Gil,
Voce está enganado.
A proposta do Carlos Candido é exatamente a proposta do Projeto de lei do
Zé Dirceu, que foi devidamente plantado dentro do PT, por gente da Justiça
Eleitoral.
É a única linha de defesa que restou ao TSE como alternativa a conferência
da apuração pelo voto impresso, que eles não querem que seja feita de jeito
nenhum.
Quando o TSE percebeu que estava dificil argumentar contra o pedido de
conferência da apuração contido no projeto do Requião, inventou esta
Comissão de Notáveis para distrair a atenção do problema principal.
Esta idéia de Comissão não se sustenta tecnicamente. É impossível para uma
comissão de 10 pessoas certificar a carga de 320.000 urnas que são
inseminadas em 5600 cidades diferentes no intervalo de uma semana.
A validação e certificação do software eleitoral é bom mas está muito longe
de ser satisfatória para garantir a integridade do sistema. Não existe um
único técnico em segurança de dados, de qualidade e que apresente seus
artigos em congressos e simpósios técnicos, que sustente que validação e
certificação de software eleitoral é suficiente para dar confiabilidade ao
sistema.
Só os técnicos do TSE afirmam isso, mas quando eu os desafiei a
apresentarem esta tese em artigos nos simpósios de segurança em
informática, nada fizeram.
Será que o Sr. Carlos Candido, apresentaria um artigo ao Simpósio SSI do
ITA defendendo a tese de que uma comissão de 10 pessoas pode certificar
320.000 computadores em uma semana de forma confiável?
Além do mais, a lei eleitoral já preve que o software seja aberto para os
técnicos dos partidos o conferirem.
O TSE não cumpre esta lei pura e simplesmente.
Para se justificar os poderes especiais desta Comissão teria que se
restringir os direitos que os partidos já tem hoje, ou seja, o de
conhecerem todos os programas das urnas.
E é esta a idéia que está por trás desta sugestão de uma Comissão para
conferir os programas:
1- Impedir a recontagem do votos
2- Diminuir os direitos a auditoria que os partidos já tem hoje
3- Nomear uma comissão de notáveis, que teria o poder de nos dizer que
podemos confiar neles.
É pura prática do Princípio do Obscurantismo. Deixar o assunto fechado num
grupo de notáveis.
Em NENHUM LUGAR do mundo CIVILIZADO se impede a conferência da apuração.
É muito óbvio que esta é a única solução.
Por que a nossa Justiça Eleitoral (que a princípio deveria apenas julgar
processos) teima em impedir a conferência da apuração no Brasil? É um
mistério.
At 22:56 16/05/2001 -0300, gil wrote:
> > Bom, ai você deve me perguntar: E quem garante que a urna eletrônica é
>bem programada?
> >
> > É neste ponto que concordamos. E, neste caso, minha sugestão é a de
>que se crie um comitê interpartidário de fiscalização
> > composto por representantes dos mais respeitados orgão e entidades
>brasileiras (como OAB, por exemplo) quem em conjunto
> > com peritos especializados em informática e segurança da informação
>auditoriem uma parcela das urnas para verificação dos
> > componentes internos e dos softwares utilizados.
> > Carlos Cândido
> >
> Boa. VAMOS LEVAR ESSA IDÉIA AO SVE. DANDO INCLUSIVE OS CRÉDITOS
> DEVIDOS AO
>SEU AUTOR.
> Sinceramente, louvo a coragem dele. Só não sei o que os
> superiores dele vão
>achar desta posição, que evidentemente não reflete os desejos de JOBIM, TSE,
>ABIN & CIA ILIMITADA.
> GIL.
[ ]s
Amilcar
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