de lógica precisa lembrar da
> história pra não incorrer em falácia de suprimir evidências (posso crer q
> não é intencional, mas não deixa de ser falácia).
> Pra começar, mais soviéticos morreram na 2a Guerra do q judeus.  Camarada
> Stalin é bem conhecido por essas e outras, mas não quero ser injusto com
> ele sem lembrar os parças Churchill, De Gaulle et caterva.
> E se há um direito à autodeterminação dos povos, o direito à existência
> dos estados é uma invenção moderna, ineficiente até Thomas Paine
> registrá-lo por escrito - afinal, era preciso justificar o nascimento da
> nova nação (um filme com Al Pacino, de 1985, _Revolução_, mostra bem como a
> ideia não era lá muito popular). Depois disso, a ideia definitvamente
> ganhou contornos reacionários com Ernest Renan no séc XIX. Agora, para
> Renan, o direito à existência estatal vai até onde chega a disposição de
> seu povo de se autossacrificar (é de Renan q Peirce toma o elogio do
> autossacrifício como fundamento da logicidade, vejam só, lógicos: é ilógico
> não se sacrificar para salvar a comunidade? E q lugar cada um ocupa na
> comunidade?). É nesse contexto q nasce o sionismo, como ideologia direitosa
> q se impôs apesar da resistência de muitos judeus (judeus de esquerda?
> Existem, sim, apesar de ser incômodo lembrar). O q fazem hj com a memória
> do Brit Shalom é um rapto vergonhoso, um movimento q nunca foi sionista é
> pintado como se fosse um sionismo puro e imaculado. Lamento em informar,
> pode até existir esquerda sionista, mas não existe sionismo de esquerda.
> Com toda a manipulação do espetáculo mediático, não admira q o sionismo
> seja vendido como se fosse humanitário, limpinho e bonitinho, mas o fato é
> q o sionismo é só uma forma de nacionalismo racista e imperialista q se
> nutre da mistificação da Shoah como evento excepcional. Mas nem isso: nada
> do q os nazistas fizeram na Europa foi novidade, no Brasil e na África já
> tinha sido feito, até fornos para queimar gente, os alemães só
> aperfeiçoaram e racionalizaram (toda comunidade é imaginada, mas os
> imaginários diferem, né? Klaus Theleweit escreveu um livro monumental a
> respeito de qual imaginário alimentou o nazismo, e lamento informar de
> novo, não difere muito dos atualmente mais conhecidos). Em suma. O q o
> governo nazisionista de Israel demonstra é uma disposição para genocidar os
> palestinos, e não ao autossacrifício e isso nada têm q ver com direito à
> autodeterminação dos povos, o q o discurso proselitista de Israel confunde
> muito convenientemente. Tem q ver sim com o elitismo de uma comunidade
> inventada sobre o mito da dádiva divina e do merecimento supremo por terem
> sido vítimas da história. Que fique claro: nada justifica ou invalida a
> Shoah, mas os palestinos - esses sim, genuinamente um povo, não uma
> religião - não combatem Israel por ser um estado judaico, mas por ser um
> estado colonialista, por ter sido uma invenção do imperialismo
> contemporâneo q não queria dividir as terras na Europa, aonde de direito os
> judeus de lá expulsos teriam de ser repatriados. Realmente, seria muito
> pouco conveniente dividir a terra da Baviera ou da Ucrânia (alô Churchill,
> De Gaulle e Truman, pq não permitiram a Stalin o caminho até o porto? Alô,
> Stalin, pq não recebeu de volta os expulsos da Polônia?). E não é de hoje q
> a Rússia busca abrir caminho até o mar negro, até Machado de Assis
> registrou os impasses da Guerra da

[Logica-l] [OUF!] seis milhões de judeos exterminados durante a segunda guerra mundial

2024-03-30 Por tôpico Cassiano Terra Rodrigues
Camaradas, eu não ia me pronunciar, mas diante dos absurdos q li aqui, não
dá pra ficar quieto.
Desculpem, mas muita gente aqui na lista de lógica precisa lembrar da
história pra não incorrer em falácia de suprimir evidências (posso crer q
não é intencional, mas não deixa de ser falácia).
Pra começar, mais soviéticos morreram na 2a Guerra do q judeus.  Camarada
Stalin é bem conhecido por essas e outras, mas não quero ser injusto com
ele sem lembrar os parças Churchill, De Gaulle et caterva.
E se há um direito à autodeterminação dos povos, o direito à existência dos
estados é uma invenção moderna, ineficiente até Thomas Paine registrá-lo
por escrito - afinal, era preciso justificar o nascimento da nova nação (um
filme com Al Pacino, de 1985, _Revolução_, mostra bem como a ideia não era
lá muito popular). Depois disso, a ideia definitvamente ganhou contornos
reacionários com Ernest Renan no séc XIX. Agora, para Renan, o direito à
existência estatal vai até onde chega a disposição de seu povo de se
autossacrificar (é de Renan q Peirce toma o elogio do autossacrifício como
fundamento da logicidade, vejam só, lógicos: é ilógico não se sacrificar
para salvar a comunidade? E q lugar cada um ocupa na comunidade?). É nesse
contexto q nasce o sionismo, como ideologia direitosa q se impôs apesar da
resistência de muitos judeus (judeus de esquerda? Existem, sim, apesar de
ser incômodo lembrar). O q fazem hj com a memória do Brit Shalom é um rapto
vergonhoso, um movimento q nunca foi sionista é pintado como se fosse um
sionismo puro e imaculado. Lamento em informar, pode até existir esquerda
sionista, mas não existe sionismo de esquerda. Com toda a manipulação do
espetáculo mediático, não admira q o sionismo seja vendido como se fosse
humanitário, limpinho e bonitinho, mas o fato é q o sionismo é só uma forma
de nacionalismo racista e imperialista q se nutre da mistificação da Shoah
como evento excepcional. Mas nem isso: nada do q os nazistas fizeram na
Europa foi novidade, no Brasil e na África já tinha sido feito, até fornos
para queimar gente, os alemães só aperfeiçoaram e racionalizaram (toda
comunidade é imaginada, mas os imaginários diferem, né? Klaus Theleweit
escreveu um livro monumental a respeito de qual imaginário alimentou o
nazismo, e lamento informar de novo, não difere muito dos atualmente mais
conhecidos). Em suma. O q o governo nazisionista de Israel demonstra é uma
disposição para genocidar os palestinos, e não ao autossacrifício e isso
nada têm q ver com direito à autodeterminação dos povos, o q o discurso
proselitista de Israel confunde muito convenientemente. Tem q ver sim com o
elitismo de uma comunidade inventada sobre o mito da dádiva divina e do
merecimento supremo por terem sido vítimas da história. Que fique claro:
nada justifica ou invalida a Shoah, mas os palestinos - esses sim,
genuinamente um povo, não uma religião - não combatem Israel por ser um
estado judaico, mas por ser um estado colonialista, por ter sido uma
invenção do imperialismo contemporâneo q não queria dividir as terras na
Europa, aonde de direito os judeus de lá expulsos teriam de ser
repatriados. Realmente, seria muito pouco conveniente dividir a terra da
Baviera ou da Ucrânia (alô Churchill, De Gaulle e Truman, pq não permitiram
a Stalin o caminho até o porto? Alô, Stalin, pq não recebeu de volta os
expulsos da Polônia?). E não é de hoje q a Rússia busca abrir caminho até o
mar negro, até Machado de Assis registrou os impasses da Guerra da Crimeia
(em Dom Casmurro, agradeçam me depois pela fonte, se já esqueceram da
literatura). Então, pq não instaurar um estado aliado onde os Árabes estão?
Pq em Israel não habitam os judeus negros da Etiópia? (Não é pq não
quiseram #spoiler). Se naquela época havia muito vagamente a ideia de uma
nação pan-arábica,  mas ainda não estavam constituídos os estados atuais,
pq não começar a divisão, né? Mas não vai dar pra ser como no XIX (alô
Inglaterra, tem gente aí?)
Agora, vamos lembrar de mais uma coisa q precisa ser lembrada, passando da
história à teoria política. A própria ideia de estado nacional é q precisa
ser derrubada e superada. Se não há imaginação política para além de uma
forma colonialista mais nova do q o romance ocidental, então realmente
vamos mal. Nenhum estado tem direito à existência, todos os povos têm
direito à autodeterminação. O estado brasileiro é o maior exemplo disso,
erguido sobre séculos de assassinatos e expoliações (q ainda continuam).
E é preciso tb dizer sem medo, judeu não é etnia, é religião. A
essencialização do ser judeu já foi denunciada até mesmo por quem é chamado
de judeu (Marx no XIX, Schlomo Sand no XX, e muitos outros, é fácil
descobrir - e deixar de ser, quem se dispõe a não ser, é claro - é
paraconsistente isso? Ou é só coerência mesmo?).
Podem me chamar de antissemita,  mas não sou. Não me venham com esse
discursinho raso. Ao contrário, sou muito defensor do direito à fé e à
autodeterminação, nos termos q escrevi. Não sou livre de contradições

[Logica-l] Another Hour of madness

2024-03-30 Por tôpico jean-yves beziau
Another Hour has passed

Another Hour of madness
The weeds have grown in the path and garden
The wind sighed
Opening the shutter
Banging the old wall
As if calling
Home, Home
It’s time to return

>From hills and foreign fields
The day is fading and there’s no sign
Home, Home
Before the light is dimmed
Cold nights, bitter nights
Closing in
Until the dawn, I pray for you

Bound in the grip of fear
I hear steps
Home, Home
Because it hasn’t yet been given
As was promised long ago.

https://www.youtube.com/watch?v=XyI2GPDDLWc

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Re: [Logica-l] [OUF!] seis milhões de judeos exterminados durante a segunda guerra mundial

2024-03-30 Por tôpico Eduardo Ochs
Oi Jean-Yves e todos,

On Sat, 30 Mar 2024 at 01:49, jean-yves beziau 
wrote:

> o anti-sionismo virou uma maneira politicamente correta de de ser
> anti-semita
> o judeo não tem lugar nenhum para ir, vamos matar ele então em Israel, com
> aconteu no dia 7 de outubro
> JYB
>

 acho que o subtexto disso é: "vidas de judeus israelenses importam,
vidas de palestinos não"...

Eu tou guardando links sobre essa guerra/genocídio/whatever meio
compulsivamente, e por uma enormíssima coincidência uma das pessoas de
quem eu guardei mais links é especializada nisso - subtextos de
discursos e como respondê-los. É a Caitlin Johnstone:

  https://www.caitlinjohnst.one/archive?sort=new
  https://twitter.com/caitoz

[[]],
  Eduardo

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