Retificação: Caro Machado, Parabéns por sua iniciativa de enviar o seu artigo ao jornal. No entanto, devido à pressa e falta de tempo para revisão, você cometeu dois erros em seu texto que acho bom explicar melhor para que não sejamos acusados de estar divulgando informação errada ou enganosa. O primeiro erro foi afirmar que o relatório do MIT/Caltech VETOU a urna brasileira. Este relatório (preliminar) contem apenas uma analise estatística de votos nulos (over-vote e under-vote na inguagem deles) nos vários sistemas de votação USADOS nas eleições americanas, e concluiu que as máquinas eletrônicas de votar, do tipo DRE (como eles chamam as máquinas do tipo de nossa urna), NÃO DIMINUEM A INCIDÊNCIA DE ERROS DO ELEITOR. Este relatório não se refere, em nenhum momento, a urna brasileira especificamente, apenas ao tipo (DRE) genericamente. Quem rejeitou o tipo de maquinas puramente eletrônicas (DRE) foi o relatório da Comissão do Estado da Florida encarregada de avaliar o problema eleitoral no ano de 2000. Esta comissão recomendou a adoção de máquinas do tipo "mark sense", as quais mantem uma cópia (material, e não virtual) do voto, permitindo assim posterior recontagem. Este relatório da Comissão da Flórida, também NÃO se refere a UE brasileira especificamente, apenas NÃO RECOMENDA O USO DE MÁQUINAS DE VOTAR QUE NÃO PERMITAM A RECONTAGEM DOS VOTOS. O seu segundo erro está no seguinte trecho de seu artigo: "A segurança da Urna Eletrónica, hoje, fica comprometida devido aos aspectos tecnicos na hora da votação tornando o voto NÃO SEGRETO, posto que o titulo do eleitor é digitado num teclado que esta conectado a urna e isso faz que o Sistema Operacional da urna gere um Arquivo de "LOG"com os registros sequencial dos eleitores, como os votos estão gravados também na mesma sequencia, fica facil a quebra do sigilo do voto." Como já foi dito recentemente aqui, o arquivo de log de uma urna NÃO MANTEM GRAVADO NEM A IDENTIFICAÇÃO DO ELEITOR NEM O CONTEUDO DE SEU VOTO. Contém apenas a hora exata em que algum eleitor apertou a tecla "confirma". Desta maneira, pela análise do arquivo de log, NÃO É POSSIVEL SE IDENTIFICAR O VOTO DE NENHUM ELEITOR. O número que identifica o eleitor e o conteúdo do seu voto estão disponíveis no mesmo instante na memória volatil (RAM) do computador, isto é, apenas enquanto o eleitor esta votando estes dados estão disponíveis na sua memória TEMPORARIA e não na memória permanente (arquivo de log). A acusação que fazemos sempre aqui no Voto-e é que, estando disponivel na RAM, estes dados PODERIAM (repare que falamos no condicional) serem gravados em memória permanente e, aí sim, configurar a quebra do sigilo. Mas esta nossa acusação NÃO QUER DIZER QUE TAIS DADOS JÁ ESTEJAM SENDO GRAVADOS NOS ARQUIDOS DA URNA. Acusamos, sempre, que existe a possibilidade de um programa fraudulento violar sistematicamente o voto do eleitor, e por isto pleiteamos que não se faça a identificação do eleitor na mesma máquina de votar, mas NUNCA DISSEMOS QUE TAL VIOLAÇÃO JÁ ESTEJA OCORRENDO. Num trabalho que está sendo elaborado pelo Ed Gerck, da SafeVote americana, se estabele critérios que deveriam ser atendidos por sistemas eleitorais computadorizados. Com relação à identificação do voto, o critério é bastante rigoroso e diz, mais ou menos o seguinte: " num sistema eleitoral informatizado NÃO DEVE SER POSSÍVEL se identificar o voto do eleitor, NEM MESMO SOB ORDEM JUDICIAL" Quer dizer, o identificação do voto do eleitor deve ser TECNICAMENTE IMPOSSIVEL, e não basta apenas se dizer que ela não ocorre. Na nossa UE atual os técnicos do TSE alegam que a identificação do voto do eleitor não é feita, mas é TECNICAMENTE POSSIVEL programar a UE para guardar a relação eleitor/voto (por que ambos os dados estão disponíveis em dado momento). Se o número do eleitor NÃO FOSSE digitado na mesma máquina de votar , NÃO SERIA TECNICAMENTE POSSIVEL programar a violação do voto (por que tais dados nunca estariam disponíveis na mesma máquina ou memória eletrônica). Por isto, não deve-se dizer que a violação dos votos já ocorra na UE, e sim que é uma POSSIBILIDADE visto não ser possivel se conferir os programas das urnas. [ ]s Amilcar At 09:21 14/06/2001 -0300, you wrote: >Companheiro Listeiros... > >Encontrei me com um amigo, que nem sabia era jornalista, aproveitei e >comentei sobre uma materia que falava sobre a posse do novo ministro do >TSE, comentei sobre a problematica das Urnas Eletronicas e de prontidao >ele ofereceu um espaço de meio oficio para eu escrever o que falei a quase >2 horas. Isso era 17:00hs e tinha que enviar a materia até as 20:00hs >quando termina o horario dele. Tive que fazer o resumo do resumo resumido >para falar tanta coisa em tanto pouco espaço.... não consegui....mas o >pouco que escrevi mandei assim mesmo... e deu certo... eles publicaram a >materia hoje, foi na Folha do Estado de Cuiabá/MT. >Desculpe os companheiros se alguma coisa parece com trechos de materias de >voces... não foi mera coisidencia... não sou jornalista.... e tenho grande >dificuldade para escrever... então fui adaptando as materias que baixei da >nossa pagina. >Delculpe mais uma vez por não ter pedido autorização expresa e não ter >submitido o texto a apreciação de voces, até para ver se não estava >cometendo alguma gafia...não dava tempo...tomei a decissão sozinho e >espero não ter feito besteira. > >Grato pela atenção >Machado >CBA/MT > >A materia esta escrita abaixo... o que esta anexado são imagens do jornal. > > >Quero ver meu voto. > >Lendo a matéria publicada na Folha do Estado (13/6 pag. 8) sobre o novo >Presidente do TSE Ministro Nelson Jobim, onde ele assegura "garantir a >transparência e a segurança do voto eletônico" me deixou intrigado, pois >até o momento o TSE nunca se propos a tal atitude, apesar de diversas >debates e tentativas de mostrar que o sistema eleitoral atravez da Urna >Eletrônica e imcompativel com sistema de segurança e transparência. A >prova mas substancial deste fato é que o TSE optou por um sistema fechado, >tornando-o sem transparência e comprometendo sua segurança, para quem é da >área de informatica sabe que os sistemas fechados pre-supoem falta de >segurança e aumenta e muito a possibilidade de erro. > >Gostaria de observar para não confundirmos a confiabilidade técnica de um >programa com aconfiabilidade das pessoas envolvidas no projeto, elaboração >e operação do sistema na sua honra ou moral. Apenas a questão tecnica de >se determinar a confiabilidade técnica do sistema de votação. > >A segurança da Urna Eletrónica, hoje, fica comprometida devido aos >aspectos tecnicos na hora da votação tornando o voto NÃO SEGRETO, posto >que o titulo do eleitor é digitado num teclado que esta conectado a urna e >isso faz que o Sistema Operacional da urna gere um Arquivo de "LOG"com os >registros sequencial dos eleitores, como os votos estão gravados também na >mesma sequencia, fica facil a quebra do sigilo do voto. > >Outro fato de quebra de segurança é quando o eleitor ao escolher seu >candidato, apesar de ter visto sua foto e nome, ao confirmar o eleitor >desconhece qual candidato a urna registrou em seu sistema de gravação. > >Varios problemas de votos desaparecidos estão fartamente relatados no >livro "O Pré-Feito" que relata os problemas ocorrido em Itaberaba BAHIA.( ><http://www.fraudeitaberaba.com.br/>www.fraudeitaberaba.com.br ) > >A transparência do sistema de votação com a Urna Eletronica fica mais >grave, quando o TSE se nega a permitir auditoria nos programas das urnas, >alegando motivos de SEGURANÇA NACIONAL, pos parte do programa e o sistema >operacional da Urna Eletronica, não sei porque motivo, é elaborado pelo >CEPESC (Orgão da Agencia Brasileira de Inteligência ABIN / ex-SNI). Tudo >isso ocorre a revelia da Lei Eleitoral, que garante aos partidos politicos >TOTAL acesso aos programas das urnas, sem mencionar a Constituição. > >A pouco tempo o Governo Federal divulgou o enorme interesse dos Estados >Unidos em nossas Urnas Eletronicas, mas o que o governo não mencionou é >que apos da equipe do California Institute of Techology (CalTeh) e do >Massachussets of Technology (MIT) analizarem, vetaram, pois a nossa urna >não garantiam a privacidade do voto, muito menos a auditabilidade e a >recontagem. > >Todos estes problemas e muito mais, assim como as soluções são discutidas >no forum <http://www.votoseguro.org/>www.votoseguro.org cujo o mediador é >o Eng. Amílcar Brunazo Filho que atualmente assessora a Sub-Comissão do >Senado para voto eletrônico, e os projetos do Senador Roberto Requião e >Vivaldo Barbosa. No corpo do projeto do Senador Roberto Requião preve >mudanças substâncias que resolveriam quase a totalidade dos problemas >levantados, uma delas é quando o eleitor for confirmar o seu voto, este >seja impresso em papel onde o eleitor possa ver, sem manusialo, e quando >confirmado, este voto é depositado na urna, assim o eleitor poderá ver que >o seu voto foi, definitivamente, para pessoa que ele escolheu. A >totalização dos votos poderá continuar sendo feita pelo sistema atual, >quando hover duvida sobre apuração se faz auditoria nas sedulas impressas >que estão na urna. > >José Machado da Silveira. [ ]s Eng. Amilcar Brunazo Filho www.brunazo.eng.br Moderador do Fórum do Voto Eletrônico www.votoseguro.org e do Movimento Nacional em Defesa da Língua Portuguesa www.novomilenio.inf.br/idioma __________________________________________________ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __________________________________________________