<<<2) Continuo frisando que, entre outros problemas, a identidade do
eleitor deve acompanhar o título para ele votar.>>>

Também achei um absurdo não exigirem carteira de identidade.  O que deve
ter tido de gente votando no lugar de outro...  E o título não tem nem
foto!  Se bem que tem carteira de identidade com foto tão velha, que não dá
para saber se a pessoa é ela mesma.


<<<E MAIS: a lista de votação NÃO DEVE INDICAR O NÚMERO COMPLETO DO TÍTULO
DO ELEITOR, pois esta lista com a informação explícita do nº de todos os
títulos propicia aquela "carreirinha eletrônica" por mesários corrompíveis.
Vide aquilo que foi dito pelo candidato aí, que foi convocado a ser
presidente de mesa.>>>

Poderia tirar os dígitos verificadores por exemplo.  O risco de uma mesa
corrupta votar pelos faltosos é grande.  Só seriam descobertos se o eleitor
tivesse justificado o voto, e houvesse um cruzamento dessas informações.
Por isso mesmo, anotei NC (Não Compareceu) em todos os faltosos,
contrariando recomendação do cartório.

Cordialmente,
Eneida Melo




                                                                                       
                                  
                                                                                       
                                  
                   GIL  CARLOS                               Para:     
"'[EMAIL PROTECTED]'"          
                   <[EMAIL PROTECTED]>                    
<[EMAIL PROTECTED]>                     
                   Enviado Por:                              cc:                       
                                  
                   [EMAIL PROTECTED]        Assunto:  
[VotoEletronico] ENC: [VotoEletronico]            
                   n.com.br                                   Re:[VotoEletronico] Doce 
de criança                        
                   11/10/2002 12:43                                                    
                                  
                   Favor responder a voto-eletronico                                   
                                  
                                                                                       
                                  
                                                                                       
                                  



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-----Mensagem original-----
De:          GIL  CARLOS [SMTP:[EMAIL PROTECTED]]
Enviada em:        Quarta-feira, 9 de Outubro de 2002 18:58
Para:        '[EMAIL PROTECTED]'
Assunto:           RES: [VotoEletronico] Re:[VotoEletronico] Doce de
criança


Algumas considerações:
1) O mesário pode ter se enganado sim. Acontece (e muito) o seguinte:
- 1º -O eleitor não traz o seu título, traz outro documento de identidade.
- 2º -O secretário retira o número daquele recibo de votação, que é
picotado da lista de eleitores, e o entrega para o presidente da mesa
digitar o nº do título que o eleitor não trouxe.

Só que ele pode se enganar e passar o recibo do eleitor logo abaixo ou logo
acima. No meu caso, eu quase passei o de um irmão do eleitor que iria
votar, já que os dois caras tinham pré-nomes e sobrenomes idênticos, com
diferenças em uma ou duas letras do segundo nome (tipo: José Márcio Silva,
irmão de José Marco Silva).

2) Continuo frisando que, entre outros problemas, a identidade do eleitor
deve acompanhar o título para ele votar. E MAIS: a lista de votação NÃO
DEVE INDICAR O NÚMERO COMPLETO DO TÍTULO DO ELEITOR, pois esta lista com a
informação explícita do nº de todos os títulos propicia aquela "carreirinha
eletrônica" por mesários corrompíveis. Vide aquilo que foi dito pelo
candidato aí, que foi convocado a ser presidente de mesa.

Na minha opinião (me parece até que o Jobim disse que faria isso, porém
mais uma vez SE DESDISSE), quem não tiver os dois (VOU ATÉ ALÉM: o eleitor
deveria apresentar título, identidade E COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA), não
deve mais votar. Deve simplesmente justificar sua abstenção, via lotéricas
ou via correios, DEPOIS DO DIA DA VOTAÇÃO.

3) Eleições majoritárias não precisam de urnas eletrônicas. Basta apenas
que os mesários apurem as urnas na presença de eleitores e fiscais,
imediatamente após o encerramento das votações.

A eleição do segundo turno, por exemplo, seria muito mais barata e
confiável pelo método convencional. Se quiserem um método rápido, porém
menos convencional, poderíamos usar o sistema de leitura ótica no segundo
turno. Aliás, se as eleições para o senado também são majoritárias, por que
não há segundo turno para Senador?

Amanhã faço outros comentários, pois já está na hora de pegar meu ônibus
para o Rio.

GIL, de Volta Redonda-RJ.
-----Mensagem original-----
De:                      mcdebate [SMTP:[EMAIL PROTECTED]]
Enviada em:                    Quarta-feira, 9 de Outubro de 2002 10:14
Para:                    [EMAIL PROTECTED]
Assunto:                       [VotoEletronico] Re:[VotoEletronico] Doce de
criança

Meu caro Maneschy, tudo bem?

Uma pequena correção: o TSE este ano entregou, em CD-ROM, a
relação de votos por urna. O arquivo veio num formato um
pouco diferente do que eles haviam dito, mas deu para extrair.
É bom que se diga que o prazo de impugnação já está esgotado.
Este foi o verdadeiro sentido da proclamação do resultado
pelo TSE, mesmo ANTES do final da apuração. O argumento usado
pelo TSE foi o de facilitar a vida dos dois candidatos e
permitir que a campanha fosse iniciada imediatamente. Os
próprios candidatos (Lula e Serra) fizeram um acordo para só
começarem a fazer campanha segunda-feira.

O Jefferson tem razão quando diz que a fraude não se limita
àquela existente no próprio sistema (embora esta seja a
fundamental). No Rio de Janeiro, em Santa Tereza (sem
desmerecer, não estou me referindo à perifeira de Varre-e-
Sai) havia mesários fazendo a tal "colinha" que o TSE
instituiu. Além de instituir a colinha, o TSE quis botar o
Exército para prender (violando as atribuições
constitucionais) quem estivesse fazendo boca-de-urna. Pois
bem, houve caso de uma senhora (com jeito de não saber como
votar, demonstrando insegurança) dizer que iria votar em
Brizola e mostrou a colinha recebida para uma outra pessoa
visualmente identificada com Brizola (boné, etc). Surpresa!
Surpresa? O voto era para Crivela e Sérgio Cabral. Qual a
materialidade da denúncia? Nenhuma.

Outra ação sistemática: a dificuldade criada para a obtenção,
por parte dos partidos políticos, do BU. Pelo menos no Rio de
Janeiro. Em Santa Tereza, mesários jogavam para o alto
(literalmente) a determinação do TRE para que os boletins
fossem entregues. Apenas diziam que havia sido revogada (a
determinação datava de 05/10/2002).

E há caso de partidos que ficaram com a presidência da
interpartidária regional (não estadual) e ficaram com todas
as cópias dos boletins, impedindo o acesso aos mesmos por
parte dos demais partidos. Apenas para esclarecer, não foi do
pessoal do Serra. Aliás, no Rio de Janeiro, nenhum dos
partidos que apóiam Serra demonstrou interesse em participar
dos comitês, exceto do Estadual. Certamente eles já estavam
bem representados por funcionários, quiçá juízes, da Justiça
Eleitoral.

Eu tenho muitos amigos brizolistas e outros anti-brizolistas
(para quem não é do Rio, explico: esta divisão, ou seja,
Brizola como referencial, é mais comum que vocês possam
imaginar). Os brizolistas, evidentemente votaram em Brizola e
muitos anti-brizolistas também!
O que se via? Carros com adesivos de Lula, Bené e Brizola;
Ciro, Jorge Roberto e Brizola; Lula, Jorge Roberto e Brizola.
E qual o resultado? Brizola em sexto lugar!

Neste caso (viu Jefferson? bem sei que você considera este um
caso relevante para a fraude) qual a explicação política? E
aí, surgem alguns analistas políticos tentando justificando o
resultado. Não dá!

Manoel Carlos

****************************
De: Osvaldo Maneschy
Para: Pedro Paulo
Cc: Marcio Bicalho Sobrino ,  'Gilberto Seródio' ,  Ricardo
de Souza Franco Peixoto' ,  Voto Eletronico ,  Praxis
Data: 09/10/2002 08:57
Assunto: [VotoEletronico] Doce de criança

Pedro Paulo, as pesquisas induzem o eleitorado - ao contrário
do que o
Montenegro do Ibope afirmou ontem na "Tribuna da Imprensa". O
que nao é
nenhuma novidade em se tratando de processo eleitoral onde
todos que
decidem, desconversam quando questionados com razao. As
pesquisas
preparam o ambiente para a fraude informatizada.

A fraude pode ser feita a partir do cadastro nacional de
eleitores que
inclui como eleitores aptos a votar cachorrro, elefante,
lebre e gato;
passando pelas urnas eletronicas de programas inauditáveis e
fechando o
ciclo - uma totalizaçao relampago onde as partes (por seccáo,
zona
eleitoral, municipio e estado) do todo são escondidas  pela
justiça
eleitoral - que só mostra totais, sem revelar a origem dos
votos. Somas
que são imediatamente enfiadas goela abaixo da opiniao
publica pela
mídia subserviente e comprada (por qualquer um), em tempo
real.

Marcio, como diz o Brizola, estou vindo de longe desta
historia. Como
fiscal do PDT, acompanhado do Amilcar Brunazo Filho e da Dra.
Aparecida
Cortiz, passei 10 dias dos últimos dois meses enfiado dentro
do TSE, em
Brasília, acompanhando a apresentaçao para os partidos
políticos dos
programas da urna eletronica; como fiscal do PDT acompanhei
de novo os
dois (Amilcar e Cida) no processo de inseminaçao das urnas,
nos polos de
informática, aqui no Rio de Janeiro - quando o Amílcar
descobriu que o
programa vaudit.exe, o que verifica a integridade dos demais,
estava ele
com defeito; e fui fiscal do PDT, acompanhado de novo do
Amilcar e da
Cida - ambos contratados pelo PDT - para fiscalizar a
totalizaçao dos
votos, no TRE-RJ.

E depois dessa andança toda, o meu depoimento - para voces e
mais a
torcida do Flamengo é que fiscalizaçao mesmo, controle do
processo, nem
pensar. A Justiça Eleitoral joga para a platéia e, se
dependesse dela,
pessoas desagradáveis como eu, Amilcar e Cida seríamos
proibidos de
entrar nas dependencias da Justiça Eleitoral. Como eles
fizeram com
Amilcar no domingo, quando os computadores estavam
totalizando os votos
usando o programa da Módulo. Mas eu sou um brizolista chato e
Amilcar e
Cida são dois caras mais chatos ainda, porque como eu na
midia, sabem
exatamente do que estão falando - quando o assunto é
informática ou
direito eleitoral. Bem ou mal, nós corremos atrás e estamos
aqui para
dar esse depoimento.

Agora, fiscalizaçao mesmo disto tudo, nem pensar. Os partidos
em geral
são desmotivados pelas "pesquisas" ou são incompetentes
mesmo. O PT
disse, antes da eleiçao, que reuniuy 700 mil fiscais no
primeiro turno -
no país inteiro. Na hora da totalizaçao, aqui no Rio de
Janeiro, nao
tinha nenhum deles lá dentro. Nenhum. Aqui no Rio, exatamente
porque as
pesquisas diziam que o Brizola estava em quinto lugar e nós
entendemos
de eleiçao - estávamos vendo outra coisa nas ruas e na
vontade eleitoral
dos fluminenses. Por isto, o PDT foi o único partido
realmente
preocupado em checar a integridade da coisa. De cabo a rabo.

Por isso acompanhamos  a abertura dos programas de
informática em
Brasília, a inseminaçao das urnas em vários dos polos de
informa'tica do
RJ e a totalizaçao, no TRE-RJ, em si. E constatamos que é
impossível
fiscalizar. Porque a Justiça Eleitoral na maior parte do
tempo age de má
fé. E também faltaram braços para fiscalizar.

Fomos muito poucos nesta tarefa, tinhamos que ter uma grande
equipe
treinada e apta a atuar no campo, impugnando todas as
irregularidades -
foram centenas, basta ler os jornais - que ocorreram no Rio
de Janeiro.
Nao tivemos gente suficiente, Jobim teve quase razão em dizer
que nao
houve impugnaçao.

Mas ele não falou a verdade. É importante que pelo menos
voces e os
listeiros do voto eletronico - saibam que houve impugnaçoes
aqui no Rio
sim. Antes, na inseminaçao das urnas, e no dia da eleiçao -
várias. Na
sexta-feira, antes da votaçao, impugnamos toda a eleiçao. Mas
só nós
fizemos isto.

Entre as impugnaçoes do dia das eleiçoes - mais nove, todas
feitas pelo
PDT - houve o caso de uma moça que foi votar e alguém já
tinha votado no
seu lugar. Aconteceram dezenas de casos assim, registrados
pela imprensa
e através de comentários de pessoas do PDT, em outros lugares
do Rio de
Janeiro

Convesei com Amilcar e ele me explicou: isto não foi erro de
digitaçao.
Foi fraude descarada porque ninguém erra a digitaçao dos
cerca de 10
números que correspondem aos de um título de eleitor. Casos
semelhantes
provocaram até uma matéria na televisao, no dia da eleiçao. O
Ronaldo
Mourão, candidato do PSDB, teve alguns eleitores seus, na
região de
Itaperuna, passando pelo mesmo problema.

Em Niterói, por exemplo, terra do Jorge Roberto Silveira,
candidado do
PDT a governador,  os juízes eleitorais se recusaram a
entregar os
boletins de urna, no final do dia, quando terminou a votaçao.
Argumentando que só o fariam para o tal "comitê
interpartidário". Como
ele nao chegou a ser organizado, nao adiantou o pessoal do
PDT pedir o
boletim.

O pior é que eu só soube disto a noite, na porta do TRE,
quando
conversei com muita gente - inclusive o Miguel Vitoriano, que
estava lá
como fiscal do Jorge Roberto Silveira. E nao entende lhufas de
fiscalizaçao. O PDT de Niterói podia ter tomado providencias
legais no
ato, já que fornecer boletim de urna ao final da votaçao é
obrigaçao da
justiça eleitoral. Mas eles negaram, o PDT de Niterói bobeou,
bilibiu.
Dançou. Hoje tenho clareza absoluta do porquê deste arbítrio:
impedir a
fiscalizaçao.

E Jorge Roberto Silveira, candidato a governador do PDT, onde
o PDT
governava há 16 anos e fez uma administraçao irretocável -
modelo para o
Brasil - foi derrotado pela candidata que ganhou as eleiçoes
no Rio em
primeiro turno. Se for conferir os BUs agora, com certeza
eles - se a
Justiça Eleitoral os fornecer- confirmarão a derrota de Jorge
Roberto
Silveira. Antes, se os tivéssemos recolhidos na hora certa,
não sei.

É mais fácil fraudar eleiçao no Brasil do que tirar doce da
mão de
criança. Basta estar com o rabo sentado na cadeira em frente
ao
computador que totaliza e saber o que fazer.

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O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu
autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao
representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E

O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas
eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos
sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas.
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Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico
        http://www.votoseguro.org
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