Eu concordo que devemos manter a recomendação atual por pelo menos mais 1 ano, mas não acho que devemos nos privar de discutir o que seria o mundo "ideal" - aquele em que as ferramentas fazem tudo aquilo que nós, mapeadores e usuários do mapa no dia-a-dia, queremos que elas façam. Até porque isso poderia dar origem a uma recomendação de uma etiqueta do tipo future_highway=* onde colocaríamos a classificação da via num "futuro próximo".
Vou lançar ideias, que não tive tempo de melhorar porque não consegui ainda os planos diretores da maioria das capitais. Se nós mapeássemos algumas vias não-pavimentadas como trunk em certas situações, mas elas fossem desenhadas de outra forma no mapa e os roteadores as evitassem por não serem pavimentadas, estaríamos nos preocupando com a sua classificação elevada? Preferiríamos atribuir a elas sua importância simbólica/futura/pretendida pelo governo ou ficar com a sua importância atual? O melhor caminho entre São Paulo e Georgetown, na Guiana, é por uma sequência de BRs (262, 163, 364, 319, 174 e 401) ligando algumas capitais (Campo Grande, Cuiabá, Porto Velho, Manaus, Boa Vista). Não deveriam essas vias aparecer no mapa no nível 5, quando se vê o país inteiro de uma vez só, mesmo que não fossem pavimentadas? (na verdade elas são, mas poderiam não ser) Em outros países vizinhos e mesmo na África, vias trunk aparecem nesse nível e conectam cidades que são bem menos importantes, mesmo sob uma ótica regional. "Mas a ferramenta tem que saber o que desenhar"... é factível exigir isso, ou seria uma análise complexa demais para a ferramenta? A quais das seguintes características a noção de "importância" está mais atrelada então? 1. Número de pessoas que usam a via 2. Capacidade/qualidade da via (quase sempre, mas nem sempre, relacionada à anterior) 3. Número de pessoas que poderiam vir a usar a via = número de pessoas nas localidades que a via conecta 4. Quão ricas essas pessoas são, ou quão forte é a economia na área (importante descartarmos isso como critério ao discutir a classificação urbana, se é que concordamos em descartá-lo) 5. Se o local tem valor histórico ou não, mesmo que seja afastado (ex.: ruínas no meio da floresta) 6. [escreva sua noção aqui] Acho o critério 3 interessante, especialmente para estabelecer uma similaridade de "importância" entre "povoado" (place=village) e bairro (place=suburb), ambos tipicamente têm o mesmo número de pessoas e, segundo mais de um sistema de classificação por aí, implicariam que suas principais vias de acesso são highway=secondary. Se você subir para o nível municipal, você teria highway=primary como as conexões entre as cidades grandes (place=town/city). Dentro das cidades, as primárias seriam as continuações dessas conexões até o seu núcleo. Onde fica o núcleo seria discutível, na maioria dos casos é quase óbvio (geralmente uma avenida principal que se liga às rodovias na entrada da cidade, ou um grande entroncamento numa cidade grande), em outros não. Talvez as cidades possam ter mais de um núcleo - seria interessante discutir isso. Mas o mais legal dessa abordagem é que ela não pressupõe uma diferença entre meio urbano e meio rural, nem mesmo as condições das vias, apenas a localização dos núcleos populacionais e os principais caminhos entre eles. 2015-04-15 12:52 GMT-03:00 Nelson A. de Oliveira <nao...@gmail.com>: > 2015-04-15 12:30 GMT-03:00 Fernando Trebien <fernando.treb...@gmail.com>: >> Da última vez, concordamos em >> rebaixar a classificação quando a estrutura for precária, mas não >> parece ser esse o caminho seguido pelas outras comunidades pelo mundo. > > Talvez os outros países não tenham tanta diversidade quanto aqui. > Temos estradas ótimas e estradas péssimas. > Utilizar critério de "importância" (que é bem subjetivo) vai igualar > estrada boa com estrada ruim; critério de administração da via > (federal, estadual, municipal) vai, novamente, igualar rodovias boas > com ruins. > > Da forma que vejo utilizar características físicas (que é o acordo de > cavalheiros a que chegamos anteriormente) é o que melhor encaixa no > Brasil, tanto é que o DNIT usa esse critério em seus mapas, assim como > os mapas comerciais. > Mesmo não tendo legenda, conseguimos identificar no Google Maps, Bing, > Here, etc o que é uma via que oferece melhores condições de trafegar. > Reparem que locais que são mapeados com a nossa convenção atual ficam > muito próximos do DNIT e dos mapas comerciais. > > _______________________________________________ > Talk-br mailing list > Talk-br@openstreetmap.org > https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br -- Fernando Trebien +55 (51) 9962-5409 "Nullius in verba." _______________________________________________ Talk-br mailing list Talk-br@openstreetmap.org https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br