bem recentemente  descobri  Hazel  Henderson  .  Isto, depois de assistir  uma  entrevista   dela   no  GNT.  Originalmente   uma  dona de casa , envolveu-se em  NY  com  movimentos  associados  à  poluição atmosférica ,  ampliando seu  interesse  para  a  esfera  da questão de aspectos  éticos na  economia. Acabou tendo  que aprender  sobre economia  fora das  escolas  de economia  , que  não  ensinavam  sobre as  questões  sobre  as  quais  se  interessava.

 

Um dos primeiros trabalhos  acabou  aceito por  prestigioso periódico de Harvard,  e  daí em diante  HH   iniciou  uma  brilhante  carreira de amplitude internacional, postulando  uma  nova  sociedade ,  novas  economias, economias  também  não monetizadas, e  tecnologias , novas  e velhas, servindo à  cidadania,e  aos  excluídos  pelo  controle  e  escassez artificial da moeda- paises  , povos e  grupos  sociais.   

 

As  preocupações  de  dois   grupos  que  batalham  no  sagrado espaço eletrônico, reduto  da  cidadania, os  grupos  do voto eletrônico e o  Civilis , se  voltam contra o mau  uso de  novas  tecnologias , incluindo  a  informatização mal  conduzida  das  eleições e a  tecnologia  dos transgênicos, reduzida  a  beneficiar  ou não  uma  determinada empresa.

 

Na raiz  destes  problemas, senão de todos  os grandes  problemas deste  começo de  século ,  está  uma questão  fundamental para  o  uso  honesto da  tecnologia e  uma  evolução  na  qualidade  de  vida  de forma  pulverizada -  a postura    ética.  A  raiz  da  crise  mundial  de  hoje,  econômica  e política é  de natureza  ética, resumindo-se  na postura,  como  cita  HH,  do ganhador-leva-tudo , que se revela , por exemplo,  nas  cleptocracias  pós  89  , no caso  do  Brasil, e na   fracassada  tentativa de  reconstrução  do  Iraque , loteada  entre  o  pequeno  círculo  fechado que  envolve o  medíocre e  fraco  Bush  Jr. 

 

No seu livro  “Além da  Globalização- modelando uma  economia  global  sustentável” ,  Editora  Cultrix, 1999,  HH nos  traz um exemplo que  gostaria  de  abordar  e  que  envolve  o  uso inovador  e justo  de  uma  nova tecnologia.

 

Ela  cita  que  habitantes  de um povoado podem  acessar “... menus  de  comércio por  intercâmbios,  do  global  aos  locais , podem ser acessados por  laptops e  handhelds. Os  habitantes  do povoado podem encontrar  um menu local  de parceiros  para  o  comércio por  intercâmbio e  não precisam  empreender uma  longa  viagem  até  a  cidade, sem a certeza  de  vender  sua  produção no mercado”.

 

 

Em seguida  cita  o caso  dos  “..mini  PCs  da  Fundação  Jhai ,  com base na linguagem Linux , ligados na bateria de um automóvel ,   à  internet carregada  por meio de pedais de  bicicleta ,  são  conectados  à  internet através de  estações  de transmissão movidas  à  energia  solar , permitindo  aos  fazendeiros  consultar os preços da  produção...”

 

Isto posto  gostaria  de ressaltar aos  guerreiros ,  à nós,  que batalhamos   pela    cidadania  ,pela  liberdade  e  direitos , neste  formidável e  inovador  campo  de batalha  eletrônico, que escapa  pela  sua natureza  ao  controle  das  oligarquias e pequenos  grupos de interesse , que temos  que  nos preocupar  não somente  com o mau  uso de novas e  velhas tecnologias  - principalmente  com aquelas  novas e  com maior  poder  tanto para o bem  como para  o mal – mas  com seu devido uso , integrado para a reavaliação e prática  da nova  economia ,  que vai muito além daquela  submetida ao  controle  de pequenos  grupos e  que  prejudica a  dignidade, a liberdade  da maioria, e  que  constitui  poderosa  arma  de exclusão  de paises e  de gentes.

 

 

 

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