Eu acho muito louco que dêem preferência a uma verificação a distância e
pelo Bing(!) em detrimento do que foi alegadamente mapeado in loco.

Estamos aqui falando em comprovar o óbvio, a coisa está lá, é só ir lá ver.
Entendo a necessidade de se questionar o mapeador em caso de dúvida (e
entendo que o questionado não deve tomar isso como uma ofensa e tem a
obrigação de responder, por mais cansativo que seja), mas entendo também
que a palavra do mapeador pode ter muito mais valor do que qualquer dessas
fontes desatualizadas da Internet.

Talvez devêssemos usar o princípio de que o ônus da prova seja do
"acusador". Fotos do Bing (desatualizadas), mapas do IBGE (imprecisos)
entre outros não podem ser provas irrefutáveis. Não acho que mapear apenas
o que já está mapeado em outras fontes seja o objetivo do OSM.

Uma coisa é reverter algo devido à suspeita de terem sido utilizadas fontes
ilegais (paga-se pouco nesse caso, quando a suspeita é forte - tipo, se
questionado, o mapeador não responde nada, ou cita as fontes ilegais),
outra coisa é "corrigir" o mapeamento de uma área com base em informações
antigas sem ter como comprovar que não houve mudanças mais recentes.

Acho saudável discutir o primeiro caso: até que ponto paga-se pouco por uma
suspeita?
No segundo caso, a resposta é simples: não mexa naquilo que não conhece.
Temos que confiar até o momento em que virmos com nossos próprios olhos
(não fotos aéreas de 2009, ou relatos imprecisos) o que está errado.

Mapear remotamente é útil para as áreas ainda não mapeadas. Para correções,
apenas com dados atualizados (e preferência para dados obtidos in loco). E
reversão, apenas em casos claros de vandalismo ou utilização de fontes
ilegais ou ilegítimas. Não sei por quê tanto mimimi.

Atenciosamente,
Márcio Vinícius Pinheiro.
http://about.me/Doideira
  Interessante quando o Fernando, em resposta, cita:  "Isso vale amplamente
para o mapeador local ".

Acredito que ele deve ter esquecido nosso primeiro entrave no OSM e que
tenho, como administrador da lista Cocar, todo ele arquivado no servidor.

Quando ingressei no OSM, minhas primeiras edições ocorreram no bairro em
que resido aqui na Ilha do Governador - RJ, ou seja, edições de um
"mapeador local".

Duas edições minhas, feitas no meu bairro, foram alteradas por ele e quando
questionado por mim disse que eu estava errado em minhas edições. Que se
registre que ele não conhecia e acredito, nem conhece o local por onde
continuo trafegando diariamente.

Uma edição tratava-se da inclusão de uma rotatória onde insistia ele em
dizer que não existia e a outra tratava de uma via de pedestre que corrigi
porque passava por barreiras que impediam o transito de pedestre.

Foi exaustivo e desgastante o debate que tive com ele, mesmo indo eu aos
locais e tirado as devidas fotografias.

Ambas edições foram alteradas por ele sem qualquer consulta a mim que as
fiz.

A grande maioria aqui sabe e é constantemente relembrado aqui nesta lista
que devemos resguardar o OSM, só permitindo que edições nele feitas tenham
referência de fontes lícitas. Pelo menos para mim e a grande maioria dos
responsáveis aqui nesta lista isso não precisa ser relembrado.

Devemos ter muito tato ao questionar um editor quanto a fonte empregada,
ter a resposta e solicitar provas desse do que ele respondeu.

Infelizmente as atualizações das imagens do Bing e Mapbox não sofrem
atualizações constantes na região do Brasil.

Infelizmente o IBGE não atualiza com frequência seus mapas.

Assim, muitas vezes, só nos resta contar com o extraído em tracklogs ou até
extraído pela memória visual de um colaborador, ou nossa mesmo.

Se ficarmos presos ao que vemos no Bing ou outra fonte de referência
desatualizada, teremos sempre um mapa desatualizado e acredito que não
queremos isso.

Se observarem minhas edições, a grande maioria delas trata de sentidos de
vias e nomenclaturas. Isso se deve porque os usuários do mapa Cocar nos
enviam mensagens com colaborações a esse respeito.

Cito um exemplo prático ocorrido comigo na ultima sexta-feira.
Aqui na Ilha do Governador - RJ, onde resido, criaram um enorme posto do
DETRAN e o denominaram Posto Tubiacanga (
http://oglobo.globo.com/rio/detran-rj-inaugura-nesta-quarta-feira-maior-pista-de-treinamento-de-direcao-do-pais-14094831
)
Quando lá fui para fazer vistoria em meu veículo, infelizmente não estava
eu com o GPS e tampouco com meu celular que tira foto, mas mesmo assim, ao
voltar para casa decidi desenhar a área do posto de acordo com minha
memória visual pelo entendimento que mais vale uma importante área dessas
no mapa do que nada ali.
Podem ver o desenho que fiz por memória visual e anotações em
http://www.openstreetmap.org/way/358278962
Sem duvida essa área do posto aparecerá nas imagens satélites lícitas algum
dia e entendo que quando aparecer qualquer um poderá corrigir as falhas
existentes em meu desenho.

Como citei anteriormente esse novo trevo em Porto Velho me foi informado
por um residente que gentilmente, a meu pedido, me passou um tracklog
extraído por ele, ainda inexperiente em extração de tracklogs. Esse track
foi gravado por um Garmin, no modo registro de viagem, que não é adequado
para emprego, mas que serviu como referência do que a memória visual dele
reportou.

Como ali estava desenhado no mapa uma grande rotatória que não existe mais,
decidi editar desenhando a circulação pelo que me foi passado pela memória
visual do colaborador e pelas inumeras reportagens que existem na NET sobre
esse Trevo do Roque em Porto Velho.

Uma das vias desenhadas por mim no novo Trevo teve como referencia um
tracklog já constante da base OSM e as demais as fiz de forma aproximada
conforme me foi passado verbalmente.

Em paralelo decidi também pesquisar como esse trevo estava retratado nas
fontes ilícitas e nelas identifiquei que o Waze e o Here já retratam o novo
Trevo.

[]s
Marcio



[]s
Marcio

-----Mensagem Original-----
From: Fernando Trebien
Sent: Monday, July 6, 2015 11:52 PM
To: OpenStreetMap no Brasil
Subject: Re: [Talk-br] Opinando

2015-07-06 17:22 GMT-03:00 Helio Cesar Tomio <hcto...@gmail.com>:
> Assim,  entendo que a atitude correta é aceitar e manter a verdade do
> mapeador.

Isso vale amplamente para o mapeador local (só não vale se for pego no
ato plagiando uma fonte de dados), mas as coisas mudam de figura para
o mapeador remoto. Nesse caso, isso vale se não houver risco quanto à
legalidade do método pelo qual a informação foi obtida. Eu não quero
citar nomes (porque o tratamento seria igual independente da pessoa),
mas no debate recente o problema é que, não havendo registro da
comunicação boca-a-boca, sobraram só imagens de fontes cuja
legitimidade legal não foi demonstrada. Eu não tenho dúvidas de que o
autor agiu de boa fé, mas a verdade do mapeador >> remoto << precisa
ser sustentável legalmente, essa é uma pressão externa que nós temos.
Talvez haja resistência porque alguns estão vindo de projetos que não
tinham preocupação com os pormenores legais. Mandei um e-mail há pouco
sugerindo formas que eu conheço de garantir isso com o mínimo possível
de trabalho adicional.


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