[Logica-l] Elliott Mendelson - Introduction to Mathematical Logic Tradução

2019-10-18 Por tôpico Rodrigo Oliveira
O livro Elliott Mendelson - Introduction to Mathematical Logic ainda é 
considerado como uma boa introdução à lógica?
Há interesse na comunidade em uma versão em português do livro?

Juntamente com uma amiga estou interessado em traduzir o livro, mesmo que não 
seja publicado, apenas como uma tradução informal.
Criei um Google forms com 5 perguntas sobre o assunto para checar o nível de 
interesse em tal tradução.

Quem puder responder, agradeço.

https://forms.gle/yJyEdQfbvSh8HcFX8

Abraço.

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Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos 
Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
Para ver esta discussão na web, acesse 
https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/FR1PR80MB4327B9FE38401E4BCDB0C433F36C0%40FR1PR80MB4327.lamprd80.prod.outlook.com.


Re: [Logica-l] pesquisadores 1A do CNPq - filosofia

2014-01-30 Por tôpico Rodrigo Oliveira
Não tenho tempo de verificar outros nomes agora, mas é possível encontrar 
alguns sim.
Claudio Gonçalves Almeida
possui mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1988) e doutorado 
em Filosofia pela McMaster University (1992), com estágio de pós-doutoramento 
na Rutgers University (1998 e 2007) e na New York University (1998). 
Atualmente, é Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da 
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área 
de Filosofia, com ênfase em Epistemologia, atuando principalmente nos seguintes 
temas: teorias da racionalidade, teorias do conhecimento, ceticismo e paradoxos 
epistêmicos. É colaborador convidado do fórum Certain Doubts (Baylor 
University), participante convidado da Rutgers Epistemology Conference (Rutgers 
University) e da Bled Epistemology Conference (Eslovênia), e parecerista das 
editoras Routledge, Palgrave-Macmillan, Cambridge University Press, Continuum 
Books e Broadview Press e dos periódicos Acta Analytica, Australasian Journal 
of Philosophy, Journal of Philosophical Research, Philosophical Studies, 
Philosophy and Phenomenological Research, The Southern Journal of Philosophy e 
Theoria (Suécia). Artigos seus foram publicados em periódicos e obras coletivas 
das editoras Cambridge University Press, Oxford University Press, Springer, e 
Wiley-Blackwell. É co-organizador de número especial do periódico Synthese 
(editora Springer). Sítio pessoal: phi-claudio.org (Texto informado pelo autor)
Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=P36256


 Date: Thu, 30 Jan 2014 16:36:26 +0100
 From: beziau...@gmail.com
 To: logica-l@dimap.ufrn.br
 Subject: [Logica-l] pesquisadores 1A do CNPq - filosofia
 
 Me parece que os unicos filosofos brasileiros
 (bolsistas  CNPq 1ABCD, 2 ou nao bolsistas)
 que tem projecao internacional sao pessoas ligadas a logica.
 Se alguem tem um contre-exemplo
 seria um prazer conhecer esse(a) filsoloso(a).
 e incluir ele(a) no filme que estou fazendo junto com a Catherine
 sobre os mas importantes filosofos vivos do planeta
 Vem ai um extrato sobre filosofos franceses
 http://www.youtube.com/watch?v=ajyUaWfOVbs
 Jean-Yves
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[Logica-l] Coleção Desafios Matemáticos - Banca

2012-02-14 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Comprei na banca o primeiro volume da coleção Desafios Matemáticos, que vem com 
dois livros de enigmas matemáticos:
Henry E. Dudeney - Os Enigmas de CanterburyMartin Gardner - Ah, Apanhei-te!
Os livros são capa dura, o papel é meio ruim, mas são bonitos. Vale a pena!
Segue um endereço com todos os livros da coleção: 
http://www.jovembanca.com.br/main.asp?pasta_ID=62subpasta=396

Rodrigo   
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Re: [Logica-l] Minha posição

2012-01-24 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Até o Leonidas Hegenberg, grande tradutor.

 Date: Tue, 24 Jan 2012 21:53:20 -0200
 From: famado...@gmail.com
 To: abilio.rodrig...@gmail.com
 CC: logica-l@dimap.ufrn.br
 Subject: Re: [Logica-l] Minha posição
 
 Desse modo, Newton e eu somos uns p*a*ndegos histriões... Vamos com calma,
 por favor. Tem gente boa na ABF.
 
 2012/1/24 Abílio abilio.rodrig...@gmail.com
 
  a abf nao eh seria
  e eh dificil separar a abf, e seu dirigente, da picaretagem do tal projeto
  mas isso poderia gerar discussoes inuteis
  o pto central nao diz respeito ao dirigente da abf
  ha dois pontos:
  1. deixar claro o repudio ao tal projeto de lei
  2. deixar claro q a abf nao representa aqueles q trabalham com
  filosofia no brasil
 
 
 
 
 
  2012/1/24 Joao Marcos botoc...@gmail.com:
   A amizade é uma coisa belíssima, mas... é a ABF uma instituição séria,
   e uma instituição com a pretensão de representar a classe dos
   Filósofos profissionais?
  
   JM
  
   2012/1/24 Francisco Antonio Doria famado...@gmail.com:
   Primeiro, ainda que tenha um diploma em engenharia química, sou contra
   restringir o exercício de qualquer profissão a quem quer que seja. Há
   maneiras melhores - falhas, mas melhores - que o diploma para garantir
   qualidade na profissão.
  
   Sou membro da ABF, como o Newton. Entramos praticamente juntos, em 2005
  e
   2006. Na ABF tem gente muito boa, como Ricardo Vélez Rodriguez e Maria
   Beltrão. E tem gente menos boa. Tem personalidades, como Nélida Piñon,
   Rouanet, ou Merval Pereira. Etc, vejam a lista online.
  
   Não fui consultado a respeito desse projeto, e sou obviamente contra.
  Mas
   duvido que avance muito na câmara; vai morrer nalguma comissão. Se for
   perguntado a respeito, vou dizer exatamente isso: sou contra. Mas sou
  amigo
   do Moderno, gosto dele, e prezo mais a amizade que posições políticas.
   Essas mudam, enquanto uma boa e honesta amizade permanece e vale mais.
  
   --
   fad
  
   ahhata alati, awienta Wilushati
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Re: [Logica-l] Filosofia continental

2011-12-06 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Julio, espero sinceramente que isso não represente sua opinião, pois é de uma 
tolice sem tamanho.
Rodrigo

 Date: Tue, 6 Dec 2011 09:34:05 -0800
 From: juliocesarfont...@yahoo.com.br
 To: logica-l@dimap.ufrn.br
 Subject: [Logica-l] Filosofia continental
 
 Certamente que a filosofia continental não se resume a Derrida e Quinton 
 reconhece isso. Ele afirma: O existencialismo, o estruturalismo e a teoria 
 crítica são bastante diferentes entre si. [...] Mas, em diferentes graus, 
 todos atribuem maior credibilidade a afirmações dramáticas, e até 
 melodramáticas, que a argumentos racionalmente sustentados.
 
 
 Julio Fontana
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Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel

2011-12-05 Por tôpico Rodrigo Oliveira





Vamos praticar a máxima de Nietzsche de poder expressar tão bem ou melhor o 
ponto de vista do outro para só então opinar sobre ele, embora eu sinta asco 
por praticamente toda a filosofia francesa contemporânea e principalmente da 
filosofia da diferença. Sou contra fazer uma caricatura tosca e simplista do 
pensamento dos outros.
Primeiro, embora ela diga a metafísica seria percebe-se pela sequência que 
ela está problematizando mais do que definindo. E ela não começa mal... o 
múltiplo a partir do um... isso lembra a metafísica de Aristóteles, acidentes e 
substância... embora eu duvide que ela conheça bem este texto clássico. Em 
seguida ela diz: o outro a partir do mesmo, é a mesma coisa do primeiro, mas 
ela começa a direcionar para uma problemática, pois introduz um conceito que 
nos faz caminhar em direção a Levinas (outro)... às filosofias da alteridade... 
o diferente a partir do mesmo... um adorno retórico provavelmente, embora sirva 
para ilustrar o dualismo que ela quer introduzir... a alteridade como uma 
alteridade do mesmo... confirma que está fazendo uso de termos das filosofias 
da alteridade... o diferente como uma degradação da identidade... aqui penso 
que está o cerne do que ela vai dizer, isso é: o feminino é sempre definido a 
partir do masculino, veio de uma costela de Adão, é a companheira do homem e 
etc... some a isso toda aquela história de o neutro no português ser o 
masculino... 
Acredito que diante de sua crítica de que ela está definindo metafísica como O 
múltiplo a partir do um e etc... ela diria que não está fazendo uma definição, 
que esse não é o objetivo de seu texto e etc... e que sabe que metafísica não é 
isso... é só um modo de colocar a questão. Basta conhecer um pouco sobre 
debates filosóficos para imaginar ela dizendo isso.
Eu li apenas esse paragrafo e posso estar viajando tremendamente, mas está ai a 
tentativa de dar sentido ao texto.
Leia os seguintes extratos do livro O Segundo Sexo, de Simone de Beavouir e 
verá de onde ela extrai essa problemática:
Se a função da fêmea não basta para definir a mulher, se nos recusamos também 
explicá-la pelo eterno feminino e se, no entanto, admitimos, ainda que 
provisoriamente, que há mulheres na terra, teremos que formular a pergunta: que 
é uma mulher?
A relação dos dois sexos não é a das duas eletricidades, de dois pólos. O homem 
representa a um tempo o positivo e o neutro, a ponto de dizermos os homens 
para designar os seres humanos, tendo-se assimilado ao sentido singular do 
vocábulo vir o sentido geral da palavra homo. A mulher aparece como o negativo, 
de modo que toda determinação lhe é imputada como limitação, sem reciprocidade. 
Agastou-me, por vezes, no curso de conversações abstratas, ouvir os homens 
dizerem-se: Você pensa assim porque é uma mulher. Mas eu sabia que minha 
única defesa era responder: penso-o porque é verdadeiro, eliminando assim 
minha subjetividade. Não se tratava, em hipótese alguma, de replicar: E você 
pensa o contrário porque é um homem, pois está subentendido que o fato de ser 
um homem não é uma singularidade; um homem está em seu direito sendo homem, é a 
mulher que está errada.
A humanidade é masculina e o homem define a mulher não em si mas relativamente 
a êle; ela não é considerada um ser autônomo. A mulher, o ser  r e l a t i v o 
. . . , diz Michelet. E é por isso que Benda afirma em Rapport d'Uriel: O 
corpo do homem tem um sentido em si, abstração feita do da mulher, ao passo que 
este parece destituído de significação se não se evoca o  m a c h o . .. O 
homem é pensável sem a mulher. Ela não, sem o homem. Ela não é senão o que o 
homem decide que seja; daí dizer-se o sexo para dizer que ela se apresenta 
diante do macho como um ser sexuado: para ele, a fêmea é sexo, logo ela o é 
absolutamente. A mulher determina-se e diferencia-se em relação ao homem e não 
este em relação a ela; a fêmea é o inessencial perante o essencial. O homem é o 
Sujeito, o Absoluto; ela é o Outro.
Rodrigo
 From: deciokra...@gmail.com
 Date: Mon, 5 Dec 2011 20:32:49 -0200
 To: marmo.t...@gmail.com
 CC: logica-l@dimap.ufrn.br
 Subject: Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel
 
 Doria
 Mais um pouco e depois chega disso (pelo menos para mim). Repito aqui a 
 primeira parte do texto que o Tony mandou anteriormente. Peço que alguém leia 
 atentamente e procure algo que preste:
 
 A metafísica seria uma forma de pensar o múltiplo a partir do um, o outro a 
 partir do mesmo, o diferente a partir do idêntico, a alteridade como uma 
 alteração do mesmo, o diferente como uma degradação da identidade. É sob essa 
 inspiração que pretendo discutir a diferença sexual e a articulação entre 
 feminino - esse outro pensado na tradição a partir do mesmo -,alteridade e 
 ética.
 
 Puxa, que profundidade.que visão original sobre o que seria a 
 metafísica...o mesmo a partir do idêntico...o diferente como uma degradação 
 da identidade...CHEGA! Bullshit  (ôpa, um termo colonialista!!)
 
 

Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel

2011-12-02 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Sabia que gostava de Heidegger, mas não que tivesse um trabalho sobre 
ele...Pode falar mais dele? Em todo caso vou adquirir o livro para dar uma 
olhada.
Interessados:
http://www.estantevirtual.com.br/q/francisco-antonio-doria-o-corpo-e-a-existencia-uma-psicanalise-do-quotidiano

Agora não há problema algum com Heidegger, Foucault, Hegel... muito pelo 
contrário, eles são pontos de luz.Essa briga analíticos versus continentais não 
existe mais, grandes nomes em filosofia hoje conhecem e dialogamcom os dois 
lados, vide: Karl Otto-Apel, Habermas, Ernst Tugendhat, Vitorio Hösle, Alain 
Badiou...No Brasil Cirne-Lima, Margutti, Ernildo Stein, Manfredo Araujo de 
Oliveira e etc.
Rodrigo
 Date: Fri, 2 Dec 2011 11:40:27 -0200
 From: famado...@gmail.com
 To: abilio.rodrig...@gmail.com
 CC: logica-l@dimap.ufrn.br
 Subject: Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel
 
 Gosto muito de Heidegger. Aos 24 anos escrevi e publiquei um livro
 heideggeriano, O Corpo e a Existência, que até hoje considero como um de
 meus melhores trabalhos. E me sinto muito desconfortável com a filosofia
 analítica; parece-me seca, árida, sem sabor.
 
 Já o disse aqui: conheci Foucault, pessoa encantadora; muito amigo do
 psicanalista Chaim Katz, que o hospedava no Rio. E gosto da obra dele.
 
 2011/12/2 Abílio abilio.rodrig...@gmail.com
 
  Ola para todos.
  Um breve comentario.
  Esses equivocos q foram mencionados aqui, e causaram uma reacao
  indignada de alguns, q na verdade eu compartilho, é quase regra nas
  salas de aula dos deptos de filosofia. Digo ‘quase’ para preservar
  umas poucas excecoes. ‘Aulas’ sobre Foucault, Deleuze, Heidegger,
  Hegel, Derrida… – basicamente os franceses e os chamados
  ‘continentais’.
  E vejam, me refiro aos deptos de universidades como UERJ, UFRJ,
  Puc-Rio. E uotras claro, basta dar uma olhada nos respectivos eventos.
  São situacoes que não da pra ter uma discussao ou debate.
  Eu parrticularmente acho q o q resta a fazer a quem trabalha com
  lógica, ou filosofia da lógica, e também pra quem trabalha seriamente
  com filosofia, é fazer o próprio trabalho. Que inclui
  preparar/instruir os alunos, de modo q eles possam assumir uma postura
  crítica, mas sem caracterizar aquela história de ‘nós contra eles’,
  quero dizer ‘analiticos contra continentais’ ou ‘logicos formais
  contra heideggerianos/hegelianos’ etc.
  Abraços
  Abilio
 
  2011/12/2 Walter Carnielli walter.carnie...@gmail.com:
   Olá Rodrigo,
  
   até entendo sua inquietação, mas  não  vejo  que tenhamos que ser a
   Tropa de Elite da  Lógica.  Participar de  uma Lista  não impõe a
   ninguém, menos ainda  a  uma Sociedade, a  obrigação de  apontar  e
   consertar  bobagens.
  
   Há muita (mas  muita mesmo)  gente  competente  nessa  lista que
   poderia escrever  uma resenha, até bem mais crítica que a do Newton.
   Mas escrever uma  crítica  dá um imenso trabalho, e  nao acho que
   possa ser  feito no vapt-vuptde  uma lista de Internet.
   De certa forma o Newton já disse o que o  livro é.
  
   Ele foi bonzinho, como costuma ser quando escreve   (só quando escreve
   :-) ) e fez  uma
   aposta no futuro: Não obstante os reparos acima, o livro merece
   leitura atenta (em futuras edições, certamente será corrigido).
   Não  sei como ele  sabe que será corrigido,mas  apostou...  e acho que
   vai perder.
  
  
   Abs,
  
   Walter
  
  
   Em 2 de dezembro de 2011 00:50, Rodrigo Oliveira
   rodrigo@hotmail.com escreveu:
  
  
   Parece estranho ter o dever de elucidar bobagens, Walter. De fato.Mas
  não são bobagens inocentes e nem ditas por uma pessoa destituída de
  autoridade.Enfim, acho que alguém competente no assunto deveria se
  manifestar.
   Me lembrei da resenha do livro da Rebecca escrita pelo Newton:
  http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-rigorosa-logica-kafkiana-de-godel,331420,0.htm
   Abraço
   Rodrigo
  
   Date: Fri, 2 Dec 2011 00:28:44 -0200
   Subject: Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel
   From: walter.carnie...@gmail.com
   To: rodrigo@hotmail.com
   CC: logica-l@dimap.ufrn.br
  
   A Sociedade Brasileira  de  Lógica  tem obrigação de elucidar
   bobagens?
   Escreva  para a Presidente (ou Presidenta, se  voce preferir) e
   coloque seu pleito!
  
   E quem é o  representante do grupo de lógica? Qual grupo?
   Abs,
  
   Walter
  
  
   Em 2 de dezembro de 2011 00:20, Rodrigo Oliveira
   rodrigo@hotmail.com escreveu:
   
   
Se eu fosse uma autoridade em lógica eu postaria no blog, me
  identificando e enumerava os pontos em que ela está equivocada.Acho que é
  dever do representante do grupo de lógica ou da sociedade brasileira de
  lógica fazer isso.
Rodrigo
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   Prof. Dr. Walter Carnielli
   Director
   Centre for Logic, Epistemology and the History of Science

Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel

2011-12-01 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Parece estranho ter o dever de elucidar bobagens, Walter. De fato.Mas não são 
bobagens inocentes e nem ditas por uma pessoa destituída de autoridade.Enfim, 
acho que alguém competente no assunto deveria se manifestar.
Me lembrei da resenha do livro da Rebecca escrita pelo 
Newton:http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-rigorosa-logica-kafkiana-de-godel,331420,0.htm
Abraço
Rodrigo

 Date: Fri, 2 Dec 2011 00:28:44 -0200
 Subject: Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel
 From: walter.carnie...@gmail.com
 To: rodrigo@hotmail.com
 CC: logica-l@dimap.ufrn.br
 
 A Sociedade Brasileira  de  Lógica  tem obrigação de elucidar  bobagens?
 Escreva  para a Presidente (ou Presidenta, se  voce preferir) e
 coloque seu pleito!
 
 E quem é o  representante do grupo de lógica? Qual grupo?
 Abs,
 
 Walter
 
 
 Em 2 de dezembro de 2011 00:20, Rodrigo Oliveira
 rodrigo@hotmail.com escreveu:
 
 
  Se eu fosse uma autoridade em lógica eu postaria no blog, me identificando 
  e enumerava os pontos em que ela está equivocada.Acho que é dever do 
  representante do grupo de lógica ou da sociedade brasileira de lógica fazer 
  isso.
  Rodrigo
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[Logica-l] Jogadores decifram mistério que desafiava ciência havia 10 anos

2011-09-20 Por tôpico Rodrigo Oliveira

Jogadores decifram mistério que desafiava ciência havia 10 anos



20 de setembro de 2011 • 10h07
Um grupo de jogadores de games para computador, através do jogo Foldit, 
conseguiu decifrar a estrutura de uma proteína presente nos retrovírus em 
apenas três semanas. A ciência busca a solução para esse quebra-cabeça há mais 
de 10 anos.O Foldit é um jogo online que foi desenvolvido por pesquisadores da 
Universidade de Washington. O Foldit apresenta para os jogadores quebra-cabeças 
envolvendo as estruturas de diversas proteínas. Os resultados são então 
reenviados à Universidade para engrossar os dados de pesquisas.De acordo com o 
site Video Game Writers, os usuários acumulam pontos construindo modelos de 
estruturas de proteínas que poderão ser decifradas pelos cientistas que 
pesquisam a cura para doenças como aids (causada pelo retrovirus HIV) e 
câncer.A estrutura em questão, decifrada pelos jogadores, é chamada protease. 
Essa proteína tem papel fundamental na multiplicação dos vírus. Com a 
descoberta, os cientistas poderão entender como essa proteína age e também 
desenvolver vacinas e medicamentos que conseguirão evitar que vírus como o HIV 
se multipliquem e atinjam as células saudáveis.Segundo o Sidney Morning Herald, 
acredita-se que esta é a primeira vez que jogadores conseguem resolver um 
problema que a ciência ainda não decifrou.O cofundador do Foldit, Seth Cooper, 
afirmou para o The Next Web que a habilidade de raciocínio espacial dos 
jogadores permitiu que eles resolvessem um problema que até os mais poderosos 
computadores não conseguiram. 
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[Logica-l] A Lógica Social da Pesquisa Científica

2011-09-19 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Vejam que bacana este aspecto da ciência: uma hipótese científica que pode 
alterar bastante nossa visão (como a do tal Kiselev) e que não é analisada a 
fundo porque os cientistas estão sem tempo e não sabem se devem levá-la sério, 
e para levar a sério fazem uso de argumentos de autoridade...
Eu entendo as mensagens do Doria num sentido mais ou menos assim, ele está 
sempre apontando para diferenciações, contra-exemplos e etc... e não é de hoje.
Gosto da visão do Habermas (creio), segundo ela existem três tipos de ciência: 
ciências formais, ciências empíricas e ciências argumentativas. Partindo assim 
do todo e não de uma delas em particular parece que evitamos certos 
pseudoproblemas... Para ajudar a esmiuçar estes conceitos e suas fronteiras, 
ai sim Popper e cia são muito bem vindos. 
Quem definiu ciência como uma atividade de resolução de problemas? Isso não 
torna a velha ideia aristotélica de que ciência tem um objeto de estudo 
irrelevante? Alias já não tem um tempo que se deixou de usar esta ideia?
Rodrigo
PS: Se matemática não é ciência o que ela é então?

 From: phzambra...@gmail.com
 Date: Mon, 19 Sep 2011 14:33:53 -0500
 To: logica-l@dimap.ufrn.br
 Subject: Re: [Logica-l] Kiselev
 
 Olá pessoal lógico Brasileiro!
 
 Os preprints usualmente contêm erros ... até que algum referee ou um grupo
 de matemáticos sérios não dessem algum conceito sobre os escritos do
 Kiselev, acho que eu não acreditarei na afirmação dele. Acho pouco
 professional a atitude do Kiselev ao não submeter a uma revista os escritos
 dele ...
 
 E como disse o Andreas Blass: se eu não tivesse alguma coisa mais urgente
 para fazer, daria uma olhada ao (ou a um) erro, mas tenho coisas mais
 urgentes para fazer [...] assim que não escrutinarei  a afirmação do Kiselev
 em breve (isso poderia mudar se alguém como o Solovay diz que deveria ser
 tomado seriamente). Outra vez aparece o argumento de autoridade.
 
 Falando com o meu orientador (Andrés Villaveces, ele foi doutorando do
 Kenneth Kunen na U. de Wisconsin e acho que ele tem autoridade para falar
 sobre o tema), parece que pouco pessoal prestou atenção ao Kiselev com
 seriedade. Espero que daqui a pouco alguém com suficiente tempo consiga dar
 uma olhada aos escritos para comprovar se realmente a prova tem erros.
 
 Pedro Zambrano.
 
 2011/9/19 sam...@ufba.br
 
  Olás a todos,
 
  Essa questão do Kiselev (ZF provar que não existem inacessíveis) é
  complicada mesmo e concordo com as colocações do Rodrigo, principalmente no
  que se refere à analogia com o axioma do infinito.
 
  Além das discussões no FOM, há algo também no MathOverFlow:
 
  http://mathoverflow.net/**questions/73121/recent-claim-**
  that-inaccessibles-are-**inconsistent-with-zfhttp://mathoverflow.net/questions/73121/recent-claim-that-inaccessibles-are-inconsistent-with-zf
 
  No MathOverFlow, Andreas Blass (que é um pesquisador respeitável - olha o
  argumento de autoridade de novo, hehe...) diz o que mais ou menos todos
  estão dizendo pelo que vi, o texto é difícil de ler, está meio rebuscado e
  repetitivo, não está claro qual é a parte crucial do argumento. Aí, para ler
  as 250 páginas, fica complicado.
 
  Também li que o problema é que o Kiselev está tratando de certas afirmações
  ao mesmo tempo no sistema e também metamatematicamente, o que complica um
  pouco a coisa.
 
  Ou seja: como disse Dana Scott no FOM, alguém vai ter que ler e expor o
  erro, caso ele exista. Só críticas superficiais (está mal escrito, monótono,
  etc.) não vão resolver.
 
  E, como Andreas Blass, eu também estou sem tempo para ler as 250 páginas,
  vou deixar para algum pesquisador mais experiente do que eu fazer isso,
  hehe...
 
  Até,
 
  []s  Samuel
 
  PS: Há alguns anos atrás eu vi algo de um russo em um congresso dizendo que
  inacessíveis nao existiam, deve ser o mesmo Kiselev... Seria bom se um cara
  como o Kanamori, ou o próprio Solovay, viesse a público e desse uma opinião
  rápida sobre esse trabalho, que acabou de entrar no ArXiv. O cara deve ser
  um desses rebeldes que não gostam de críticas ao próprio trabalho, por isso
  não submete num formato padrão como artigo ou livro, e aí nós temos que
  todos procurar o erro no trabalho do cidadão, enfim (se é que existe, eu
  particularmente aposto que tem algum erro em algum lugar).
 
 
 
 
 
 
  Citando logica-l-requ...@dimap.ufrn.br**:
 
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Re: [Logica-l] RES: RES: RES: a ciência europeia e sua ideologia associada

2011-08-24 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Mas essa é a velha questão da filosofia moderna: como garantir que a razão, 
enquanto crítica, não seja dogmática, o que leva às questões de fundamentação 
reflexivas do conhecimento...
Rodrigo

 From: alv...@lunabay.com.br
 To: logica-l@dimap.ufrn.br
 Date: Wed, 24 Aug 2011 20:53:42 -0300
 Subject: [Logica-l] RES:  RES: RES: a ciência europeia e sua ideologia 
 associada
 
 Só um detalhe: não fui eu quem citou Descartes e Einstein.
 
 [ ]s
 
 Alvaro Augusto
 
 -Mensagem original-
 De: logica-l-boun...@dimap.ufrn.br [mailto:logica-l-boun...@dimap.ufrn.br]
 Em nome de Marcos Alves
 Enviada em: quarta-feira, 24 de agosto de 2011 13:30
 Para: logica-l@dimap.ufrn.br
 Assunto: Re: [Logica-l] RES: RES: a ciência europeia e sua ideologia
 associada
 
 Car@s,
 
 a história mostra que, em geral, um dogma é eliminado e subsituído por
 outro. Os próprios exemplos abaixo listados pelo Alvaro ilustram:
 Descartes derruba um dogma, mas vira outro; Einstein derruba um dogma, mas
 cria outro. O dogma da ciencia europeia será substituído por qual dogma?
 Seria esse dogmatismo bom ou ruim para a ciência?
 
 Cito aqui o Feyerabend, em Adeus à razão, texto no qual ele defende que
 a pluralidade (e não a unidade, ou a objetividade) é o que produz
 resultados epistemológicos e traz felicidade. Se concordarmos com o autor,
 temos, por exemplo, de acatar a medicina ocidental, oriental, diversas
 práticas alternativas de cura com o mesmo grau de aceitabilidade. Se
 discordarmos, podemos nos render aos dogmatismos. Qual posição adotar?
 
 Abço,
 
 Marcos.
 
 
 
 
 
  Caro Arthur,
 
  muito boa sua explicação. Usarei em minhas aulas. É amenizador sentir que
  o
  dogma da ciência européia também está se quebrando, assim como, na época,
  Descartes fez ao quebrar os dogmas da igreja, mostrando ideias que
  originariam a cientificidade européia.
  De tudo que você comentou, o pior de tudo é ver formadores de opinião,
  como alguns professores, confinando o pensamento de seus talentosos alunos
  ao mostrar limites para a cientificidade, além de decepar qualquer forma
  de
  expressão que não esteja nos padrões da mesma.
  Mas algo me deixa reconfortado, a história mostra muito bem que
  *aqueles
  que não se limitaram ao modelo da cientificidade européia e seu modelo
  simplório de explicar e ver o mundo, foram as pessoas realmente
  imortalizadas na história por suas realizações. *
  Einstein é um grande exemplo disso. Viveu num ambiente com dois
  dogmas,
  o da religião e o da cientificidade. Aos vinte anos, garoto, em casa, teve
  que duvidar do dogma da igreja que vivenciava em sua família desde a
  infância, e ainda mais, também teve que duvidar do dogma da cientificidade
  de Descartes/Newton que aprendia e vivia na universidade. Com certeza
  sofreu
  muito psicologicamente e analiticamente, ao estudar sobre o assunto, para
  finalmente se sentir confiante para viver sem esses dogmas, decidir sair
  do
  mundo unanime, e apostar em si. É passível de análise psiquiátrica essa
  atitude de *deixar de viver conforme a realidade verdade que todas as
  outras
  pessoas do mesmo meio vivem, no seu dia a dia*. *Sair da realidade é sinal
  de loucura*. Daí, passou a ter até hábitos considerados exotéricos pelos
  demais, até alguns parecidos com os de Jesus... e deu no que deu.
  A cientificidade européia ainda é um dogma que todos nós estamos
  vivenciando, mesmo que indiretamente através das pessoas com quem
  convivemos. A nova revolução da cientificidade vem encabeçada pelas ideias
  de Einstein, e ganham força com tantos outros pensadores. Vale lembrar
  também a ajuda que essa revolução está sentindo pelo novo paradigma da
  Física Quântica (FQ) e da Neurociência. Mas enquanto vivermos nesses três
  paradigmas (igreja, cientificidade européia e FQ), agora os novos
  Einsteins
  terão que analisar as contradições de três paradigmas, e não mais de dois,
  como Einstein fez. O mais provável, como diz a história, é que esses
  possíveis Einsteins desistam de si e se tornem só mais alguns funcionários
  do mercado de trabalho, seja nas empresas ou na própria academia.
  É certo que Descartes não é o mal, mas suas ideias foram corrompidas
  com
  o passar do tempo, principalmente por aqueles que mais deveriam levá-la a
  diante, os discípulos da ideia, assim como também aconteceu quando se
  corromperam as ideias originais que formavam a igreja. Mas a história vai
  seguindo... As ideias vão surgindo... e os doutos as corrompendo... e as
  ideias vão surgindo... e os doutos as corrompendo, cada qual pelos seus
  ideais de vida ou por ignorância. Baita ignorância. A história mostra que
  de
  tempos em tempos algum louco tem que chegar para recolocar ordem na
  casa,
  e reformular o paradigma para os tempos atuais.
 
  Em 23 de agosto de 2011 21:22, Alvaro Augusto (L)
  alv...@lunabay.com.brescreveu:
 
  Ah, certamente existem muitas opiniões divergentes, mas eu me referi a
  uma
  *durante* a palestra...

[Logica-l] Número de colaboradoras da Wikipédia é muito baixo

2011-08-16 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Número de colaboradoras da Wikipédia é muito baixo16/08/2011 - 20h04 | da 
Folha.comAumentar tamanho da letraDiminuir tamanho da letraEnviar por 
e-mailCompartilharImprimirNOAM COHEN
DO NEW YORK TIMESEm apenas dez anos, a Wikipédia atingiu algumas metas 
notáveis. Mais de 3,5 milhões de artigos em inglês? Feito. Mais de 250 línguas? 
Claro.

Mas outro número se revelou um obstáculo insuperável para a enciclopédia 
on-line: pesquisas sugerem que menos de 15% de suas centenas de milhares de 
colaboradores são mulheres. Sue Gardner, diretora-executiva da Fundação 
Wikimedia, a organização que dirige a Wikipédia, estabeleceu a meta de aumentar 
a parcela de colaboradoras de quase 13% para 25% até 2015. Mas ela está 
correndo contra as tradições do mundo do computador e um reino obsessivamente 
amante de fatos que é dominado por homens e, alguns poderiam dizer, 
desconfortável para as mulheres.

Jim Wilson/The New York TimesSue Gardner, diretora-executiva da Wikimedia 
Foundation, no escritório da Wikipédia em San Francisco

Seu esforço não é a diversidade pela diversidade, ela diz. Trata-se de querer 
garantir que a enciclopédia seja tão boa quanto poderia ser, disse Gardner.

Com tantos temas representados, a disparidade de gêneros, muitas vezes, aparece 
em termos de ênfase. Um tema geralmente restrito a meninas adolescentes, como 
braceletes de amizade, pode parecer curto, com quatro parágrafos, comparado com 
extensos artigos sobre algo que os meninos preferem, como soldados de brinquedo 
ou cartões de beisebol, cujo extenso verbete inclui uma história cronológica do 
assunto.

A ideia de que um projeto colaborativo e aberto a todos é tão tendencioso para 
os homens pode surpreender. Afinal, não há uma equipe executiva dominada por 
homens, que dê mais ênfase a eles que às mulheres, como pode haver no mundo 
corporativo.

Mas, por causa de seus primeiros colaboradores, a Wikipédia compartilha muitas 
características com os hackers, diz Joseph Reagle, um bolsista no Centro 
Berkman para a Internet e a Sociedade na Universidade Harvard.

Adotar abertura significa ser aberto a pessoas muito difíceis e altamente 
conflituosas, até misóginos, ele disse, por isso é preciso haver uma grande 
discussão sobre se existe o problema.

Gardner indicou a entrada na Wikipédia de uma de suas autoras preferidas, Pat 
Barker, que tinha apenas três parágrafos quando ele a encontrou. Barker é uma 
autora aclamada de romances de tom psicológico, muitos deles ambientados 
durante a Primeira Guerra Mundial. Ela tem 67 anos e vive na Inglaterra.

Em comparação, Niko Bellic tinha um artigo cerca de cinco vezes maior que o de 
Barker. Era uma questão de demografia: Bellic é um personagem do videogame 
Grand Theft Auto IV.

O público procura cada vez mais a Wikipédia como fonte de pesquisa: segundo uma 
recente pesquisa Pew, a porcentagem de adultos americanos que usam o site para 
procurar informações aumentou de 25% em fevereiro de 2007 para 42% em maio de 
2010. Isso representa 53% dos adultos que usam regularmente a internet. Em todo 
o mundo, segundo estatísticas da Wikipédia de 2010, 26% dos usuários da 
internet consultavam a enciclopédia.

Jane Margolis, coautora de um livro sobre sexismo na informática, Unlocking 
the Clubhouse (destrancando o clube), afirma que a Wikipédia vive os mesmos 
problemas do mundo off-line, onde mulheres são menos dispostas a declarar suas 
opiniões em público.

Segundo o Projeto OpEd, que monitora a lacuna de gêneros de colaboradores nos 
fóruns públicos de pensamento-liderança americanos, um índice de participação 
de aproximadamente 85% de homens para 15% de mulheres é comum --sejam membros 
do Congresso ou redatores de editoriais do New York Times e do Washington 
Post.

Gardner disse que, por enquanto, está tentando usar a persuasão sutil e sua 
fundação para atrair novas colaboradoras para a Wikipédia, em vez de defender 
medidas específicas como recrutamento ou cotas para mulheres.

Jim Wilson/The New York TimesSue Gardner, diretora-executiva da Wikimedia 
Foundation, com James Owen, um assistente

Kat Walsh, uma antiga colaboradora da Wikipédia eleita para o conselho da 
Wikimedia, concordou que iniciativas indiretas causariam menos mal-estar na 
comunidade da Wikipédia do que esforços mais declarados.

Mas o grande problema é que a atual comunidade da Wikipédia é o que surgiu 
deixando as coisas se desenvolverem naturalmente, ela disse. Tentar 
influenciá-la em outra direção não é o caminho mais fácil e exige um esforço 
consciente para mudar.

Às vezes, um esforço consciente funciona. Depois de ver a pequena entrada sobre 
Barker, Gardner acrescentou informações substanciais. Durante o mesmo tempo, a 
página de Niko Bellic aumentou apenas algumas frases.
  
___
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[Logica-l] Invenção da Toshiba se aproxima da computação quântica

2010-06-02 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Invenção da Toshiba se aproxima da computação quântica02/06/2010Por Ben 
Hirschler
LONDRES (Reuters) - A computação quântica de altíssima velocidade, uma das 
metas científicas mais almejadas, pode estar um passo mais perto depois da 
invenção de um novo dispositivo capaz de produzir a chamada luz emaranhada 
sob comando.Cientistas do centro de pesquisa da Toshiba em Cambridge, 
Inglaterra, anunciaram na quarta-feira que o Entangled Light Emitting Diode 
(ELED), ou diodo emissor de luz emaranhada, abre caminho para a criação de 
chips semicondutores de altíssima potência.Os computadores quânticos poderiam, 
em teoria, tentar múltiplas soluções para um problema ao mesmo tempo, e 
resolver em segundos problemas que as mais velozes máquinas atuais demoram anos 
para decifrar.Mas é mais fácil falar do que fazer, no que tange a explorar os 
estranhos poderes da física quântica -que estuda o universo no nível dos 
átomos, fótons e outras partículas.Agora, porém, Andrew Shields e seus colegas 
da Toshiba acreditam ter desenvolvido uma ferramenta essencial para a tarefa, 
na forma de um aparelho de fácil produção que pode ser conectado a uma bateria 
a fim de produzir luz emaranhada quando e como requerida.Trata-se de um grande 
passo porque significa que agora é possível começar a integrar diversos 
dispositivos em um único chip, disse Shields.Até agora, a equipe da Toshiba 
não chegou ao estágio de realizar cálculos, mas Shields acredita que circuitos 
básicos de computação quântica que empregam essa tecnologia podem estar 
disponíveis dentro de cinco anos.Os computadores quânticos baseados em 
processos ópticos precisam de grande número de fótons emaranhados, nos quais as 
partículas de luz estão vinculadas de forma a que existam em dois estados 
possíveis simultaneamente -algo que Albert Einstein descreveu como 
fantasmagórico.Até agora, produzir luz emaranhada só era possível com grandes 
aparelhos de laser. Mas o novo ELED da Toshiba utiliza tecnologia padronizada 
de semicondutores e é feito de arseneto de gálio, um material comum nos 
produtos eletrônicos ópticos.
  
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[Logica-l] França aprova em primeira instânc ia lei que permite controle da internet

2010-02-17 Por tôpico Rodrigo Oliveira

 

França aprova em primeira instância lei que permite controle da internet 

Da Redação
 


A Assembleia Nacional Francesa aprovou nesta terça-feira (17) uma lei chamada 
LOPPSI II (Lei de Orientação e Programação para a Segurança Interior, em 
tradução livre). Dentre as propostas dessa lei, que tem como objetivo tornar a 
França um lugar “mais seguro”, está a possibilidade do governo instalar trojans 
em computadores para monitorar pessoas. Para ser colocada em prática, a lei 
necessita passar ainda por exame em mais duas instâncias.


Limite na internet: censura ou proteção?
O projeto de lei, segundo informações do site britânico “The Register” e da PC 
World americana, foi aprovado na Assembleia Nacional por 312 votos contra 214 e 
abrange várias áreas como o combate à pornografia infantil, a pedofilia e a 
criminalização do roubo de identidades online.

A LOPPSI II prevê o aumento de gastos da polícia, através de investimentos em 
monitoramento de câmeras, aumento de penas para quem roubar identidades na 
internet, a ampliação do acesso ao banco de dados de DNA da polícia nacional e 
o possibilidade de grampo em linhas telefônicas e monitoramento de acesso à 
internet.

Outra proposta controversa é a que obriga os provedores a bloquear ou filtrar 
endereços de internet, que o governo julgue necessário.

Em um relatório que analisa a economia dos negócios de pornografia infantil, o 
jornalista Fabrice Epelboin alega que o filtro de URLs não é eficiente, pois 
esses conteúdos continuarão sendo compartilhados em redes de compartilhamento 
ponto a ponto. Entidades de defesa à liberdade na internet, como a Quadrature 
du Net, alertam que a LOPPSI II deixa a porta aberta a excessos perigosos e 
deve ser revista com salvaguardas rigorosas, ou ser completamente rejeitada.

De acordo com um estudo da Federação Francesa de Telecomunicações, citado pelo 
deputado Lionel Tardy, a filtragem de conteúdo custaria à França cerca de 140 
milhões de euros.

Deputados da oposição ainda tentaram vetar o bloqueio de URLs e sugeriram que 
os filtros de internet fossem implantados provisoriamente, para verificar se 
serão eficazes, porém a maioria governista rejeitou a proposta.
  
_
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[Logica-l] O Fim da ciência

2010-01-24 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Caro Doria,

Estou lendo o livro O Fim da Ciência de John Horgan, estou ajudando uma amiga a 
escrever um mini-artigo sobre o tema.
Fiquei surpreso ao ver que você é citado no livro, durante um seminário cujo 
nome era Os Limites do Conhecimento Científico
no Instituto Santa Fé, em 1994. O autor do livro trabalha na Scientific 
American. Leu o livro? Que me diz a respeito?

Para quem não conhece o livro, aqui uma pequena sinopse:

O autor entrevista dezenas de cientistas e pensadores, em busca de
respostas para uma série de perguntas sobre o futuro da ciência. Essas
questões podem ser resumidas em uma só: após mais de três séculos de
expansão ininterrupta, estaria a ciência se aproximando de seu fim? O autor 
entrevista pessoas como Roger Penrose, Gregory Chaitin, Ilya Prigogine, Karl 
Popper, Thomas Kuhn e uma série de físicos de partículas, teóricos do caos e 
etc. O autor não é filósofo e nem cientista, é um jornalista que resolveu 
escrever um livro expondo sua opinião própria sobre o tema. Basicamente ele 
entrevista os nomes citados com as seguintes perguntas: a ciência um dia 
terminará? A física encontrará uma teoria de tudo? A teoria das supercordas 
poderá ser essa teoria ou ao menos um caminho para a teoria de tudo? É possível 
que alguma teoria venha a mudar radicalmente nossos mapas do universo como a 
mecânica quantica e a teoria da evolução o fez ou é mais provável que as novas 
descobertas venham a justificar ainda mais os paradigmas vigentes? É possível 
encontrar A Resposta (para ele isso seria algo como responder perguntas como: 
porque existe algo e não o nada? Somos uma contingência histórica ou nosso 
surgimento foi inevitável? Se a busca pelo conhecimento é o que dá sentido à 
vida, o que faremos quando a ciência terminar?

O autor do livro interpreta as respostas dos autores de uma perspectiva 
semelhante a do Wittgenstein do Tractatus, embora de modo bem ingênuo. Para ele 
se o autor acredita que a ciência nunca acabará ou que existem coisas que não 
podem ser objeto dos métodos científicos ele tacha o sujeito de um defensor do 
mistério, mesmo que o sujeito o faça por motivos epistêmicos. No fundo ele está 
convencido de que a ciência, a ciência pura está perto do fim, a ciência 
aplicada continuaria por muito tempo ainda. Ou que os principais paradigmas já 
foram alcançados, o que faltaria seriam alguns detalhes e que não haveriam mais 
grandes descobertas. Já temos algumas peças de nosso mapa final do mundo. E 
para ele isso é um problema existencial porque ele entende a ciência como o 
sentido da vida, embora não seja cientista. 

Como você responderia a essas perguntas Doria?

Rodrigo
  
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[Logica-l] Quantum Mechanics Demystified

2010-01-13 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Doria, esse Quantum Mechanics Demystified é introdutório mesmo? Quanto de 
matemática ele exige?
É um bom livro para um primeiro contato mais sério com a mecânica quântica?

Rodrigo

  
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[Logica-l] FW: Lógica, Matemática e Psico logia.

2009-12-19 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Olá Ricardo,

Estou lendo este livro e já havia pensado em lhe perguntar a respeito, pois vi 
o vocabulário na sua página. Se pudesse, gostaria de vê-lo falar um pouco mais 
sobre a psicologia topológica e vetorial. Que perspectivas você vê? Fala-se que 
a teoria dos jogos talvez pudesse servir como um modelo para a interação 
humana. Que acha disso? Ainda não terminei o livro, mas a proposta dele sem 
dúvida é atraente.

Abraço

Rodrigo


Date: Sat, 19 Dec 2009 14:03:11 -0200
From: rica...@cle.unicamp.br
To: logica-l@dimap.ufrn.br
Subject: [Logica-l] Lógica, Matemática e Psicologia.

Olá a todos.

Para aqueles que gostam do tema da utilização da Matemática e da Lógica em 
Psicologia (ou mesmo de fundamentos da Psicologia) recomendo fortemente o livro 
de Kurt Lewin, Princípios de Psicologia Topolótica 
(http://books.google.com.br/books?id=4fbaSj481NwCprintsec=frontcoverdq=topological+psychologycd=1#v=onepageq=f=false)
 que tem tradução para o Português 
(http://www.traca.com.br/livro/57074/principios-de-psicologia-topologica) e 
que, apesar de esgotada, pode ser achada facilmente nos sebos.


Pode-se encontrar o vocabulário desse livro em meu site
(http://www.marilia.unesp.br/Home/Instituicao/Docentes/RicardoTassinari/LewinV.htm).

Existem ainda outros livros dele nos quais ele aplica os conceitos desse livro.

Acho a Psicologia Topológica e Vetorial criada por ele genial e acho que a 
Psicologia perde muito em objetividade (enquanto ciência) por não dar 
continuidade aos seus trabalhos (ou mesmo por não criticá-los de forma 
consistente); e não dá para entender, já que sua matemática é simples, pois 
sendo topologias em conjuntos finitos, trata-se apenas de teoria de conjuntos 
finitos.


Quem quiser pesquisar e conversar sobre o tema, é uma psicologia que gosto 
muito.

Abraços,
Ricardo.
-- 
Dr. Ricardo Pereira Tassinari - Departamento de Filosofia
UNESP - Faculdade de Filosofia e Ciências - Marília

Homepage: http://www.marilia.unesp.br/ricardotassinari

  
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[Logica-l] Morre aos 100 anos o antropólogo Lé vi-Strauss

2009-11-03 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Morre aos 100 anos o antropólogo Lévi-Strauss



Do UOL Notícias*
Em São Paulo






  


  
  
  

  Atualizado às 15h46



O
etnólogo e antropólogo estruturalista Claude Lévi-Strauss morreu na
noite de sábado para domingo (1º) aos 100 anos, de acordo com um
porta-voz da Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais de Paris,
na França. Ainda não há informações sobre a causa da morte do
antropólogo. O falecimento foi divulgado pela editora Plon.



Nascido em Bruxelas, na Bélgica, Lévi-Strauss foi um dos grandes
pensadores do século 20. Ele, que completaria 101 anos no próximo dia
28, tornou-se conhecido na França, onde seus estudos foram fundamentais
para o desenvolvimento da antropologia. Filho de um artista e membro de
uma família judia francesa intelectual, estudou na Universidade de
Paris.



De
início, cursou leis e filosofia, mas descobriu na etnologia sua
verdadeira paixão. No Brasil, lecionou sociologia na recém-fundada
Universidade de São Paulo, de 1935 a 1939, e fez várias expedições ao
Brasil central. É o registro dessas viagens, publicado no livro
Tristes Trópicos (1955) que lhe trará a fama. Nessa obra ele conta
como sua vocação de antropólogo nasceu durante as viagens ao interior
do Brasil.




Ele
soube partir do empirismo para dialogar e colocar a antropologia em pé
de igualdade com outras ciências humanas, como a filosofia.
Lévi-Strauss é um autor fundamental, afirma Renato Sztutman, professor
do Departamento de Antropologia da USP e mestre e doutor em
Antropologia Social na área de etnologia indígena.



Exilado nos
Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945),
Lévi-Strauss foi professor nesse país nos anos 1950. Na França,
continuou sua carreira acadêmica, fazendo parte do círculo intelectual
de Jean Paul Sartre (1905-1980), e assumiu, em 1959, o departamento de
Antropologia Social no College de France, onde ficou até se aposentar,
em 1982.



O estudioso jamais aceitou a visão histórica da
civilização ocidental como privilegiada e única. Sempre enfatizou que a
mente selvagem é igual à civilizada. Sua crença de que as
características humanas são as mesmas em toda parte surgiu nas
incontáveis viagens que fez ao Brasil e nas visitas a tribos de
indígenas das Américas do Sul e do Norte.



O antropólogo passou
mais da metade de sua vida estudando o comportamento dos índios
americanos. O método usado por ele para estudar a organização social
dessas tribos chama-se estruturalismo. Estruturalismo, diz
Lévi-Strauss, é a procura por harmonias inovadoras.

  Especialistas lamentam  Sociólogo
e ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso divulgou uma nota
sobre o falecimento do antropólogo. Lévi-Strauss foi um dos maiores
antropólogos de todos os tempos. Suas contribuições, especialmente
depois que publicou 'As Formas Elementares do Parentesco',
revolucionaram a antropologia contemporânea. A partir de então, a
corrente chamada 'estruturalista' passou a exercer enorme influência em
todas as universidades, diz FHC.
 


A
corrente estruturalista da antropologia, da qual Lévi-Strauss é o
principal teórico, surgiu na década de 40 com uma proposta diferente da
antropologia de viés funcionalista, predominante até então. O
funcionalismo se preocupava com o funcionamento de cada sociedade e em
saber como as coisas existiam na sua função social. O estruturalismo
queria saber do trabalho intelectual. Olhar para os povos indígenas e
buscar uma racionalidade e uma reflexão propriamente nativa, diz
Sztutman.



Suas pesquisas, iniciadas a partir de premissas
linguísticas, deram à ciência contemporânea a teoria de como a mente
humana trabalha. O indivíduo passa do estado natural ao cultural
enquanto usa a linguagem, aprende a cozinhar, produz objetos etc. Nessa
passagem, o homem obedece a leis que ele não criou: elas pertencem a um
mecanismo do cérebro. Escreveu, em O Pensamento Selvagem, que a
língua é uma razão que tem suas razões - e estas são desconhecidas pelo
ser humano.



Ele abriu um caminho para pensar a filosofia
indígena, valorizar o lado intelectual dos povos estudados, e não ficar
naquela coisa 'nós (ocidentais) temos uma grande teoria e eles não'.
Lévi-Strauss abriu caminho para valorizar o aspecto intelectual de
outras populações, acrescenta Sztutman.



Lévi-Strauss não via o
ser humano como um habitante privilegiado do universo, mas como uma
espécie passageira que deixará apenas alguns traços de sua existência
quando estiver extinta.



Membro da Academia de Ciências Francesa
(1973), integrou também muitas academias científicas, em especial

[Logica-l] V axioma de Frege e o paradoxo de Russel

2009-09-27 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Alguém pode me dar uma idéia, ou indicar uma referência, mais detalhada de como 
o paradoxo de Russel invalida o V axioma de Frege?

Sei o básico, que o V axioma pressupoe que conjuntos possam ser elementos de 
outros conjuntos e que (por 1 axioma da teoria de conjuntos) dada uma 
propriedade bem definida podemos criar um cojunto cujos elementos serão aqueles 
que possuem tal propriedade e assim criamos o conjunto cujos elementos são os 
conjuntos que não são elementos de si mesmo..., mas gostaria de ouvir mais 
sobre o assunto se houer alguém interessado. Sei de algumas tentativas de 
reconstruir a demonstração de Frege e evitar a inconsistência, o que dizem 
sobre isso?

Rodrigo
  
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[Logica-l] Sobre paradoxos

2009-08-20 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Tenho uma dúvida: todos os paradoxos lógicos envolvem: 1 - Negação e 2 - 
Auto-referência?
Rodrigo
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[Logica-l] Falecimento de M. S. Lourenço

2009-08-07 Por tôpico Rodrigo Oliveira





 



Recordar M. S. Lourenço
 
Acabo de saber do falecimento do professor M. S. Lourenço e ainda estou algo 
chocado com a súbita e desventurada notícia. Como seu ex-aluno, cabe-me 
escrever algumas notas memoriais. Por Desidério Murcho (UFU) 
 

Conheci M. S. Lourenço como professor quando eu estava no segundo ano da 
graduação em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Ele 
leccionava as aulas teóricas de Lógica, que contrastavam fortemente com o 
restante currículo. Tão fortemente que alguns alunos queriam que o programa da 
cadeira fosse alterado, para que se leccionasse história da lógica em vez de 
lógica propriamente dita — dando assim largas ao tique de toda a universidade 
de vão de escada e que consiste em fazer história de X quando não se sabe X, 
precisamente para fingir que se sabe X. Pela minha parte, esta era a única 
cadeira onde realmente aprendia alguma coisa, em vez de jogos de palavras, 
misticismos infantis e a adoração religosa de filósofos mortos.

M. S. Lourenço era muitíssimo amável e paciente, mas um professor sem tino 
didáctico: não conseguia colocar-se do ponto de vista cognitivo do aluno, pois 
ele era como que um alienígena, desconhecendo quase por completo o contexto 
mental dos seus alunos. Exemplo disso era o seu programa de lógica, que 
começava — imagine-se! — com a axiomatização da aritmética, ou seja, 
aprendíamos a dar conta de várias propriedades lógicas das operações de adição 
e subtracção, multiplicação e divisão. A ideia do Manel Lourenço (era assim que 
lhe chamávamos) era que deste modo a lógica não seria tão bizarra, pois faria 
uma conexão com os conhecimentos elementares de aritmética que evidentemente 
todo o aluno tinha; mas o resultado terrível era o oposto, confirmando aos 
alunos que a lógica nada tinha a ver com a filosofia e que era apenas uma 
espécie de matemática esquisita.

Privei algumas vezes com o Manel Lourenço, nomeadamente na sua casa de Sintra, 
mas nunca o conheci verdadeiramente bem, sobretudo porque perdi o contacto com 
ele quando fui estudar para Londres. Agora que sou professor, algo me 
surpreende no Manel Lourenço ao olhar para trás — na verdade, algo que não 
devia surpreender-me. Ao contrário do que a maior parte das pessoas possam 
supor, muitos dos professores universitários de alguns sectores mais frágeis 
não têm quaisquer interesses intelectuais genuínos; a cultura, a vida mental, 
serve exclusivamente de arma de arremesso para exibir imaginadas superioridades 
sociais, mas a curiosidade cultural e bibliográfica, o interesse genuíno pelas 
ideias, é tão raro numa universidade de vão de escada quanto numa padaria. Ora, 
o Manel Lourenço era um intelectual, o que é coisa rara, incluindo em algumas 
universidades. Tive por isso oportunidade de ter estimulantes conversas com ele 
sobre os mais diversos temas que nos interessavam — da filosofia às artes, da 
música à literatura, das ciências à sociedade.

O Manel Lourenço era detentor de uma prosa maravilhosa. A língua portuguesa 
saía das suas mãos reinventada, limpa, ática. E isto quer estivesse a escrever 
literatura quer estivesse a escrever filosofia. O seu livro Espontaneidade da 
Razão, baseado na sua tese de doutoramento, é um estudo sobre a refutação do 
empirismo em Wittgenstein. Não tenho o livro comigo, mas guardo dele a memória 
de ter sido a primeira vez que vi como se faz história da filosofia de um ponto 
de vista analítico, e com uma elegância comovente. Em vez de se citar e 
parafrasear o autor e os comentadores, faz-se uma reconstrução teórica 
inteiramente imanente, sem referências constantes à autoridade do texto e dos 
comentadores. Este estilo deve muito a Dummett (professor do Manel Lourenço), 
que consegue comentar Frege e Wittgenstein quase sem os citar. Fiquei 
deslumbrado quando estudei o livro do Manel Lourenço e o primeiro artigo que 
publiquei, sobre Hume, deve muito a esta descoberta de como se reconstrói uma 
teoria sem atender aos mil e um aspectos literários e estilísticos que 
embasbacam os basbaques, depurando o que tem exclusivamente interesse teórico e 
procurando não escrever duas palavras quando uma só é suficiente. O meu livro 
Essencialismo Naturalizado, vagamente baseado na minha dissertação de mestrado, 
segue precisamente este estilo mas sem que o tenha feito conscientemente, pois 
nesta altura já era parte da minha maneira de escrever filosofia técnica (que é 
diferente do modo como escrevo trabalhos didácticos ou de divulgação).

Guardo um amargo de boca, relativamente ao Manel Lourenço. A incapacidade de 
reconhecer quem tanto nos deu é uma falta moral grave, e poderá parecer que 
esse é o meu caso, pois não cheguei a ter oportunidade de lhe dedicar um livro, 
como fiz a Adriana Silva Graça, que me ensinou lógica. Isto aconteceu porque 
nunca compreendi praticamente coisa alguma das aulas teóricas de lógica do 
Manel Lourenço — quem realmente me ensinou lógica foi a Adriana, de uma maneira 
maravilhosa, e 

Re: [Logica-l] Paul Watzlawick, o teorema de Gödel e o Tractatus de Wittgenstein

2009-08-04 Por tôpico Rodrigo Oliveira


Olá Marcelo Finger,
Obrigado pelos esclarecimentos.
Fiquei com certo receio ao ler a apresentação do teorema que o Watzlawick faz, 
por isso minha pergunta sobre a apresentação que ele faz do teorema, embora 
conheça o teorema apenas pela apresentação informal do livro Prova de Gödel, do 
Newman e do Nagel, acompanho a lista e vi algumas correções sobre o teorema de 
Gödel sendo feitas. Meu desconforto foi exatamente o ponto que abordou, quando 
ele afirma que G é demonstrável a partir das premissas e axiomas do sistemas. 
Nesse ponto fiz bem em postar o texto, pois eliminou minha dúvida. Fico com a 
sensação, porém de que talvez ele pudesse querer dizer que ela era permitida 
pelos axiomas do sistema, ou expressável no sistema, dai teria que ver o 
original em inglês. Mesmo assim pecaria ao se referir a qualquer sistema, como 
apontou o Décio, muitos sistemas não conseguem nem reproduzir o teorema.
Eu tenho certo receio quanto à essas abordagens também, embora ache que seja 
necessário e creio que será o caminho pelo qual irei. Postar o texto aqui na 
lista foi uma forma de filtrar o texto. Mesmo com os pequenos erros 
identificados, trata-se de um apêndice, um complemento no espírito do texto, 
mas sem ligação direta com este. Não compromete o livro.

Nunca tinha ouvido falar em omega-consistência, pode falar mais a respeito?
Abraço
Rodrigo
Date: Mon, 3 Aug 2009 14:21:04 -0300
Subject: Re: [Logica-l] Paul Watzlawick, o teorema de Gödel e o Tractatus de 
Wittgenstein
From: mfin...@ime.usp.br
To: rodrigo@hotmail.com
CC: logica-l@dimap.ufrn.br

Caro Rodrigo.

Os problemas começam quando se toma o Teorema de Goedel como sendo o que ele 
não é.  Segundo o seu texto:

  Gödel
pôde demonstrar que nesse sistema ou algum outro equivalente é possível
construir uma frase, G, que (1) é demonstrável a partir das premissas e
axiomas do sistema, mas que (2) afirma de si mesma que é
indemonstrável. 

Lamento, mas o que o Teorema diz é que, se uma teoria T for uma extensão da 
Aritmética de Peano, então existe uma fórmula A:

  a) SE A TEORIA T FOR CONSISTENTE, A não é demonstrável em T; e

  b) SE A TEORIA T FOR omega-CONSISTENTE, a negação de A não é demonstrável em 
T.

Essas pré-condições de consistência são absolutamente fundamentais tanto para a 
demonstração quanto para a compreensão do teorema.  (Rosser depois mostrou que 
a omega-consistência pode ser reduzida a apenas consistência usando uma outra 
fórmula).  A sua análise, e muitas outras, omitem este facto.


Aliás, o teorema é chamado de incompletude, pois uma teoria é incompleta se 
existe uma fórmula tal que nem ela nem sua negação podem ser demonstradas.  O 
Teorema de Gödel diz q a aritmética de Peano é incompleta e não pode ser 
completada.


Em nenhum lugar está dito que a fórmula A responsável pela incompletude é 
demonstrável a partir das premissas e
axiomas do sistema.  Aliás, se ela assim fosse, ou o teorema ou a aritmética 
seriam inconsistentes.  Por sinal, a auto referência da fórmula A não é direta, 
mas se dá através de um sistema
de codificação de fórmulas e provas em elementos da aritmética (de
peano).  Esta codificação não é única, diversas codificações distintas
servem de base para o teorema.

Espero ter ajudado.

[]s

Marcelo




2009/8/3 Rodrigo Oliveira rodrigo@hotmail.com

















Olá a todos,

Estou lendo o livro Pragmática da Comunicação Humana, do Paul Watzlawick. No 
fim do livro ele faz uma relação entre o teorema de Gödel e o que ele chama de 
o paradoxo fundamental da existência humana, sendo o Tractatus de Wittgenstein 
uma maneira de expressar esse paradoxo. Reproduzo aqui o texto, que é um 
pouquinho longo para um e-mail. Gostaria de ouvir comentários obre ele, dado 
que qui se encontram especialistas nos temas abordados. Penso em coisas como: o 
modo como ele apresenta o teorema é adequado? A relação que ele apresenta faz 
sentido? Se a estrutura é semelhante mesmo, como Wittgenstein aparentemente não 
entendeu o teorema de Gödel? O teorema de Gödel envolve a auto-referência, 
Wittgenstein negava tal coisa... Que pensam disso?


Abraços

Rodrigo


Segue o texto:

As hierarquias como aquelas com que estamos agora ocupados foram detalhadamente 
exploradas num ramo da matemática moderna, com o qual nosso estudo tem grande 
afinidade, exceto o fato de que a matemática é de uma coerência e rigor 
incomparavelmente maiores do que nós podemos ter sequer esperança de alcançar. 
O Ramo em questão é a teoria da prova - ou metamatemática. Tal como esta última 
denominação claramente implica, essa área da matemática trata de si mesma, isto 
é, das leis inerentes à matemática e o problema de saber se a matemática é ou 
não coerente. Portanto, não surpreenderá que os matemáticos tenham encontrado e 
investigado, essencialmente, as mesmas consequências paradoxais da 
auto-reflexividade, muito antes de que analistas da comunicação humana 
estivessem cônscios sequer de sua existência. De fato, o trabalho nessa área

[Logica-l] RE: RES: falhas graves da filosofia acadêmica ocidental

2008-09-26 Por tôpico Rodrigo Oliveira
 suspensão do juízo a 
ataraxia, a impertubabilidade da alma. Epicuro diz que é o desapego e seus 
remédios contra os medos e etc. Você disse que minha visão é redutora, hora 
nenhuma eu quis reduzir a filosofia a isso. Eu é que te acusei de reducionismo 
porque você parece ignorar essas correntes (estou achando que você é um 
analítico militante ou coisa assim).

Isso entre outras coisas como, por exemplo, o fato de muitas pessoas terem essa 
idéia sobre a filosofia (esse pré-conceito surgiu de algum  modo, não caiu de 
para-quedas na história) me faz crer que a filosofia está sim vinculada a busca 
de uma salvação, a responder a algo como: estou aí jogado no mundo, que vou 
fazer da minha vida? Sem jamais reduzi-la a isso.






Um abraçoRodrigo


 





From: Rodrigo Oliveira
[mailto:[EMAIL PROTECTED] 

Sent: sexta-feira, 19 de Setembro de 2008 18:09

To: Desidério Murcho

Subject: RE: [Logica-l] RES: falhas graves da filosofia
acadêmica ocidental





 



Caro Desidério,



O que estás a fazer é supressão de provas. Apontas vários
exemplos favoráveis à tua generalização, mas escondes tudo o que refuta a
generalização. A maior parte das obras da maior parte dos filósofos não trata
do problema do sentido da vida. Há muitíssimos mais capítulos e livros inteiros
sobre outras temas, como a natureza da verdade ou a possibilidade do
conhecimento, a natureza das propriedades.



Sua observação é pertinente. Sem dúvida é um dos pontos que devem ser melhor
desenvolvidos. Estou tentando esclarecer melhor um ponto de vista sobre a
filosofia, amplamente difundido, que muitos filósofos contestam ou odeiam. Eu
mesmo odeio muito do que se escreve nesse sentido. Mas defendo sim que esse
projeto de salvação está presente senão como tema central ao menos como pano de
fundo no trajeto da história da filosofia.



Entrei na discussão porque mesmo sendo contra as teses apresentadas pelo
Arthur, ao apresentarem o que ele acredita, muitos, inclusive você, resumiram o
pensamento dele a uma caricatura simples e ingênua, alias coisa que muitos ao
comentarem alguém ou um filósofo ou um sistema fazem. Tal como apresentaram o
pensamento dele nem mesmo uma pessoa ingênua acreditaria. Um conselho
popperiano: melhorar as teses e os argumentos adversários para só então
criticá-los. No fundo quis apenas moderar.



A palavra salvação pode causar revolta mesmo. O que quero dizer com salvação é
o lado de construção pessoal que a filosofia sempre teve associado ao seu nome.
Abordado sobretudo na parte da ética. Filosofia não é religião, concordo. Mas
ela surgiu tomando como objeto para reflexão temas pertencentes a religião.
Tudo bem que podemos ser objetivos e entender a ética como uma reflexão sobre
os conceitos éticos e trabalhar problemas como a universalização da moral e a
justificação de enunciados éticos ou ainda a possibilidade dos mesmos. Mas
Desidério, você recomendaria o que acabei de dizer como uma chave de leitura
para um estudante de filosofia? Diria para ele ler a ética de Platão assim? Ler
os estóicos assim? Sem dúvida essas questões estão presentes e podemos analisar
esses filósofos assim, mas ao menos na filosofia antiga é inegável que não se
tratava apenas de uma discussão conceitual. Não era esse o interesse principal
desses filósofos. Seria analisá-los de uma perspectiva puramente analítica e
creio que perder o cerne de suas filosofias morais. Contemporaneamente isso é
possível em muitos casos.



Que mostrei exemplos favoráveis a tese que apresentei, não a que defendo, sem
dúvida eu o fiz. Não vejo outro modo de argumentar a favor dessa idéia de forma
sucinta. Um modo mais adequado talvez fosse desenvolver a idéia central de que
a filosofia surge da constatação da finitude do homem e de sua consciência
disso e então olhar para a história da filosofia nessa perspectiva. Sem dúvida
significa entortá-la. Assim como a visão analítica também a entorta. Mas acho
que agindo analiticamente e tendo como pano de fundo essa questão da salvação,
esse lado existencial, temos uma chave de leitura melhor, mais abrangente. A
história da filosofia pura obviamente não temos acesso.



Hume nunca escreveu sobre o sentido da vida, Tomás de Aquino tem
pequenas passagens apenas em que fala disso, Schopenhauer escreveu muito mais
sobre a natureza da representação e da realidade do que sobre o sentido da
vida. 



Tómas de Aquino defende o cristianismo como a salvação do mesmo modo que
indiretamente Descartes e Kant. Onde culminam as teses de Schopenhauer? Numa
ética do santo. Eu consigo extrair de Hume muitas diretrizes do que seria uma
vida boa.
Em Schopenhauer essa idéia é bem presente, em Hume e Kant menos, mas ainda a
vejo presente.



Os livros de filosofia dedicam mais capítulos a outras questões do que ao
sentido da vida. Verdade. Mas após desenvolverem suas ontologias e
epistemologias para onde se dirigem os filósofos? Ética. Ao ler os filósofos
tenho sempre a impressão de que a ética coroa seus sistemas.

Note que quem assume essa questão

[Logica-l] FW: RE: RES: falhas graves da filosofia acadêmica ocidental

2008-09-26 Por tôpico Rodrigo Oliveira






Concordo plenamente.

Date: Fri, 26 Sep 2008 08:57:30 -0300
From: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: [Logica-l] RE: RES: falhas graves da filosofia acadêmica 
ocidental
CC: logica-l@dimap.ufrn.br

A religião tem solução - mas não é, necessariamente, a correta... 

2008/9/25 Rodrigo Oliveira [EMAIL PROTECTED]






Olá Desidério,


















Parece-me que tem uma perspectiva muito redutora da filosofia. Pior:
historicamente falsa e enganadora. A maior parte das obras dos filósofos nada
têm a ver com a salvação, seja qual for o sentido rebuscado que se dê a este
termo. A ética nem sempre tem a ver com a salvação. A procura da vida boa não é
necessariamente uma procura de salvação e a muitos filósofos não escreveram
sobre a ética. 

Estou usando o termo salvação justamente nesse sentido de vida boa ou vida 
autêntica ou sentido para a vida (estou usando um sentido amplo e vago). A 
religião tem uma solução para os porblemas relacionados a finitude humana e 
nossa consciência disso, nosso medo. Em todas as religiões há uma solução para 
o problema da morte e o meio de se chegar a salvação é pela fé. Na filosofia há 
também uma busca de solução para o mesmo problema, mas não pela fé e sim pela 
razão. A filosofia está historicamente relacionada com essa questão, isso eu 
defendo.
Mas não se trata de colocar o problema: qual o sentido da vida? E procurar 
respondê-lo diretamente, há muita coisa a se fazer antes disso. Conselhos de 
vida e máximas soltas é coisa de auto-ajuda. Os direcionamentos dos filósofos 
estão alicerçados em suas teorias sobre a realidade, em suas idéias sobre o 
homem, sobre o que pensam poder conhecer com segurança. São coerentes com sua 
visão de mundo. Emanam dessa visão.

A tua hipótese histórica parece-me insustentável por ser
arbitrária. Com igual arbitrariedade eu posso ler toda a história da filosofia 
dizendo
que, de algum modo, os problemas da metafísica da modalidade, que por acaso é a
área em que eu trabalho, estão sempre presentes nas preocupações dos filósofos,
mesmo daqueles que nunca escreveram uma linha explicitamente sobre tal coisa. 
Já te citei algumas indicações, considero que elas ao menos deviam nos fazer 
pensar sobre o assunto. Sua rejeição é que me parece arbitrária já que você não 
dá nenhuma interpretação alternativa para meus exemplos. Montaigne diz: 
filosofar é aprender a morrer. Sócrates diz que a filosofia nos ensina a 
morrer. Kant diz que umas das questões centrais é: o que podemos esperar? (ou 
ainda O que devo fazer?) Espinosa diz: o sábio morre menos que o tolo. Como 
você interpreta isso? Esses autores não me parecem ser do tipo que escrevem 
coisas de passagem, não importantes, que poderiam ser ignoradas em uma 
interpretação, ainda mais quando definem a coisa à qual dedicaram suas vidas.
Será possível reinterpretar toda a história da filosofia dessa
perspectiva? Sim. É possível também interpretar toda a história da filosofia 
como
uma tentativa de oprimir os pobres. É possível interpretar as coisas como
quisermos. A possibilidade não basta. É preciso a plausibilidade e é preciso
procurar activamente contra-exemplos, caso contrário cometemos a falácia da
supressão de provas. Se ignorares todos os textos de todos os filósofos que não
tratam da questão da salvação e deres proeminência aos outros, claro que parece
que provas algo, mas isso é só porque suprimiste provas.Não tenho interesse o 
bastante nessa idéia para me lançar a essa pesquisa exaustiva. Vejo essa idéia 
presente em grandes filósofos e correntes de pensamento na história da 
filosofia, isso me basta: Epicurismo, Cinismo, Estoicismo, Pirronismo, 
Humanismo e Existencialismo mostram bem essa idéia. 

Se a questão da
salvação fosse assim tão central na filosofia, por que razão não escreveriam os
filósofos sobre tal coisa mais vezes e mais explicitamente? 

Porque não é a única tarefa da filosofia, porque há todo um trabalho a ser 
feito antes, porque ela coroa os sistemas ou as filosofias e porque alguns não 
a consideram uma tarefa da filosofia ou não acreditavam haver meios rigorosos o 
bastante para falar disso. Wittgenstein não escreveu nada sobre o assunto e 
essa idéia está presente de modo forte em seu pensamento. 



Além de historicamente insustentável, a tua posição é filosoficamente
implausível. Não há qualquer razão para pensar que o problema da salvação é um
problema filosófico, para começar. É um problema psicológico e pessoal. Mas 
mesmo
formulando o problema de uma maneira qualquer de modo a dar-lhe interesse
filosófico, por que razão havemos de pensar que é um problema central da 
filosofia?
Mesmo que psicologicamente muitas pessoas se preocupem muito com isso, daí não 
se
segue que o problema tenha centralidade filosófica. Todos os filósofos se
preocuparam com ter comida para comer, mas nem por isso a comida tem 
centralidade
filosófica.  

Seu julgamento é apressado. Parece agir mais ideologicamente do que comentar 
meu texto. Não estou

[Logica-l] FW: falhas graves da filosofia acadêmica ocidental

2008-09-17 Por tôpico Rodrigo Oliveira









Arthur: (2) Em decorrência do problema anterior, a filosofia acadêmica 
ocidental tem
se afastado da admiração e respeito da maioria da elite intelectual e mesmo
do resto da população do Ocidente, isto porque as necessidades intelectuais
da maioria da população são, em grande parte, ignoradas pelos academicistas
ocidentais, que continuam, em sua maioria, a passar o tempo a dissecar e
redissecar apenas textos de uma lista bem restrita, e a fazer análises e
re-análises, muitas vezes de uma forma bem pedante, de um número bem pequeno
de fontes, com respeito à magnitude das referências existentes.

Segue uma notícia que mostra que seu ponto de vista Arthur está, no mínimo,
desatualizado. A filosofia está na moda na verdade.
A velha crítica sobre a filosofia acadêmica não procede, creio eu, são inúmeras
as obras de divulgação e de aproximação com o público.
Mesmo assim soa estranho afirmar que por não incluir a filosofia oriental o 
público
desgostou da filosofia. Não vejo qualquer relação.

Filosofia em alta - Revista Isto É: 
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2014/artigo91916-1.htm
Comportamento   

   Filosofia em ALTA
Ela é disciplina obrigatória nas escolas, mania na tevê, nas empresas e até nos 
livros para crianças

RODRIGO CARDOSO

  CONTEÚDO Gabriela 
Campana, 17 anos, reúne-se com amigos para debater as idéias de Nietzsche e 
Maquiavel  
Empresascontratam filósofos para palestras e consultorias, crianças de
cincoanos travam o primeiro contato com o tema e, fora da sala de
aula,adolescentes se reúnem para debater idéias de Nietzsche e
Platão.Nascida na Grécia há mais de dois mil anos, a filosofia
encontraterreno cada vez mais fértil no Brasil – até mesmo na tevê. No
programaFantástico, da Rede Globo, o quadro “Ser ou não ser” sobre
filosofiaentrará em sua terceira temporada. “A filosofia está em alta”,
afirma afilósofa Viviane Mosé, apresentadora da atração. Ela, que
carrega omérito de tornar didático um tema pouco palatável, conclui: “O
que estáem baixa é a forma acadêmica de pensar.”
 A crítica
deViviane é para o projeto de lei, recém-sancionado pelo governo
federal,que obriga as escolas do País a incluir filosofia e sociologia
nocurrículo do ensino médio. “Da maneira como o ensino é fragmentado,
afilosofia vai ser mais uma decoreba sobre quem é Sócrates e
quandonasceu Platão”, teme ela. Mas há boas iniciativas, como a do
Centro deFilosofia Educação para o Pensar – Filosofia com Crianças,
Jovens eAdolescentes, que ensina o tema para alunos a partir de cinco
anos.Constituída de educadores e filósofos, o centro tem parcerias com
300escolas do País. O método de ensino faz o aluno discutir filosofia
emtodas as disciplinas, e não apenas em uma matéria.
“Prestamosassessoria pedagógica para professores e produzimos o
materialdidático, que é adaptado ao nível cognitivo do aluno”, explica
JoséCarlos Freire, assessor pedagógico do centro. Filósofo e professor
daPontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Mário
SérgioCortella também foca nos filósofos mirins. Ele lançará este ano O
que épergunta, seu primeiro livro sobre filosofia para crianças. O
interessedo mercado editorial pelo tema é crescente.
“Pormuito
tempo, a tecnologia fez o mundo focar no ‘como’ em detrimento
dos‘porquês’ e, enfadadas, hoje as pessoas procuram reflexões”,
explicaCortella. No ano passado, ele deu 30 palestras sobre filosofia e ética 
para gestores do Banco Bradesco.“Ficou
chique consumir filosofia”, diz o acadêmico, que discursa aindaaos
funcionários da metalúrgica Gerdau sobre a diversidade humana. NoRio, a
filósofa Viviane segue o mesmo caminho. “Ajudo o executivo a lero que
acontece no mundo contemporâneo e a agir no presente”, afirma.

Entreseus clientes estão a Petrobras, a Vale, O Boticário e o Banco
deDesenvolvimento do Espírito Santo, que a contratou para falar
sobreética e comprometimento aos funcionários. Um dos maiores centros
decursos livres na área de humanidade, a Casa do Saber também percebe
omaior interesse pelo tema. Criada em São Paulo, hoje atua também no
Riode Janeiro e expandiu o número de cursos de filosofia de nove, em
2004,para os atuais 175.
 Componente curricular excluído daescola
pela ditadura em 1968, a filosofia seguiu existindo em
colégiosparticulares, como o Santo Américo, em São Paulo, que desde
1975 ensinaa disciplina. Aluna do terceiro ano do ensino médio,
Gabriela Campana,17 anos, reúne-se com amigos, durante as férias, para
debater as idéiasde Nietzsche e Maquiavel. E filosofa ao falar do valor
do conhecimento:“Para estabelecer princípios e formar uma maneira
própria de agir épreciso saber como outras pessoas pensavam o mundo e
tentavammelhorá-lo.”


http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2014/artigo91916-1.htm