Amílcar,
você leu a reportagem sobre a eleição de Itanhaém, na Tribuna de Santos, de
hoje? Vale a pena!
Abraço,
Rosilma.
----- Original Message -----
From: Amilcar Brunazo Filho <[EMAIL PROTECTED]>
To: Painel do Leitor <[EMAIL PROTECTED]>
Cc: Eliane Cantanhede <[EMAIL PROTECTED]>; Clovis Rossi
<[EMAIL PROTECTED]>; <[EMAIL PROTECTED]>; Ouvidor da
Folha <[EMAIL PROTECTED]>; Marcelo Soares - Folha <[EMAIL PROTECTED]>;
Bruno Garattoni - Folha Informatica <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Thursday, November 09, 2000 7:45 PM
Subject: [VotoEletronico] Recontagem dos Votos


> Caros Srs. do Painel do Leitor da Folha,
>
> Lamento quando três editorialistas da página 2 da Folha, sem dúvida
líderes
> de opinião pela posição que ocupam, se deixam enganar por argumentos
> superficiais, quando não equivocados.
>
> Clóvis Rossi, Eliane Catanhede e o editorialista chefe, dos quais já
> admirei muitos textos,  julgam com precipitação quando escrevem, em quase
> uníssono, tecendo críticas à recontagem dos votos nas eleições americanas
e
> elogiando nossa urna eletrônica onde a recontagem é impossível.
>
> Cedem a argumentos totalmente errados quando confundem pionerismo com
> qualidade e rapidez com segurança. O Caso Proconsult, de 1982, já havia
> deixado claro e inconteste que a fraude eletrônica é tão rápida quanto a
> apuração. Supor que o sistema é bom por que é rápido é pura falácia.
>
> Eu também não acho boa a idéia de eleição via colegio eleitoral. Prefiro
> eleições diretas. Mas a possibilidade de se recontar e conferir a apuração
> dos votos é sinal do maior respeito pelos princípios da democracia, qual
> seja a transparência absoluta do processo eleitoral.
>
> E transparência é a verdadeira forma de se obter segurança e
> confiabilidade. Infelizmente o TSE adotou o princípio da segurança por
> obscurantismo, que dia a dia perde força no mundo acadêmico e só tem
> defensores entre os mercadores de softwares eleitorais.
>
> Por isto, estão redondamente engados os editorialistas quando sugerem que
> estamos na frente dos americanos em tecnologia eleitoral e que estamos
> aptos a exportar-lhes esta tecnologia. Que ingenuidade!
>
> Nossa urna eletrônica está baseada em princípios pré-revolução francesa.
> Ela não é moderna, é sim retrógrada por não permitir conferência da
apuração.
>
> Em 1996, o BID ao aprovar o financiamento de U$ 546 milhões para a
> informatização das eleições brasileiras enviou para cá um técnico para
> avaliar o sistema, o Sr. Roy Saltman. No relatório apresentado por este
Sr.
> aparecem as críticas ao sistema de votação "direct-recording" (sem
> comprovante impresso do voto) adotado no Brasil, ressaltando que este
> sistema necessita da mais absoluta transparência para ter valor
> democrático. Pois bem, nenhuma das recomendações do Sr. Saltman, relativas
> a transparência do sistema, foram seguidas pelo TSE!
>
> O que escrevo a seguir são fatos, baseados em documentos oficiais do TSE:
>
> 1- Os representantes da Justiça eleitoral que dizem os partidos puderam
> examinar todos os programas das urnas estão faltando com a verdade. A
> portaria 142/00 do TSE deixa claro que nem todos os programas foram
> apresentados para análise dos partidos, contrariando descaradamente o Art.
> 66 da Lei 9.504.
>
> 2- A parte dos programas que havia sido mostrada aos partidos, foi
> MODIFICADA posteriormente e estes novos programas alterados não foram
> analisados por ninguém, como foi relatado pelo jornalista Marcelo Soares
da
> Folha (no dia 15/10).
>
> 3- A resolução 20.714 do TSE deixa claro que NÃO SE PERMITE aos fiscais
> conferirem o conteúdos dos discos de carga das urnas para verificarem se
os
> programas das urnas são mesmo os originais.
>
> 4- Um dos programas que são escondidos da auditoria é feito pelo CEPESC,
um
> orgão da ABIN (que equivale a NSA americana).
>
> 5- Os programas das urnas foram contestados juridicamente e o TSE,
> despresando totalmente o princípio de celeridade do processo eleitoral,
> simplesmente não julgou, até agora, o mandado de segurança 2.914-DF,
> interposto antes do primeiro turno. Nossas eleições ocorreram sob júdice.
>
> Nestes condições é pura ficção dos editorialistas pensarem que o Brasil
vai
> exportar nossas urnas. Esta conversa de exportação é sempre plantada pelo
> TSE antes das eleições. Foi dito em 96 (33 paises vieram aqui conhecer o
> sistema, nenhum comprou!), foi dito em 98 (eram 16 paises, nenhum comprou)
> e voltaram a repetir agora.
>
> Nenhum país democrático vai comprar um sistema que não permite conferência
> e recontagem da votação como é o nosso sistema. Certamente os americanos
> jamais aceitariam votar um sistema de votação cujo controle contra invasão
> e fraudes estivesse nas mãos da CIA ou da NSA.
>
> E aproveitando que estamos falando de voto eletrônico, eu gostaria de
saber
> dos editorialistas da Folha o que acham desta idéia de aumentar nossa
> dívida externa em mais de meio bilhão de dolares para comprar 350.000
> computadores que são usados 10 horas a cada dois anos?
>
> Eng. Amilcar Brunazo Filho
> [EMAIL PROTECTED]
> Moderador do Fórum do Voto Eletrônico
> www.votoseguro.org
> rg:  3.700.186
> tel: (13) 3225 4248
>
>
> __________________________________________________
> Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico
>        http://www.votoseguro.org
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