Sent: Fri, 11 Mar 2005 16:26:05 -0300
Subject: O programa do PDT na TV

O programa do PDT na TV

(11/03/05) "Por muitos anos, você ouviu, nos programas do PDT, a voz corajosa de Leonel Brizola. Muitas vezes você concordou com o que ele dizia. Outras vezes, não. Mas, num país como o nosso, onde os políticos, um dia, dizem que estão de um lado, e outro dia, dizem que estão do outro, Brizola era um dos raros homens públicos que, ao longo de sua vida, nunca mudou de lado".

O programa nacional exibido ontem, em rede nacional de TV e rádio, reforçou mais uma vez a posição de combate do PDT aos poderosos e em defesa do povo. Seu presidente nacional, ex-deputado Carlos Lupi, começou por lembrar o exemplo de coerência do líder de sempre deste partido e das massas desprotegidas, Leonel de Moura Brizola.

Lembrou Lupi que, naqueles programas do PDT, Brizola não teve medo de denunciar, em 1976, que o Cruzado era um plano eleitoreiro de Sarney, que todos endeusavam, na época. Ou que a privatização iria deixar os brasileiros nas mãos dos novos donos dos telefones, das multinacionais e de todos os serviços públicos.

"Dizer a verdade, dizer o que pensava, mesmo que isso pudesse fazer perder as eleições era uma marca de Leonel Brizola. Esse legado de coerência ele deixou ao seu partido, o PDT. A continuidade desta história de lutas do Trabalhismo, ao qual o Brasil deve praticamente tudo o que tem, em matéria de direitos trabalhistas, de preservação do patrimônio nacional, é o desafio que hoje, sem a liderança de Brizola, mas com o seu exemplo a nos inspirar, a cada dia o PDT tem buscado preservar, na atuação de seus militantes e suas Bancadas no Congresso Nacional".

No programa, primeiro após a morte de Brizola, falaram, além do presidente Carlos Lupi, o secretário nacional, Manoel Dias, os líderes na Câmara, Severiano Alves (BA), e no Senado, Osmar Dias; o senador Jefferson Peres (AM), o deputado Alceu Collares (RS),  o ex-secretário da Receita Federal, Osires Lopes Filho, e o governador de Alagoas, Ronaldo Lessa.

A tônica do programa foi uma reflexão sobre os rumos que a nossa economia está tomando, bem como a condução que vem sendo dada ao assunto pelo atual Governo Lula. Carlos Lupi lembrou que "estamos no terceiro ano do Governo Lula e, infelizmente, não existe nenhuma ação, nem mesmo um projeto que nos dê ao menos a esperança de que algo está mudando na educação, que deveria ser a prioridade mais urgente para o nosso país".

Lupi ressaltou que o PT, que criticava tanto os CIEPs, as escolas de tempo integral de Leonel Brizola, que dizia que escola não é pensão, chegou ao Governo e, no lugar de escolas, tudo o que dá ao povo brasileiro são esmolas. "Claro que ninguém é contra o combate à fome. Mas no que é que se tornou essa política de distribuir dinheiro. Aonde isso vai levar? Será que, nas mãos dos políticos, isso não se tornou uma máquina de conseguir votos?".

Para o presidente do PDT, a verdade é que, se quisesse, o Governo Lula poderia estar comandando uma revolução educacional em nosso país. Mas, só de juros, o Governo paga, a cada ano, 120 bilhões de reais. "Sabem quantos CIEPs daria para fazer com este dinheiro? Quase 15 mil. Seriam 15 milhões de crianças em escolas de horário integral, com alimentação completa, assistência médica e dentária, recreação, e tudo fora das ruas".

Osmar Dias - O senador foi contundente ao pedir coerência nas ações do governo atual."Pergunto o que fiz e o que fizemos, nós do PDT, para melhorar o nosso Brasil. Sempre encontro satisfação, pela coerência das nossas palavras e dos nossos atos. Coerência que muitas vezes não vejo, da parte do Governo. Cadê a coerência na questão da carga tributária? Da infraestrutura, da reforma agrária? Agora mesmo estamos com a famigerada medida provisória 232. Nela está o absurdo aumento do imposto para os prestadores de serviços. Ela vem para penalizar mais uma vez a produção do campo, com a cobrança de 1,5% de imposto de renda sobre a comercialização dos produtos agropecuários.

Severiano Alves - O deputado defendeu a manutenção dos ideais do partido. O que nos mantém firmes no PDT são as nossas idéias, sobretudo aquela que foi a grande bandeira: a educação. E não é uma educação qualquer. É a escola de Brizola, aquela onde o estudante passa o dia inteiro. É a escola que tira o menino da rua, dá emprego, forma cidadãos e desenvolve o país. A marca de nosso partido está fundada em princípios históricos e ideológicos. Por isso, o PDT vem se tornando a cada dia mais respeitado nacionalmente. Um partido que queira manter seus compromissos com os trabalhadores, as donas de casa, os profissionais liberais e com a juventude, não pode concordar com a política de juros altos e arrocho fiscal, que leva ao desemprego e ao achatamento de salários.

Jefferson Peres - O senador fez duras críticas ao panorama político atual. Sonho que o Brasil será salvo,não por um salvador da Pátria, mas pelo próprio povo, quando ele entregar seus destinos às mãos de governantes que mereçam. Sonho com um Brasil em que os políticos deixem de ser pessoas inconfiáveis, que dizem o que não fazem e fazem o que não dizem. Sonho com um país em que os governos transformam os indigentes em cidadãos e não em mendigos do Estado, vivendo de esmolas oficiais. Sonho com um Brasil em que a coisa pública seja administrada com austeridade, em favor de todos, e não tratada como cosa nostra em benefício de amigos, parentes, correligionários e apaniguados. Sonho com um Brasil em que os governantes sejam sóbrios e contidos, ao invés de parlapatões, a fazer discursos ruins e vazios, que só enganam os tolos. Sonho com um país em que a educação seja a prioridade número um, número dois e número três. Sonho com um país em que os governantes não se gabem de não terem estudado por terem vindo de baixo, mas que se orgulhem de sua origem humilde, que não os impediu, de se tornarem, pelo estudo, em mestres e doutores. Sonho com um Brasil onde as cidades voltem a seus lugares civilizados e não tugúrios de facínoras, que acuam, intimidam e humilham cidadãos outrora livres. Sonho com um Brasil em que os brasileiros deixem de sentir vergonha dos políticos que possuem. Finalmente, sonho que este sonho, aqui externado, de um Brasil renovado, não fique para um futuro remoto, que não seja para os meus filhos, mas que seja, ao menos para os meus netos.

Alceu Collares -  O deputado condenou a forma como estão sendo propostas as reformas sindical e trabalhista. A reforma sindical e a reforma trabalhista (do governo) tem como objetivo atender às demandas do Fundo Monetário Internacional. É a última etapa de destruição dos direitos sociais, conquistados pela classe trabalhadora. A unicidade do sistema estrutural sindical vai ser alterado pela pluralidade. A contribuição obrigatória será uma contribuição facultativa. As centrais terão direito inclusive a convenções de trabalho ou contratos de trabalho, de representar sindicatos de base. Sindicalistas brasileiros, não permitam que tirem de vocês aquilo que de direito é e foi dado na vigorosa Era Vargas. Já a reforma trabalhista provavelmente vai mexer nos salários, nas férias e tudo isso será alterado. O que os homens de governo precisam se preocupar é com este fantástico assalto do sistema financeiro à nossa economia. Os bancos estão ganhando dinheiro, como nunca. Num trimestre, em cada 100 reais, ganharam 20 reais líquidos. Já o sistema produtivo do campo e da cidade - a agricultura, a pecuária, o comércio, a indústria e os serviços -, em cada 100 reais, ganha dois reais. E tudo isso está sendo feito pelo meigo metalúrgico, que vem lá dos confins da miséria, o Lula. Ele chegou ao poder e se entregou, de corpo e alma, para o FMI.


------- End of Forwarded Message -------


Assine o manifesto pela segurança
e transparência do voto eletrônico em:
http://www.votoseguro.com/alertaprofessores

<<ptv1035_lup2.jpg>>

<<ptv1035_osmdia.jpg>>

<<ptv1035_seval.jpg>>

<<ptv1035_jefper.jpg>>

<<ptv1035_alcol.jpg>>

Responder a