Aproveite e teste a validade deste também (é melhor se exercitar com silogismos, do que ficar falando a respeito deles):
1) Nada é melhor do que ir para o Céu e ficar ao lado de Deus. 2) Um pão-de-queijo é melhor do que nada. 3) Logo, um pão-de-queijo é melhor do que ir para o Céu e ficar ao lado de Deus. W. Em dom, 16 de set de 2018 às 14:39, Jessé Silva <aprendizforeve...@gmail.com> escreveu: > > Joao Marcos, muito obrigado, em breve posto as respostas. > > > Em dom, 16 de set de 2018 às 14:36, Joao Marcos <botoc...@gmail.com> escreveu: >> >> Eis um exercício para você. Analise a *validade* dos seguintes >> argumentos, do ponto de vista da Teoria do Silogismo: >> >> (0) >> Todo golfinho é uma ave. >> Moby Dick é um golfinho. >> Logo, Moby Dick é uma ave. >> >> (1) >> Todo fnord é um pseudo-celerado. >> Jessé é um fnord. >> Logo, Jessé é um pseudo-celerado. >> >> (2) >> Todo astro gira em torno da Terra. >> Elvis Presley foi um astro. >> Logo, Elvis Presley girou em torno da Terra. >> >> (3) >> Tudo que é sólido se desmancha no ar. >> Este raciocínio é sólido. >> Logo, este raciocínio se desmancha no ar. >> >> Bons estudos, JM >> >> >> On Sun, Sep 16, 2018 at 12:27 AM Jessé Silva >> <aprendizforeve...@gmail.com> wrote: >> > >> > >> > > Todo homem é mortal, Sócrates é homem, logo, Sócrates é mortal. >> > >> > É uma frase formada por três sentenças declarativas afirmativas, ou seja, >> > por três proposições simples. >> > A frase trata-se de uma dedução formal, isto é, parte do geral para o >> > particular. >> > A frase é composta de três juízos, onde o último é uma conclusão dos dois >> > primeiros. >> > A frase trata-se de um conhecimento discursivo complexo, pois há o >> > processo dedutivo, que é a passagem do geral para o individual. >> > É um silogismo, pois há uma conclusão no terceiro juízo, advinda do >> > primeiro juízo estabelecido como verdadeiro, e intermediado pelo segundo. >> > >> > Premissa maior: Todo homem é mortal. >> > Premissa menor: Sócrates é homem. >> > Conclusão: Sócrates é mortal. >> > >> > O termo maior, que é o predicado da conclusão, é "mortal". >> > O termo médio, que está presente nas duas premissas e falta na conclusão, >> > é "homem". >> > O termo menor, o sujeito da conclusão, é "Sócrates". >> > >> > O atributo necessário de "Sócrates" é "mortal". >> > O atributo necessário de "homem" é "mortal". >> > O atributo necessário de "Sócrates" é "homem". >> > >> > Válido: 1 – Terminus esto tríplex, medius, majorque minorque (o silogismo >> > tem três termos: o maior, o médio e o menor). >> > Válido: 2 – Nequaquem medium capiat fas est (a conclusão nunca deve conter >> > o termo médio). >> > Válido: 3 – Aut semel aut medius generaliter esto (o termo médio deve ser >> > tomado pelo menos uma vez em toda a sua extensão). >> > Válido: 4 – Latius hunc (terminum) quam premissas concluso non vult >> > (nenhum termo pode ser mais extenso nas conclusões do que nas premissas). >> > Válido: 5 – Utraque si praemissa negat nil inde sequitir (se as duas >> > premissas são negativas, nada se pode concluir). >> > Válido: 6 – Ambae afirmantes nequeunt generare regantem (duas premissas >> > afirmativas não podem produzir uma conclusão negativa). >> > Válido: 7 – Pejorem sequitir semper conclusio partem (a conclusão segue >> > sempre a parte mais fraca). >> > Válido: 8 – Nihil sequitur geminis ex particularibus unquam (De duas >> > premissas particulares, nada se conclui). >> > >> > A primeira figura silogística corresponde ao silogismo por ser o termo >> > sujeito na premissa maior e predicado na menor. >> > No caso "homem" é sujeito na premissa maior, e também predicado na >> > premissa menor. >> > >> > O modo do silogismo, de acordo com a primeira figura, a qual o mesmo >> > corresponde é o modo Darii. >> > Pois o modo Darii equivale a "A I I", ou seja, o a sentença é composta por >> > três juízos, onde, segundo a quantidade e qualidade, a premissa maior se >> > trata de um juízo universal afirmativo, e a premissa menor e a conclusão >> > tratam-se de um juízo particular afirmativo. >> > >> > > Primeira proposição: Todo homem é mortal. >> > Conceito específico: homem >> > Conceito genérico: mortal >> > >> > Conceito com mais conteúdo: homem >> > Conceito com menos conteúdo: mortal >> > Conceito mais extenso: mortal >> > Conceito menos extenso: homem >> > Conceito com maior compreensão: homem >> > Conceito com menor compreensão: mortal >> > >> > Subordinante: mortal >> > Subordinado: homem >> > >> > Conceito-sujeito: homem >> > Conceito-predicado: mortal >> > Cópula: é >> > >> > Tipo: juízo afirmativo, determinativo >> > Predicação: de dependência >> > >> > Segundo a qualidade: afirmativo >> > Segundo a quantidade: universal >> > Segundo a relação: categórico assertórico >> > Segundo a modalidade: assertórico >> > >> > >> > > Segunda proposição: Sócrates é homem. >> > Conceito específico: Sócrates >> > Conceito genérico: homem >> > >> > Conceito com mais conteúdo: Sócrates >> > Conceito com menos conteúdo: homem >> > Conceito mais extenso: homem >> > Conceito menos extenso: Sócrates >> > Conceito com maior compreensão: Sócrates >> > Conceito com menor compreensão: homem >> > >> > Subordinante: homem >> > Subordinado: Sócrates >> > >> > Conceito-sujeito: Sócrates >> > Conceito-predicado: homem >> > Cópula: é >> > >> > Tipo: juízo afirmativo, determinativo >> > Predicação: de dependência >> > >> > Segundo a qualidade: afirmativo >> > Segundo a quantidade: particular >> > Segundo a relação: categórico assertório >> > Segundo a modalidade: assertório >> > >> > >> > > Terceira proposição: logo, Sócrates é mortal. >> > Conceito específico: Sócrates >> > Conceito genérico: mortal >> > >> > Conceito com mais conteúdo: Sócrates >> > Conceito com menos conteúdo:mortal >> > Conceito mais extenso: mortal >> > Conceito menos extenso: Sócrates >> > Conceito com maior compreensão: Sócrates >> > Conceito com menor compreensão: mortal >> > >> > Subordinante: mortal >> > Subordinado: Sócrates >> > >> > Conceito-sujeito: Sócrates >> > Conceito-predicado: mortal >> > Cópula: é >> > >> > Tipo: juízo afirmativo, determinativo >> > Predicação: de dependência >> > >> > Segundo a qualidade: afirmativo >> > Segundo a quantidade: particular >> > Segundo a relação: categórico assertório >> > Segundo a modalidade: assertório >> > >> > Minhas dúvidas: >> > >> > 1 - A proposição "Todo homem é mortal" me parece ser, segundo a relação, >> > categórica, e segundo a modalidade, assertória. Mas não seria o juízo >> > segundo a modalidade, necessário? Pois na própria proposição está sendo >> > afirmado que "todo" homem é mortal, logo, não está abrindo brecha para >> > dúvidas em relação a mortalidade do homem, de acordo com a estrutura do >> > próprio juízo aplicado, ele não deve ser do tipo necessário segundo a sua >> > modalidade? >> > >> > 2 - A questão é que levando em consideração o próprio conceito de "homem", >> > vejo dois problemas, um é a concepção de alma imortal que está ligada ao >> > homem, e o segundo problema é a questão da possibilidade de no futuro o >> > homem poder ser imortal, seja pelo avanço tecnológico ou seja lá pelo que >> > for. Logo, em ambas as situações, isso remete a noção de contingência e >> > não de necessidade, portanto a minha outra dúvida, que de certa forma está >> > ligada com a primeira: afinal, algo estar ligado a realidade temporal >> > torna a coisa contingente e acaba que excluindo a necessidade dela? >> > >> > 3 - Sintetizando as duas dúvidas e formulando uma terceira, afinal, na >> > aplicação de um juízo não se deve trata-lo tanto logicamente quanto >> > levando em consideração a sua correspondência com a realidade? >> > >> > 4 - E nessa, consequentemente eu não irei levar em consideração a análise >> > mais aprofundada dos próprios conceitos, de seus respectivos significados? >> > >> > 5 - E isso não afetará, fatalmente, na própria validade do juízo e da >> > proposição? >> > >> > >> > Por fim, se eu errei em algum ponto, por favor, se não for incômodo, me >> > digam para me ajudar nos estudos. >> >> -- >> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/ >> >> -- >> Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" >> dos Grupos do Google. >> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie >> um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br. >> Para postar neste grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br. >> Visite este grupo em >> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/. >> Para ver esta discussão na web, acesse >> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAO6j_Lg%3DDB7zMeS5UutpUbFhUT05TtotSxZ3F4wxqUkF2hR%3D%3Dg%40mail.gmail.com. > > -- > Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos > Grupos do Google. > Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um > e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br. > Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br. > Acesse esse grupo em > https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/. > Para ver essa discussão na Web, acesse > https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAAbLrd%2BVXpMmY3xAgWhLwE0_TzRGRfVfM3cA4JWp-%3DDshjeD%2Bg%40mail.gmail.com. -- ----------------------------------------------- Walter Carnielli Centre for Logic, Epistemology and the History of Science and Department of Philosophy State University of Campinas –UNICAMP 13083-859 Campinas -SP, Brazil http://www.cambridge.org/br/academic/subjects/philosophy/twentieth-century-philosophy/significance-new-logic?format=HB&isbn=9781107179028 Institutional e-mail: walter.carnie...@cle.unicamp.br Website: http://www.cle.unicamp.br/prof/carnielli CV Lattes : http://lattes.cnpq.br/1055555496835379 -- Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos Grupos do Google. 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