> A empresa em que trabalho começou a analisar a viabilidade de migração > de nosso ambiente Windows para Linux, algo em torno de 300 máquinas. > > Para tal, começamos a testar algumas distribuições. Inicialmente eu era > responsável por testar o RedHat 9, e até o fiz por um tempo; mas com o > fim do suporte da distribuidora, a opção foi abandonada.
A distribuição RedHat para corporações continua com suporte. A antiga distribuição gratuita RedHat passou a ser a Fedora e possui suporte pela comunidade de desenvolvimento Fedora. Portanto acho um equívoco não instalar RedHat por tal motivo. Na minha opinião o modelo de desenvolvimento da distribição Debian é muito melhor do que o da Fedora, o que faz com que a distribuição Debian seja muito mais fácil de ser administrada após a instalação: o nível de consistência e a qualidade de empacotamento no Debian é melhor. Em geral fazer uma atualização nas distribuições tipo RedHat e Mandrake são mais trabalhosas. A maior facilidade de instalação ( A Mandrake é mais fácil do que a RedHat e o suporte ao português mais coerente. A Conectiva possui o melhor suporte ao português ) não compensa com o maior trabalho de administração. A distribuição kurumim é fácil de ser instalada mas pior para ser administrada do que o woody normal. A distribuição kurumim é boa para ajudar na instalação do Debian, na verificação das características dos equipamentos instalados, mas o melhor para uso em produção é o Woody mesmo, na minha opinião. > > Fui então escalado para testar o Debian. Depois de ler com mais > profundidade a documentação do Debian, propuz testarmos a versão > Sarge, que até a conclusão da análise certamente já será stable. > > Mas meu chefe, muito conservador como sempre, deu ordens para que > eu testasse a última versão estável, portanto a "Woody". > Eu acho que seu chefe foi sábio. O Woody é a aposta correta. Existem vários pacotes não oficiais para o woody que possibilita usar coisas atuais como kde 3.1.4 e XFree4.3 - http://www.apt-get.org/ A vantagem é que o nível de consistência do woody é bom e é base segura de partida. O que geralmente faço é fazer uma instalação mínima do woody e logo depois atualizar kernel, instalar versões mais novas dos progaramas e fazer a sua atualização de segurança. O problema é que instalar o woody para algumas máquinas pode ser trabalhoso para quem possui pouca experiência. Mas na minha opinião as 300 máquinas deverão ser listadas e agrupadas conforme as suas características. Máquinas com menos de 64M de memória terão dificuldades em trabalhar com kde, gnome e openoffice e fariam os usuáriso sentirem-se frustrados e saudosos do windows. Na minha opinião se a sua empresa não utilizar o apoio de uma pessoas experientes em Debian ( ou em qualquer outra distribuição) a migração apressada poderá ser um desastre. Sem apoio de pessoas experientes o melhor caminho é ganhar experiência e competência instalando apenas em algumas máquinas. Na minha opinião a migração total para Debian valerá a pena pois a distribuição Debian é mais consistente e mais fácil de ser administrada, depois de adequadamente instalada. Mas a coisa precisa de ser feita de maneira cuidadosa e conservadora. Odair G Martins