Caros
Um trabalho como o do Mateus me parece relevante em vários aspectos e deveria 
mesmo ser divulgado. Somente que eu qualificaria certas afirmações que ele faz 
no resumo, como em dizer que "Aristóteles concebe um sistema lógico quando 
procura justificar quais arranjos entre termos formam de fato tais cadeias." 
Com efeito, dizer que A. concebe, faz, cria, etc. é sempre algo discutível. 
Sugeriria a Mateus dizer que ele (Mateus) pensa/acredita/interpreta que A. faz 
isso ou aquilo. Parece bobagem, mas não é. Duvido que alguém saiba de fato o A. 
queria/fazia/pensava.
D


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Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
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Em 29/05/2012, às 21:57, Marcelo Esteban Coniglio <meconig...@gmail.com> 
escreveu:

> Caro Tony,
> 
> De fato a tese do Mateus é muito interessante. Eu participei da
> banca.Uma das coisas mais interessantes que achei foi a silogistica
> modal que o Aristóteles propôs e, ao que parece, não fechou
> completamente, mas também não foi completamente entendida pelos
> analistas. É um belo tema de estudo (que requer saber ler grego
> clássico).
> 
> Sobre o pdf da tese: o Mateus ainda tem que fazer umas pequenas
> correções que sugerimos na defesa. Contata seu orientador, o Lucas
> Angioni, para solicitar a versão final quando estiver pronta.
> 
> Abraço,
> 
> Marcelo
> 
> 
> 2012/5/29 Tony Marmo <marmo.t...@gmail.com>:
>> Caros Colegas, Professores e Amigos,
>> 
>> Defendeu-se no IFCH durante o corrente mês de maio uma tese que me pareceu
>> muito interessante divulgar:
>> 
>> A Lógica de Aristóteles: problemas interpretativos e abordagens
>> contemporâneas dos "PrimeirosAnalíticos"
>> 
>> De um colega nosso chamado Mateus Ricardo Ferreira. Só que ainda não está
>> disponível online. Por favor,
>> quem puder adiantar algo a respeito, deixe um comentário nessa lista.
>> 
>> Resumo: Nesta tese discuto aspectos da lógica de Aristóteles que são
>> ressaltados por abordagens contemporâneas dos Primeiros Analíticos e que
>> mostram uma teoria mais rica e sutil do que tradicionalmente se entende
>> como sendo a lógica aristotélica. Em especial, abordo teses sobre como
>> devem ser compreendidas as proposições categóricas, o que são precisamente
>> silogismos, o que são silogismos perfeitos e quais problemas enfrenta a
>> parte da lógica de Aristóteles que lida com proposições modais. Nessa
>> direção, abordo evidências textuais para duas concepções de proposição
>> categórica e as dificuldades para coaduná-las com as proposições
>> singulares. Além disso, argumento que silogismos devem ser compreendidos
>> como cadeias de predicações e que Aristóteles concebe um sistema lógico
>> quando procura justificar quais arranjos entre termos formam de fato tais
>> cadeias. Argumento, também, que os silogismos perfeitos são evidentes nesse
>> sistema não porque considerados indemonstráveis, mas porque podem ser
>> deduzidos a partir de definições das proposições categóricas e de certas
>> regras gerais, isto é, de regras aplicáveis não apenas a um tipo de
>> proposição categórica. Por fim, apresento as características gerais e as
>> dificuldades de uma parte da lógica de Aristóteles muito pouco associada à
>> lógica aristotélica como tradicionalmente entendida: a silogística modal.
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