Re: Res: [obm-l] russia 1999

2007-07-02 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
Normalmente eu não mando mensagens só para agradecer, 
mas eu acho que realmente devo agradecer ao Mauricio
pela paciência que ele teve em explicar a minha solução
enquanto eu não estava "por aqui"! Valeu!

[]s, N.

On Mon, Jul 02, 2007 at 04:08:22AM -0700, Klaus Ferraz wrote:
> Agora sim. Entendi. Idéia que o Nicolau usou realmente foi bastante 
> artificial!
> Bom, valeu Mauricio, desculpe o incômodo.
> Um abraço.
> 
> 
> - Mensagem original 
> De: Maurício Collares <[EMAIL PROTECTED]>
> Para: obm-l@mat.puc-rio.br
> Enviadas: Domingo, 1 de Julho de 2007 11:14:58
> Assunto: Re: [obm-l] russia 1999
> 
> 
> Tome inicialmente t = -1/2 e a = 1/2. Temos, pela desigualdade que o
> Nicolau enunciou, que:
> 
> c(-1,1/2) < c(-1, 0) < c(-1/2, 0)
...
=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Res: [obm-l] russia 1999

2007-07-02 Por tôpico Klaus Ferraz
Agora sim. Entendi. Idéia que o Nicolau usou realmente foi bastante artificial!
Bom, valeu Mauricio, desculpe o incômodo.
Um abraço.


- Mensagem original 
De: Maurício Collares <[EMAIL PROTECTED]>
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Domingo, 1 de Julho de 2007 11:14:58
Assunto: Re: [obm-l] russia 1999


Tome inicialmente t = -1/2 e a = 1/2. Temos, pela desigualdade que o
Nicolau enunciou, que:

c(-1,1/2) < c(-1, 0) < c(-1/2, 0)

A segunda dessas desigualdades vai ser usada. Se colocarmos agora t =
-1/4 e a = 1/4:

c(-1/2, -1/4) < c(-1/2, 0) < c(-1/4, 0)

ou seja, obtemos c(-1,0) < c(-1/2,0) < c(-1/4, 0) < c(-1/8, 0) < ...,
se continuarmos com valores de t e a apropriados indefinidamente. Por
outro lado, colocando t = 1/2 e a = 1/2, temos

c(0,1/2) < c(0,1) < c(1/2, 1)

Para t = 1/4 e a = 1/4, temos:

c(0, 1/4) < c(0, 1/2) < c(1/4, 1/2)

Ou seja, conseguimos ... < c(0, 1/4) < c(0, 1/2) < c(0, 1) se
continuarmos o procedimento indefinidamente. Mas, colocando t = 0 e a
= 1,  temos:

c(-1, 0) < c(-1, 1) < c(0, 1)

Agora, colocando t = 0 e a = 1/2:

c(-1/2, 0) < c(-1/2, 1/2) < c(0,1/2).

Ou seja, se continuarmos indefinidamente, temos que as desigualdades
"encaixam" (c(-1/2,0) < c(0,1/2), mas pela desigualdades anteriores,
c(-1, 0) < c(-1/2, 0) e c(0, 1/2) < c(0, 1). Logo c(-1, 0) < c(-1/2,
0) < c(0, 1/2) < c(0,1)).

Talvez tenha um jeito mais fácil de visualizar isso, mas foi assim que
eu entendi.

--
Abraços,
Maurício

On 7/1/07, Klaus Ferraz <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
>
> Só não entendi como que a partir da desigualdade c(t-a,t) <
> c(t-a,t+a) c(-1,0) < c(-1/2,0) < c(-1/4,0) < c(-1/8,0) < ...
>  ... < c(0,1/8) < c(0,1/4) < c(0,1/2) < c(0,1)."
> Vlw.

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


   

Novo Yahoo! Cadê? - Experimente uma nova busca.
http://yahoo.com.br/oqueeuganhocomisso 

Res: [obm-l] russia 1999

2007-07-01 Por tôpico Klaus Ferraz
Só não entendi como que a partir da desigualdade c(t-a,t) < c(t-a,t+a)
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Sábado, 30 de Junho de 2007 18:03:48
Assunto: Re: [obm-l] russia 1999


On 6/30/07, Danilo Nascimento <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
>
> bom ele chamou r=t+a e s=t-a. ficando (f(t+a)+f(t-a))/2>f(t). Agora
> "Devemos ter c(t-a,t) < c(t-a,t+a) < c(t,t+a) se a > 0."
> Que desigualdade eh essa?

Imaginando o gráfico fica mais fácil. Estamos supondo que a condição
do problema não vale para nenhum par de pontos, logo o ponto (t, f(t))
está abaixo da reta que liga os pontos (t-a, f(t-a)) e (t+a, f(t+a))
(faça o desenho para visualizar melhor). Assim, o coeficiente angular
da reta que liga os pontos de abscissas t-a e t+a é *maior* que o
coeficiente angular da reta que liga os ponto de abscissas t-a, pois o
coeficiente angular da primeira é (f(t+a) - f(t-a))/2a e o da segunda
é (f(t) - f(t-a))/a. Assim, usando a desigualdade (f(r)+f(s))/2 >
f((r+s)/2), temos (lembre que a desigualdade citada está sendo usada
porque estamos executando uma prova por contradição):

(f(t+a) - f(t-a))/2a = (f(t+a) + f(t-a) - 2f(t-a))/2a = ((f(t+a) +
f(t-a))/2 - f(t-a))/a
>= f(t)/a - f(t-a)/a = (f(t) - f(t-a))/a

Isso prova a primeira metade da desigualdade enunciada pelo Nicolau
(c(t-a,t) < c(t-a,t+a)). Podemos fazer algo similar para a segunda
desigualdade, mas, sinceramente, fazer isso algebricamente é apenas um
exercício de formalismo: as idéias estão contidas no desenho, e podem
ser traduzidas. Se você não conseguir, me avise que eu refaço.

Os coeifcientes precisam ser inteiros porque o contradomínio da função
é o conjunto Z. Como o coeficiente angular é definido por (delta
Y)/(delta X) e temos que o delta Y é inteiro (pois o contradomínio é
Z) e o delta X foi escolhido para ser um inverso de inteiro (estes são
os 1, 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, ... da mensagem do Nicolau), acabamos
concluindo que tal quociente é inteiro.

--
Abraços,
Maurício

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


   

Novo Yahoo! Cadê? - Experimente uma nova busca.
http://yahoo.com.br/oqueeuganhocomisso 

Res: [obm-l] russia 1999

2007-06-30 Por tôpico Danilo Nascimento
bom ele chamou r=t+a e s=t-a. ficando (f(t+a)+f(t-a))/2>f(t). Agora  "Devemos 
ter c(t-a,t) < c(t-a,t+a) < c(t,t+a) se a > 0."
Que desigualdade eh essa? 
"Assim
c(-1,0) < c(-1/2,0) < c(-1/4,0) < c(-1/8,0) < ...
 ... < c(0,1/8) < c(0,1/4) < c(0,1/2) < c(0,1)."  Tb nao sei de onde veio?
Por que os coeficientes angulares devem ser inteiros?
Grato.


- Mensagem original 
De: Maurício Collares <[EMAIL PROTECTED]>
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Sexta-feira, 29 de Junho de 2007 21:12:37
Assunto: Re: [obm-l] russia 1999


Klaus,

A solução do Nicolau é muito bonita. Tem algum detalhe em específico
que você não tenha entendido? Ele só chamou o coeficiente angular da
reta que liga os pontos (r,f(r)) e (s, f(s)) de c(r,s) para deixar a
notação um pouco mais leve, eu acho.

A idéia é que, se não existissem pontos que satisfizessem isso, então,
(f(t+a) + f(t-a))/2 > f(t), ou seja, teríamos que a reta que liga o
ponto de abscissa t-a ao ponto de abscissa t+a estaria acima do ponto
de abscissa t. Assim, a desigualdade dos coeficientes está
estabelecida (basta aplicar a definição de coeficiente angular).
Substituindo pelos pontos que o Nicolau escolheu, temos uma
contradição (pois os coeficientes angulares das retas que ligam os
pares de pontos na solução do Nicolau são inteiros, visto que são a
divisão de um inteiro por um inverso de inteiro, e entre dois inteiros
existem apenas um número finito de inteiros.)

--
Abraços,
Maurício

On 6/29/07, Klaus Ferraz <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
>
> Olá prof. Nicolau,
>  poderia ser mais claro? Entendi nada da solução do problema.
> Porque vc chamou c(r,s) o coeficiente angular da reta? de onde veio isso? a
> idéia q eu propus da desigualdade de jensen, nao vale?
> Grato.
>
>
> - Mensagem original 
> De: Nicolau C. Saldanha <[EMAIL PROTECTED]>
> Para: obm-l@mat.puc-rio.br
> Enviadas: Sexta-feira, 29 de Junho de 2007 11:09:43
> Assunto: Re: [obm-l] russia 1999
>
>
>
> On Fri, Jun 29, 2007 at 05:26:32AM -0700, Klaus Ferraz wrote:
> >  (Russia-1999)  Suponha f: Q-->Z, mostre que existem dois racionais
> distintos
> >  r e s tais que (f(r)+f(s))/2<=f((r+s)/2).
>
> Chamemos de c(r,s) o coeficiente angular da reta
> que passa por (r,f(r)) e (s,f(s)).
> Suponha por absurdo que falhe a conclusão do problema.
> Devemos ter c(t-a,t) < c(t-a,t+a) < c(t,t+a) se a > 0.
> Assim
> c(-1,0) < c(-1/2,0) < c(-1/4,0) < c(-1/8,0) < ...
> ... < c(0,1/8) < c(0,1/4) < c(0,1/2) < c(0,1).
> Mas estes coeficientes angulares são todos inteiros, o que é um absurdo.
>
> []s, N.
> =
> Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
> =
>
>
>  
> Novo Yahoo! Cadê? - Experimente uma nova busca.

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


   

Novo Yahoo! Cadê? - Experimente uma nova busca.
http://yahoo.com.br/oqueeuganhocomisso 

Res: [obm-l] russia 1999

2007-06-29 Por tôpico Klaus Ferraz
Olá prof. Nicolau,
 poderia ser mais claro? Entendi nada da solução do problema. 
Porque vc chamou c(r,s) o coeficiente angular da reta? de onde veio isso? a 
idéia q eu propus da desigualdade de jensen, nao vale?
Grato. 


- Mensagem original 
De: Nicolau C. Saldanha <[EMAIL PROTECTED]>
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Sexta-feira, 29 de Junho de 2007 11:09:43
Assunto: Re: [obm-l] russia 1999


On Fri, Jun 29, 2007 at 05:26:32AM -0700, Klaus Ferraz wrote:
>  (Russia-1999)  Suponha f: Q-->Z, mostre que existem dois racionais distintos
>  r e s tais que (f(r)+f(s))/2<=f((r+s)/2).

Chamemos de c(r,s) o coeficiente angular da reta
que passa por (r,f(r)) e (s,f(s)).
Suponha por absurdo que falhe a conclusão do problema.
Devemos ter c(t-a,t) < c(t-a,t+a) < c(t,t+a) se a > 0.
Assim
c(-1,0) < c(-1/2,0) < c(-1/4,0) < c(-1/8,0) < ... 
... < c(0,1/8) < c(0,1/4) < c(0,1/2) < c(0,1).
Mas estes coeficientes angulares são todos inteiros, o que é um absurdo.

[]s, N.
=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


   

Novo Yahoo! Cadê? - Experimente uma nova busca.
http://yahoo.com.br/oqueeuganhocomisso