[VotoEletronico] =?iso-8859-1?Q?RES:_=5BVotoEletronico=5D_Re:_ELEI=C7=D5ES_HONESTAS_J=C1?=

[Gil Carlos Vieira de Rezende]

        O Paulo Zidane agora matou a pau, e ainda, nos mostrou a cobra!

        Além disso, vamos parar e pensar: o que nós temos de bom, em relação ao
imbróglio de Jeff e de George, os "BUSH BROTHERS" (ou seja, os irmãos
cara-de-pau 2001), em matéria de eleições?

        Primeiro, a padronização do sistema, e segundo, a não possibilidade de
manuseabilidade, ou de clonagem convencional, dos votos E DAS SUAS REGRAS DE
REGISTRO, DE VOTAÇÃO E DE APURAÇÃO, QUE LÁ FORAM GRITANTES. Haja vista o
maior vetor de fraude (que desembocou na diferença de apenas 537 votos entre
Gore e BUSH JR, na Flórida de BROTHER JEFF) ter ocorrido nas apurações de
quem votou fora dos EUA, pelos correios. Por coincidência, outro incidente,
que Marco Ajdarik nos informou, sobre o Reino Unido e os registros de
eleitores já falecidos, fez os Jornalistas dos "tablóides" londrinos
registrarem nomes e dados coletados em túmulos de cemitérios ingleses, a fim
de fazê-los aptos a votarem via correios-do-além, ou melhor, com vivíssimos
votos "post mortem".

        E ao contrário, o que é que nós não temos?

        Primeiro, a possibilidade de recontagem, e segundo, a impossibilidade de
evitar militância de 100% da mídia daqui, totalmente parcial a uma
candidatura (já que os democratas e republicanos dividem meio a meio a
parcialidade da mídia americana, que lá até escrachadamente assume ser uma
coisa ou outra, ou ainda, se esforça a manter REALMENTE uma interesseira
posição de neutralidade pragmática).

        Pois a impressão oficial da cédula pela urna, mesmo que sendo manuseada
pelo eleitor (esta é uma opinião pessoal minha), impede a sua clonagem
manual, ou seja, a inseminação artificial da urna com cédulas previamente
preenchidas. Coisa que, guardadas as comparações, não se pode provar que não
ocorra, via diferenciais delta, no sistema eletrônico e ABSURDAMENTE
CENTRALIZADO DE SE APURAR AUTOMATICAMENTE AS ELEIÇÕES BRASILEIRAS (FORA DA
VELOCIDADE NORMAL E MUITO ACIMA DO LIMIAR HUMANO E DA SUA PERCEPÇÃO MÉDIA
NATURAL, EM RELAÇÃO AOS NOSSOS CINCO SENTIDOS BIOLÓGICOS)!

        E o Malan, que ainda vem a público nos dizer que não é mágico, E NEM É
CANDIDATO?!

        Ainda que não se candidate (e lembremos que o Covas dizia o mesmo) ele não
passa de outro MALAN-dro ilusionista; só fala bem do governo porque ele é o
responsável imediato pela crise. E a imprensa fica aí, a enganar o POVO,
junto com ele e seu fiel escudeiro, o MALAN-drake Armei-um-Fraga, botando a
culpa na Argentina, no Itamar, no Lula...

        GIL.

-----Mensagem original-----
De: [EMAIL PROTECTED]
[mailto:[EMAIL PROTECTED]]Em nome de Paulo Mora
de Freitas
Enviada em: quinta-feira, 16 de agosto de 2001 07:31
Para: [EMAIL PROTECTED]
Assunto: [VotoEletronico] Re: ELEIÇÕES HONESTAS JÁ



 Caros amigos,

 Pegando uma carona na mensagem do Prof. Del Picchia, creio também que
esse debate ultrapassa apenas aspectos técnicos. Duas componentes são na
minha opinião de enorme importância: o aspecto "político" e o
"psicológico".

 Sob o aspecto político, é interessante notar que a base da Democracia é
a "doxa", a OPINIÃO do cidadão. Nesse sistema a resposta certa à questão

 "- Quem deve nos governar nos próximos 4 anos?"

 é a soma das OPINIÕES dos cidadãos. Essa maneira de responder questões
(de certa maneira, a de se decidir o que é verdade ou não) é
radicalmente diferente da científica. E ainda bem, pois os dois sistemas
tratam de coisas diferentes.

 O procedimento científico pretende ser baseado na "Epistemologia", uma
série de normas e condições que, em teoria, seriam capazes de
estabelecer o que é "verdade ou não" sobre assuntos em que seja
aplicável tal procedimento. Querer aplicar o procedimento científico a
questões de ordem política levam ao FASCISMO, que em resumo seria algo
como

 "- Porque sei mais do que você (porque sou cientista) sou eu quem
manda!".

 Essa pequena digressão me leva a alguns questionamentos:

 1) tem sentido querer resolver esse problema da confiabilidade das
urnas eletrônicas via procedimentos científicos?

 Na minha opinião a resposta é claramente NÃO: as verdades "democrática"
e "científica" são de naturezas completamente diferentes! Querer impor
ao cidadão comum um mecanismo "científico" no qual ele será obrigado a
confiar é, na minha opinião, uma prática fascista.

 2) será possível um sistema de urna eletrônica com auditoria em linha
100% eletrônico (sem partes mecânicas, ou seja, sem impressora)?

 Na minha opinião a resposta é NÃO. Qualquer sistema puramente
eletrônico é impossível de ser controlado pelo cidadão comum. Telas e
displays são voláteis, memórias eletrônicas são ilisíveis à olho nú.
Dessa forma, toda solução 100% eletrônica, por melhor que seja, terá de
ser imposta ao cidadão comum.

 Sob o aspecto psicológico, sendo a Democracia baseada na opinião dos
cidadões, o que importa é essa última sobre a confiabilidade ou não das
urnas.

 O sistema com cédulas e urnas é baseado numa crença popular de que o
voto manifestado dessa forma é seguro. O eleitor deposita nesse caso uma
confiança bastante grande nos mesários, nos fiscais, no TRE, no TSE e
etc. Pelo menos a confiança mínima necessária para não "virar a mesa".

 Por essa razão, mesmo com todos os problemas, mesmo com as possíveis
fraudes posteriores, talvez a impressão do voto tenha de ser aceita como
necessária. Salvo se a capacidade de engabelar a opinião pública via
intoxicação mediática baste, mas isso já é outro assunto...

 Abraços, Paulo Mora de Freitas.


Walter Del Picchia a écrit :

...
...
>      6. Finalmente, embora a maioria (eu também) tenha se concentrado na
> discussão de problemas técnicos, penso que o debate deve ter sua
componente
> técnica, mas esta não é a mais importante. Há aspectos políticos,
> psicológicos, jurídicos, emocionais, de direitos do cidadão, sei lá. Isto,
> os criadores das máquinas não levam em conta, pois atrapalham o trabalho,
> quando não o inviabilizam.

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Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico
       http://www.votoseguro.org
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