On Thu, Feb 14, 2019 at 7:55 AM Peter Krauss <ppkra...@gmail.com> wrote: > 2.2. Ponto oficial incompleto: pode ser importando? Essa é a discussão. As > fontes de informação na verdade existem, só que não é uma fonte única, pode > estar misturando verdade de campo, norma oficial (por exemplo leis de > nomenclatura de rua), dado oficial (ex. os pontos fornecidos pela > prefeitura), etc. O algorítomo mesmo sendo aberto é complexo e poucas pessoas > do OSM terão tempo e capacidade de avaliar. ESTÁ EM DISCUSSÃO, mas > precisamos primeiro arrumar a casa, chegar a uma descrição satisfatória no > "ponto oficial completo" (2.1 acima). Mesmo depois de discutir e chegar a um > consenso aqui precisaremos verificar com restante da comunidade OSM. > > 2.2.1. Com numeração (addr:housenumber) obtida por interpolação/proximidade.
Acho que depende das características do dado original. Se o que ele tem é o endereço inicial e final de cada quadra, ou um endereço no meio de cada quadra, ele pode ser importado sem problema algum usando linhas interpoladoras, tal como se faz sem Buenos Aires e em alguns outras cidades do mundo, contanto que os pontos de endereço contenham o nome da rua. Seria indesejável interpolar o endereço gerando cada ponto intermediário. > 2.2.2. Com nome de rua (addr:street) obtido por proximidade. Entre poder/não poder eu prefiro responder isso com as consequências pro OSM de importar com ou sem um tratamento dos problemas dessa abordagem. Em Porto Alegre já constatamos que a projeção dos endereços nas ruas para obter o nome da rua produz cerca de 5% de endereços errados, ou seja, 1 erro em cada 20 endereços. Um dado com tantos erros não possui qualidade suficiente para suportar satisfatoriamente um serviço de geocodificação. Se, por exemplo, alguém quiser usar o mapa para oferecer um serviço de entregas ou de transporte individual, muitos endereços estarão a quilômetros de distância do local correto, o que obviamente seria bem ruim pra confiabilidade do serviço. Nesse caso, eu esperaria que o usuário simplesmente descartaria o OSM e adotaria um concorrente, como o Google Maps. Pior do que isso, se alguém quiser usar os endereços existentes para inserir pontos de interesse a partir de uma listagem local, os erros serão propagados e a correção exigirá mais esforço (talvez o dobro) do que se tivesse sido feita antes. Mesmo numa cidade do tamanho de Porto Alegre, a solução manual desses problemas exigiria um trabalho contínuo de ~2 semanas eu acho. Vale a pena considerando o benefício. Na maioria dos municípios (em geral pequenos) um trabalho desse tipo poderia ser feito completamente em poucas horas. Onde não houver mão-de-obra disposta a realizar a correção, acho que é fundamental no mínimo documentar (de preferência no wiki) que ficou pendente de correção, do contrário ninguém vai saber onde procurar os erros. Idealmente seria aberta também uma tarefa em algum sistema de gestão de tarefas para orientar e monitorar esse trabalho. Agora que temos o Kaart interessado em nos ajudar, podemos também tentar um contato com eles para que realizem as correções manualmente. Se este caso surgir com frequência em municípios diferentes, acho que vale a pena organizar um grupo de trabalho para fazer as correções manuais. Um grupo especializado assim estaria familiarizado com o tipo de erro desse processo e poderia trabalhar rápido e com menos erros humanos. Caso a etapa de documentar a correção não for feita, o resultado mais provável é que os erros permanecerão no mapa por um bom tempo e que serão esquecidos, prejudicando a confiabilidade dos dados. Por exemplo, na importação dos edifícios em Porto Alegre, uma informação foi colocada na etiqueta description, foi solicitado aos mapeadores que fosse convertida em etiquetas consumíveis (geralmente amenity=*), mas esse trabalho nunca foi feito por ninguém. A informação está lá no OSM, parada há anos, sem usufruto pelas aplicações. Como diz o wiki [2] num texto proveniente do original em inglês, "nunca suponha que essas pessoas vão alegremente arrumar a bagunça que você fez." Não estou dizendo que é obrigação de quem importa fazer a correção manual. O importante é traçar um plano de correção e engajar as pessoas que o executarão, e havendo interessados em fazer isso antes mesmo da importação, melhor ainda. Como você pode ver lá na discussão de Porto Alegre, há também questões relativas à limpeza de dados existentes. > O que acha? Podemos seguir com essa terminologia? importação de "ponto > invalido" (obviamente invalida), de "ponto oficial completo" e de "ponto > oficial incompleto". Eu chamaria isso de um endereço incompleto/insuficiente, não de inválido. O que realmente é inválido (em ~5% dos casos) é a heurística de projetar o endereço sobre a rua mais próxima, seja ela feita antes da importação ou feita pelo geocodificador caso a addr:street esteja faltando no endereço. -- Fernando Trebien _______________________________________________ Talk-br mailing list Talk-br@openstreetmap.org https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br