Olá,

Quem sabe se com o caso do Painel do Senado, nossa imprensa não abra seus 
olhos para o mesmo problema que tem no sistema eleitoral do TSE?

Tenho algumas considerações:

1- Parabéns ao dono da Elizeu Kopp Companhia Ltda, firma que fez o programa 
do painel do senado, que declarou que quem tiver acesso aos programas 
poderia violar ou desviar os votos? Pelo menos ele é honesto. A tal 
diretora do Prodasem, que disse que era "impossível violar o voto", já foi 
para o espaço. Será que a sociedade brasileira está apreendendo a não 
aceitar passivamente declarações levianas dos responsáveis pela segurança 
eleitoral? Outro problema é se quem entrou no lugar dela é confiável ou 
mais um "pau mandado" (como bem lembrou nosso Ari)?

2- O problema da pericia no painel é que ela está sendo feita por gente da 
Unicamp, que é uma entidade estatal, com seu reitor bastante submisso ao 
tucanato, como tem saido em recentes reportagens da Folha de SP sobre o 
perito que iria analisar as fitas de áudio do ACM e foi demitido na 
véspera. Desde o caso PC Farias tem surgido denúncias de manipulação 
política das perícias e, assim, a credibilidade da Unicamp está abalada e 
não é correto chamar auditores que trabalham para o mesmo patrão (a União 
ou a "Viuva"). Seria melhor se os auditores independentes fossem 
efetivamente INDEPENDENTES!

At 23:34 02/03/2001 -0300, Paulo Gustavo repassou:
>Sexta-feira, 02 de março de 2001 - 20h02
>
>Painel do Senado é vulnerável, admite fabricante
>
>Brasília - A empresa fabricante e a que atualmente faz a manutenção do 
>painel de votação do Senado confirmam: tecnicamente, o sistema permite 
>alterações de software que possibilitariam quebrar o sigilo do voto 
>secreto. Alterando o programa, seria possível até mesmo mudar o próprio 
>resultado das votações. Mas apenas o relatório da perícia que está sendo 
>realizada para apurar o caso poderá comprovar se essas modificações foram 
>mesmo realizadas.
>
>A Panavídeo Eletrônica, responsável pela manutenção, e a Elizeu Kopp, que 
>desenvolveu o sistema, negam que tenham feito alteração que possibilitasse 
>a fraude. Todas as mudanças no programa do painel foram acompanhadas e 
>aprovadas por técnicos do Serviço de Processamento de Dados do Senado 
>(Prodasen).
>
>Hoje foi anunciado o afastamento da diretora-executiva do Prodasen, Regina 
>Peres Borges. A suspeita de que o sigilo das votações foi quebrado surgiu 
>a partir de declarações do ex-presidente do Senado, Antônio Carlos 
>Magalhães (PFL-BA) a procuradores federais. ACM teria afirmado conhecer o 
>voto contrário da senadora Heloísa Helena (PT-AL) à cassação do ex-senador 
>Luiz Estevão (PMDB-DF). “O que deixa sob suspeição o processo de votação 
>secreta é o fato de que a empresa de manutenção foi trocada no ano passado 
>sem licitação e sem qualquer aviso prévio”, afirmou o presidente do 
>Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).
>
>Barbalho garante que o afastamento de diretora do Prodasen não tem relação 
>com o caso. O órgão teria funcionamento praticamente autônomo e precisaria 
>estar mais integrado à estrutura administrativa da Casa. “Para isso, 
>nomeei um técnico para o cargo, numa decisão meramente administrativa”, 
>disse. O novo diretor é Kleber Gomes Ferreira Lima.
>
>(Ibsen Costa Manso e Gilse Guedes)


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     Eng.  Amilcar Brunazo Filho
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