Vc conhece o Horgan? Um jornalista. Não é um expert. 

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On 17/09/2011, at 23:07, Julio Fontana <juliocesarfont...@yahoo.com.br> wrote:

> É problema de interpretação ...
>  
> John Horgan examinou grande parte da literatura sobre Freud. Li somente duas 
> obras de Freud e parece que a crítica procede.
>  
> Julio Fontana
> De: FAD 2 <famado...@gmail.com>
> Para: Julio Fontana <juliocesarfont...@yahoo.com.br>
> Cc: "logica-l@dimap.ufrn.br" <logica-l@dimap.ufrn.br>
> Enviadas: Sábado, 17 de Setembro de 2011 22:58
> Assunto: Re: [Logica-l] Psicanálise, Psicologia e Psiquiatria
> 
> Leiam Freud antes de criticá-lo, plise...
> 
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> 
> On 17/09/2011, at 20:50, Julio Fontana <juliocesarfont...@yahoo.com.br> wrote:
> 
> > Prezados colegas de lista,
> >  
> > Quanto ao estatuto epistemológico da psicanálise acho que não há qualquer 
> > dúvida de ela ser um caso típico de pseudociência. Quando Popper afirmava 
> > que a teoria de Freud explica tudo, ou seja, era a tal ponto flexível que 
> > não podia ser contraditada, ele não estava errado. Quando apontaram os 
> > casos de "neurose de guerra" como uma refutação do complexo de Édipo, Freud 
> > explicou, por meio de emendas na sua teoria original, que os soldados com 
> > neurose de guerra eram narcisistas. Concordando com Popper, Horgan afirma: 
> > "Freud tinha uma habilidade assombrosa para elaborar teorias que não podem 
> > ser confirmadas nem refutadas decisivamente por meio empíricos."
> > Essa crítica é importante, porém, muitas outras foram propostas contra a 
> > psicanálise. Vejam as críticas de Frederick Crews. Olhem o que Francis 
> > Crick escreveu sobre Freud: "Pelos padrões modernos, Freud não pode ser 
> > considerado um cientista, e sim um médico que teve muitas ideias inusitadas 
> > e que escreveu com rara habilidade e poder de persuasão."
> >  
> > Popper considerava a psicologia uma ciência. Eu discordo dele. Passei a ter 
> > essa visão lendo o livro de Leonard Mlodinow, agradeço a indicação do livro 
> > à Carnielli (Pensamento Crítico). Mlodinow relata o experimento proposto 
> > pelo psicólogo David L. Rosenhan. Nesse experimento, oito "pseudopacientes" 
> > marcaram consultas em diversos hospitais e então se apresentaram ao setor 
> > de internações, queixando-se de que ouviam vozes estranhas. Confiantes no 
> > funcionamento do sistema de saúde mental, alguns dos participantes temeram 
> > que sua evidente sanidade fosse imediatamente detectada, o que lhes 
> > causaria grande embaraço. Todos, exceto um, foram internados com 
> > diagnóstico de esquisofrenia. O outro foi internado com diagnóstico de 
> > psicose maníaco-depressiva. Não é só isso.
> > Depois de internados, todos pararam de simular os sintomas anormais e 
> > disseram que as vozes haviam desaparecido. Esperaram, seguindo instruções 
> > de Rosenhan, que descobrissem que não era loucos. A equipe hospitalar 
> > interpretou o comportamento dos pseudopacientes sob o prisma da insanidade. 
> > Todos os atos dos pseudopacientes, como escrever em diário, reclamar de 
> > maus tratos, etc, como sintomas da doença.
> >  
> > A teoria sempre se confirma, ou o diagnóstico será sempre confirmado. Por 
> > essa razão eu nem passo em frete ao pinéu. Eu não sou louco!
> >  
> > Howard Gardner corretamente apontou que a psicologia era outra área que 
> > carecia das virtudes epistêmicas próprias da ciência. John Searle observou 
> > que aqueles campos que fazem muita questão se proclamarem científicos, na 
> > verdade, são pseudociência.
> >  
> > 
> > Julio Fontana
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