[Logica-l] Elliott Mendelson - Introduction to Mathematical Logic Tradução
O livro Elliott Mendelson - Introduction to Mathematical Logic ainda é considerado como uma boa introdução à lógica? Há interesse na comunidade em uma versão em português do livro? Juntamente com uma amiga estou interessado em traduzir o livro, mesmo que não seja publicado, apenas como uma tradução informal. Criei um Google forms com 5 perguntas sobre o assunto para checar o nível de interesse em tal tradução. Quem puder responder, agradeço. https://forms.gle/yJyEdQfbvSh8HcFX8 Abraço. -- Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos Grupos do Google. Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br. Para ver esta discussão na web, acesse https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/FR1PR80MB4327B9FE38401E4BCDB0C433F36C0%40FR1PR80MB4327.lamprd80.prod.outlook.com.
Re: [Logica-l] pesquisadores 1A do CNPq - filosofia
Não tenho tempo de verificar outros nomes agora, mas é possível encontrar alguns sim. Claudio Gonçalves Almeida possui mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1988) e doutorado em Filosofia pela McMaster University (1992), com estágio de pós-doutoramento na Rutgers University (1998 e 2007) e na New York University (1998). Atualmente, é Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Epistemologia, atuando principalmente nos seguintes temas: teorias da racionalidade, teorias do conhecimento, ceticismo e paradoxos epistêmicos. É colaborador convidado do fórum Certain Doubts (Baylor University), participante convidado da Rutgers Epistemology Conference (Rutgers University) e da Bled Epistemology Conference (Eslovênia), e parecerista das editoras Routledge, Palgrave-Macmillan, Cambridge University Press, Continuum Books e Broadview Press e dos periódicos Acta Analytica, Australasian Journal of Philosophy, Journal of Philosophical Research, Philosophical Studies, Philosophy and Phenomenological Research, The Southern Journal of Philosophy e Theoria (Suécia). Artigos seus foram publicados em periódicos e obras coletivas das editoras Cambridge University Press, Oxford University Press, Springer, e Wiley-Blackwell. É co-organizador de número especial do periódico Synthese (editora Springer). Sítio pessoal: phi-claudio.org (Texto informado pelo autor) Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=P36256 Date: Thu, 30 Jan 2014 16:36:26 +0100 From: beziau...@gmail.com To: logica-l@dimap.ufrn.br Subject: [Logica-l] pesquisadores 1A do CNPq - filosofia Me parece que os unicos filosofos brasileiros (bolsistas CNPq 1ABCD, 2 ou nao bolsistas) que tem projecao internacional sao pessoas ligadas a logica. Se alguem tem um contre-exemplo seria um prazer conhecer esse(a) filsoloso(a). e incluir ele(a) no filme que estou fazendo junto com a Catherine sobre os mas importantes filosofos vivos do planeta Vem ai um extrato sobre filosofos franceses http://www.youtube.com/watch?v=ajyUaWfOVbs Jean-Yves ___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l ___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
[Logica-l] Coleção Desafios Matemáticos - Banca
Comprei na banca o primeiro volume da coleção Desafios Matemáticos, que vem com dois livros de enigmas matemáticos: Henry E. Dudeney - Os Enigmas de CanterburyMartin Gardner - Ah, Apanhei-te! Os livros são capa dura, o papel é meio ruim, mas são bonitos. Vale a pena! Segue um endereço com todos os livros da coleção: http://www.jovembanca.com.br/main.asp?pasta_ID=62subpasta=396 Rodrigo ___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
Re: [Logica-l] Minha posição
Até o Leonidas Hegenberg, grande tradutor. Date: Tue, 24 Jan 2012 21:53:20 -0200 From: famado...@gmail.com To: abilio.rodrig...@gmail.com CC: logica-l@dimap.ufrn.br Subject: Re: [Logica-l] Minha posição Desse modo, Newton e eu somos uns p*a*ndegos histriões... Vamos com calma, por favor. Tem gente boa na ABF. 2012/1/24 Abílio abilio.rodrig...@gmail.com a abf nao eh seria e eh dificil separar a abf, e seu dirigente, da picaretagem do tal projeto mas isso poderia gerar discussoes inuteis o pto central nao diz respeito ao dirigente da abf ha dois pontos: 1. deixar claro o repudio ao tal projeto de lei 2. deixar claro q a abf nao representa aqueles q trabalham com filosofia no brasil 2012/1/24 Joao Marcos botoc...@gmail.com: A amizade é uma coisa belíssima, mas... é a ABF uma instituição séria, e uma instituição com a pretensão de representar a classe dos Filósofos profissionais? JM 2012/1/24 Francisco Antonio Doria famado...@gmail.com: Primeiro, ainda que tenha um diploma em engenharia química, sou contra restringir o exercício de qualquer profissão a quem quer que seja. Há maneiras melhores - falhas, mas melhores - que o diploma para garantir qualidade na profissão. Sou membro da ABF, como o Newton. Entramos praticamente juntos, em 2005 e 2006. Na ABF tem gente muito boa, como Ricardo Vélez Rodriguez e Maria Beltrão. E tem gente menos boa. Tem personalidades, como Nélida Piñon, Rouanet, ou Merval Pereira. Etc, vejam a lista online. Não fui consultado a respeito desse projeto, e sou obviamente contra. Mas duvido que avance muito na câmara; vai morrer nalguma comissão. Se for perguntado a respeito, vou dizer exatamente isso: sou contra. Mas sou amigo do Moderno, gosto dele, e prezo mais a amizade que posições políticas. Essas mudam, enquanto uma boa e honesta amizade permanece e vale mais. -- fad ahhata alati, awienta Wilushati ___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l -- http://sequiturquodlibet.googlepages.com/ ___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l ___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l -- fad ahhata alati, awienta Wilushati ___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l ___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
Re: [Logica-l] Filosofia continental
Julio, espero sinceramente que isso não represente sua opinião, pois é de uma tolice sem tamanho. Rodrigo Date: Tue, 6 Dec 2011 09:34:05 -0800 From: juliocesarfont...@yahoo.com.br To: logica-l@dimap.ufrn.br Subject: [Logica-l] Filosofia continental Certamente que a filosofia continental não se resume a Derrida e Quinton reconhece isso. Ele afirma: O existencialismo, o estruturalismo e a teoria crítica são bastante diferentes entre si. [...] Mas, em diferentes graus, todos atribuem maior credibilidade a afirmações dramáticas, e até melodramáticas, que a argumentos racionalmente sustentados. Julio Fontana ___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l ___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel
Vamos praticar a máxima de Nietzsche de poder expressar tão bem ou melhor o ponto de vista do outro para só então opinar sobre ele, embora eu sinta asco por praticamente toda a filosofia francesa contemporânea e principalmente da filosofia da diferença. Sou contra fazer uma caricatura tosca e simplista do pensamento dos outros. Primeiro, embora ela diga a metafísica seria percebe-se pela sequência que ela está problematizando mais do que definindo. E ela não começa mal... o múltiplo a partir do um... isso lembra a metafísica de Aristóteles, acidentes e substância... embora eu duvide que ela conheça bem este texto clássico. Em seguida ela diz: o outro a partir do mesmo, é a mesma coisa do primeiro, mas ela começa a direcionar para uma problemática, pois introduz um conceito que nos faz caminhar em direção a Levinas (outro)... às filosofias da alteridade... o diferente a partir do mesmo... um adorno retórico provavelmente, embora sirva para ilustrar o dualismo que ela quer introduzir... a alteridade como uma alteridade do mesmo... confirma que está fazendo uso de termos das filosofias da alteridade... o diferente como uma degradação da identidade... aqui penso que está o cerne do que ela vai dizer, isso é: o feminino é sempre definido a partir do masculino, veio de uma costela de Adão, é a companheira do homem e etc... some a isso toda aquela história de o neutro no português ser o masculino... Acredito que diante de sua crítica de que ela está definindo metafísica como O múltiplo a partir do um e etc... ela diria que não está fazendo uma definição, que esse não é o objetivo de seu texto e etc... e que sabe que metafísica não é isso... é só um modo de colocar a questão. Basta conhecer um pouco sobre debates filosóficos para imaginar ela dizendo isso. Eu li apenas esse paragrafo e posso estar viajando tremendamente, mas está ai a tentativa de dar sentido ao texto. Leia os seguintes extratos do livro O Segundo Sexo, de Simone de Beavouir e verá de onde ela extrai essa problemática: Se a função da fêmea não basta para definir a mulher, se nos recusamos também explicá-la pelo eterno feminino e se, no entanto, admitimos, ainda que provisoriamente, que há mulheres na terra, teremos que formular a pergunta: que é uma mulher? A relação dos dois sexos não é a das duas eletricidades, de dois pólos. O homem representa a um tempo o positivo e o neutro, a ponto de dizermos os homens para designar os seres humanos, tendo-se assimilado ao sentido singular do vocábulo vir o sentido geral da palavra homo. A mulher aparece como o negativo, de modo que toda determinação lhe é imputada como limitação, sem reciprocidade. Agastou-me, por vezes, no curso de conversações abstratas, ouvir os homens dizerem-se: Você pensa assim porque é uma mulher. Mas eu sabia que minha única defesa era responder: penso-o porque é verdadeiro, eliminando assim minha subjetividade. Não se tratava, em hipótese alguma, de replicar: E você pensa o contrário porque é um homem, pois está subentendido que o fato de ser um homem não é uma singularidade; um homem está em seu direito sendo homem, é a mulher que está errada. A humanidade é masculina e o homem define a mulher não em si mas relativamente a êle; ela não é considerada um ser autônomo. A mulher, o ser r e l a t i v o . . . , diz Michelet. E é por isso que Benda afirma em Rapport d'Uriel: O corpo do homem tem um sentido em si, abstração feita do da mulher, ao passo que este parece destituído de significação se não se evoca o m a c h o . .. O homem é pensável sem a mulher. Ela não, sem o homem. Ela não é senão o que o homem decide que seja; daí dizer-se o sexo para dizer que ela se apresenta diante do macho como um ser sexuado: para ele, a fêmea é sexo, logo ela o é absolutamente. A mulher determina-se e diferencia-se em relação ao homem e não este em relação a ela; a fêmea é o inessencial perante o essencial. O homem é o Sujeito, o Absoluto; ela é o Outro. Rodrigo From: deciokra...@gmail.com Date: Mon, 5 Dec 2011 20:32:49 -0200 To: marmo.t...@gmail.com CC: logica-l@dimap.ufrn.br Subject: Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel Doria Mais um pouco e depois chega disso (pelo menos para mim). Repito aqui a primeira parte do texto que o Tony mandou anteriormente. Peço que alguém leia atentamente e procure algo que preste: A metafísica seria uma forma de pensar o múltiplo a partir do um, o outro a partir do mesmo, o diferente a partir do idêntico, a alteridade como uma alteração do mesmo, o diferente como uma degradação da identidade. É sob essa inspiração que pretendo discutir a diferença sexual e a articulação entre feminino - esse outro pensado na tradição a partir do mesmo -,alteridade e ética. Puxa, que profundidade.que visão original sobre o que seria a metafísica...o mesmo a partir do idêntico...o diferente como uma degradação da identidade...CHEGA! Bullshit (ôpa, um termo colonialista!!)
Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel
Sabia que gostava de Heidegger, mas não que tivesse um trabalho sobre ele...Pode falar mais dele? Em todo caso vou adquirir o livro para dar uma olhada. Interessados: http://www.estantevirtual.com.br/q/francisco-antonio-doria-o-corpo-e-a-existencia-uma-psicanalise-do-quotidiano Agora não há problema algum com Heidegger, Foucault, Hegel... muito pelo contrário, eles são pontos de luz.Essa briga analíticos versus continentais não existe mais, grandes nomes em filosofia hoje conhecem e dialogamcom os dois lados, vide: Karl Otto-Apel, Habermas, Ernst Tugendhat, Vitorio Hösle, Alain Badiou...No Brasil Cirne-Lima, Margutti, Ernildo Stein, Manfredo Araujo de Oliveira e etc. Rodrigo Date: Fri, 2 Dec 2011 11:40:27 -0200 From: famado...@gmail.com To: abilio.rodrig...@gmail.com CC: logica-l@dimap.ufrn.br Subject: Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel Gosto muito de Heidegger. Aos 24 anos escrevi e publiquei um livro heideggeriano, O Corpo e a Existência, que até hoje considero como um de meus melhores trabalhos. E me sinto muito desconfortável com a filosofia analítica; parece-me seca, árida, sem sabor. Já o disse aqui: conheci Foucault, pessoa encantadora; muito amigo do psicanalista Chaim Katz, que o hospedava no Rio. E gosto da obra dele. 2011/12/2 Abílio abilio.rodrig...@gmail.com Ola para todos. Um breve comentario. Esses equivocos q foram mencionados aqui, e causaram uma reacao indignada de alguns, q na verdade eu compartilho, é quase regra nas salas de aula dos deptos de filosofia. Digo ‘quase’ para preservar umas poucas excecoes. ‘Aulas’ sobre Foucault, Deleuze, Heidegger, Hegel, Derrida… – basicamente os franceses e os chamados ‘continentais’. E vejam, me refiro aos deptos de universidades como UERJ, UFRJ, Puc-Rio. E uotras claro, basta dar uma olhada nos respectivos eventos. São situacoes que não da pra ter uma discussao ou debate. Eu parrticularmente acho q o q resta a fazer a quem trabalha com lógica, ou filosofia da lógica, e também pra quem trabalha seriamente com filosofia, é fazer o próprio trabalho. Que inclui preparar/instruir os alunos, de modo q eles possam assumir uma postura crítica, mas sem caracterizar aquela história de ‘nós contra eles’, quero dizer ‘analiticos contra continentais’ ou ‘logicos formais contra heideggerianos/hegelianos’ etc. Abraços Abilio 2011/12/2 Walter Carnielli walter.carnie...@gmail.com: Olá Rodrigo, até entendo sua inquietação, mas não vejo que tenhamos que ser a Tropa de Elite da Lógica. Participar de uma Lista não impõe a ninguém, menos ainda a uma Sociedade, a obrigação de apontar e consertar bobagens. Há muita (mas muita mesmo) gente competente nessa lista que poderia escrever uma resenha, até bem mais crítica que a do Newton. Mas escrever uma crítica dá um imenso trabalho, e nao acho que possa ser feito no vapt-vuptde uma lista de Internet. De certa forma o Newton já disse o que o livro é. Ele foi bonzinho, como costuma ser quando escreve (só quando escreve :-) ) e fez uma aposta no futuro: Não obstante os reparos acima, o livro merece leitura atenta (em futuras edições, certamente será corrigido). Não sei como ele sabe que será corrigido,mas apostou... e acho que vai perder. Abs, Walter Em 2 de dezembro de 2011 00:50, Rodrigo Oliveira rodrigo@hotmail.com escreveu: Parece estranho ter o dever de elucidar bobagens, Walter. De fato.Mas não são bobagens inocentes e nem ditas por uma pessoa destituída de autoridade.Enfim, acho que alguém competente no assunto deveria se manifestar. Me lembrei da resenha do livro da Rebecca escrita pelo Newton: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-rigorosa-logica-kafkiana-de-godel,331420,0.htm Abraço Rodrigo Date: Fri, 2 Dec 2011 00:28:44 -0200 Subject: Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel From: walter.carnie...@gmail.com To: rodrigo@hotmail.com CC: logica-l@dimap.ufrn.br A Sociedade Brasileira de Lógica tem obrigação de elucidar bobagens? Escreva para a Presidente (ou Presidenta, se voce preferir) e coloque seu pleito! E quem é o representante do grupo de lógica? Qual grupo? Abs, Walter Em 2 de dezembro de 2011 00:20, Rodrigo Oliveira rodrigo@hotmail.com escreveu: Se eu fosse uma autoridade em lógica eu postaria no blog, me identificando e enumerava os pontos em que ela está equivocada.Acho que é dever do representante do grupo de lógica ou da sociedade brasileira de lógica fazer isso. Rodrigo ___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l -- --- Prof. Dr. Walter Carnielli Director Centre for Logic, Epistemology and the History of Science
Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel
Parece estranho ter o dever de elucidar bobagens, Walter. De fato.Mas não são bobagens inocentes e nem ditas por uma pessoa destituída de autoridade.Enfim, acho que alguém competente no assunto deveria se manifestar. Me lembrei da resenha do livro da Rebecca escrita pelo Newton:http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-rigorosa-logica-kafkiana-de-godel,331420,0.htm Abraço Rodrigo Date: Fri, 2 Dec 2011 00:28:44 -0200 Subject: Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel From: walter.carnie...@gmail.com To: rodrigo@hotmail.com CC: logica-l@dimap.ufrn.br A Sociedade Brasileira de Lógica tem obrigação de elucidar bobagens? Escreva para a Presidente (ou Presidenta, se voce preferir) e coloque seu pleito! E quem é o representante do grupo de lógica? Qual grupo? Abs, Walter Em 2 de dezembro de 2011 00:20, Rodrigo Oliveira rodrigo@hotmail.com escreveu: Se eu fosse uma autoridade em lógica eu postaria no blog, me identificando e enumerava os pontos em que ela está equivocada.Acho que é dever do representante do grupo de lógica ou da sociedade brasileira de lógica fazer isso. Rodrigo ___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l -- --- Prof. Dr. Walter Carnielli Director Centre for Logic, Epistemology and the History of Science – CLE State University of Campinas –UNICAMP 13083-859 Campinas -SP, Brazil Phone: (+55) (19) 3521-6517 Fax: (+55) (19) 3289-3269 Institutional e-mail: walter.carnie...@cle.unicamp.br Website: http://www.cle.unicamp.br/prof/carnielli ___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
[Logica-l] Jogadores decifram mistério que desafiava ciência havia 10 anos
Jogadores decifram mistério que desafiava ciência havia 10 anos 20 de setembro de 2011 • 10h07 Um grupo de jogadores de games para computador, através do jogo Foldit, conseguiu decifrar a estrutura de uma proteína presente nos retrovírus em apenas três semanas. A ciência busca a solução para esse quebra-cabeça há mais de 10 anos.O Foldit é um jogo online que foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Washington. O Foldit apresenta para os jogadores quebra-cabeças envolvendo as estruturas de diversas proteínas. Os resultados são então reenviados à Universidade para engrossar os dados de pesquisas.De acordo com o site Video Game Writers, os usuários acumulam pontos construindo modelos de estruturas de proteínas que poderão ser decifradas pelos cientistas que pesquisam a cura para doenças como aids (causada pelo retrovirus HIV) e câncer.A estrutura em questão, decifrada pelos jogadores, é chamada protease. Essa proteína tem papel fundamental na multiplicação dos vírus. Com a descoberta, os cientistas poderão entender como essa proteína age e também desenvolver vacinas e medicamentos que conseguirão evitar que vírus como o HIV se multipliquem e atinjam as células saudáveis.Segundo o Sidney Morning Herald, acredita-se que esta é a primeira vez que jogadores conseguem resolver um problema que a ciência ainda não decifrou.O cofundador do Foldit, Seth Cooper, afirmou para o The Next Web que a habilidade de raciocínio espacial dos jogadores permitiu que eles resolvessem um problema que até os mais poderosos computadores não conseguiram. ___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
[Logica-l] A Lógica Social da Pesquisa Científica
Vejam que bacana este aspecto da ciência: uma hipótese científica que pode alterar bastante nossa visão (como a do tal Kiselev) e que não é analisada a fundo porque os cientistas estão sem tempo e não sabem se devem levá-la sério, e para levar a sério fazem uso de argumentos de autoridade... Eu entendo as mensagens do Doria num sentido mais ou menos assim, ele está sempre apontando para diferenciações, contra-exemplos e etc... e não é de hoje. Gosto da visão do Habermas (creio), segundo ela existem três tipos de ciência: ciências formais, ciências empíricas e ciências argumentativas. Partindo assim do todo e não de uma delas em particular parece que evitamos certos pseudoproblemas... Para ajudar a esmiuçar estes conceitos e suas fronteiras, ai sim Popper e cia são muito bem vindos. Quem definiu ciência como uma atividade de resolução de problemas? Isso não torna a velha ideia aristotélica de que ciência tem um objeto de estudo irrelevante? Alias já não tem um tempo que se deixou de usar esta ideia? Rodrigo PS: Se matemática não é ciência o que ela é então? From: phzambra...@gmail.com Date: Mon, 19 Sep 2011 14:33:53 -0500 To: logica-l@dimap.ufrn.br Subject: Re: [Logica-l] Kiselev Olá pessoal lógico Brasileiro! Os preprints usualmente contêm erros ... até que algum referee ou um grupo de matemáticos sérios não dessem algum conceito sobre os escritos do Kiselev, acho que eu não acreditarei na afirmação dele. Acho pouco professional a atitude do Kiselev ao não submeter a uma revista os escritos dele ... E como disse o Andreas Blass: se eu não tivesse alguma coisa mais urgente para fazer, daria uma olhada ao (ou a um) erro, mas tenho coisas mais urgentes para fazer [...] assim que não escrutinarei a afirmação do Kiselev em breve (isso poderia mudar se alguém como o Solovay diz que deveria ser tomado seriamente). Outra vez aparece o argumento de autoridade. Falando com o meu orientador (Andrés Villaveces, ele foi doutorando do Kenneth Kunen na U. de Wisconsin e acho que ele tem autoridade para falar sobre o tema), parece que pouco pessoal prestou atenção ao Kiselev com seriedade. Espero que daqui a pouco alguém com suficiente tempo consiga dar uma olhada aos escritos para comprovar se realmente a prova tem erros. Pedro Zambrano. 2011/9/19 sam...@ufba.br Olás a todos, Essa questão do Kiselev (ZF provar que não existem inacessíveis) é complicada mesmo e concordo com as colocações do Rodrigo, principalmente no que se refere à analogia com o axioma do infinito. Além das discussões no FOM, há algo também no MathOverFlow: http://mathoverflow.net/**questions/73121/recent-claim-** that-inaccessibles-are-**inconsistent-with-zfhttp://mathoverflow.net/questions/73121/recent-claim-that-inaccessibles-are-inconsistent-with-zf No MathOverFlow, Andreas Blass (que é um pesquisador respeitável - olha o argumento de autoridade de novo, hehe...) diz o que mais ou menos todos estão dizendo pelo que vi, o texto é difícil de ler, está meio rebuscado e repetitivo, não está claro qual é a parte crucial do argumento. Aí, para ler as 250 páginas, fica complicado. Também li que o problema é que o Kiselev está tratando de certas afirmações ao mesmo tempo no sistema e também metamatematicamente, o que complica um pouco a coisa. Ou seja: como disse Dana Scott no FOM, alguém vai ter que ler e expor o erro, caso ele exista. Só críticas superficiais (está mal escrito, monótono, etc.) não vão resolver. E, como Andreas Blass, eu também estou sem tempo para ler as 250 páginas, vou deixar para algum pesquisador mais experiente do que eu fazer isso, hehe... Até, []s Samuel PS: Há alguns anos atrás eu vi algo de um russo em um congresso dizendo que inacessíveis nao existiam, deve ser o mesmo Kiselev... Seria bom se um cara como o Kanamori, ou o próprio Solovay, viesse a público e desse uma opinião rápida sobre esse trabalho, que acabou de entrar no ArXiv. O cara deve ser um desses rebeldes que não gostam de críticas ao próprio trabalho, por isso não submete num formato padrão como artigo ou livro, e aí nós temos que todos procurar o erro no trabalho do cidadão, enfim (se é que existe, eu particularmente aposto que tem algum erro em algum lugar). Citando logica-l-requ...@dimap.ufrn.br**: Send Logica-l mailing list submissions to logica-l@dimap.ufrn.br To subscribe or unsubscribe via the World Wide Web, visit http://www.dimap.ufrn.br/cgi-**bin/mailman/listinfo/logica-lhttp://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l or, via email, send a message with subject or body 'help' to logica-l-requ...@dimap.ufrn.br You can reach the person managing the list at logica-l-ow...@dimap.ufrn.br When replying, please edit your Subject line so it is more specific than Re: Contents of Logica-l digest...
Re: [Logica-l] RES: RES: RES: a ciência europeia e sua ideologia associada
Mas essa é a velha questão da filosofia moderna: como garantir que a razão, enquanto crítica, não seja dogmática, o que leva às questões de fundamentação reflexivas do conhecimento... Rodrigo From: alv...@lunabay.com.br To: logica-l@dimap.ufrn.br Date: Wed, 24 Aug 2011 20:53:42 -0300 Subject: [Logica-l] RES: RES: RES: a ciência europeia e sua ideologia associada Só um detalhe: não fui eu quem citou Descartes e Einstein. [ ]s Alvaro Augusto -Mensagem original- De: logica-l-boun...@dimap.ufrn.br [mailto:logica-l-boun...@dimap.ufrn.br] Em nome de Marcos Alves Enviada em: quarta-feira, 24 de agosto de 2011 13:30 Para: logica-l@dimap.ufrn.br Assunto: Re: [Logica-l] RES: RES: a ciência europeia e sua ideologia associada Car@s, a história mostra que, em geral, um dogma é eliminado e subsituído por outro. Os próprios exemplos abaixo listados pelo Alvaro ilustram: Descartes derruba um dogma, mas vira outro; Einstein derruba um dogma, mas cria outro. O dogma da ciencia europeia será substituído por qual dogma? Seria esse dogmatismo bom ou ruim para a ciência? Cito aqui o Feyerabend, em Adeus à razão, texto no qual ele defende que a pluralidade (e não a unidade, ou a objetividade) é o que produz resultados epistemológicos e traz felicidade. Se concordarmos com o autor, temos, por exemplo, de acatar a medicina ocidental, oriental, diversas práticas alternativas de cura com o mesmo grau de aceitabilidade. Se discordarmos, podemos nos render aos dogmatismos. Qual posição adotar? Abço, Marcos. Caro Arthur, muito boa sua explicação. Usarei em minhas aulas. É amenizador sentir que o dogma da ciência européia também está se quebrando, assim como, na época, Descartes fez ao quebrar os dogmas da igreja, mostrando ideias que originariam a cientificidade européia. De tudo que você comentou, o pior de tudo é ver formadores de opinião, como alguns professores, confinando o pensamento de seus talentosos alunos ao mostrar limites para a cientificidade, além de decepar qualquer forma de expressão que não esteja nos padrões da mesma. Mas algo me deixa reconfortado, a história mostra muito bem que *aqueles que não se limitaram ao modelo da cientificidade européia e seu modelo simplório de explicar e ver o mundo, foram as pessoas realmente imortalizadas na história por suas realizações. * Einstein é um grande exemplo disso. Viveu num ambiente com dois dogmas, o da religião e o da cientificidade. Aos vinte anos, garoto, em casa, teve que duvidar do dogma da igreja que vivenciava em sua família desde a infância, e ainda mais, também teve que duvidar do dogma da cientificidade de Descartes/Newton que aprendia e vivia na universidade. Com certeza sofreu muito psicologicamente e analiticamente, ao estudar sobre o assunto, para finalmente se sentir confiante para viver sem esses dogmas, decidir sair do mundo unanime, e apostar em si. É passível de análise psiquiátrica essa atitude de *deixar de viver conforme a realidade verdade que todas as outras pessoas do mesmo meio vivem, no seu dia a dia*. *Sair da realidade é sinal de loucura*. Daí, passou a ter até hábitos considerados exotéricos pelos demais, até alguns parecidos com os de Jesus... e deu no que deu. A cientificidade européia ainda é um dogma que todos nós estamos vivenciando, mesmo que indiretamente através das pessoas com quem convivemos. A nova revolução da cientificidade vem encabeçada pelas ideias de Einstein, e ganham força com tantos outros pensadores. Vale lembrar também a ajuda que essa revolução está sentindo pelo novo paradigma da Física Quântica (FQ) e da Neurociência. Mas enquanto vivermos nesses três paradigmas (igreja, cientificidade européia e FQ), agora os novos Einsteins terão que analisar as contradições de três paradigmas, e não mais de dois, como Einstein fez. O mais provável, como diz a história, é que esses possíveis Einsteins desistam de si e se tornem só mais alguns funcionários do mercado de trabalho, seja nas empresas ou na própria academia. É certo que Descartes não é o mal, mas suas ideias foram corrompidas com o passar do tempo, principalmente por aqueles que mais deveriam levá-la a diante, os discípulos da ideia, assim como também aconteceu quando se corromperam as ideias originais que formavam a igreja. Mas a história vai seguindo... As ideias vão surgindo... e os doutos as corrompendo... e as ideias vão surgindo... e os doutos as corrompendo, cada qual pelos seus ideais de vida ou por ignorância. Baita ignorância. A história mostra que de tempos em tempos algum louco tem que chegar para recolocar ordem na casa, e reformular o paradigma para os tempos atuais. Em 23 de agosto de 2011 21:22, Alvaro Augusto (L) alv...@lunabay.com.brescreveu: Ah, certamente existem muitas opiniões divergentes, mas eu me referi a uma *durante* a palestra...
[Logica-l] Número de colaboradoras da Wikipédia é muito baixo
Número de colaboradoras da Wikipédia é muito baixo16/08/2011 - 20h04 | da Folha.comAumentar tamanho da letraDiminuir tamanho da letraEnviar por e-mailCompartilharImprimirNOAM COHEN DO NEW YORK TIMESEm apenas dez anos, a Wikipédia atingiu algumas metas notáveis. Mais de 3,5 milhões de artigos em inglês? Feito. Mais de 250 línguas? Claro. Mas outro número se revelou um obstáculo insuperável para a enciclopédia on-line: pesquisas sugerem que menos de 15% de suas centenas de milhares de colaboradores são mulheres. Sue Gardner, diretora-executiva da Fundação Wikimedia, a organização que dirige a Wikipédia, estabeleceu a meta de aumentar a parcela de colaboradoras de quase 13% para 25% até 2015. Mas ela está correndo contra as tradições do mundo do computador e um reino obsessivamente amante de fatos que é dominado por homens e, alguns poderiam dizer, desconfortável para as mulheres. Jim Wilson/The New York TimesSue Gardner, diretora-executiva da Wikimedia Foundation, no escritório da Wikipédia em San Francisco Seu esforço não é a diversidade pela diversidade, ela diz. Trata-se de querer garantir que a enciclopédia seja tão boa quanto poderia ser, disse Gardner. Com tantos temas representados, a disparidade de gêneros, muitas vezes, aparece em termos de ênfase. Um tema geralmente restrito a meninas adolescentes, como braceletes de amizade, pode parecer curto, com quatro parágrafos, comparado com extensos artigos sobre algo que os meninos preferem, como soldados de brinquedo ou cartões de beisebol, cujo extenso verbete inclui uma história cronológica do assunto. A ideia de que um projeto colaborativo e aberto a todos é tão tendencioso para os homens pode surpreender. Afinal, não há uma equipe executiva dominada por homens, que dê mais ênfase a eles que às mulheres, como pode haver no mundo corporativo. Mas, por causa de seus primeiros colaboradores, a Wikipédia compartilha muitas características com os hackers, diz Joseph Reagle, um bolsista no Centro Berkman para a Internet e a Sociedade na Universidade Harvard. Adotar abertura significa ser aberto a pessoas muito difíceis e altamente conflituosas, até misóginos, ele disse, por isso é preciso haver uma grande discussão sobre se existe o problema. Gardner indicou a entrada na Wikipédia de uma de suas autoras preferidas, Pat Barker, que tinha apenas três parágrafos quando ele a encontrou. Barker é uma autora aclamada de romances de tom psicológico, muitos deles ambientados durante a Primeira Guerra Mundial. Ela tem 67 anos e vive na Inglaterra. Em comparação, Niko Bellic tinha um artigo cerca de cinco vezes maior que o de Barker. Era uma questão de demografia: Bellic é um personagem do videogame Grand Theft Auto IV. O público procura cada vez mais a Wikipédia como fonte de pesquisa: segundo uma recente pesquisa Pew, a porcentagem de adultos americanos que usam o site para procurar informações aumentou de 25% em fevereiro de 2007 para 42% em maio de 2010. Isso representa 53% dos adultos que usam regularmente a internet. Em todo o mundo, segundo estatísticas da Wikipédia de 2010, 26% dos usuários da internet consultavam a enciclopédia. Jane Margolis, coautora de um livro sobre sexismo na informática, Unlocking the Clubhouse (destrancando o clube), afirma que a Wikipédia vive os mesmos problemas do mundo off-line, onde mulheres são menos dispostas a declarar suas opiniões em público. Segundo o Projeto OpEd, que monitora a lacuna de gêneros de colaboradores nos fóruns públicos de pensamento-liderança americanos, um índice de participação de aproximadamente 85% de homens para 15% de mulheres é comum --sejam membros do Congresso ou redatores de editoriais do New York Times e do Washington Post. Gardner disse que, por enquanto, está tentando usar a persuasão sutil e sua fundação para atrair novas colaboradoras para a Wikipédia, em vez de defender medidas específicas como recrutamento ou cotas para mulheres. Jim Wilson/The New York TimesSue Gardner, diretora-executiva da Wikimedia Foundation, com James Owen, um assistente Kat Walsh, uma antiga colaboradora da Wikipédia eleita para o conselho da Wikimedia, concordou que iniciativas indiretas causariam menos mal-estar na comunidade da Wikipédia do que esforços mais declarados. Mas o grande problema é que a atual comunidade da Wikipédia é o que surgiu deixando as coisas se desenvolverem naturalmente, ela disse. Tentar influenciá-la em outra direção não é o caminho mais fácil e exige um esforço consciente para mudar. Às vezes, um esforço consciente funciona. Depois de ver a pequena entrada sobre Barker, Gardner acrescentou informações substanciais. Durante o mesmo tempo, a página de Niko Bellic aumentou apenas algumas frases. ___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
[Logica-l] Invenção da Toshiba se aproxima da computação quântica
Invenção da Toshiba se aproxima da computação quântica02/06/2010Por Ben Hirschler LONDRES (Reuters) - A computação quântica de altíssima velocidade, uma das metas científicas mais almejadas, pode estar um passo mais perto depois da invenção de um novo dispositivo capaz de produzir a chamada luz emaranhada sob comando.Cientistas do centro de pesquisa da Toshiba em Cambridge, Inglaterra, anunciaram na quarta-feira que o Entangled Light Emitting Diode (ELED), ou diodo emissor de luz emaranhada, abre caminho para a criação de chips semicondutores de altíssima potência.Os computadores quânticos poderiam, em teoria, tentar múltiplas soluções para um problema ao mesmo tempo, e resolver em segundos problemas que as mais velozes máquinas atuais demoram anos para decifrar.Mas é mais fácil falar do que fazer, no que tange a explorar os estranhos poderes da física quântica -que estuda o universo no nível dos átomos, fótons e outras partículas.Agora, porém, Andrew Shields e seus colegas da Toshiba acreditam ter desenvolvido uma ferramenta essencial para a tarefa, na forma de um aparelho de fácil produção que pode ser conectado a uma bateria a fim de produzir luz emaranhada quando e como requerida.Trata-se de um grande passo porque significa que agora é possível começar a integrar diversos dispositivos em um único chip, disse Shields.Até agora, a equipe da Toshiba não chegou ao estágio de realizar cálculos, mas Shields acredita que circuitos básicos de computação quântica que empregam essa tecnologia podem estar disponíveis dentro de cinco anos.Os computadores quânticos baseados em processos ópticos precisam de grande número de fótons emaranhados, nos quais as partículas de luz estão vinculadas de forma a que existam em dois estados possíveis simultaneamente -algo que Albert Einstein descreveu como fantasmagórico.Até agora, produzir luz emaranhada só era possível com grandes aparelhos de laser. Mas o novo ELED da Toshiba utiliza tecnologia padronizada de semicondutores e é feito de arseneto de gálio, um material comum nos produtos eletrônicos ópticos. _ ACESSE O MESSENGER DO SEU CELULAR AGORA MESMO. CLIQUE E VEJA AQUI UM PASSO A PASSO. http://celular.windowslive.com.br/messenger.asp?produto=Messengerutm_source=Live_Hotmailutm_medium=Taglineutm_content=ACESSEOMES83utm_campaign=MobileServices___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
[Logica-l] França aprova em primeira instânc ia lei que permite controle da internet
França aprova em primeira instância lei que permite controle da internet Da Redação A Assembleia Nacional Francesa aprovou nesta terça-feira (17) uma lei chamada LOPPSI II (Lei de Orientação e Programação para a Segurança Interior, em tradução livre). Dentre as propostas dessa lei, que tem como objetivo tornar a França um lugar “mais seguro”, está a possibilidade do governo instalar trojans em computadores para monitorar pessoas. Para ser colocada em prática, a lei necessita passar ainda por exame em mais duas instâncias. Limite na internet: censura ou proteção? O projeto de lei, segundo informações do site britânico “The Register” e da PC World americana, foi aprovado na Assembleia Nacional por 312 votos contra 214 e abrange várias áreas como o combate à pornografia infantil, a pedofilia e a criminalização do roubo de identidades online. A LOPPSI II prevê o aumento de gastos da polícia, através de investimentos em monitoramento de câmeras, aumento de penas para quem roubar identidades na internet, a ampliação do acesso ao banco de dados de DNA da polícia nacional e o possibilidade de grampo em linhas telefônicas e monitoramento de acesso à internet. Outra proposta controversa é a que obriga os provedores a bloquear ou filtrar endereços de internet, que o governo julgue necessário. Em um relatório que analisa a economia dos negócios de pornografia infantil, o jornalista Fabrice Epelboin alega que o filtro de URLs não é eficiente, pois esses conteúdos continuarão sendo compartilhados em redes de compartilhamento ponto a ponto. Entidades de defesa à liberdade na internet, como a Quadrature du Net, alertam que a LOPPSI II deixa a porta aberta a excessos perigosos e deve ser revista com salvaguardas rigorosas, ou ser completamente rejeitada. De acordo com um estudo da Federação Francesa de Telecomunicações, citado pelo deputado Lionel Tardy, a filtragem de conteúdo custaria à França cerca de 140 milhões de euros. Deputados da oposição ainda tentaram vetar o bloqueio de URLs e sugeriram que os filtros de internet fossem implantados provisoriamente, para verificar se serão eficazes, porém a maioria governista rejeitou a proposta. _ No Messenger você pode tranformar sua imagem de exibição num vídeo. Veja aqui! http://www.windowslive.com.br/public/tip.aspx/view/97?product=2ocid=Windows Live:Dicas - Imagem Dinamica:Hotmail:Tagline:1x1:Mexa-se___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
[Logica-l] O Fim da ciência
Caro Doria, Estou lendo o livro O Fim da Ciência de John Horgan, estou ajudando uma amiga a escrever um mini-artigo sobre o tema. Fiquei surpreso ao ver que você é citado no livro, durante um seminário cujo nome era Os Limites do Conhecimento Científico no Instituto Santa Fé, em 1994. O autor do livro trabalha na Scientific American. Leu o livro? Que me diz a respeito? Para quem não conhece o livro, aqui uma pequena sinopse: O autor entrevista dezenas de cientistas e pensadores, em busca de respostas para uma série de perguntas sobre o futuro da ciência. Essas questões podem ser resumidas em uma só: após mais de três séculos de expansão ininterrupta, estaria a ciência se aproximando de seu fim? O autor entrevista pessoas como Roger Penrose, Gregory Chaitin, Ilya Prigogine, Karl Popper, Thomas Kuhn e uma série de físicos de partículas, teóricos do caos e etc. O autor não é filósofo e nem cientista, é um jornalista que resolveu escrever um livro expondo sua opinião própria sobre o tema. Basicamente ele entrevista os nomes citados com as seguintes perguntas: a ciência um dia terminará? A física encontrará uma teoria de tudo? A teoria das supercordas poderá ser essa teoria ou ao menos um caminho para a teoria de tudo? É possível que alguma teoria venha a mudar radicalmente nossos mapas do universo como a mecânica quantica e a teoria da evolução o fez ou é mais provável que as novas descobertas venham a justificar ainda mais os paradigmas vigentes? É possível encontrar A Resposta (para ele isso seria algo como responder perguntas como: porque existe algo e não o nada? Somos uma contingência histórica ou nosso surgimento foi inevitável? Se a busca pelo conhecimento é o que dá sentido à vida, o que faremos quando a ciência terminar? O autor do livro interpreta as respostas dos autores de uma perspectiva semelhante a do Wittgenstein do Tractatus, embora de modo bem ingênuo. Para ele se o autor acredita que a ciência nunca acabará ou que existem coisas que não podem ser objeto dos métodos científicos ele tacha o sujeito de um defensor do mistério, mesmo que o sujeito o faça por motivos epistêmicos. No fundo ele está convencido de que a ciência, a ciência pura está perto do fim, a ciência aplicada continuaria por muito tempo ainda. Ou que os principais paradigmas já foram alcançados, o que faltaria seriam alguns detalhes e que não haveriam mais grandes descobertas. Já temos algumas peças de nosso mapa final do mundo. E para ele isso é um problema existencial porque ele entende a ciência como o sentido da vida, embora não seja cientista. Como você responderia a essas perguntas Doria? Rodrigo _ O Novo Windows 7 funciona do jeito que você quer. Clique aqui para conhecer! http://www.microsoft.com/brasil/windows7/default.html?WT.mc_id=1539___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
[Logica-l] Quantum Mechanics Demystified
Doria, esse Quantum Mechanics Demystified é introdutório mesmo? Quanto de matemática ele exige? É um bom livro para um primeiro contato mais sério com a mecânica quântica? Rodrigo _ Agora é fácil compartilhar fotos no Messenger: solte todas na janelinha. Veja como! http://www.windowslive.com.br/public/tip.aspx/view/77?product=2ocid=CRM-WindowsLive:dicaCompartilhamentoFotos:Tagline:WLCRM:On:WL:pt-BR:Messenger___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
[Logica-l] FW: Lógica, Matemática e Psico logia.
Olá Ricardo, Estou lendo este livro e já havia pensado em lhe perguntar a respeito, pois vi o vocabulário na sua página. Se pudesse, gostaria de vê-lo falar um pouco mais sobre a psicologia topológica e vetorial. Que perspectivas você vê? Fala-se que a teoria dos jogos talvez pudesse servir como um modelo para a interação humana. Que acha disso? Ainda não terminei o livro, mas a proposta dele sem dúvida é atraente. Abraço Rodrigo Date: Sat, 19 Dec 2009 14:03:11 -0200 From: rica...@cle.unicamp.br To: logica-l@dimap.ufrn.br Subject: [Logica-l] Lógica, Matemática e Psicologia. Olá a todos. Para aqueles que gostam do tema da utilização da Matemática e da Lógica em Psicologia (ou mesmo de fundamentos da Psicologia) recomendo fortemente o livro de Kurt Lewin, Princípios de Psicologia Topolótica (http://books.google.com.br/books?id=4fbaSj481NwCprintsec=frontcoverdq=topological+psychologycd=1#v=onepageq=f=false) que tem tradução para o Português (http://www.traca.com.br/livro/57074/principios-de-psicologia-topologica) e que, apesar de esgotada, pode ser achada facilmente nos sebos. Pode-se encontrar o vocabulário desse livro em meu site (http://www.marilia.unesp.br/Home/Instituicao/Docentes/RicardoTassinari/LewinV.htm). Existem ainda outros livros dele nos quais ele aplica os conceitos desse livro. Acho a Psicologia Topológica e Vetorial criada por ele genial e acho que a Psicologia perde muito em objetividade (enquanto ciência) por não dar continuidade aos seus trabalhos (ou mesmo por não criticá-los de forma consistente); e não dá para entender, já que sua matemática é simples, pois sendo topologias em conjuntos finitos, trata-se apenas de teoria de conjuntos finitos. Quem quiser pesquisar e conversar sobre o tema, é uma psicologia que gosto muito. Abraços, Ricardo. -- Dr. Ricardo Pereira Tassinari - Departamento de Filosofia UNESP - Faculdade de Filosofia e Ciências - Marília Homepage: http://www.marilia.unesp.br/ricardotassinari Chegou Windows 7. Agora com exibição de redes sem fio. Conheça. _ Windows 7: agora com conexões automáticas de rede. Conheça. http://www.microsoft.com/brasil/windows7/default.html?WT.mc_id=1539___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
[Logica-l] Morre aos 100 anos o antropólogo Lé vi-Strauss
Morre aos 100 anos o antropólogo Lévi-Strauss Do UOL Notícias* Em São Paulo Atualizado às 15h46 O etnólogo e antropólogo estruturalista Claude Lévi-Strauss morreu na noite de sábado para domingo (1º) aos 100 anos, de acordo com um porta-voz da Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais de Paris, na França. Ainda não há informações sobre a causa da morte do antropólogo. O falecimento foi divulgado pela editora Plon. Nascido em Bruxelas, na Bélgica, Lévi-Strauss foi um dos grandes pensadores do século 20. Ele, que completaria 101 anos no próximo dia 28, tornou-se conhecido na França, onde seus estudos foram fundamentais para o desenvolvimento da antropologia. Filho de um artista e membro de uma família judia francesa intelectual, estudou na Universidade de Paris. De início, cursou leis e filosofia, mas descobriu na etnologia sua verdadeira paixão. No Brasil, lecionou sociologia na recém-fundada Universidade de São Paulo, de 1935 a 1939, e fez várias expedições ao Brasil central. É o registro dessas viagens, publicado no livro Tristes Trópicos (1955) que lhe trará a fama. Nessa obra ele conta como sua vocação de antropólogo nasceu durante as viagens ao interior do Brasil. Ele soube partir do empirismo para dialogar e colocar a antropologia em pé de igualdade com outras ciências humanas, como a filosofia. Lévi-Strauss é um autor fundamental, afirma Renato Sztutman, professor do Departamento de Antropologia da USP e mestre e doutor em Antropologia Social na área de etnologia indígena. Exilado nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Lévi-Strauss foi professor nesse país nos anos 1950. Na França, continuou sua carreira acadêmica, fazendo parte do círculo intelectual de Jean Paul Sartre (1905-1980), e assumiu, em 1959, o departamento de Antropologia Social no College de France, onde ficou até se aposentar, em 1982. O estudioso jamais aceitou a visão histórica da civilização ocidental como privilegiada e única. Sempre enfatizou que a mente selvagem é igual à civilizada. Sua crença de que as características humanas são as mesmas em toda parte surgiu nas incontáveis viagens que fez ao Brasil e nas visitas a tribos de indígenas das Américas do Sul e do Norte. O antropólogo passou mais da metade de sua vida estudando o comportamento dos índios americanos. O método usado por ele para estudar a organização social dessas tribos chama-se estruturalismo. Estruturalismo, diz Lévi-Strauss, é a procura por harmonias inovadoras. Especialistas lamentam Sociólogo e ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso divulgou uma nota sobre o falecimento do antropólogo. Lévi-Strauss foi um dos maiores antropólogos de todos os tempos. Suas contribuições, especialmente depois que publicou 'As Formas Elementares do Parentesco', revolucionaram a antropologia contemporânea. A partir de então, a corrente chamada 'estruturalista' passou a exercer enorme influência em todas as universidades, diz FHC. A corrente estruturalista da antropologia, da qual Lévi-Strauss é o principal teórico, surgiu na década de 40 com uma proposta diferente da antropologia de viés funcionalista, predominante até então. O funcionalismo se preocupava com o funcionamento de cada sociedade e em saber como as coisas existiam na sua função social. O estruturalismo queria saber do trabalho intelectual. Olhar para os povos indígenas e buscar uma racionalidade e uma reflexão propriamente nativa, diz Sztutman. Suas pesquisas, iniciadas a partir de premissas linguísticas, deram à ciência contemporânea a teoria de como a mente humana trabalha. O indivíduo passa do estado natural ao cultural enquanto usa a linguagem, aprende a cozinhar, produz objetos etc. Nessa passagem, o homem obedece a leis que ele não criou: elas pertencem a um mecanismo do cérebro. Escreveu, em O Pensamento Selvagem, que a língua é uma razão que tem suas razões - e estas são desconhecidas pelo ser humano. Ele abriu um caminho para pensar a filosofia indígena, valorizar o lado intelectual dos povos estudados, e não ficar naquela coisa 'nós (ocidentais) temos uma grande teoria e eles não'. Lévi-Strauss abriu caminho para valorizar o aspecto intelectual de outras populações, acrescenta Sztutman. Lévi-Strauss não via o ser humano como um habitante privilegiado do universo, mas como uma espécie passageira que deixará apenas alguns traços de sua existência quando estiver extinta. Membro da Academia de Ciências Francesa (1973), integrou também muitas academias científicas, em especial
[Logica-l] V axioma de Frege e o paradoxo de Russel
Alguém pode me dar uma idéia, ou indicar uma referência, mais detalhada de como o paradoxo de Russel invalida o V axioma de Frege? Sei o básico, que o V axioma pressupoe que conjuntos possam ser elementos de outros conjuntos e que (por 1 axioma da teoria de conjuntos) dada uma propriedade bem definida podemos criar um cojunto cujos elementos serão aqueles que possuem tal propriedade e assim criamos o conjunto cujos elementos são os conjuntos que não são elementos de si mesmo..., mas gostaria de ouvir mais sobre o assunto se houer alguém interessado. Sei de algumas tentativas de reconstruir a demonstração de Frege e evitar a inconsistência, o que dizem sobre isso? Rodrigo _ Emoticons e Winks super diferentes para o Messenger. Baixe agora, é grátis! http://specials.br.msn.com/ilovemessenger/pacotes.aspx___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
[Logica-l] Sobre paradoxos
Tenho uma dúvida: todos os paradoxos lógicos envolvem: 1 - Negação e 2 - Auto-referência? Rodrigo _ Novo Internet Explorer 8. Baixe agora, é grátis! http://brasil.microsoft.com.br/IE8/mergulhe/?utm_source=MSN%3BHotmailutm_medium=Taglineutm_campaign=IE8___ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
[Logica-l] Falecimento de M. S. Lourenço
Recordar M. S. Lourenço Acabo de saber do falecimento do professor M. S. Lourenço e ainda estou algo chocado com a súbita e desventurada notícia. Como seu ex-aluno, cabe-me escrever algumas notas memoriais. Por Desidério Murcho (UFU) Conheci M. S. Lourenço como professor quando eu estava no segundo ano da graduação em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Ele leccionava as aulas teóricas de Lógica, que contrastavam fortemente com o restante currículo. Tão fortemente que alguns alunos queriam que o programa da cadeira fosse alterado, para que se leccionasse história da lógica em vez de lógica propriamente dita — dando assim largas ao tique de toda a universidade de vão de escada e que consiste em fazer história de X quando não se sabe X, precisamente para fingir que se sabe X. Pela minha parte, esta era a única cadeira onde realmente aprendia alguma coisa, em vez de jogos de palavras, misticismos infantis e a adoração religosa de filósofos mortos. M. S. Lourenço era muitíssimo amável e paciente, mas um professor sem tino didáctico: não conseguia colocar-se do ponto de vista cognitivo do aluno, pois ele era como que um alienígena, desconhecendo quase por completo o contexto mental dos seus alunos. Exemplo disso era o seu programa de lógica, que começava — imagine-se! — com a axiomatização da aritmética, ou seja, aprendíamos a dar conta de várias propriedades lógicas das operações de adição e subtracção, multiplicação e divisão. A ideia do Manel Lourenço (era assim que lhe chamávamos) era que deste modo a lógica não seria tão bizarra, pois faria uma conexão com os conhecimentos elementares de aritmética que evidentemente todo o aluno tinha; mas o resultado terrível era o oposto, confirmando aos alunos que a lógica nada tinha a ver com a filosofia e que era apenas uma espécie de matemática esquisita. Privei algumas vezes com o Manel Lourenço, nomeadamente na sua casa de Sintra, mas nunca o conheci verdadeiramente bem, sobretudo porque perdi o contacto com ele quando fui estudar para Londres. Agora que sou professor, algo me surpreende no Manel Lourenço ao olhar para trás — na verdade, algo que não devia surpreender-me. Ao contrário do que a maior parte das pessoas possam supor, muitos dos professores universitários de alguns sectores mais frágeis não têm quaisquer interesses intelectuais genuínos; a cultura, a vida mental, serve exclusivamente de arma de arremesso para exibir imaginadas superioridades sociais, mas a curiosidade cultural e bibliográfica, o interesse genuíno pelas ideias, é tão raro numa universidade de vão de escada quanto numa padaria. Ora, o Manel Lourenço era um intelectual, o que é coisa rara, incluindo em algumas universidades. Tive por isso oportunidade de ter estimulantes conversas com ele sobre os mais diversos temas que nos interessavam — da filosofia às artes, da música à literatura, das ciências à sociedade. O Manel Lourenço era detentor de uma prosa maravilhosa. A língua portuguesa saía das suas mãos reinventada, limpa, ática. E isto quer estivesse a escrever literatura quer estivesse a escrever filosofia. O seu livro Espontaneidade da Razão, baseado na sua tese de doutoramento, é um estudo sobre a refutação do empirismo em Wittgenstein. Não tenho o livro comigo, mas guardo dele a memória de ter sido a primeira vez que vi como se faz história da filosofia de um ponto de vista analítico, e com uma elegância comovente. Em vez de se citar e parafrasear o autor e os comentadores, faz-se uma reconstrução teórica inteiramente imanente, sem referências constantes à autoridade do texto e dos comentadores. Este estilo deve muito a Dummett (professor do Manel Lourenço), que consegue comentar Frege e Wittgenstein quase sem os citar. Fiquei deslumbrado quando estudei o livro do Manel Lourenço e o primeiro artigo que publiquei, sobre Hume, deve muito a esta descoberta de como se reconstrói uma teoria sem atender aos mil e um aspectos literários e estilísticos que embasbacam os basbaques, depurando o que tem exclusivamente interesse teórico e procurando não escrever duas palavras quando uma só é suficiente. O meu livro Essencialismo Naturalizado, vagamente baseado na minha dissertação de mestrado, segue precisamente este estilo mas sem que o tenha feito conscientemente, pois nesta altura já era parte da minha maneira de escrever filosofia técnica (que é diferente do modo como escrevo trabalhos didácticos ou de divulgação). Guardo um amargo de boca, relativamente ao Manel Lourenço. A incapacidade de reconhecer quem tanto nos deu é uma falta moral grave, e poderá parecer que esse é o meu caso, pois não cheguei a ter oportunidade de lhe dedicar um livro, como fiz a Adriana Silva Graça, que me ensinou lógica. Isto aconteceu porque nunca compreendi praticamente coisa alguma das aulas teóricas de lógica do Manel Lourenço — quem realmente me ensinou lógica foi a Adriana, de uma maneira maravilhosa, e
Re: [Logica-l] Paul Watzlawick, o teorema de Gödel e o Tractatus de Wittgenstein
Olá Marcelo Finger, Obrigado pelos esclarecimentos. Fiquei com certo receio ao ler a apresentação do teorema que o Watzlawick faz, por isso minha pergunta sobre a apresentação que ele faz do teorema, embora conheça o teorema apenas pela apresentação informal do livro Prova de Gödel, do Newman e do Nagel, acompanho a lista e vi algumas correções sobre o teorema de Gödel sendo feitas. Meu desconforto foi exatamente o ponto que abordou, quando ele afirma que G é demonstrável a partir das premissas e axiomas do sistemas. Nesse ponto fiz bem em postar o texto, pois eliminou minha dúvida. Fico com a sensação, porém de que talvez ele pudesse querer dizer que ela era permitida pelos axiomas do sistema, ou expressável no sistema, dai teria que ver o original em inglês. Mesmo assim pecaria ao se referir a qualquer sistema, como apontou o Décio, muitos sistemas não conseguem nem reproduzir o teorema. Eu tenho certo receio quanto à essas abordagens também, embora ache que seja necessário e creio que será o caminho pelo qual irei. Postar o texto aqui na lista foi uma forma de filtrar o texto. Mesmo com os pequenos erros identificados, trata-se de um apêndice, um complemento no espírito do texto, mas sem ligação direta com este. Não compromete o livro. Nunca tinha ouvido falar em omega-consistência, pode falar mais a respeito? Abraço Rodrigo Date: Mon, 3 Aug 2009 14:21:04 -0300 Subject: Re: [Logica-l] Paul Watzlawick, o teorema de Gödel e o Tractatus de Wittgenstein From: mfin...@ime.usp.br To: rodrigo@hotmail.com CC: logica-l@dimap.ufrn.br Caro Rodrigo. Os problemas começam quando se toma o Teorema de Goedel como sendo o que ele não é. Segundo o seu texto: Gödel pôde demonstrar que nesse sistema ou algum outro equivalente é possível construir uma frase, G, que (1) é demonstrável a partir das premissas e axiomas do sistema, mas que (2) afirma de si mesma que é indemonstrável. Lamento, mas o que o Teorema diz é que, se uma teoria T for uma extensão da Aritmética de Peano, então existe uma fórmula A: a) SE A TEORIA T FOR CONSISTENTE, A não é demonstrável em T; e b) SE A TEORIA T FOR omega-CONSISTENTE, a negação de A não é demonstrável em T. Essas pré-condições de consistência são absolutamente fundamentais tanto para a demonstração quanto para a compreensão do teorema. (Rosser depois mostrou que a omega-consistência pode ser reduzida a apenas consistência usando uma outra fórmula). A sua análise, e muitas outras, omitem este facto. Aliás, o teorema é chamado de incompletude, pois uma teoria é incompleta se existe uma fórmula tal que nem ela nem sua negação podem ser demonstradas. O Teorema de Gödel diz q a aritmética de Peano é incompleta e não pode ser completada. Em nenhum lugar está dito que a fórmula A responsável pela incompletude é demonstrável a partir das premissas e axiomas do sistema. Aliás, se ela assim fosse, ou o teorema ou a aritmética seriam inconsistentes. Por sinal, a auto referência da fórmula A não é direta, mas se dá através de um sistema de codificação de fórmulas e provas em elementos da aritmética (de peano). Esta codificação não é única, diversas codificações distintas servem de base para o teorema. Espero ter ajudado. []s Marcelo 2009/8/3 Rodrigo Oliveira rodrigo@hotmail.com Olá a todos, Estou lendo o livro Pragmática da Comunicação Humana, do Paul Watzlawick. No fim do livro ele faz uma relação entre o teorema de Gödel e o que ele chama de o paradoxo fundamental da existência humana, sendo o Tractatus de Wittgenstein uma maneira de expressar esse paradoxo. Reproduzo aqui o texto, que é um pouquinho longo para um e-mail. Gostaria de ouvir comentários obre ele, dado que qui se encontram especialistas nos temas abordados. Penso em coisas como: o modo como ele apresenta o teorema é adequado? A relação que ele apresenta faz sentido? Se a estrutura é semelhante mesmo, como Wittgenstein aparentemente não entendeu o teorema de Gödel? O teorema de Gödel envolve a auto-referência, Wittgenstein negava tal coisa... Que pensam disso? Abraços Rodrigo Segue o texto: As hierarquias como aquelas com que estamos agora ocupados foram detalhadamente exploradas num ramo da matemática moderna, com o qual nosso estudo tem grande afinidade, exceto o fato de que a matemática é de uma coerência e rigor incomparavelmente maiores do que nós podemos ter sequer esperança de alcançar. O Ramo em questão é a teoria da prova - ou metamatemática. Tal como esta última denominação claramente implica, essa área da matemática trata de si mesma, isto é, das leis inerentes à matemática e o problema de saber se a matemática é ou não coerente. Portanto, não surpreenderá que os matemáticos tenham encontrado e investigado, essencialmente, as mesmas consequências paradoxais da auto-reflexividade, muito antes de que analistas da comunicação humana estivessem cônscios sequer de sua existência. De fato, o trabalho nessa área
[Logica-l] RE: RES: falhas graves da filosofia acadêmica ocidental
suspensão do juízo a ataraxia, a impertubabilidade da alma. Epicuro diz que é o desapego e seus remédios contra os medos e etc. Você disse que minha visão é redutora, hora nenhuma eu quis reduzir a filosofia a isso. Eu é que te acusei de reducionismo porque você parece ignorar essas correntes (estou achando que você é um analítico militante ou coisa assim). Isso entre outras coisas como, por exemplo, o fato de muitas pessoas terem essa idéia sobre a filosofia (esse pré-conceito surgiu de algum modo, não caiu de para-quedas na história) me faz crer que a filosofia está sim vinculada a busca de uma salvação, a responder a algo como: estou aí jogado no mundo, que vou fazer da minha vida? Sem jamais reduzi-la a isso. Um abraçoRodrigo From: Rodrigo Oliveira [mailto:[EMAIL PROTECTED] Sent: sexta-feira, 19 de Setembro de 2008 18:09 To: Desidério Murcho Subject: RE: [Logica-l] RES: falhas graves da filosofia acadêmica ocidental Caro Desidério, O que estás a fazer é supressão de provas. Apontas vários exemplos favoráveis à tua generalização, mas escondes tudo o que refuta a generalização. A maior parte das obras da maior parte dos filósofos não trata do problema do sentido da vida. Há muitíssimos mais capítulos e livros inteiros sobre outras temas, como a natureza da verdade ou a possibilidade do conhecimento, a natureza das propriedades. Sua observação é pertinente. Sem dúvida é um dos pontos que devem ser melhor desenvolvidos. Estou tentando esclarecer melhor um ponto de vista sobre a filosofia, amplamente difundido, que muitos filósofos contestam ou odeiam. Eu mesmo odeio muito do que se escreve nesse sentido. Mas defendo sim que esse projeto de salvação está presente senão como tema central ao menos como pano de fundo no trajeto da história da filosofia. Entrei na discussão porque mesmo sendo contra as teses apresentadas pelo Arthur, ao apresentarem o que ele acredita, muitos, inclusive você, resumiram o pensamento dele a uma caricatura simples e ingênua, alias coisa que muitos ao comentarem alguém ou um filósofo ou um sistema fazem. Tal como apresentaram o pensamento dele nem mesmo uma pessoa ingênua acreditaria. Um conselho popperiano: melhorar as teses e os argumentos adversários para só então criticá-los. No fundo quis apenas moderar. A palavra salvação pode causar revolta mesmo. O que quero dizer com salvação é o lado de construção pessoal que a filosofia sempre teve associado ao seu nome. Abordado sobretudo na parte da ética. Filosofia não é religião, concordo. Mas ela surgiu tomando como objeto para reflexão temas pertencentes a religião. Tudo bem que podemos ser objetivos e entender a ética como uma reflexão sobre os conceitos éticos e trabalhar problemas como a universalização da moral e a justificação de enunciados éticos ou ainda a possibilidade dos mesmos. Mas Desidério, você recomendaria o que acabei de dizer como uma chave de leitura para um estudante de filosofia? Diria para ele ler a ética de Platão assim? Ler os estóicos assim? Sem dúvida essas questões estão presentes e podemos analisar esses filósofos assim, mas ao menos na filosofia antiga é inegável que não se tratava apenas de uma discussão conceitual. Não era esse o interesse principal desses filósofos. Seria analisá-los de uma perspectiva puramente analítica e creio que perder o cerne de suas filosofias morais. Contemporaneamente isso é possível em muitos casos. Que mostrei exemplos favoráveis a tese que apresentei, não a que defendo, sem dúvida eu o fiz. Não vejo outro modo de argumentar a favor dessa idéia de forma sucinta. Um modo mais adequado talvez fosse desenvolver a idéia central de que a filosofia surge da constatação da finitude do homem e de sua consciência disso e então olhar para a história da filosofia nessa perspectiva. Sem dúvida significa entortá-la. Assim como a visão analítica também a entorta. Mas acho que agindo analiticamente e tendo como pano de fundo essa questão da salvação, esse lado existencial, temos uma chave de leitura melhor, mais abrangente. A história da filosofia pura obviamente não temos acesso. Hume nunca escreveu sobre o sentido da vida, Tomás de Aquino tem pequenas passagens apenas em que fala disso, Schopenhauer escreveu muito mais sobre a natureza da representação e da realidade do que sobre o sentido da vida. Tómas de Aquino defende o cristianismo como a salvação do mesmo modo que indiretamente Descartes e Kant. Onde culminam as teses de Schopenhauer? Numa ética do santo. Eu consigo extrair de Hume muitas diretrizes do que seria uma vida boa. Em Schopenhauer essa idéia é bem presente, em Hume e Kant menos, mas ainda a vejo presente. Os livros de filosofia dedicam mais capítulos a outras questões do que ao sentido da vida. Verdade. Mas após desenvolverem suas ontologias e epistemologias para onde se dirigem os filósofos? Ética. Ao ler os filósofos tenho sempre a impressão de que a ética coroa seus sistemas. Note que quem assume essa questão
[Logica-l] FW: RE: RES: falhas graves da filosofia acadêmica ocidental
Concordo plenamente. Date: Fri, 26 Sep 2008 08:57:30 -0300 From: [EMAIL PROTECTED] To: [EMAIL PROTECTED] Subject: Re: [Logica-l] RE: RES: falhas graves da filosofia acadêmica ocidental CC: logica-l@dimap.ufrn.br A religião tem solução - mas não é, necessariamente, a correta... 2008/9/25 Rodrigo Oliveira [EMAIL PROTECTED] Olá Desidério, Parece-me que tem uma perspectiva muito redutora da filosofia. Pior: historicamente falsa e enganadora. A maior parte das obras dos filósofos nada têm a ver com a salvação, seja qual for o sentido rebuscado que se dê a este termo. A ética nem sempre tem a ver com a salvação. A procura da vida boa não é necessariamente uma procura de salvação e a muitos filósofos não escreveram sobre a ética. Estou usando o termo salvação justamente nesse sentido de vida boa ou vida autêntica ou sentido para a vida (estou usando um sentido amplo e vago). A religião tem uma solução para os porblemas relacionados a finitude humana e nossa consciência disso, nosso medo. Em todas as religiões há uma solução para o problema da morte e o meio de se chegar a salvação é pela fé. Na filosofia há também uma busca de solução para o mesmo problema, mas não pela fé e sim pela razão. A filosofia está historicamente relacionada com essa questão, isso eu defendo. Mas não se trata de colocar o problema: qual o sentido da vida? E procurar respondê-lo diretamente, há muita coisa a se fazer antes disso. Conselhos de vida e máximas soltas é coisa de auto-ajuda. Os direcionamentos dos filósofos estão alicerçados em suas teorias sobre a realidade, em suas idéias sobre o homem, sobre o que pensam poder conhecer com segurança. São coerentes com sua visão de mundo. Emanam dessa visão. A tua hipótese histórica parece-me insustentável por ser arbitrária. Com igual arbitrariedade eu posso ler toda a história da filosofia dizendo que, de algum modo, os problemas da metafísica da modalidade, que por acaso é a área em que eu trabalho, estão sempre presentes nas preocupações dos filósofos, mesmo daqueles que nunca escreveram uma linha explicitamente sobre tal coisa. Já te citei algumas indicações, considero que elas ao menos deviam nos fazer pensar sobre o assunto. Sua rejeição é que me parece arbitrária já que você não dá nenhuma interpretação alternativa para meus exemplos. Montaigne diz: filosofar é aprender a morrer. Sócrates diz que a filosofia nos ensina a morrer. Kant diz que umas das questões centrais é: o que podemos esperar? (ou ainda O que devo fazer?) Espinosa diz: o sábio morre menos que o tolo. Como você interpreta isso? Esses autores não me parecem ser do tipo que escrevem coisas de passagem, não importantes, que poderiam ser ignoradas em uma interpretação, ainda mais quando definem a coisa à qual dedicaram suas vidas. Será possível reinterpretar toda a história da filosofia dessa perspectiva? Sim. É possível também interpretar toda a história da filosofia como uma tentativa de oprimir os pobres. É possível interpretar as coisas como quisermos. A possibilidade não basta. É preciso a plausibilidade e é preciso procurar activamente contra-exemplos, caso contrário cometemos a falácia da supressão de provas. Se ignorares todos os textos de todos os filósofos que não tratam da questão da salvação e deres proeminência aos outros, claro que parece que provas algo, mas isso é só porque suprimiste provas.Não tenho interesse o bastante nessa idéia para me lançar a essa pesquisa exaustiva. Vejo essa idéia presente em grandes filósofos e correntes de pensamento na história da filosofia, isso me basta: Epicurismo, Cinismo, Estoicismo, Pirronismo, Humanismo e Existencialismo mostram bem essa idéia. Se a questão da salvação fosse assim tão central na filosofia, por que razão não escreveriam os filósofos sobre tal coisa mais vezes e mais explicitamente? Porque não é a única tarefa da filosofia, porque há todo um trabalho a ser feito antes, porque ela coroa os sistemas ou as filosofias e porque alguns não a consideram uma tarefa da filosofia ou não acreditavam haver meios rigorosos o bastante para falar disso. Wittgenstein não escreveu nada sobre o assunto e essa idéia está presente de modo forte em seu pensamento. Além de historicamente insustentável, a tua posição é filosoficamente implausível. Não há qualquer razão para pensar que o problema da salvação é um problema filosófico, para começar. É um problema psicológico e pessoal. Mas mesmo formulando o problema de uma maneira qualquer de modo a dar-lhe interesse filosófico, por que razão havemos de pensar que é um problema central da filosofia? Mesmo que psicologicamente muitas pessoas se preocupem muito com isso, daí não se segue que o problema tenha centralidade filosófica. Todos os filósofos se preocuparam com ter comida para comer, mas nem por isso a comida tem centralidade filosófica. Seu julgamento é apressado. Parece agir mais ideologicamente do que comentar meu texto. Não estou
[Logica-l] FW: falhas graves da filosofia acadêmica ocidental
Arthur: (2) Em decorrência do problema anterior, a filosofia acadêmica ocidental tem se afastado da admiração e respeito da maioria da elite intelectual e mesmo do resto da população do Ocidente, isto porque as necessidades intelectuais da maioria da população são, em grande parte, ignoradas pelos academicistas ocidentais, que continuam, em sua maioria, a passar o tempo a dissecar e redissecar apenas textos de uma lista bem restrita, e a fazer análises e re-análises, muitas vezes de uma forma bem pedante, de um número bem pequeno de fontes, com respeito à magnitude das referências existentes. Segue uma notícia que mostra que seu ponto de vista Arthur está, no mínimo, desatualizado. A filosofia está na moda na verdade. A velha crítica sobre a filosofia acadêmica não procede, creio eu, são inúmeras as obras de divulgação e de aproximação com o público. Mesmo assim soa estranho afirmar que por não incluir a filosofia oriental o público desgostou da filosofia. Não vejo qualquer relação. Filosofia em alta - Revista Isto É: http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2014/artigo91916-1.htm Comportamento Filosofia em ALTA Ela é disciplina obrigatória nas escolas, mania na tevê, nas empresas e até nos livros para crianças RODRIGO CARDOSO CONTEÚDO Gabriela Campana, 17 anos, reúne-se com amigos para debater as idéias de Nietzsche e Maquiavel Empresascontratam filósofos para palestras e consultorias, crianças de cincoanos travam o primeiro contato com o tema e, fora da sala de aula,adolescentes se reúnem para debater idéias de Nietzsche e Platão.Nascida na Grécia há mais de dois mil anos, a filosofia encontraterreno cada vez mais fértil no Brasil – até mesmo na tevê. No programaFantástico, da Rede Globo, o quadro “Ser ou não ser” sobre filosofiaentrará em sua terceira temporada. “A filosofia está em alta”, afirma afilósofa Viviane Mosé, apresentadora da atração. Ela, que carrega omérito de tornar didático um tema pouco palatável, conclui: “O que estáem baixa é a forma acadêmica de pensar.” A crítica deViviane é para o projeto de lei, recém-sancionado pelo governo federal,que obriga as escolas do País a incluir filosofia e sociologia nocurrículo do ensino médio. “Da maneira como o ensino é fragmentado, afilosofia vai ser mais uma decoreba sobre quem é Sócrates e quandonasceu Platão”, teme ela. Mas há boas iniciativas, como a do Centro deFilosofia Educação para o Pensar – Filosofia com Crianças, Jovens eAdolescentes, que ensina o tema para alunos a partir de cinco anos.Constituída de educadores e filósofos, o centro tem parcerias com 300escolas do País. O método de ensino faz o aluno discutir filosofia emtodas as disciplinas, e não apenas em uma matéria. “Prestamosassessoria pedagógica para professores e produzimos o materialdidático, que é adaptado ao nível cognitivo do aluno”, explica JoséCarlos Freire, assessor pedagógico do centro. Filósofo e professor daPontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Mário SérgioCortella também foca nos filósofos mirins. Ele lançará este ano O que épergunta, seu primeiro livro sobre filosofia para crianças. O interessedo mercado editorial pelo tema é crescente. “Pormuito tempo, a tecnologia fez o mundo focar no ‘como’ em detrimento dos‘porquês’ e, enfadadas, hoje as pessoas procuram reflexões”, explicaCortella. No ano passado, ele deu 30 palestras sobre filosofia e ética para gestores do Banco Bradesco.“Ficou chique consumir filosofia”, diz o acadêmico, que discursa aindaaos funcionários da metalúrgica Gerdau sobre a diversidade humana. NoRio, a filósofa Viviane segue o mesmo caminho. “Ajudo o executivo a lero que acontece no mundo contemporâneo e a agir no presente”, afirma. Entreseus clientes estão a Petrobras, a Vale, O Boticário e o Banco deDesenvolvimento do Espírito Santo, que a contratou para falar sobreética e comprometimento aos funcionários. Um dos maiores centros decursos livres na área de humanidade, a Casa do Saber também percebe omaior interesse pelo tema. Criada em São Paulo, hoje atua também no Riode Janeiro e expandiu o número de cursos de filosofia de nove, em 2004,para os atuais 175. Componente curricular excluído daescola pela ditadura em 1968, a filosofia seguiu existindo em colégiosparticulares, como o Santo Américo, em São Paulo, que desde 1975 ensinaa disciplina. Aluna do terceiro ano do ensino médio, Gabriela Campana,17 anos, reúne-se com amigos, durante as férias, para debater as idéiasde Nietzsche e Maquiavel. E filosofa ao falar do valor do conhecimento:“Para estabelecer princípios e formar uma maneira própria de agir épreciso saber como outras pessoas pensavam o mundo e tentavammelhorá-lo.” http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2014/artigo91916-1.htm