Parabens, de novo, ao Paulo e ao Prof. Del Picchia.
O nivel detas mensagens está bom demais.
Estou pensando até se não deveriamos, nós mesmos do Voto-e tentar arranjar 
patrocino e montar um debate publico sobre este tema.

At 12:31 16/08/01 +0200, you wrote:

>  Caros amigos,
>
>  Pegando uma carona na mensagem do Prof. Del Picchia, creio também que
>esse debate ultrapassa apenas aspectos técnicos. Duas componentes são na
>minha opinião de enorme importância: o aspecto "político" e o
>"psicológico".
>
>  Sob o aspecto político, é interessante notar que a base da Democracia é
>a "doxa", a OPINIÃO do cidadão. Nesse sistema a resposta certa à questão
>
>  "- Quem deve nos governar nos próximos 4 anos?"
>
>  é a soma das OPINIÕES dos cidadãos. Essa maneira de responder questões
>(de certa maneira, a de se decidir o que é verdade ou não) é
>radicalmente diferente da científica. E ainda bem, pois os dois sistemas
>tratam de coisas diferentes.
>
>  O procedimento científico pretende ser baseado na "Epistemologia", uma
>série de normas e condições que, em teoria, seriam capazes de
>estabelecer o que é "verdade ou não" sobre assuntos em que seja
>aplicável tal procedimento. Querer aplicar o procedimento científico a
>questões de ordem política levam ao FASCISMO, que em resumo seria algo
>como
>
>  "- Porque sei mais do que você (porque sou cientista) sou eu quem
>manda!".
>
>  Essa pequena digressão me leva a alguns questionamentos:
>
>  1) tem sentido querer resolver esse problema da confiabilidade das
>urnas eletrônicas via procedimentos científicos?
>
>  Na minha opinião a resposta é claramente NÃO: as verdades "democrática"
>e "científica" são de naturezas completamente diferentes! Querer impor
>ao cidadão comum um mecanismo "científico" no qual ele será obrigado a
>confiar é, na minha opinião, uma prática fascista.
>
>  2) será possível um sistema de urna eletrônica com auditoria em linha
>100% eletrônico (sem partes mecânicas, ou seja, sem impressora)?
>
>  Na minha opinião a resposta é NÃO. Qualquer sistema puramente
>eletrônico é impossível de ser controlado pelo cidadão comum. Telas e
>displays são voláteis, memórias eletrônicas são ilisíveis à olho nú.
>Dessa forma, toda solução 100% eletrônica, por melhor que seja, terá de
>ser imposta ao cidadão comum.
>
>  Sob o aspecto psicológico, sendo a Democracia baseada na opinião dos
>cidadões, o que importa é essa última sobre a confiabilidade ou não das
>urnas.
>
>  O sistema com cédulas e urnas é baseado numa crença popular de que o
>voto manifestado dessa forma é seguro. O eleitor deposita nesse caso uma
>confiança bastante grande nos mesários, nos fiscais, no TRE, no TSE e
>etc. Pelo menos a confiança mínima necessária para não "virar a mesa".
>
>  Por essa razão, mesmo com todos os problemas, mesmo com as possíveis
>fraudes posteriores, talvez a impressão do voto tenha de ser aceita como
>necessária. Salvo se a capacidade de engabelar a opinião pública via
>intoxicação mediática baste, mas isso já é outro assunto...
>
>  Abraços, Paulo Mora de Freitas.
>
>
>Walter Del Picchia a écrit :
>
>...
>...
> >      6. Finalmente, embora a maioria (eu também) tenha se concentrado na
> > discussão de problemas técnicos, penso que o debate deve ter sua componente
> > técnica, mas esta não é a mais importante. Há aspectos políticos,
> > psicológicos, jurídicos, emocionais, de direitos do cidadão, sei lá. Isto,
> > os criadores das máquinas não levam em conta, pois atrapalham o trabalho,
> > quando não o inviabilizam.
>
>__________________________________________________
>Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico
>        http://www.votoseguro.org
>__________________________________________________


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