Title: Em branco

 

Crime eleitoral – Tardia, a sétima versão para o dinheiro encontrado na Lunus foi considerada pífia pela cúpula do PFL, que, agora, busca uma saída honrosa para sua candidata. “Vamos buscar outras alternativas”, resigna-se o vice-líder do PFL, Pauderney Avelino (AM). A segunda vítima da arapongagem e da vingança pefelista pode ser o próprio candidato do PSDB. “Tivemos nosso prejuízo, mas a outra parte ainda não terminou. Isso não vai acabar bem”, adverte o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, apontando o dedo para Serra. Nem os colaboradores próximos de FHC duvidam mais da arapongagem. Eles só não acreditam que tenha sido coisa da Abin. “Há uma tentativa de vincular a arapongagem ao Palácio. Mas não foi daqui”, sustenta o general Cardoso. A estratégia do Palácio, agora, é lançar uma ofensiva para que a espionagem não contamine o governo. O presidente tem dito que o limite de solidariedade com Serra é a imagem do governo. Em conversas reservadas, FHC tem revelado impaciência com seu candidato. “Serra está criando muitas inimizades e gerando muito ódio. É ruim para a campanha e até para governar. Ainda bem que se ele for eleito estarei fora do país”, disse o presidente a um interlocutor esta semana. As críticas mais ácidas são à “linha dura” da campanha de Serra, que defende o isolamento do PFL.

Um dos desafetos de José Serra, o governador Tasso Jereissati (PSDB-CE), contou a seus aliados na cúpula do partido que fez um rastreamento e descobriu que foi grampeado por dois meses. “Isso é coisa do Serra e do Márcio Fortes”, acusou Tasso. Ele havia sido informado por Sarney de que os arapongas buscavam ligações entre Murad e seu irmão, Carlos Jereissati. Agora ameaça anunciar publicamente que não votará em Serra, abrindo dissidência no partido. Assombrado com o fantasma da substituição de sua candidatura pela do presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), Serra procurou a cúpula do PMDB para amarrar logo a coligação. O PMDB pediu um tempo. Enquanto isso, a Comissão de Fiscalização da Câmara decidiu convocar o presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho, para explicar por que vai aplicar R$ 284 milhões numa operadora de TV a cabo de propriedade da Rede Globo de Televisão (leia à pág. 69). No Senado, querem investigar a fundo a operação na Lunus. Foram convocados para depor o chefe da PF, Agílio Monteiro, e os delegados da operação. A situação é complicada, mas quem conhece avisa: pode piorar.

 

 


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