Eu poder testar no meu Nüvi, usando mapas do garmin.openstreetmap.nl Aun Johnsen Sent from my iPhone
> On 20. juli 2014, at 12:47, Paulo Carvalho <paulo.r.m.carva...@gmail.com> > wrote: > > Temos um exemplo de um mapa Garmin que não está calculando uma rota entre o > extremo sul do Brasil e um ponto no Ceará. A rota é calculada normalmente no > Mapsource (computador) mas não no GPS (dipositivo móvel). O problema é > justamente localizar onde está a interrupção ou alternância de classificação > de vias nos mais de 3000km da rota. > > > Em 20 de julho de 2014 12:05, Fernando Trebien <fernando.treb...@gmail.com> > escreveu: >> Contraction hierarquies permite usar Dijkstra bidirecional + alguma >> heurística otimista em ambientes com restrições de memória e >> capacidade computacional sem remover qualquer via do cálculo. Isso tá >> lá nos papers referenciados no final daquele artigo da Wikipédia que >> você apontou. Era a isso que eu me referia ao julgar a inteligência do >> algoritmo, e por ser um fato (o algoritmo foi publicado e nada >> "impede" que seja implementado), não tem como ser arrogante. É uma >> escolha simples (bem, não tão simples) que o desenvolvedor da >> aplicação tem que fazer. E é uma escolha que é independente do mapa >> (que, novamente, serve a vários propósitos, não só ao roteamento, não >> só ao roteamento em ambientes com capacidades limitadas). >> >> "Mas interromper uma motorway com um trecho de residential vai quebrar >> o roteamento em muitas aplicações." Pode dar um exemplo de aplicação e >> local? >> >> Apesar de solicitar esse exemplo, não conheço nenhum caso em que uma >> motorway/trunk precisaria ter um trecho classificado como >> "residencial". Na pior das hipóteses, teria um trecho classificado >> como terciária por estar não-pavimentada - mas acho que nem no Brasil >> essa situação ocorre. Recentemente eu achei um exemplo em que uma >> trunk se intercala com uma primária [1], mas isso também não deve >> afetar esses sistemas que descartam vias a que você se refere. >> >> E claro, no caso particular, raro, e bizarro de uma classificação fiel >> produzir uma situação assim, podemos pensar em discutir com a >> comunidade sobre o que fazer. A idéia de não alternar demais a >> classificação da via poderia ser aplicada ser for só um trecho curto >> com características diferentes, e o motivo não seria só o roteamento. >> >> [1] http://www.openstreetmap.org/#map=12/-29.5385/-51.8998 >> >> 2014-07-20 10:47 GMT-03:00 Paulo Carvalho <paulo.r.m.carva...@gmail.com>: >> > >> > >> > >> > Em 19 de julho de 2014 22:29, Fernando Trebien <fernando.treb...@gmail.com> >> > escreveu: >> > >> >> Sabendo que há trabalhos cientificos publicados descrevendo bons >> >> algoritmos para esses ambientes e que não descartam quaisquer vias >> >> (mesmo as de classe bem inferior), acho que não devemos fazer >> >> adaptações no mapa em favor de algoritmos menos inteligentes. (Isso >> >> seria mapear para a aplicação.) >> > >> > >> > Menos inteligentes???? Desculpa, Fernando, esse seu comentário foi um >> > tanto arrogante. Quando você tem restrição de recursos de hardware em >> > dispositivos móveis você TEM que fazer otimização. Isso para mim é sinal de >> > extrema inteligência. >> > >> > E só uma palavra sobre artigos científicos: poucas vezes tratam-se de >> > ideias >> > praticáveis. O algoritmo Dijkstra é um exemplo. Ninguém usa a forma tal >> > como publicada pelo Dijkstra originalmente. A indústria sempre faz várias >> > melhorias para o mundo real. Sei disso porque trabalho nos dois mundos e >> > também porque estou escrevendo um artigo e não estou pensando em problemas >> > de ordem prática. A teoria já dá trabalho suficiente. Isso não é pecado, >> > é >> > como o progresso funciona: cada especialista em sua área. >> > >> >> >> >> >> >> Mas, ao mesmo tempo, acho que são muito raros os casos em que >> >> adaptações seriam necessárias para evitar problemas com esses >> >> algoritmos que descartam vias. A menos que eles estejam descartando >> >> até as vias primárias (arteriais urbanas), daí não tem como resolver >> >> mesmo. >> > >> > >> > Não são raros não. Você tem que pensar em para que a maioria dos usuários >> > precisa de um mapa de ruas (Street Map): >> > a) Encontrar um lugar (geocoding); >> > b) Navegar até um lugar (roteamento); >> > c) Quase sempre em trânsito, com dispositivos móveis. >> > >> > Se essas coisas não estão funcionando bem, elas procurarão alternativas e >> > aí >> > seu mapa será o mais puro do mundo mas vazio de propósito. Se queres que o >> > mapa se torne popular, TEM que pensar nas questões de ordem prática. >> > >> > Acho que dá para conciliar os princípios do OSM com as questões práticas. >> > Mas interromper uma motorway com um trecho de residential vai quebrar o >> > roteamento em muitas aplicações. Não digo colocar tudo igual, mas não >> > deixar as classes tão contrastantes conforme já exemplificado. >> > >> > []s >> > >> > Paulo >> > >> >> >> >> >> >> 2014-07-19 17:56 GMT-03:00 Paulo Carvalho <paulo.r.m.carva...@gmail.com>: >> >> > E qual sua opinião sobre o descarte de vias de baixa prioridade nos >> >> > roteamentos de longa distância em ambientes com baixa memória e >> >> > processamento mais lento? >> >> > >> >> > >> >> > Em 19 de julho de 2014 12:58, Fernando Trebien >> >> > <fernando.treb...@gmail.com> >> >> > escreveu: >> >> > >> >> >> Li sim, há bastante tempo. Mas acho que estás confundindo as >> >> >> hierarquias do OSM com a hierarquia de atalhos emergente que o >> >> >> algoritmo de "contraction hierarchies" produz (que inclusive pode ter >> >> >> muito mais níveis do que os poucos que existem no OSM). Os atalhos >> >> >> servem apenas para acelerar outro algoritmo de roteamento qualquer >> >> >> (geralmente se adota uma variação do Dijkstra, e nesse caso as >> >> >> heurísticas acabam preferindo usar os atalhos). E a hierarquia do OSM >> >> >> não se converte em atalhos automaticamente. A sequẽncia das coisas é >> >> >> assim: >> >> >> - cada arco original representa a ligação de duas interseções no mapa >> >> >> - o peso dos arcos originais é atribuído por velocidade X distância, >> >> >> onde velocidade é uma estimativa feita de forma diferente por cada >> >> >> aplicação (algumas usam a classificação da via, outras não) >> >> >> - (contraction hierarchies) os arcos de atalho são gerados eliminando >> >> >> sequências de arcos cujo peso total é muito alto >> >> >> - (contraction hierarchies) um grafo é formado combinando os arcos >> >> >> originais com os atalhos >> >> >> - um algoritmo de busca em grafos é aplicado sobre o grafo resultante >> >> >> (< ou seja, esse algoritmo vai usar tanto atalhos quanto arcos >> >> >> originais, possivelmente se intercalando entre os dois) >> >> >> >> >> >> Por exemplo, se você tiver dois caminhos de A a B com quase a mesma >> >> >> distância total, um deles é uma primária com velocidade de 10km/h, e >> >> >> outro é uma terciária intercalada com trechos de living_street que, na >> >> >> média, fica em torno de 80km/h, vai ser a primária que vai ser >> >> >> removida na geração dos atalhos e o segundo caminho (mais rápido, >> >> >> embora envolva vias de classificação inferior) que vai virar um >> >> >> atalho. O fato de ser primária, secundária, living street, não faz >> >> >> diferença alguma a princípio - a menos que exista um programa antes >> >> >> (como o mkgmap) que associa a classificação ao peso do arco (mais >> >> >> especificamente à velocidade, já que a distância é exata sempre). O >> >> >> OSRM, por exemplo, não associa quando a velocidade máxima é definida >> >> >> (ou seja, o segundo caso pode acontecer). >> >> >> >> >> >> Enfim, isso é um detalhe, a classificação tem que estar bem feita por >> >> >> diversos motivos, mas (se formos pensar genericamente, para vários >> >> >> sistemas) não se pode ignorar o mapeamento da velocidade máxima das >> >> >> vias. >> >> >> >> >> >> 2014-07-19 12:10 GMT-03:00 Paulo Carvalho >> >> >> <paulo.r.m.carva...@gmail.com>: >> >> >> >> Pra esse algoritmo só importa a velocidade atribuída a cada trecho >> >> >> >> das >> >> >> >> vias (e a atribuição pode não ter relação direta com aquilo que foi >> >> >> >> mapeado, só indireta). >> >> >> > >> >> >> > >> >> >> > Não é bem assim. Na graduação se ensina o Djkstra que leva a maioria >> >> >> > das >> >> >> > pessoas focar apenas no custo de percurso. Mas uma aplicação real é >> >> >> > mais >> >> >> > complexa. O tamanho do grafo é um fator de extrema relevância. >> >> >> > >> >> >> > Acho que tu não leste o artigo sobre Hierarchy Contraction. Existe >> >> >> > uma >> >> >> > otimização que é feita nos dispositivos móveis. Enfim, vou resumir: >> >> >> > para >> >> >> > rotas de longa distância, em que analisar o grafo todo seria muito >> >> >> > custoso >> >> >> > tanto em termos de desempenho quanto de memória, é feito um descarte >> >> >> > de >> >> >> > vias >> >> >> > de baixa hierarquia. As vias de menor hierarquia só passam a ser >> >> >> > computadas >> >> >> > nas proximidades dos pontos de origem e de destino. Por causa desse >> >> >> > descarte, o cálculo de rotas longas pode falhar em smartphones, >> >> >> > tablets >> >> >> > e >> >> >> > GPSs para mapas mal desenhados. >> >> >> > >> >> >> > >> >> >> > >> >> >> > >> >> >> > >> >> >> > Em 19 de julho de 2014 11:56, Fernando Trebien >> >> >> > <fernando.treb...@gmail.com> >> >> >> > escreveu: >> >> >> > >> >> >> >> Só acrescentando uns detalhes. Um resumo da ópera: em alguns >> >> >> >> sistemas, >> >> >> >> a classificação pode ter um efeito no roteamento, mas >> >> >> >> fundamentalmente >> >> >> >> o mais importante é mapear as características da via (velocidade >> >> >> >> máxima, superfície, etc.). >> >> >> >> >> >> >> >> Pra esse algoritmo só importa a velocidade atribuída a cada trecho >> >> >> >> das >> >> >> >> vias (e a atribuição pode não ter relação direta com aquilo que foi >> >> >> >> mapeado, só indireta). Se não for mapeada a velocidade máxima das >> >> >> >> vias, então a maioria dos roteadores tenta "adivinhar" a velocidade >> >> >> >> a >> >> >> >> partir da classificação. Como exemplo, eis aqui [1] como o OSRM faz >> >> >> >> essa adivinhação (lembrando que é um serviço mais voltado às >> >> >> >> características do trânsito na Europa). >> >> >> >> >> >> >> >> Então, sim, a classificação é importante para o roteamento caso não >> >> >> >> seja mapeada a velocidade máxima. Mas, fundamentalmente, o mais >> >> >> >> importante para o roteamento é a velocidade atribuída à via. Existem >> >> >> >> casos em que uma primária urbana tem velocidade reduzida num trecho >> >> >> >> curto e isso faz diferença pro roteamento decidir mandar o usuário >> >> >> >> por >> >> >> >> ali ou não. Só seria mapear para a aplicação se alguém mudasse a >> >> >> >> classificação naquele trecho por causa da velocidade, para forçar um >> >> >> >> roteador a evitar o trecho. (Um problema é que muita gente faz >> >> >> >> isso.) >> >> >> >> >> >> >> >> Especificamente para o Garmin/mkgmap, parece que ainda existe o >> >> >> >> conceito de "classe de velocidade", que não é nem a classificação da >> >> >> >> via (que se reflete no desenho), nem a velocidade máxima (que produz >> >> >> >> os alertas de velocidade). Essa é uma velocidade estimada de >> >> >> >> trânsito >> >> >> >> que no mkgmap [2] pode ter regras até bem complexas de derivação >> >> >> >> (nos >> >> >> >> exemplos que eu vi por aí o pessoal estava derivando esse campo a >> >> >> >> partir de uma combinação da classe da via e da velocidade máxima). >> >> >> >> Até >> >> >> >> daria pra mapear no OSM uma velocidade "esperada" pra via (que então >> >> >> >> se traduziria diretamente nessa velocidade do Garmin), mas isso é >> >> >> >> complicado de padronizar e por isso pode gerar divergências (e >> >> >> >> guerras >> >> >> >> de edição) e até pode acabar não sendo usado. [3] Algumas abordagens >> >> >> >> melhores são coletar a velocidade média [4] e monitorar o tráfego >> >> >> >> [5]. >> >> >> >> Com essas duas abordagens, a classificação se torna irrelevante pro >> >> >> >> roteamento (por exemplo, no caso de uma primária estar sempre >> >> >> >> congestionada e uma secundária paralela estar sempre livre). >> >> >> >> >> >> >> >> [1] >> >> >> >> >> >> >> >> https://github.com/DennisOSRM/Project-OSRM/blob/master/profiles/car.lua >> >> >> >> [2] http://www.mkgmap.org.uk/doc/pdf/style-manual.pdf seção 4.6.5 >> >> >> >> [3] >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Talk:Proposed_features/traffic_speed#Practicality_of_Using_Info_in_Router >> >> >> >> [4] http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Average_speed_per_way >> >> >> >> [5] >> >> >> >> >> >> >> >> https://lists.openstreetmap.org/pipermail/talk/2012-August/063985.html >> >> >> >> >> >> >> >> 2014-07-15 8:30 GMT-03:00 Paulo Carvalho >> >> >> >> <paulo.r.m.carva...@gmail.com>: >> >> >> >> > Amigos, >> >> >> >> > >> >> >> >> > Para compreender a razão de não quebrar a hierarquia de vias >> >> >> >> > nos >> >> >> >> > pequenos trechos que rodovias passam por cidades, recomendo esta >> >> >> >> > leitura: >> >> >> >> > >> >> >> >> > http://en.wikipedia.org/wiki/Contraction_hierarchies >> >> >> >> > >> >> >> >> > Aos que já estão com o argumento "isso é mapear para aplicação" >> >> >> >> > na >> >> >> >> > ponta >> >> >> >> > da língua rogo um momento para parar e pensar: >> >> >> >> > >> >> >> >> > "For routing software to work well, the underlying map data must >> >> >> >> > be >> >> >> >> > of >> >> >> >> > good >> >> >> >> > quality. Essentially this means that ways that should be connected >> >> >> >> > are >> >> >> >> > in >> >> >> >> > fact connected, one-way roads are tagged, turn restrictions are >> >> >> >> > mapped, >> >> >> >> > and >> >> >> >> > so on. You should be familiar with the Map Features used, in >> >> >> >> > particular >> >> >> >> > see >> >> >> >> > OSM tags for routing to understand the tags specific to routing." >> >> >> >> > (grifo >> >> >> >> > meu) >> >> >> >> > >> >> >> >> > Palavras da própria comunidade OSM. >> >> >> >> > >> >> >> >> > Fonte: http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Routing >> >> >> >> > >> >> >> >> > [ ]s >> >> >> >> > >> >> >> >> > Paulo >> >> >> >> > >> >> >> >> > _______________________________________________ >> >> >> >> > Talk-br mailing list >> >> >> >> > Talk-br@openstreetmap.org >> >> >> >> > https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br >> >> >> >> > >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> -- >> >> >> >> Fernando Trebien >> >> >> >> +55 (51) 9962-5409 >> >> >> >> >> >> >> >> "Nullius in verba." >> >> >> >> >> >> >> >> _______________________________________________ >> >> >> >> Talk-br mailing list >> >> >> >> Talk-br@openstreetmap.org >> >> >> >> https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br >> >> >> > >> >> >> > >> >> >> > >> >> >> > _______________________________________________ >> >> >> > Talk-br mailing list >> >> >> > Talk-br@openstreetmap.org >> >> >> > https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br >> >> >> > >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> -- >> >> >> Fernando Trebien >> >> >> +55 (51) 9962-5409 >> >> >> >> >> >> "Nullius in verba." >> >> >> >> >> >> _______________________________________________ >> >> >> Talk-br mailing list >> >> >> Talk-br@openstreetmap.org >> >> >> https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br >> >> > >> >> > >> >> > >> >> > _______________________________________________ >> >> > Talk-br mailing list >> >> > Talk-br@openstreetmap.org >> >> > https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br >> >> > >> >> >> >> >> >> >> >> -- >> >> Fernando Trebien >> >> +55 (51) 9962-5409 >> >> >> >> "Nullius in verba." >> >> >> >> _______________________________________________ >> >> Talk-br mailing list >> >> Talk-br@openstreetmap.org >> >> https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br >> > >> > >> > >> > _______________________________________________ >> > Talk-br mailing list >> > Talk-br@openstreetmap.org >> > https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br >> > >> >> >> >> -- >> Fernando Trebien >> +55 (51) 9962-5409 >> >> "Nullius in verba." >> >> _______________________________________________ >> Talk-br mailing list >> Talk-br@openstreetmap.org >> https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br > > _______________________________________________ > Talk-br mailing list > Talk-br@openstreetmap.org > https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br
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