Companheiro...
Não querendo ser chato....mas sendo...
Aqui em MT, depois de um tempo de instalação dos Pardais (aquelas maquinas
fotográficas que flaga o motorista infrator) foram obrigadas a passar pelo
IMETRO para serem aferidas. Não sei o que foi aferido nestas maquinas mas
você deve ter uma idéia...
Forçando um pouco não estaria as UE no mesmo caso ?
Machado
CBA/MT
----- Original Message -----
From: <[EMAIL PROTECTED]>
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Thursday, September 06, 2001 10:20 PM
Subject: [VotoEletronico] eXPLICANDO ORIGEM.... Cert ificação legal das UE.


> On 6 Sep 2001, at 18:57, 3DM - Machado wrote:
>
> > > Exigir que mostre-nos como funciona o instrumento que traduz a vontade
de
> > > todo o povo?
> > >
> > > A PERGUNTA É: UE é bem de consumo? O código do consumidor se aplica
aqui?
>
> O conceito de instrumento permeia e sublima a aplicação final. A natureza
da aplicação não
> exime o artefato de ser dotado de fiabilidade.
>
> Os instrumentos de medição produzem dados que podem ser úteis às
atividades mercantis,
> científicas, jurídicas, etc.
>
> Do escopo jurídico os dados obtidos por qualquer instrumento só tem valor
se estes forem
> dotados da competente certificação.  Isto é válido para qualquer
instrumento. Isto faz parte
> de dezenas, quiçá centenas de convenções internacionais das quais o Brasil
tem sido
> signatário. E faz parte da mais rasa lógica que se possa lucubrar.
>
> Os métodos de certificação são rígidos e pródigos no fornecimento dos
módulos dos
> desvios  em que pese a natureza da unidade de medição. Unidades de medição
podem ser
> absolutas ou convencionadas (acordadas).
>
> Instrumentos são classificados segundo diversas categorias de precisão. Os
instrumentos de
> primeiríssima linha são considerados padrões primários.
>
> As "máquinas de votar" se enquadram na categoria dos instrumentos com
desvio de leitura
> zero, portanto de precisão absoluta (espera-se que sejam). Se em mil votos
a urna errar,
> corromper um voto, ou seja, se cometer um erro de milésimo, elas perdem,
escapam desta
> categoria e se tornam um instrumento qualitativo (não confiáveis), ou
seja, a quantidade
> indicada deixa de ser um  valor merecedor de crédito (que pode ser
considerado sem valor
> legal) para ser um dado meramente indicador de tendência.
>
> Sei que tudo isto é muito complicado para quem não foi obrigado a estudar
métodos de
> controle e instrumentação. Mas creiam, não é nenhuma heresia, nem estou
inventando isto:
> existem milhares de livros que tratam disto, existem muitas leis que
cuidam disto.
>
> O Código do Consumidor USA instrumentos para avaliar as coisas
mensuráveis. Portanto
> a relação é unidirecional. Instrumentos existem independentemente da
existência do Código
> de Defesa do Consumidor. Todavia é certo que se não existissem
instrumentos capazes de
> medir e contar coisas, seria impossível ao Código do Consumidor regular as
relações de
> consumo das coisas pesadas e medidas.
>
> Abordei a questão da natureza das "máquinas de votar", pelo fato de o PT
ter usado a
> palavra correta no seu pedido: aferição. Nós até então nos utilizamos de
uma palavra que
> não existe na Língua Portuguesa com a acepção de conferir a qualidade das
coisas, ou no
> mínimo tem sido aplicada de forma errada: "auditar". Este verbo
simplesmente não existe e
> não esta consignado no VOLP.
>
> Auditor - [Do lat. auditore.]
> S. m.
>  1. Aquele que ouve; ouvidor.
>  2. Magistrado com exercício na Justiça militar e que desfruta de
prerrogativas honorárias
> de oficial do exército.
>  3. Em alguns países, magistrado do contencioso administrativo, ou com
funções consultivas
> junto a determinadas repartições.
>  4. Bras.  Perito-contador encarregado de auditoria (3).
>
> Auditor da nunciatura.
> 1.Assessorque conhece das causas levadas ao tribunal da nunciatura.
>
> Aferir é comparar uma coisa contra outra de qualidade e/ou quantidade
reconhecida.  O
> PT mais que acertou ao usar esta palavra. Vez que o que falta àquelas
máquinas é a
> possibilidade de aferição.
>
> É inútil tentar escapar disto quando se deseja CERTIFICAR A COISA QUE MEDE
E
> CONTROLA. A coisa que tem a propriedade de medir é de natureza
instrumental.
> Portanto, as "máquinas de votar" são instrumentos que medem a votação
usando como
> unidade o voto do eleitor que tem peso (valor) unitário.
>
> Observem que o que se nos apresentam como resultado é um total (uma soma)
que pode
> ser verdadeiro ou não. Só aferindo o total contra a quantidade de votos
físicos poder-se-ia
> garantir que o instrumento foi fiel. Não sendo assim o resultado pode até
ser aceito na base
> da confiança, todavia, confiança não é sinônimo de fiabilidade
instrumental. Sendo assim,
> com base na leis que regulam as medidas as "máquinas de votar" jamais
seriam legalmente
> certificadas. É bom lembrar que estamos no Brasil. Vai ver que pode!!!
>
> Tenho dúvidas se um juiz seria capaz de entender tudo isto com facilidade.
Se juízes
> também fossem engenheiros estaria mais tranqüilo. Contudo, verdade é que
tudo que
> falamos nesta Lista até então nada mais foi senão pedir um método seguro
de aferição da
> "máquina de votar".
>
> Ufa!!! Será que consegui explicar ? :-)))
>
> Aristóteles
>
> ______________________________________________________________
> O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu
> autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao
> representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E
>
> O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas
> eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos
> sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas.
> __________________________________________________
> Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico
>         http://www.votoseguro.org
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