Prezado Sr Benjamin Azevedo,
Por estes motivos propus que a Urna
Eletrônica possuísse um sistema vocal,
em que o voto seja solicitado verbalmente, do
tipo;
- VOTE PARA PRESIDENTE... ,
CONFIRA O VOTO NA TELA..., CONFIRA O VOTO IMPRESSO;
- VOTE PARA GOVERNADOR... ,
CONFIRA O VOTO NA TELA..., CONFIRA O VOTO IMPRESSO;
- VOTE PARA O PRIMEIRO
SENADOR... , CONFIRA O VOTO NA TELA..., CONFIRA O VOTO IMPRESSO;
- VOTE PARA O SEGUNDO
SENADOR... , CONFIRA O VOTO NA TELA..., CONFIRA O VOTO IMPRESSO;
- VOTE PARA DEPUTADO
FEDERAL... , CONFIRA O VOTO NA TELA..., CONFIRA O VOTO IMPRESSO;
e,
- VOTE PARA DEPUTADO
ESTADUAL... , CONFIRA O VOTO NA TELA..., CONFIRA O VOTO
IMPRESSO.
Desta forma se evitaria a dúvida dos
eleitores na busca da orientação visual e a dúvida dos eleitores analfabetos,
sem que estes sejam discriminados.
Eliminando-se as dúvidas, agiliza-se as eleições e,
quiçá, teremos as eleições mais velozes do planeta, mesmo com a confirmação do
voto impresso.
PS.: E o voto continuaria sendo
secreto.
Do amigo listeiro,
----- Original Message -----
Sent: Thursday, August 16, 2001 7:12
PM
Subject: [VotoEletronico] Noticias do
TSe: fresquinha, reuniao de HOJE
Ai vai o texto sobre o reuniao de hoje. A sua leitura nao
permite maiores entusiasmos. Esta no ar o velho TSE que
conhecemos, empurrando a questao com a barriga.
Parece que no que
depender deles o Jader caiu antes. Sao melhores do que o paraense neste
jogo.
Benjamin
Azevedo
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PRESIDENTE DO TSE DISCUTE PROBLEMAS TÉCNICOS COM A IMPRESSÃO DO
VOTO
Brasília, 16/08/2001 - Em mais uma rodada de discussão relativa à
possibilidade de impressão
do
voto nas eleições gerais de 2002, o presidente do Tribunal Superior
Eleitoral, ministro Nelson
Jobim,
reuniu-se ontem (15) à noite com deputados, senadores e representantes de
comissões
e
subcomissões especiais que tratam do tema na Câmara e no Senado. Durante a
reunião,
Nelson
Jobim mostrou aos parlamentares uma série de inconvenientes decorrentes
dessa
possibilidade,
mas reafirmou sua disposição de manter o debate até o fim. Salientou apenas
que, caso a
posição
do Congresso seja mesmo pela impressão do voto, que a decisão seja tomada
com rapidez,
de
modo a garantir ao TSE tempo para viabilizar essa e outras eventuais
mudanças.
A proposta apresentada pelos parlamentares prevê a instalação de um
mecanismo que permite
ao
eleitor visualizar na urna todo o conjunto de seus votos e, somente depois
de
analisá-los,
confirmá-los. Ante a possibilidade de esta tese ser aprovada pelo
Congresso, o presidente do
TSE
listou alguns inconvenientes, entre eles a divergência entre o voto
impresso e o digitado na
urna
eletrônica.
Conforme o ministro, nesse caso, após uma segunda tentativa sem sucesso, o
eleitor terá de
votar
em uma urna convencional. A inconveniência é que, na hipótese de apenas um
eleitor manifestar
a
divergência e votar em urna convencional, esse voto não poderá ser apurado,
pois importará
na
violação do sigilo do eleitor. As soluções apontadas pelo presidente do TSE
para esse
caso
específico são duas: não apurar esse voto e considerá-lo nulo e, sendo
possível, apurá-lo junto
com
outras urnas convencionais de outras
seções eleitorais.
Com a impressão do voto, Nelson Jobim também alertou para a possibilidade
de o eleitor
ser
instruído pelo cabo eleitoral a votar na urna convencional. Segundo ele,
isto pode significar a
volta
dos votos de "cabresto" ou de "carreirinha" (que é a troca da cédula
original por uma
falsa).
A apuração das urnas convencionais terá de ser pelo sistema de "voto
cantado". Para o
presidente
do TSE, isto acarretaria dois problemas: o manuseio da cédula pelos
mesários poderia gerar
dúvidas
(se foi assinalada de forma correta ou não), além da digitação do voto que
seria ditado por
um
mesário. Conforme Nelson Jobim, seria mais um inconveniente, na medida em
que obrigaria
os
partidos políticos a colocar fiscais em todas as seções para impedir
fraudes.
Outro problema apresentado pelo presidente do TSE é o aumento no tempo de
votação. Hoje,
a
previsão é de que o eleitor gaste, em média, 1 minuto e 15 segundos para
votar em seis
candidatos.
Com as alterações sugeridas pelos parlamentares, ainda não é possível para
o TSE calcular
o
acréscimo no tempo de
votação.
A análise feita por Nelson Jobim também inclui o voto dos analfabetos e
eleitores de
pouca
instrução. Segundo ele, esses eleitores teriam de executar operações
adicionais: a
confirmação
individual de seus votos e a conferência da totalidade do voto para efeitos
de
impressão.
Quanto ao tempo de apuração, Nelson Jobim disse não ser possível fazer uma
previsão. "É
uma
situação que varia de um estado para outro, em função das características
próprias de cada
um",
garantiu o
ministro.
O presidente do TSE fez questão de esclarecer aos deputados e senadores que
a escolha do
voto
impresso implicará na impossibilidade de instalação de impressoras em 100%
das
urnas
eletrônicas. Isto em função da diferença de configuração das urnas de 1996,
1998 e 2000 e tendo
em
vista a necessidade de publicação de editais. "Essas questões poderiam
atrasar o
processo",
salientou o
ministro.
Nelson Jobim voltou a reafirmar a segurança do sistema eletrônico de
votação. Disse que a
Unicamp
já começou a trabalhar no levantamento de todo o sistema eletrônico e que o
objetivo do TSE é
criar
mecanismos de transparência para uma melhor visualização do sistema pelos
partidos e
os
eleitores.
O ministro disse que muitas críticas não tem fundamento. E que, só alguns
partidos se
mobilizam,
outros não. Ele ressaltou também, que nem todos os partidos tem técnicos
especializados
para
analisar a
questão.
Nelson Jobim ratificou a defesa de um projeto do deputado José Dirceu
(PT-SP) sugerindo a
criação
de uma comissão mista para acompanhamento do processo eleitoral. Conforme o
ministro,
os
integrantes dessa comissão atuariam como interlocutores entre o Tribunal
Superior Eleitoral
e
Congresso Nacional na elaboração de atos que disciplinem o processo
eleitoral.
Participaram da reunião, os ministros Sepúlveda Pertence (vice-presidente
do TSE) e
Fernando
Neves (relator das instruções do TSE), o presidente nacional do PDT,
ex-governador Leonel
Brizola,
os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Romeu Tuma (PFL-SP) e Bello Parga
(PFL-MA), e
os
deputados Olavo Calheiros (PMDB-AL), João Almeida (PSDB-BA), César Bandeira
(PFL-MA),
Benito
Gama (PMDB-BA), Bispo Rodrigues (PL-RJ), Vivaldo Barbosa (PDT-RJ), Osmar
Serraglio
(PMDB-PR) e Júlio Semeghini
(PSDB-SP).
__________________________________________________ Pagina,
Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __________________________________________________
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