[obm-l] Re: [obm-l] Provar que D = {x | f(x-) =! f(x+)} é enumerável

2014-10-14 Por tôpico Esdras Muniz
A ideia é a seguinte, vou fazer com uma função particular mas pode ser
adaptado para o caso geral:
vamos tomas a função que assume apenas os valores 0 ou 1. Se o limite de x
tendendo a t pela esquerda é 1, então existe um e(t)0 tq se x pertence a
(t-e(t), t) então f(x)=1. Então suponha que o conjunto  D das
descontinuidades de f seja não enumerável, temos então que a soma dos e(t)
com t pertencente a D é no máximo 1. Isto gera absurdo, pois é fácil provar
que a soma de uma quantidade não enumerável de números positivos não pode
ser finita. Agora basta fazer algumas adaptações e provar alguns fatos.

Em 13 de outubro de 2014 20:01, Amanda Merryl sc...@hotmail.com escreveu:

 Oi amigos, podem ajudar nisto aqui?

 Seja f uma função real definida em (a, b) e D o conjunto dos pontos de
 (a, b) no qual f apresenta descontinuidade do tipo salto (os limites Ã
 direita e à esquerda existem em R e são diferentes). Mostre que D é
 enumerável.

 Obrigada

 Amanda



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 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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Esdras Muniz Mota
Graduando em Matemática Bacharelado
Universidade Federal do Ceará

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[obm-l] RE: [obm-l] Provar que D = {x | f(x-) =! f(x )} é enumerável

2014-10-14 Por tôpico Artur Costa Steiner
Uma possível prova, seguindo a linha sugerida no livro do Rudin, em um de seus 
exercícios, é a seguinte:br/br/Temos que D = D1 U D2, sendobr/br/D1 = 
{x | f(x-)  f(x+)} e D2 = {x | f(x-)  f(x+)}br/br/Vamos mostrar que D1 e 
D2 são enumeráveis, o que implica que D também seja. Vamos mostrar para D1. O 
caso de D2 é similar.br/br/Se D1 for vazio, é enumerável. Se não for, 
tomemos um x genérico no mesmo e escolhamos um racional p entre f(x-) e f(x+). 
Considerando a definição do limite f(x-) e o fato de que Q é denso em R, 
podemos escolher um racional q em (a, x) tal que f(t)  p para t em (q, x). 
Aplicando o mesmo raciocínio à direita de x, vemos que existe uma terna (p, q, 
r) de racionais, com q em (a, x) e r em (x, b), tais quebr/br/f(x-)  p  
f(x+)br/q  t  x == f(t)  pbr/x  t  r == f(t)  pbr/br/Assim, a 
cada x de D1 podemos associar uma terna conforme descrito. Vamos agora mostrar 
que uma terna (p, q,
 r) associada a algum x de D1 não pode ser associada a nenhum elemento de D1 
distinto de x.br/br/Suponhamos que (p, q, r) esteja também associada a 
algum y de D1 distinto de x. Então y  x ou y  x. Se y  x, então temos que 
f(y-)  p  f(y+) e que x  y  r. Assim, q  x  y  r. Se t estiver em (x, 
y), então:br/br/Como x  t  r, segue-se da associação a x que f(t)  p; 
masbr/Como q  t  y, segue-se da associação a y que f(t)  pbr/br/Temos 
assim uma contradição que mostra que (p, q, r) não pode ser associada a nenhum 
y de D1 maior que x. Por um raciocínio similar, vemos que também não pode ser 
associada a nenhum y  x de D1. Com isto, construímos uma bijeção entre D1 e um 
subconjunto {(p, q, r)} de Q^3. Como Q^3 é enumerável, {(p, q, r)} também é, o 
que, pela bijeção, implica que D1 também o seja. br/br/Concluímos, assim, 
que D é enumerável.br/br/Agora, este raciocínio não se aplica a
 descontinuidades em que o limite exista em x (f(x-) = f(x+)) mas seja 
diferente de f(x). Acho que estas descontinuidades não necessariamente formam 
um conjunto enumerável.br/br/br/br/Artura 
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