http://www.pdt.org.br/nelsonjobim.htm
Title:    Presidente do TSE Nelson Jobim esmorece na investigaçã da urna

Partido Brizola Jango Getúlio FHC Parlamentares Estudos Políticos Juventude English

Veja também

Conheça os CIEPs

Dossiê da crise

Perfil de Brizola

Governo FHC

A família presidencial

A história do PDT

Spacer

O presidente do TSE, Nelson Jobim, dificulta aprimoramento do sistema eletrônico

Disponibilizado em 06/07/01

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Nelson Jobim, apesar de parecer a princípio um entusiasta do aprimoramento do sistema eletrônico de votação esmorece em suas ações e faz o jogo do Governo em protelar os prazos e até desautorizar outras investigações que eram realizadas. Entre elas o pedido de auditoria da urna eletrônica feito pelo Senador Roberto Requião (PMDB/PR) em nome da Comissão de Constituição e Justiça que foi impedida pela alegação de Nelson Jobim de que um novo pedido seria feito pelo próprio TSE. O problema do congelamento do processo de discussão e aprimoramento do sistema de votação eletrônico é que os prazos para as mudanças na Lei Eleitoral para que sejam válidas já para o próximo pleito, não são tão flexíveis assim. Críticos ao sistema de voto eletônico, tal qual ele se encontra, correm contra o relógio para apressar as ações em tempo hábil, o TSE parece assistir impassível. Saiba mais sobre o assunto pelos links abaixo:

Na posse, Nelson Jobim promete investigação das urnas

TSE pede à Unicamp para suspender perícia de urnas

Carta do engenheiro Benjamin Azevedo ao procurador Luiz Francisco a respeito das fragilidades da urna eletrônica

Advogado de senador beneficiado pelo TSE  tem ligações familiares com o presidente do tribunal

Congresso vai investigar urnas

Entrevista com o engenheiro Amílcar Brunazo

Artigo de Carlos Chagas

Artigos Clóvis Rossi

Leonel Brizola alerta para o golpe do Parlamentarismo

PDT questiona legitimidade do processo eleitoral com a urna eletrônica


TSE pede à Unicamp para suspender perícia de urnas

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Nelson Jobim, pediu à direção da Unicamp para desconsiderar o pedido de perícia do sistema eleitoral feito anteriormente pelo senador Roberto Requião, em nome da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

O motivo alegado por Jobim é que o próprio TSE pretende encaminhar o pedido em conjunto com o Congresso. Com isto, a equipe da Unicamp encarregada da tarefa ficou paralisada, aguardando uma definição sobre como prosseguir.

"Como o senador Requião está em viagem oficial no exterior, não consegui falar com ele ainda a respeito deste novo desdobramento", explica o especialista Amílcar Brunazo Filho, um dos maiores críticos das brechas do voto eletrônico.

No discurso de encerramento do semestre, no TSE, Jobim afirmou que quer discutir, em julho e agosto, a questão da segurança da urna eletrônica. "Vamos solicitar análise externa de todo o processo de votação eletrônica para saber os mecanismos de segurança e confiabilidade do sistema".

O presidente do TSE afirmou que tem ouvido manifestações contrárias à implantação do voto eletrônico, "grande parte delas de boa fé".

O Tribunal, segundo Jobim, demonstrará sua condição de gerir uma eleição com confiabilidade e caminhará sempre no sentido de criar condições de otimização do processo eleitoral brasileiro, "já que, com o sistema eletrônico de votação, se obteve algo de importante, que é a verdade eleitoral, quer no ato de votar, quer no ato de apurar".

Exercitando sua veia poética Jobim afirmou que "os adjetivos podem vir, mas que se separem os adjetivos e os advérbios de modo, para que fiquemos com o substantivo. E o Tribunal quer decidir substantivos, não propriamente adjetivos, nem advérbios de modo. Vamos reduzir, digamos, a liturgia da adverbiação para caminharmos para o compromisso da substantivação", concluiu.

Revista Consultor Jurídico, 1º de julho de 2001.


Carta do engenheiro Benjamin Azevedo ao procurador Luiz Francisco a respeito das fragilidades da urna eletrônica

 

Rio de Janeiro

Prezado Procurador Luiz Francisco,

 

Há quase cinco anos, desde as eleicoes de 1996, venho procurando denunciar ao TSE, congressistas e veiculos da imprensa graves falhas das urnas eletronicas.Nao fui o unico a notar os problemas. Outros tambem tiveram no momento em que votaram em 1996 as mesma duvidas e questionamentos, que na epoca resumiam-se a digitacao do titulo do eleitor em teclado ligado a urna. Aos poucos, estas pessoas de todos os cantos do pais foram se encontrando e vendo que tinham as mesmas duvidas, e a mesma luta.

 

Um destes companheiros, Amilcar Brunazo, engenheiro como eu, organizou uma lista e um site, para onde convergiram os que lutavam pela revisao das urnas, e pouco a pouco, mais e mais gente,numa admiravel comunidade, apartidaria, puramente civica, e que vem se aproximando de obter um resultado positivo.Voce pode obter maiores detalhes no site http://www.votoseguro.org mas, resumidamente, podemos listar os seguintes problemas, todos muito graves, embora de facil solucao se houver vontade politica:  

 

1)A digitacao do numero do titulo do eleitor em dispositivo ligado a propria urna abre a possibilidade de que mediante simples programacao seja violado o sigilo constitucional do voto. Isto nunca poderia acontecer,devendo a liberacao da urna ocorrer por simples botao acionador.

 

2)Desde 1998 foi eliminada a copia impressa do voto colhido.      Com isto, eliminou-se completamente qualquer possibilidade de auditoria ou recontagem de uma secao. Os TREs sistematicamente negam todos os pedidos de recontagem, e na verdade se os concedessem nao teriam como recontar qualquer urna. Esta ofensa ao legitimo direito dos candidatos abre a brecha para que manipulacoes da programacao interna da urna potencialmente possam mesmo alterar resultados, sem que possam ser        detectadas pois nao ha contra prova.

 

3)Embora prevista na lei eleitoral a auditoria pelos partidos da programacao da urna, o TSE nao libera todos os compenentes desta programacao, nao oferece prazo razoavel para o exame, e pior ainda faz modificacoes apos o exame precario que oferece. Nada garante que nos modulos nao revelados haja codigo "malicioso", ou mesmo que o programa carregado seja aquele parcialmente mostrado aos partidos. O alerta do movimento, apos muito esforco, conseguiu eco no congresso,existindo hoje projetos prevendo a mudanca dos pontos acima mencionadosentre os quais destaco os do Senador Requiao, e o do Deputado Vivaldo Barbosa.

 

O Amilcar Brunazo tem sido incansavel nesta luta, e hoje assessora a SubComissao do Senado que investiga o voto eletronico. Devo ressaltar porem que ha uma enorme resistencia por parte de justica eleitoral,que deveria ser a primeira a ouvir e procurar aprimorar qualquer falhada urna. Estranhamente porem, em lugar disto, empenha-se nesta obstinada resistencia. Estamos no momento vivendo uma luta contra o relogio. Estes projetos precisam ser aprovados antes de outubro para que se apliquem as proximas eleicoes em 2002.

 

E o TSE vem habilidosamente adiando a sua tramitacao, ora pedindo prazos para dar informacoes, e mais recentemente propondo um seminario na Subcomissao do Voto Eletronico (SVE-Senado), culminando agora pelas declaracoes do Ministro Nelson Jobim de que ira solicitar auditoria a Unicamp, tomando ao TSE inciiativa que ja estava por ser determinada pelo Senado.Vejo esta aparente mudanca de atitude do TSE com a mesma preocupacao com que via a resitencia a fazer qualquer mudanca, pois transparece por detras destas iniciativas a intencao de primeiro controlar melhor a eventualauditoria,e segundo prolongar o processo pelo tempo necessario a que seja perdidooprazo de edicao das novas medidas.

 

É neste contexto que venho trazer-lhe nossas preocupacoes e consulta-lo sobre a possibilidade de uma outra alternativa, mais eficaz, de garantirjapara as eleicoes de 2002 um sistema mais seguro para eleitores ecandidatos.Minha sugestao eh que seja questionada pelo MP a constitucionalidade do sistema eletronico de votacao, com base na possivel quebra de sigilo e na supressao do direito de recontagem das secoes onde candidatos se sintam lesados. Como argumento acessorio, a nao abertura da programacao integral da urna aos partidos.Se aceita esta tese pela instancia adequada (STF imagino) o TSE se veria obrigado a corrigir de imediato as falhas para poder realizar o pleito de 2001 o que nao envolve maiores dificuldades, pois bastara ao TSE eliminar  a digitacao do titulo, ativar a impressao na impressora ja existente, com pequena adaptacao, e exibir os programas aos partidos.E, prezado Procurador Luiz Francisco, por toda a coragem e independencia quem voce tem demonstrado, creio que eh a pessoa certa para empreender este passo tao importante desta cruzada com chances de exito.Estamos todos a sua disposicao para melhor esclarecer qualquer duvida sobre as falhas, suas consequencias, como corrigi-las, ou qualquer outra informacao eventualmente necessaria.

Atenciosamente,

 

Benjamin Azevedo

Engenheiro

 


Advogado de senador beneficiado pelo TSE  tem ligações familiares com o presidente do tribunal

Notas do Claudio Humberto http://www.claudiohumberto.com.br

DE TERÇA,  03/JUL/2001:

Trapalhada no TSE...

Depois de mandar diplomar o novo senador petista de Rondônia e, em seguida, ordenar a suspensão de sua posse, o atrapalhado presidente do Tribunal
Superior Eleitoral, ministro Nelson Jobim, é quem vai decidir se o caso vai ou não ser encaminhado ao Supremo Tribunal Federal.

...resolvida em família

O advogado do suplente Fernando Matusalém (PPB-RO), Tarcísio de Carvalho Neto, está para lá de confiante. Nada a ver, certamente, com o fato de ser
genro do ministro Ilmar Galvão, do STF. Nem com o fato de a irmã de sua esposa ser casada com um filho de Nelson Jobim.

  |Início| |Página de Apresentação|

Partido Brizola Jango Getúlio FHC Parlamentares Estudos Políticos Juventude English

Reply via email to