[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Fw: A URNA ELETRÔNICA É 100% SEGURA?

2004-09-03 Por tôpico Hélio Henriques de Pinho



Companheiros da lista,
 
Essa intervenção merece ir direto para a nossa 
página. Foi brilhante. Disse tudo em poucas linhas.
Se fosse impressa para distribuição (boca de urna) 
no dia da eleição faria um sucesso danado e ainda poderíamos aproveitar o 
verso para veicular a propaganda do patrocinador.
 
Saudações Socialistas
Hélio Henriques de Pinho
 
 
Saudações Socialistas
Hélio Henriques de Pinho

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  From: 
  Démerson Dias 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  
  Sent: Thursday, September 02, 2004 8:30 
  PM
  Subject: [VotoEletronico] Fw: A URNA 
  ELETRÔNICA É 100% SEGURA?
  
  Repasso intervenção minha em debate com outros trabalhadores da Justiça 
  Eleitoral
   
  [ ] 
   
  Démerson
   
  
  
  
   
  Caríssimos, não tenho como repassar aos demais 
  interlocutores    Permitam a 
  intromissão.    A falta de tempo impõe uma objetividade que 
  prejudica o debate.    - A tecnologia não é a panacéia 
  do mundo, nem tampouco o avanço tecnológico. Que o digam Santos Dumont e 
  Einstein . O primeiro, diz-se, que o desapontamento levou ao suicídio diante 
  do uso mortal de sua invenção. Já o segundo em questão de alguns anos reviu 
  sua opinião sobre a necessidade de produção da bomba nuclear. Portanto a tese 
  de que o novo é necessariamente bom só acolhe aos incautos. Claro que não 
  vamos nos tornar tecnofóbicos.    - Na questão da urna, 
  quem deu o primeiro passo em falso foi a própria justiça eleitoral que, 
  através de seus técnicos chegou as afirmar que a urna seria 100% segura. Virou 
  piada corporativa nos meios que tratam de segurança de sistemas. Segurança 
  absoluta nesse campo é como o elo perdido todos supõem existir, mas ninguém 
  consegue provar. Ou melhor, só existe até que um hacker prove que é 
  inseguro.    - Não menos desastroso é o argumento usado 
  pelo TSE para recusar a impressão do voto.    - O fato é 
  que a urna é inauditável, o que numa democracia significa dizer que está 
  inviabilizado o direito de recurso em relação à apuração. O resultado da urna 
  passa a ser o primeiro fator absoluto e irreversível dentro do nosso relativo 
  e combalido Estado Democrático de Direito (três termos praticamente caducos em 
  se tratando de Brasil).    - Vou me esquivar de outro 
  debate importante sobre a garantia de sigilo do voto.    - 
  Se a impressão é tecnicamente inviável, estamos dizendo que 1) O direito deixa 
  de ser a expressão da vontade humana, sendo subordinado à habilidade técnica, 
  não mais dominamos o fogo, somos contingenciados por ele. Ou a criatura conduz 
  seu criador. O recria, por suposto; 2) A soberana expressão da vontade popular 
  passa a ser secundária diante da incapacidade humana de se dar efetivas 
  garantias de solucionar um problema que até então já tinha solução 
  razoavelmente aceitável. 3) O que está pautando a inviabilidade de impressão 
  do voto não é a sua inutilidade, mas os interesses dos produtores das 
  máquinas. Se a urna não consegue dar garantia de que o voto é respeitado, 
  trata-se de uma máquina defeituosa. Por que a "confiança no Judiciário" tem 
  que ser tranferida para um equipamento que ele avalize? 4) Desde quando o 
  papel do Judiciário é certificar tecnologia e segurança? 5) A urna interessa 
  ao povo ou à necessidade da mídia em divulgar resultados on 
  line?    A questão principal não é abolir as urnas 
  eletrônicas. Esse é o argumento da má-fé.    O problema é a 
  insistência da Justiça eleitoral em fechar-se aos questionamentos, a maioria 
  deles válidos, sobre o funcionamento da maquininha. É patente para qualquer 
  pessoa versada em informática que a máquina fará o que lhe mandarem, portanto 
  ela pode inclusive fraudar uma eleição se esse for o interesse de quem a 
  programa. O que espanta é que uma questão ululante como essa é negada pelos 
  nobres funcionários da nossa combativa Justiça Eleitoral como um dogma 
  milenar.     Se nem a  Justiça Eleitoral é democrática 
  ao provar a confiabilidade na urna que fim levará nossa 
  democracia?    Afinal é possível ou não fraudar a 
  urna?
   O que é cruel é ouvir alguns "operários do 
  voto", inclusive de alto escalão, avalizarem ao país por cima de sua 
  arrogância que não é possível haver fraude na urna eletrônica. Sejamos 
  honestos pelo menos com a nossa própria 
  inteligência.    O avião é uma máquina fabulosa, mas 
  isso não quer dizer que não possa ser usado para 
  destruir.    O que custa realmente dar garantias sobre o 
  voto? Aliás, a JE existe para dar confiança à eleição ou à urna eletrônica? 
  Talvez seja melhor chamar logo a IBM ou Microsoft para tomarem conta do 
  processo, afinal, a urna em si é infalível.    Ou a Justiça 
  Eleitoral serve aos interesses do povo, ou ela não 
  serve.    E afirme o contrário, quem for 
  capaz!AtenciosamenteDémerson DiasFuncionário da Justiça 
  Eleitoral de São Paulo e dirigente sindical nessa categoria.
  
  
  Esta mensagem foi verificada pelo E-mail P

[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Fw: A URNA ELETRÔNICA É 100% SEGURA?

2004-09-03 Por tôpico Alcir
Muito bom Démerson! Parabéns!

Você poderia passar esse texto para o Fórum Eleitoral aqui de Umuarama?

O email deles é: [EMAIL PROTECTED]

Eu mesmo poderia enviar, mas acho que iriam exclui-lo sem ler. Você, como
autor do texto e trabalhando na Justiça Eleitoral, traria mais "luz e
confiança" ao mesmo.



Um abraço e até mais!

-
Alcir Alexandre da Silva
Umuarama - Paraná - Brasil
-


- Original Message -
From: Démerson Dias
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Thursday, September 02, 2004 8:30 PM
Subject: [VotoEletronico] Fw: A URNA ELETRÔNICA É 100% SEGURA?


Repasso intervenção minha em debate com outros trabalhadores da Justiça
Eleitoral

[ ]

Démerson





Caríssimos, não tenho como repassar aos demais interlocutores

Permitam a intromissão.
A falta de tempo impõe uma objetividade que prejudica o debate.

- A tecnologia não é a panacéia do mundo, nem tampouco o avanço
tecnológico. Que o digam Santos Dumont e Einstein . O primeiro, diz-se, que
o desapontamento levou ao suicídio diante do uso mortal de sua invenção. Já
o segundo em questão de alguns anos reviu sua opinião sobre a necessidade de
produção da bomba nuclear. Portanto a tese de que o novo é necessariamente
bom só acolhe aos incautos. Claro que não vamos nos tornar tecnofóbicos.
- Na questão da urna, quem deu o primeiro passo em falso foi a própria
justiça eleitoral que, através de seus técnicos chegou as afirmar que a urna
seria 100% segura. Virou piada corporativa nos meios que tratam de segurança
de sistemas. Segurança absoluta nesse campo é como o elo perdido todos
supõem existir, mas ninguém consegue provar. Ou melhor, só existe até que um
hacker prove que é inseguro.
- Não menos desastroso é o argumento usado pelo TSE para recusar a
impressão do voto.
- O fato é que a urna é inauditável, o que numa democracia significa
dizer que está inviabilizado o direito de recurso em relação à apuração. O
resultado da urna passa a ser o primeiro fator absoluto e irreversível
dentro do nosso relativo e combalido Estado Democrático de Direito (três
termos praticamente caducos em se tratando de Brasil).
- Vou me esquivar de outro debate importante sobre a garantia de sigilo
do voto.
- Se a impressão é tecnicamente inviável, estamos dizendo que 1) O
direito deixa de ser a expressão da vontade humana, sendo subordinado à
habilidade técnica, não mais dominamos o fogo, somos contingenciados por
ele. Ou a criatura conduz seu criador. O recria, por suposto; 2) A soberana
expressão da vontade popular passa a ser secundária diante da incapacidade
humana de se dar efetivas garantias de solucionar um problema que até então
já tinha solução razoavelmente aceitável. 3) O que está pautando a
inviabilidade de impressão do voto não é a sua inutilidade, mas os
interesses dos produtores das máquinas. Se a urna não consegue dar garantia
de que o voto é respeitado, trata-se de uma máquina defeituosa. Por que a
"confiança no Judiciário" tem que ser tranferida para um equipamento que ele
avalize? 4) Desde quando o papel do Judiciário é certificar tecnologia e
segurança? 5) A urna interessa ao povo ou à necessidade da mídia em divulgar
resultados on line?

A questão principal não é abolir as urnas eletrônicas. Esse é o
argumento da má-fé.
O problema é a insistência da Justiça eleitoral em fechar-se aos
questionamentos, a maioria deles válidos, sobre o funcionamento da
maquininha. É patente para qualquer pessoa versada em informática que a
máquina fará o que lhe mandarem, portanto ela pode inclusive fraudar uma
eleição se esse for o interesse de quem a programa. O que espanta é que uma
questão ululante como essa é negada pelos nobres funcionários da nossa
combativa Justiça Eleitoral como um dogma milenar.
Se nem a  Justiça Eleitoral é democrática ao provar a confiabilidade na
urna que fim levará nossa democracia?
Afinal é possível ou não fraudar a urna?
 O que é cruel é ouvir alguns "operários do voto", inclusive de alto
escalão, avalizarem ao país por cima de sua arrogância que não é possível
haver fraude na urna eletrônica. Sejamos honestos pelo menos com a nossa
própria inteligência.

O avião é uma máquina fabulosa, mas isso não quer dizer que não possa
ser usado para destruir.
O que custa realmente dar garantias sobre o voto? Aliás, a JE existe
para dar confiança à eleição ou à urna eletrônica? Talvez seja melhor chamar
logo a IBM ou Microsoft para tomarem conta do processo, afinal, a urna em si
é infalível.
Ou a Justiça Eleitoral serve aos interesses do povo, ou ela não serve.
E afirme o contrário, quem for capaz!

Atenciosamente

Démerson Dias
Funcionário da Justiça Eleitoral de São Paulo e dirigente sindical nessa
categoria.

__
O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu
autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao
representa necessariamente o pon

[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Fw: A URNA ELETRÔNICA É 100% SEGURA?

2004-09-03 Por tôpico Roger Chadel
Muito bom, Démerson. Oxalá seu texto sirva de reflexão para outros
níveis dentro da JE. Talvez seja esse mesmo o caminho: ninguém gosta
de receber críticas de gente de fora, mas ouve-as com mais respeito
quando vem de dentro. Parabéns.

Roger Chadel

A respeito de [VotoEletronico] Fw: A URNA ELETRÔNICA É 100% SEGURA?,
em 2/9/2004, 20:30, Démerson Dias escreveu:

DD> Repasso intervenção minha em debate com outros trabalhadores da Justiça Eleitoral
DD>  
DD> [ ] 
DD>  
DD> Démerson
DD>  



DD>  
DD> Caríssimos, não tenho como repassar aos demais interlocutores

DD>     Permitam a intromissão.
DD>     A falta de tempo impõe uma objetividade que prejudica o debate.

DD>     - A tecnologia não é a panacéia do mundo, nem tampouco o
DD> avanço tecnológico. Que o digam Santos Dumont e Einstein . O
DD> primeiro, diz-se, que o desapontamento levou ao suicídio diante do
DD> uso mortal de sua invenção. Já o segundo em questão de alguns anos
DD> reviu sua opinião sobre a necessidade de produção da bomba
DD> nuclear. Portanto a tese de que o novo é necessariamente bom só
DD> acolhe aos incautos. Claro que não vamos nos tornar tecnofóbicos.
DD>     - Na questão da urna, quem deu o primeiro passo em falso
DD> foi a própria justiça eleitoral que, através de seus técnicos
DD> chegou as afirmar que a urna seria 100% segura. Virou piada
DD> corporativa nos meios que tratam de segurança de sistemas.
DD> Segurança absoluta nesse campo é como o elo perdido todos supõem
DD> existir, mas ninguém consegue provar. Ou melhor, só existe até que
DD> um hacker prove que é inseguro.
DD>     - Não menos desastroso é o argumento usado pelo TSE para recusar a impressão 
do voto.
DD>     - O fato é que a urna é inauditável, o que numa
DD> democracia significa dizer que está inviabilizado o direito de
DD> recurso em relação à apuração. O resultado da urna passa a ser o
DD> primeiro fator absoluto e irreversível dentro do nosso relativo e
DD> combalido Estado Democrático de Direito (três termos praticamente
DD> caducos em se tratando de Brasil).
DD>     - Vou me esquivar de outro debate importante sobre a garantia de sigilo do 
voto.
DD>     - Se a impressão é tecnicamente inviável, estamos dizendo
DD> que 1) O direito deixa de ser a expressão da vontade humana, sendo
DD> subordinado à habilidade técnica, não mais dominamos o fogo, somos
DD> contingenciados por ele. Ou a criatura conduz seu criador. O
DD> recria, por suposto; 2) A soberana expressão da vontade popular
DD> passa a ser secundária diante da incapacidade humana de se dar
DD> efetivas garantias de solucionar um problema que até então já
DD> tinha solução razoavelmente aceitável. 3) O que está pautando a
DD> inviabilidade de impressão do voto não é a sua inutilidade, mas os
DD> interesses dos produtores das máquinas. Se a urna não consegue dar
DD> garantia de que o voto é respeitado, trata-se de uma máquina
DD> defeituosa. Por que a "confiança no Judiciário" tem que ser
DD> tranferida para um equipamento que ele avalize? 4) Desde quando o
DD> papel do Judiciário é certificar tecnologia e segurança? 5) A urna
DD> interessa ao povo ou à necessidade da mídia em divulgar resultados
DD> on line?

DD>     A questão principal não é abolir as urnas eletrônicas. Esse é o argumento da 
má-fé.
DD>     O problema é a insistência da Justiça eleitoral em
DD> fechar-se aos questionamentos, a maioria deles válidos, sobre o
DD> funcionamento da maquininha. É patente para qualquer pessoa
DD> versada em informática que a máquina fará o que lhe mandarem,
DD> portanto ela pode inclusive fraudar uma eleição se esse for o
DD> interesse de quem a programa. O que espanta é que uma questão
DD> ululante como essa é negada pelos nobres funcionários da nossa
DD> combativa Justiça Eleitoral como um dogma milenar. 
DD>     Se nem a  Justiça Eleitoral é democrática ao provar a
DD> confiabilidade na urna que fim levará nossa democracia?
DD>     Afinal é possível ou não fraudar a urna?
DD>  O que é cruel é ouvir alguns "operários do voto",
DD> inclusive de alto escalão, avalizarem ao país por cima de sua
DD> arrogância que não é possível haver fraude na urna eletrônica.
DD> Sejamos honestos pelo menos com a nossa própria inteligência.

DD>     O avião é uma máquina fabulosa, mas isso não quer dizer
DD> que não possa ser usado para destruir.
DD>     O que custa realmente dar garantias sobre o voto? Aliás,
DD> a JE existe para dar confiança à eleição ou à urna eletrônica?
DD> Talvez seja melhor chamar logo a IBM ou Microsoft para tomarem
DD> conta do processo, afinal, a urna em si é infalível.
DD>     Ou a Justiça Eleitoral serve aos interesses do povo, ou ela não serve.
DD>     E afirme o contrário, quem for capaz!

DD> Atenciosamente

DD> Démerson Dias
DD> Funcionário da Justiça Eleitoral de São Paulo e dirigente sindical nessa categoria.








-- 
Grande abraço,

Roger Chadel



Delenda est TSE
|---//---|  
|   /|  Se a urna não imprimir, seu voto pode sumir!
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[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Fw: A URNA ELETRÔNICA É 100% SEGURA?

2004-09-02 Por tôpico Hélio Henriques de Pinho



Parabéns!
Se não foi tudo foi o necessário.
Saudações Socialistas
Hélio Henriques de Pinho

  - Original Message - 
  From: 
  Démerson Dias 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  
  Sent: Thursday, September 02, 2004 8:30 
  PM
  Subject: [VotoEletronico] Fw: A URNA 
  ELETRÔNICA É 100% SEGURA?
  
  Repasso intervenção minha em debate com outros trabalhadores da Justiça 
  Eleitoral
   
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  Démerson
   
  
  
  
   
  Caríssimos, não tenho como repassar aos demais 
  interlocutores    Permitam a 
  intromissão.    A falta de tempo impõe uma objetividade que 
  prejudica o debate.    - A tecnologia não é a panacéia 
  do mundo, nem tampouco o avanço tecnológico. Que o digam Santos Dumont e 
  Einstein . O primeiro, diz-se, que o desapontamento levou ao suicídio diante 
  do uso mortal de sua invenção. Já o segundo em questão de alguns anos reviu 
  sua opinião sobre a necessidade de produção da bomba nuclear. Portanto a tese 
  de que o novo é necessariamente bom só acolhe aos incautos. Claro que não 
  vamos nos tornar tecnofóbicos.    - Na questão da urna, 
  quem deu o primeiro passo em falso foi a própria justiça eleitoral que, 
  através de seus técnicos chegou as afirmar que a urna seria 100% segura. Virou 
  piada corporativa nos meios que tratam de segurança de sistemas. Segurança 
  absoluta nesse campo é como o elo perdido todos supõem existir, mas ninguém 
  consegue provar. Ou melhor, só existe até que um hacker prove que é 
  inseguro.    - Não menos desastroso é o argumento usado 
  pelo TSE para recusar a impressão do voto.    - O fato é 
  que a urna é inauditável, o que numa democracia significa dizer que está 
  inviabilizado o direito de recurso em relação à apuração. O resultado da urna 
  passa a ser o primeiro fator absoluto e irreversível dentro do nosso relativo 
  e combalido Estado Democrático de Direito (três termos praticamente caducos em 
  se tratando de Brasil).    - Vou me esquivar de outro 
  debate importante sobre a garantia de sigilo do voto.    - 
  Se a impressão é tecnicamente inviável, estamos dizendo que 1) O direito deixa 
  de ser a expressão da vontade humana, sendo subordinado à habilidade técnica, 
  não mais dominamos o fogo, somos contingenciados por ele. Ou a criatura conduz 
  seu criador. O recria, por suposto; 2) A soberana expressão da vontade popular 
  passa a ser secundária diante da incapacidade humana de se dar efetivas 
  garantias de solucionar um problema que até então já tinha solução 
  razoavelmente aceitável. 3) O que está pautando a inviabilidade de impressão 
  do voto não é a sua inutilidade, mas os interesses dos produtores das 
  máquinas. Se a urna não consegue dar garantia de que o voto é respeitado, 
  trata-se de uma máquina defeituosa. Por que a "confiança no Judiciário" tem 
  que ser tranferida para um equipamento que ele avalize? 4) Desde quando o 
  papel do Judiciário é certificar tecnologia e segurança? 5) A urna interessa 
  ao povo ou à necessidade da mídia em divulgar resultados on 
  line?    A questão principal não é abolir as urnas 
  eletrônicas. Esse é o argumento da má-fé.    O problema é a 
  insistência da Justiça eleitoral em fechar-se aos questionamentos, a maioria 
  deles válidos, sobre o funcionamento da maquininha. É patente para qualquer 
  pessoa versada em informática que a máquina fará o que lhe mandarem, portanto 
  ela pode inclusive fraudar uma eleição se esse for o interesse de quem a 
  programa. O que espanta é que uma questão ululante como essa é negada pelos 
  nobres funcionários da nossa combativa Justiça Eleitoral como um dogma 
  milenar.     Se nem a  Justiça Eleitoral é democrática 
  ao provar a confiabilidade na urna que fim levará nossa 
  democracia?    Afinal é possível ou não fraudar a 
  urna?
   O que é cruel é ouvir alguns "operários do 
  voto", inclusive de alto escalão, avalizarem ao país por cima de sua 
  arrogância que não é possível haver fraude na urna eletrônica. Sejamos 
  honestos pelo menos com a nossa própria 
  inteligência.    O avião é uma máquina fabulosa, mas 
  isso não quer dizer que não possa ser usado para 
  destruir.    O que custa realmente dar garantias sobre o 
  voto? Aliás, a JE existe para dar confiança à eleição ou à urna eletrônica? 
  Talvez seja melhor chamar logo a IBM ou Microsoft para tomarem conta do 
  processo, afinal, a urna em si é infalível.    Ou a Justiça 
  Eleitoral serve aos interesses do povo, ou ela não 
  serve.    E afirme o contrário, quem for 
  capaz!AtenciosamenteDémerson DiasFuncionário da Justiça 
  Eleitoral de São Paulo e dirigente sindical nessa categoria.
  
  
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