Achei o endereço do artigo do Paulo Henrique Amorim,
está em:
http://noticias.uol.com.br/uolnews/minuto/ult335u4589.jhtm
--
[ ]s
Amilcar Brunazo Filho


--------- Mensagem Original --------
De: [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED]
<[EMAIL PROTECTED]>
Assunto: [VotoEletronico] Brizola/Proconsult (Paulo Henrique Amorim x Globo)
Data: 26/06/04 07:41

> O outro golpe que Brizola evitou
> 23/06/2004 - 17h47
>
> PAULO HENRIQUE AMORIM
> Âncora do UOL News
>
> O primeiro golpe que Leonel Brizola evitou foi o de 1961. Como disse o
> professor Moniz Bandeira, aqui no UOL News
> (veja
> a entrevista com Moniz Bandeira), Brizola foi o primeiro civil a evitar um
> golpe militar na América Latina. Ele não contava com muitos instrumentos
de
> combate. Tinha 104 rádios espalhadas pela Rede da Legalidade. É como se,
> hoje, ele não tivesse mais do que um blog para enfrentar os militares
_como
> lembrou, também aqui no UOL News, o jornalista Paulo Markun
> (veja
> a entrevista com Paulo Markun).
>
> Esse foi o primeiro golpe que ele evitou.
>
> O segundo foi a tentativa de golpe nas eleições para governador do Rio, em
> 1982. Tentaram tomar a eleição dele no tapetão. E, agora, trama-se um
golpe
> dentro do golpe.
>
> O jornal "O Globo" e a "TV Globo" faziam parte desse golpe. E, no elogio
> fúnebre de Brizola, a Globo dá uma versão imprecisa dos acontecimentos. É
o
> golpe dentro do golpe.
>
> Seria importante nessa hora relembrar que Brizola foi massacrado pela
> imprensa carioca. A começar pela Globo. Os jornais locais da TV Globo
> moviam uma campanha implacável, de manhã à noite. Brizola não aparecia nos
> jornais em rede. A tal ponto que os carros de reportagem da Globo não
> entravam nos bairros pobres e nas favelas do Rio: onde surgiu o slogan "o
> povo não é bobo, abaixo a Rede Globo"?
>
> Vamos voltar a 82. De um lado, Wellington Moreira Franco, candidato do
> governo militar. De outro, Brizola, Sandra Cavalcanti e Miro Teixeira.
> Pouco antes da eleição, os órgãos de imprensa receberam a visita de um
> representante da empresa Proconsult. Ela oferecia a preço de banana o
> serviço de apuração. Os computadores dela trabalhariam para o Tribunal
> Regional Eleitoral e poderiam fazer o mesmo para as organizações
jornalísticas.
>
> Pouco antes da eleição, na redação do "Jornal do Brasil", onde eu
> trabalhava, se soube, através de uma fonte do SNI (antiga Abin), que o
> Brizola perderia muitos votos na Baixada Fluminense, seu reduto eleitoral.
> Porque o eleitor "descamisado" não saberia votar corretamente.
>
> O "Jornal do Brasil" optou por somar os votos apurados pelo TRE e
> entregá-los a um especialista em pesquisas de opinião, o jornalista Pedro
> do Couto, que conta esse episódio no livro "Crônica Política do Rio de
> Janeiro", da Fundação Getúlio Vargas Editora.
>
> O Globo e a Rede Globo compraram os serviços da Proconsult.
>
> A Proconsult somava, primeiro, os votos do interior, onde Moreira Franco
> era forte. E as manchetes do Globo e da Rede Globo saiam com a vitória de
> Moreira.
>
> O Jornal do Brasil e a Rádio Jornal do Brasil trabalhavam com os dados do
> TRE e, com o uso de projeções, a cada dia, mostravam que Brizola podia
ganhar.
>
> Porém, a força da Globo já era incontrastável. Começou a se consolidar o
> "já ganhou" de Moreira.
>
> Brizola saiu em campo como uma fera. Recebeu um apoio decisivo das
> organizações do JB e da TV Bandeirantes. Quem tem razão?, ele perguntava:
> os dados da Proconsult/Globo, ou os votos contados a mão, um a um, do TRE
e
> do JB?
>
> Como se viu na eleição na Flórida, a estratégia de Bush foi clara:
enquanto
> não se resolve quem ganhou a eleição, é importante ganhar a opinião
> publica. O resultado se seguirá...
>
> O que se seguiu é que uma reportagem do JB demonstrou que o software da
> Proconsult tinha um "fator Delta", que convertia votos de Brizola em votos
> brancos, numa proporção pré-determinada.
>
> Não é isso o que os jornais da Globo dizem agora, com a morte de Brizola.
> Dão a entender que a escolha da Proconsult era inevitável, já que ela
> trabalhava para o TRE. Não é verdade. O JB não contratou a Proconsult.
>
> Depois, a Globo, nessa revisão da história, em que trata Brizola como um
> estadista (já que está morto...), a Globo diz que uma sindicância revelou
> apenas que a Proconsult era "mal organizada".
>
> Não era mal organizada, não. Ela fazia parte de uma estratégia para dar um
> golpe no Brizola. E o primeiro punhal a entrar no manto de Julio César
> seria o de Roberto Marinho.
>
> http://noticias.uol.com.br/uolnews/minuto/ult335u4589.jhtm
>
>
==============================================================================A
réplica da Globo:
>
> 25/06/2004 - 19h20
> Diretor da Globo acusa: "Paulo Henrique Amorim mente"
>
> ALI KAMEL
> Especial para o UOL
>
> O artigo "O
> outro golpe que Brizola evitou", de Paulo Henrique Amorim, é uma aula de
> jornalismo, mas de um tipo de jornalismo que eu já supunha morto: o
> jornalismo marrom. Do início ao fim não faz outra coisa senão mentir. Não
> se trata sequer de distorcer fatos, por culpa de memória fraca ou coisa do
> gênero. Ele simplesmente mente.
>
> Escrevo essa resposta porque vivi a periferia do episódio, como estagiário
> da Rádio Jornal do Brasil, e porque venho estudando a história da TV Globo
> em decorrência de um projeto que eu e outros colegas estamos levando
adiante.
>
> A TV Globo e O Globo jamais contrataram os serviços da Proconsult. Desde o
> dia da eleição, até o fim da apuração, O Globo deu manchetes atribuindo a
> vitória a Leonel Brizola. Jamais disse em manchete ou em título interno
que
> Moreira Franco ganharia a eleição. A TV Globo previu a vitória de Brizola
> já no dia da eleição, com a divulgação da pesquisa de Boca de Urna do
Ibope
> dando a vitória de Brizola por cinco pontos percentuais. Esta é a única
> verdade. Nos dias subseqüentes, divulgou os resultados oficiais do TRE e
os
> da apuração paralela do Globo, que apresentava números defasados em
relação
> à apuração paralela da Rádio Jornal do Brasil. Mas, já no dia 18 de
> novembro, fazia projeções que davam a vitória a Brizola. Vamos aos fatos:
>
> 1) Em 1982, a eleição ainda era em cédulas, mas, pela primeira vez, a
> totalização dos votos seria informatizada. Seis estados, entre os quais
São
> Paulo e Minas, contrataram o Serpro, uma estatal, para fazer o trabalho. O
> TRE do Rio de Janeiro foi o único a contratar uma empresa privada, a
> Proconsult. Ela trabalhou exclusivamente para o Tribunal.
>
> 2) Naquele ano, a TV Globo sequer possuía computador, aqueles gigantes que
> chamávamos de "mainframe". Como a eleição era nacional, era
> operacionalmente impossível montar um esquema próprio de apuração em todos
> os estados. Optou-se então pelo estabelecimento de parcerias com os
jornais
> impressos. No Rio de Janeiro, o parceiro foi O Globo; em São Paulo, o
> Estado de S. Paulo.
>
> 3) O Globo desenvolveu um sistema próprio, sem qualquer vinculação com a
> Proconsult. Estagiários foram contratados para, durante a apuração,
> trabalhar nas zonas eleitorais de todo o estado. As mesas apuradoras,
> depois de contar os votos, registravam tudo em boletins, que eram depois
> afixados em lugar visível. A tarefa dos estagiários do Globo era copiar
> todos os dados dos boletins: os votos para todos os candidatos a vereador,
> deputado estadual, deputado federal, senador e governador. Os dados eram
> enviados por carro ou moto para a sede do jornal, onde eram digitados para
> alimentar os computadores. Montou-se uma central com quatro computadores,
> 64 terminais e 380 digitadores. Era um trabalho hercúleo, já que os votos
> dos milhares de candidatos tinham de ser digitados um a um. Como era um
> jornal impresso, O Globo se interessava em publicar a relação dos votos
> dados a cada candidato. Faz isso até hoje. Isso atrai leitura, pois todos
> querem saber como anda o candidato em que votaram.
>
> 4) O esquema foi montado, no entanto, para ser eficaz para um jornal
> impresso, cujo fechamento, à época, se dava às onze da noite. Durante a
> rodada, faziam-se duas ou três atualizações. Para isso, bastava que
> houvesse uma única totalização por dia. Os computadores eram alimentados e
> o programa rodava perto do fechamento. Estávamos ainda na pré-história da
> informática. Esse esquema revelou-se de pouca valia para a TV Globo, pois
> ela só tinha informação fresca uma vez ao dia, e bem tarde. O esquema
> poderia funcionar para um jornal impresso, mas estaria fadado a dar errado
> para uma emissora de televisão.
>
> 5) A Rádio Jornal do Brasil montou esquema mais modesto e, por isso, mais
> ágil. Reuniu também estagiários e os mandou também para as zonas
> eleitorais. Com um detalhe: em vez de anotar os votos em cada candidato a
> vereador, em cada candidato a deputado estadual, em cada candidato a
> deputado federal, em cada candidato a senador e em cada candidato a
> governador, de cada partido, o estagiário se concentrava apenas nos votos
> dados aos candidatos a senador e governador. E repassava os dados por
> telefone público. A cada estagiário foi dado um saco de fichas telefônicas
> (para os mais novos: eram como moedas, não havia cartões como hoje).
>
> 6) Inscrevi-me nos dois concursos para estagiário, tanto o do Globo como o
> da Rádio Jornal do Brasil. O resultado da Rádio saiu antes e foi lá que eu
> trabalhei. Tenho em minha parede, emoldurada, a primeira tabela que
> preenchi. Como se tratava de uma rádio "all news", tinha-se a necessidade
> de dados o tempo todo. Para isso, foi montado um esquema que permitia
> totalizações freqüentes.
>
> 7) No dia 16 de novembro de 1982, um dia depois da eleição, e já com os
> votos sendo contados, a manchete de primeira página do Globo era: "Ibope
> aponta vitória de Brizola". No texto, está dito: "A última pesquisa do
> Ibope antes das eleições, divulgada ontem, prevê a vitória do candidato do
> PDT, Leonel Brizola, com 31,3% dos votos. Moreira Franco, do PDS, obteve o
> segundo lugar, com 26,8%; Miro Teixeira, do PMDB, 14,1%; Sandra
Cavalcanti,
> do PTB, 8,9% e Lysâneas Maciel, do PT, 3%". No dia 17 de novembro, a
> manchete de primeira página do jornal era: "Brizola lidera no Rio e na
> Baixada". No dia 19: "Acelera-se a apuração na capital: Brizola mais perto
> de Moreira". No dia 20: "Brizola avança no Rio; interior quase no fim".
> Está tudo nos arquivos do Globo, mas, para os mais paranóicos, nos da
> Biblioteca Nacional também.
>
> 8) A TV Globo não agiu diferente. No dia 15 de novembro, no momento em que
> a legislação eleitoral permitia a divulgação das pesquisas de boca de
urna,
> Carlos Monforte anunciou em rede nacional: "Para o Rio de Janeiro, a
> pesquisa IBOPE dá exatamente a vitória para o PDT de Leonel Brizola com a
> margem de 5% de diferença do 2º colocado, o candidato do PDS Wellington
> Moreira Franco". Aparecia, então, uma arte, com a foto dos candidatos, com
> Monforte narrando em off: "No Rio, a pesquisa IBOPE dá a vitória a Leonel
> Brizola do PDT com 31,3% dos votos; em segundo lugar, Moreira Franco,do
> PDS, com 26,8%. Indecisos no Rio de Janeiro eram 9,7%". No Jornal Nacional
> do dia 16, Sérgio Chapelin deu os primeiros resultados, com Brizola
> momentaneamente na frente: "A apuração oficial no Rio foi muito lenta
hoje.
> Várias cidades no interior do estado só começaram a contar os votos à
> tarde. As primeiras urnas demoraram até quatro horas para serem apuradas.
> Até o momento, está na frente o candidato do PDT, Leonel Brizola. Em
> segundo, está o candidato do PDS, Moreira Franco. E, em terceiro, o
> candidato do PMDB, Miro Teixeira. Brizola está vencendo a eleição em Nova
> Iguaçu e São João de Meriti. Moreira Franco tem ligeira vantagem nas
outras
> cidades do interior, em Niterói e em São Gonçalo".
>
> 9) Com manchetes como aquelas, que contribuição à fraude poderiam ter dado
> as Organizações Globo? Como fica Paulo Henrique Amorim, diante da
afirmação
> dele, de que "as manchetes do Globo e da TV Globo saíam com a vitória do
> Moreira"? Pura mentira.
>
> 10) No dia 17 de novembro, já era patente que algo ia errado com a
apuração
> dos votos. O ritmo era lento, os votos contados eram em sua maioria do
> interior e Moreira Franco aparecia, na contagem oficial, à frente de
> Brizola. Apesar disso, devido às projeções, as manchetes do Globo,
baseadas
> em projeções, continuavam a apontar a vitória de Brizola. A Globo não
tinha
> outros números a divulgar senão os do TRE e os do Globo, que davam Moreira
> na frente, porque as urnas do interior, onde Brizola tinha menos votos,
> eram contadas mais rapidamente. No terceiro dia da apuração, no dia 18 de
> novembro, Leonel Brizola convocou a imprensa internacional para uma
> entrevista. Em vez de responder aos repórteres, bem ao seu estilo Brizola
> começou a entrevista fazendo uma pergunta: "Os senhores não acham estranho
> que no terceiro dia de apuração só haja 200 urnas apuradas"? Depois,
> Brizola se disse "apreensivo, preocupado e angustiado em relação à
> possibilidade de fraude na apuração". E afirmou: "Só a fraude ameaça a
> nossa vitória". E criticou o trabalho das Organizações Globo, dizendo que
> ao divulgar números diferentes de outros veículos de comunicação, ajudava
a
> criar um ambiente favorável à fraude: "Notamos uma angústia muito grande
> devido a dados que se contradizem com os resultados oferecidos por outros
> meios de divulgação. E isso vem gerando um ambiente de muita confusão"..
> Aqueles, no entanto, eram os únicos números que a TV Globo tinha e, já
> desde daquele dia, passou a divulgar projeções dando a vitória de Brizola.
> O Jornal Nacional daquele dia divulgou a entrevista de Brizola aos
> correspondentes estrangeiros.
>
> 11) No mesmo dia, ao tomar conhecimento das críticas de Brizola, Armando
> Nogueira, então diretor da Central Globo de Jornalismo, convidou-o para
uma
> entrevista no programa diário "Show das eleições", que ia ao ar às dez e
> meia da noite. Brizola exigiu que a entrevista fosse ao vivo e que tivesse
> no mínimo vinte minutos, o que foi aceito prontamente, porque era, desde o
> início, a idéia de Armando. A entrevista acabou tendo meia hora e, com
ela,
> Brizola amplificou para todo o Brasil, em horário nobre, suas suspeitas de
> fraude. Foi na Globo, por iniciativa dela e graças à sua enorme audiência,
> que o país tomou conhecimento das suspeitas do candidato. Na entrevista,
> Brizola voltou a se queixar do fato de que a TV Globo divulgava resultados
> defasados, mas, em momento algum, acusou a Globo de estar por trás de uma
> trama para fraudar as eleições. Em dado momento, Armando Nogueira
> perguntou: "Estamos acompanhando aqui a sua entrevista, com natural
> interesse, e a certa altura pareceu que o senhor ficou preocupado, em dado
> momento da apuração, com a correção do trabalho dos profissionais da Rede
> Globo, entre os quais eu figuro, humildemente, mas com muito orgulho. E eu
> perguntaria ao senhor, governador, se é justo que profissionais com um
> passado, alguns com um futuro, quase todos com um futuro, devam merecer,
> numa hora de paixão, um tratamento tão rigoroso da parte de um homem
> público, por parte de quem a gente tem um apreço. Eu gostaria de fazer
esta
> pergunta, que ela é quase pessoal. O senhor me desculpe introduzir uma
> pergunta pessoal, mas em nome de cerca de dois mil jornalistas... E eu me
> sinto no dever de fazer essa pergunta ao senhor". Brizola respondeu:
> "Perfeito. Com muito carinho, com muito prazer, Armando. Sabe que eu dou
> essa resposta com aquela franqueza que me caracteriza não é verdade? E nós
> devemos sempre usar esse método da franqueza, da lealdade. Eu registrei o
> que era real. Eu não cheguei a entrar no mérito. Eu não cheguei, de forma
> nenhuma, a considerar que tivesse havido má fé. Não cheguei,
absolutamente.
> Eu registrei uma situação real existente aqui no Rio de Janeiro e também
os
> meus próprios sentimentos. Porque eu senti o nosso Rio, no conjunto,
> desmerecido. Chegava a ser anunciado: "Olha, logo em seguida, vem o Rio de
> Janeiro!" E depois vinha o Acre, vinha Rondônia, e nada. Então, eu
> registrei isto: é que faltava essa informação.[Brizola referia-se à
> escassez de dados sobre o Rio, já que as apurações do T.R.E eram lentas e
a
> totalização do Globo acontecia apenas uma vez por dia.] Agora, pode ser
que
> tenha entupido... os canais tenham se entupido aí. Havia dificuldades...
> Porque numa organização grande é assim, às vezes o gigantismo' uma doença
> das organizações. Isto pode acontecer, isto pode ocorrer. Isto sem
> desmerecer os profissionais, não é verdade"?
>
> 12) Brizola estava sendo irônico, mas o diagnóstico dele era preciso: os
> canais se entupiram. A TV Globo divulgava os números do jornal O Globo,
> que, como já disse, fazia uma coleta completa, registrando o voto dado a
> cada candidato, de vereador a governador. Cada mapa preenchido pelos
> estagiários tinha cerca de mil números (é preciso ter me conta que se
> registrava o voto em cada candidato a todos os cargos eletivos de todos os
> partidos). O processo era longo, demorado. O estagiário da Rádio Jornal do
> Brasil coletava uma quantidade muito menor de números: os votos para os
> cinco candidatos ao governo do estado e ao senado. Era muito mais ágil e
> eficiente. No interior, o enorme trabalho das equipes do Globo foi
> facilitado pelos juízes eleitorais, que permitiam que se fizessem cópias
> xerox dos mapas para que os números pudessem ser mais facilmente copiados
> nas planilhas. Na capital, dado o clima de paixão, os juízes só
autorizavam
> que os mapas fossem copiados onde estavam, pendurados nas paredes, sem a
> possibilidade de se obter uma cópia. Para o estagiário do Globo, o
trabalho
> era insano. O resultado foi ineficiência e atraso. Daí porque os votos do
> interior saíam com mais rapidez.
>
> 13) No dia 24 de novembro, o Senador Saturnino Braga, da tribuna do
Senado,
> fez um discurso acusando a Proconsult de tentar fraudar as eleições, com o
> apoio das Organizações Globo. Foi a primeira e única vez que um ataque
> infamante como aquele fora feito de maneira direta, sem a apresentação de
> provas e quando a vitória de Brizola já era dada como certa.
>
> 14) No dia seguinte, Iran Frejat, que era o responsável pelos trabalhos de
> apuração do Globo, tendo sido o responsável pelo modelo de cobertura e
pela
> central de computadores do jornal, escreveu uma carta aberta a Saturnino,
> rebatendo as acusações. O jornalista, que era irmão de José Frejat,
> candidato a deputado pelo partido de Brizola, apresentou-se como eleitor
de
> Saturnino e Brizola e rechaçou, de modo apaixonado, t

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