Respondendo à sua pergunta final: O uso de premissas contraditórias recebeu mais de um tratamento na Antiguidade.
Uma ideia era a de que as contradições trivializavam o raciocínio. Outra era a de que premissas contraditórias não necessitam a conclusão. Você já adentrou a teoria das falácias, tanto é que percebeu os casos de equivocação apresentados. Uma terceira possibilidade é tratar premissas contraditórias como falazes. Aliás, essa mesma discussão já se fez em torno dos paparadoxos. Contemporaneamente, admite-se que uma forma de pensamento pode ser perfeitamente racional e lidar com contradições muito bem, ou seja, não trivializar. Isto depende das clivagens e das hierarquias adotadas, como sempre. Em segunda-feira, 17 de setembro de 2018, Jessé Silva < aprendizforeve...@gmail.com> escreveu: > *Joao Marcos, * > > *> 0 - Todo golfinho é uma ave. Moby Dick é um golfinho. Logo, Moby Dick é > uma ave.* > > É falso porque para ser verdadeiro o termo maior, que no caso é "ave", > precisa ser um conceito-predicado válido do termo médio, que é "golfinho". > > E tanto "golfinho" quanto "ave" pertencem ao gênero "animal". > > Ou seja, "ave" não é um conceito genérico, mas sim específico. > > E por isso a proposição é inválida, pois se trata de um juízo falso. > > E um silogismo, se tratando de uma dedução formal, ou seja, que parte > sempre do geral para o particular, necessariamente, para que o mesmo seja > válido, a primeira proposição tem de ser verdadeira e não falsa (mesmo que > seja uma negação verdadeira). Logo, se a primeira proposição é falsa, o > silogismo é inválido, e todo o restante é descartado. > > Se a aplicação do juízo fosse verdadeira, o silogismo corresponderia a > primeira figura e ao modo Darii. > > > > *> 1 - Todo fnord é um pseudo-celerado. Jessé é um fnord. Logo, Jessé é um > pseudo-celerado.* > > É falso pois a segunda proposição é um juízo que segundo a quantidade é > particular, segundo a qualidade afirmativo, mas segundo a relação é > hipotético, pois não é especificado na proposição a qual Jessé se refere, > podendo ser qualquer um dos centenas ou milhares que existem. Eu como sou > um desses Jessé, posso afirmar categoricamente, no mínimo de modo > assertório, que em relação a mim é falso. Então só resta duas alternativas, > ou é o juízo é falso e isso invalidaria o silogismo, ou é um juízo que > segundo a relação é hipotético, e segundo a modalidade é problemático, pelo > mesmo motivo. E se o juízo é problemático também não é possível deduzir com > exatidão se Jessé é mesmo um pseudo-celerado ou não. E consequentemente não > se ter uma conclusão, ora, um silogismo válido exige uma conclusão. > Portanto ele também é inválido. > > > > *> 2 - Todo astro gira em torno da Terra. Elvis Presley foi um astro. > Logo, Elvis Presley girou em torno da Terra.* > > É falso pois um silogismo válido exige que o termo médio, que no caso é > "astro" seja tomado em toda a sua extensão. > > E quando isso é feito, a primeira proposição torna-se falsa, pois "astro" > pode ser tanto algum objeto no espaço fora da Terra, quanto uma pessoa > muito famosa. > > Logo, nem todo astro gira em torno da Terra, mas apenas os objetos que > estão no espaço. E não, por exemplo, o Elvis Presley. > > > > *> 3 - Tudo que é sólido se desmancha no ar. Este raciocínio é sólido. > Logo, este raciocínio se desmancha no ar.* > > É falso, pelo mesmo motivo do 2, pois o termo médio, que é "sólido" não > foi abordado em toda a sua extensão na primeira premissa, se fosse se > referir aos objetos físicos, como remete o termo a uma primeira vista, > invalidaria a segunda proposição onde o termo médio é utilizado, pois um > raciocínio não é físico, mas sim imaterial, e isso seria uma contradição, > que iria ferir os princípios da lógica. > > > > João Marcos, peço que avalie este silogismo e me diga se o mesmo é > inválido, e se não é, me diga porque, por favor: > > > > *Todo bandido age maliciosamente; João agiu maliciosamente; Logo, João > agiu como bandido.* > > > > Pois no meu entender, a estrutura do silogismo, no caso as suas figuras, > elas são válidas, mas isso não é o silogismo em si, pois um silogismo ou > outro vai se definir justamente pela validade dos termos e das proposições > empregadas. Não? Porque as figuras em si se tratam apenas dos tipos de > silogismos. Portanto, se devemos levar em consideração o significado dos > termos, dos conceitos, e consequentemente as definições, em suma, a relação > da proposição com a realidade, pois isso irá afetar no juízo, então no > silogismo acima, se João agiu de fato maliciosamente, então João agiu como > bandido. Não? > > > > *Walter Carnielli,* > > > > *1) Nada é melhor do que ir para o Céu e ficar ao lado de Deus. 2) Um > pão-de-queijo é melhor do que nada. 3) Logo, um pão-de-queijo é melhor do > que ir para o Céu e ficar ao lado de Deus.* > > É inválido pois o "nada" é uma impossibilidade, a proposição seria válida > se fosse algo como: ficar ao lado de Deus é melhor do que qualquer coisa. > > Sendo o termo médio a palavra "nada", e sendo um silogismo uma dedução > formal, se torna impossível predicar Deus, do nada, pois Deus é Aquilo que > É, ou seja, o Ser no sentido mais elevado do termo. Portanto, não podendo > realizar a predicação, não se pode nem mesmo dar a proposição como válida, > pois há na mesma uma contradição. E isso não é aceito pelos princípios da > lógica. > > Sendo a primeira proposição inválida, e um silogismo necessitando de três > proposições válidas, para ser considerado válido, o mesmo torna-se inválido. > > > > Avalie este silogismo, pois caio na mesma dúvida que no silogismo que > expus acima ao responder o Joao Marcos: > > > > *Quem prefere o nada tem medo da justiça de Deus; Walter prefere o nada; > Logo, Walter tem medo da justiça de Deus.* > > > > *Carlos Augusto Prolo,* > > > > *1) A regra foi feita para impedir a entrada de professores de fora do > Departamento. 2) Helena não é do Departamento. 3) A regra foi feita para > impedir a entrada de Helena.* > > > > No meu entender este silogismo é inválido também, pois a segunda > proposição é um juízo problemático, pois não é expresso se Helena é uma > professora ou não, apenas diz que ela não é do Departamento. Para o juízo > ser categórico e assertório, no meu entender deveria ser algo como: Helena > é uma professora de fora do Departamento. Desta maneira poderia se tirar > uma conclusão necessariamente válida, como é exigido num silogismo. > Portanto o silogismo torna-se inválido. > > No caso a outra versão dita mais polêmica do silogismo dá a entender a > mesma coisa, que há um juízo problemático, que faz com que não se possa > tirar uma conclusão necessariamente válida. > > > > *Ricardo Grande*, > > Isso que você citou não me parece ser um silogismo válido. Se for algo > como um polissilogismo ou algo assim, eu ainda nem cheguei a estudar muito > os mesmos, ainda estou tentando entender os silogismos simples. > > > > *Andrea Loparic,* > > Tudo o que é raro é caro. > Cavalo bom e barato é raro. > Logo, cavalo bom e barato é caro. > > Creio que você esqueceu de pôr o acento no "e" da segunda proposição. Mas > coloquei ele pra tentar analisar este silogismo... > > No meu entender cai novamente no erro de predicação, em resumo, a > proposição seria verdadeira se fosse: nem tudo que é raro é caro. No caso > me referindo apenas a primeira proposição. Pois se ela é falsa o silogismo > inteiro já é invalidado também. > > > > *Carlos Gonzalez,* > > Interessante as coisas que citou, vou pesquisar sobre elas também. > Obrigado por mencionar. > > > > *Para todos:* > > Pessoal, eu sou iniciante ainda nos estudos de lógica, não tem nem dois > meses que comecei a estudar, a minha dúvida, assim como expus na postagem é: > > Afinal, na análise dos silogismos, não levará obviamente a análise das > proposições, o que por sua vez nos levará a análise dos juízos, que nos > levará a análise dos conceitos e seus conteúdos? > > Pois como eu seria capaz de aplicar um juízo onde o conteúdo do conceito > está em contradição com o que foi predicado do mesmo na própria proposição, > isso fatalmente não levará o juízo a ser considerado falso e > consequentemente o próprio silogismo? > > Porque pegar uma figura silogística e depois um suposto silogismo, e pegar > e apontar: aqui está o sujeito, aqui o predicado, etc.; ai eu vou e falo: > esse silogismo é válido porque a estrutura dele corresponde com a figura X. > Não pode ser assim não é mesmo? > > > > Enfim, no meu entender para um silogismo ser válido, não pode ferir mesmo > os princípios da lógica, como o de não-contradição. Se por acaso algum > termo está em contrário a outro, mesmo que na estrutura da proposição > esteja afirmando que X é Y, essa proposição é inválida por ser > auto-contraditória. > > O que me dizem, está correto isso? > > > De qualquer maneira muito obrigado por tudo, e pelo que parece, lógica é > bastante divertida. > > Em dom, 16 de set de 2018 às 22:33, Carlos Gonzalez <gonza...@gmail.com> > escreveu: > >> Das proprietates terminorum a mais famosa é a suppositio: >> proprietates terminorum = propriedades dos termos. >> >> Todos os apóstolos são 12 >> Pedro é apóstolo. >> Logo, Pedro é 12. >> >> Falando disso, fiquei sabendo de uma tradução ao português da Grammatica >> Speculativa >> http://hdl.handle.net/1884/30657 >> https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/30657/R% >> 20-%20T%20-%20ALESSANDRO%20JOCELITO%20BECCARI.pdf?sequence=1&isAllowed=y >> Grande trabalho! (Ou "grande" trabalho :-) ) (Ou "trabalho grande" >> :-) ) (Ou "trabalho graaande", com a semântica atual do WhatsApp, :-) ) >> >> Heidegger usou muito disso quando estudava para ser padre. >> A neoescolástica acusou-a de "desgraçadas sutilezas". >> Mas eu acho que a semântica tem um par de dívidas com a Grammatica >> Speculativa. >> Também com Petrus Hispanus. >> >> Duns Scotus = "Doctor Subtilis" > > > Thomas of Erfurt >> >> Hoje Thomas of Erfurt e os modistas >> https://pt.wikipedia.org/wiki/Modistas >> estão fora de moda. >> >> Eu acho várias coisas escritas sobre a "significatio" (outra das >> proprietates terminorum) mais interessantes que a teoria do Sinn e >> Bedeutung em Frege. >> >> (Ver Kneale-Kneale sobre proprietates terminorum) >> >> Carlos >> >> @book{knealekneale1986desenvolvimentologica, >> title = "O desenvolvimento da l{\'o}gica", >> author = "William Kneale and Martha Kneale", >> publisher = "Calouste Gulbenkian", >> address = "Lisboa", >> year = 1986, >> } >> >> >> >> >> 2018-09-16 18:46 GMT-03:00 Walter Carnielli <walter.carnie...@gmail.com>: >> >>> Esse é claramente um silogismo inválido, Ricardo. >>> >>> O silogismo deve ter duas premissas e uma conclusão, esse extrapolou :-) >>> >>> W. >>> >>> Em dom, 16 de set de 2018 18:10, Ricardo Grande < >>> rekdinhopoet...@gmail.com> escreveu: >>> >>>> Walter e João, prefiro esse: >>>> Deus é amor... >>>> o amor é cego... >>>> cego é o Ray Charles >>>> Logo, Deus é o Ray Charles >>>> ctr alt del >>>> >>>> Em 16 de setembro de 2018 16:51, Walter Carnielli < >>>> walter.carnie...@gmail.com> escreveu: >>>> >>>>> Aproveite e teste a validade deste também (é melhor se exercitar com >>>>> silogismos, do que ficar falando a respeito deles): >>>>> >>>>> 1) Nada é melhor do que ir para o Céu e ficar ao lado de Deus. >>>>> 2) Um pão-de-queijo é melhor do que nada. >>>>> 3) Logo, um pão-de-queijo é melhor do que ir para o Céu e ficar ao >>>>> lado de Deus. >>>>> >>>>> W. >>>>> >>>>> >>>>> Em dom, 16 de set de 2018 às 14:39, Jessé Silva >>>>> <aprendizforeve...@gmail.com> escreveu: >>>>> > >>>>> > Joao Marcos, muito obrigado, em breve posto as respostas. >>>>> > >>>>> > >>>>> > Em dom, 16 de set de 2018 às 14:36, Joao Marcos <botoc...@gmail.com> >>>>> escreveu: >>>>> >> >>>>> >> Eis um exercício para você. Analise a *validade* dos seguintes >>>>> >> argumentos, do ponto de vista da Teoria do Silogismo: >>>>> >> >>>>> >> (0) >>>>> >> Todo golfinho é uma ave. >>>>> >> Moby Dick é um golfinho. >>>>> >> Logo, Moby Dick é uma ave. >>>>> >> >>>>> >> (1) >>>>> >> Todo fnord é um pseudo-celerado. >>>>> >> Jessé é um fnord. >>>>> >> Logo, Jessé é um pseudo-celerado. >>>>> >> >>>>> >> (2) >>>>> >> Todo astro gira em torno da Terra. >>>>> >> Elvis Presley foi um astro. >>>>> >> Logo, Elvis Presley girou em torno da Terra. >>>>> >> >>>>> >> (3) >>>>> >> Tudo que é sólido se desmancha no ar. >>>>> >> Este raciocínio é sólido. >>>>> >> Logo, este raciocínio se desmancha no ar. >>>>> >> >>>>> >> Bons estudos, JM >>>>> >> >>>>> >> >>>>> >> On Sun, Sep 16, 2018 at 12:27 AM Jessé Silva >>>>> >> <aprendizforeve...@gmail.com> wrote: >>>>> >> > >>>>> >> > >>>>> >> > > Todo homem é mortal, Sócrates é homem, logo, Sócrates é mortal. >>>>> >> > >>>>> >> > É uma frase formada por três sentenças declarativas afirmativas, >>>>> ou seja, por três proposições simples. >>>>> >> > A frase trata-se de uma dedução formal, isto é, parte do geral >>>>> para o particular. >>>>> >> > A frase é composta de três juízos, onde o último é uma conclusão >>>>> dos dois primeiros. >>>>> >> > A frase trata-se de um conhecimento discursivo complexo, pois há >>>>> o processo dedutivo, que é a passagem do geral para o individual. >>>>> >> > É um silogismo, pois há uma conclusão no terceiro juízo, advinda >>>>> do primeiro juízo estabelecido como verdadeiro, e intermediado pelo >>>>> segundo. >>>>> >> > >>>>> >> > Premissa maior: Todo homem é mortal. >>>>> >> > Premissa menor: Sócrates é homem. >>>>> >> > Conclusão: Sócrates é mortal. >>>>> >> > >>>>> >> > O termo maior, que é o predicado da conclusão, é "mortal". >>>>> >> > O termo médio, que está presente nas duas premissas e falta na >>>>> conclusão, é "homem". >>>>> >> > O termo menor, o sujeito da conclusão, é "Sócrates". >>>>> >> > >>>>> >> > O atributo necessário de "Sócrates" é "mortal". >>>>> >> > O atributo necessário de "homem" é "mortal". >>>>> >> > O atributo necessário de "Sócrates" é "homem". >>>>> >> > >>>>> >> > Válido: 1 – Terminus esto tríplex, medius, majorque minorque (o >>>>> silogismo tem três termos: o maior, o médio e o menor). >>>>> >> > Válido: 2 – Nequaquem medium capiat fas est (a conclusão nunca >>>>> deve conter o termo médio). >>>>> >> > Válido: 3 – Aut semel aut medius generaliter esto (o termo médio >>>>> deve ser tomado pelo menos uma vez em toda a sua extensão). >>>>> >> > Válido: 4 – Latius hunc (terminum) quam premissas concluso non >>>>> vult (nenhum termo pode ser mais extenso nas conclusões do que nas >>>>> premissas). >>>>> >> > Válido: 5 – Utraque si praemissa negat nil inde sequitir (se as >>>>> duas premissas são negativas, nada se pode concluir). >>>>> >> > Válido: 6 – Ambae afirmantes nequeunt generare regantem (duas >>>>> premissas afirmativas não podem produzir uma conclusão negativa). >>>>> >> > Válido: 7 – Pejorem sequitir semper conclusio partem (a conclusão >>>>> segue sempre a parte mais fraca). >>>>> >> > Válido: 8 – Nihil sequitur geminis ex particularibus unquam (De >>>>> duas premissas particulares, nada se conclui). >>>>> >> > >>>>> >> > A primeira figura silogística corresponde ao silogismo por ser o >>>>> termo sujeito na premissa maior e predicado na menor. >>>>> >> > No caso "homem" é sujeito na premissa maior, e também predicado >>>>> na premissa menor. >>>>> >> > >>>>> >> > O modo do silogismo, de acordo com a primeira figura, a qual o >>>>> mesmo corresponde é o modo Darii. >>>>> >> > Pois o modo Darii equivale a "A I I", ou seja, o a sentença é >>>>> composta por três juízos, onde, segundo a quantidade e qualidade, a >>>>> premissa maior se trata de um juízo universal afirmativo, e a premissa >>>>> menor e a conclusão tratam-se de um juízo particular afirmativo. >>>>> >> > >>>>> >> > > Primeira proposição: Todo homem é mortal. >>>>> >> > Conceito específico: homem >>>>> >> > Conceito genérico: mortal >>>>> >> > >>>>> >> > Conceito com mais conteúdo: homem >>>>> >> > Conceito com menos conteúdo: mortal >>>>> >> > Conceito mais extenso: mortal >>>>> >> > Conceito menos extenso: homem >>>>> >> > Conceito com maior compreensão: homem >>>>> >> > Conceito com menor compreensão: mortal >>>>> >> > >>>>> >> > Subordinante: mortal >>>>> >> > Subordinado: homem >>>>> >> > >>>>> >> > Conceito-sujeito: homem >>>>> >> > Conceito-predicado: mortal >>>>> >> > Cópula: é >>>>> >> > >>>>> >> > Tipo: juízo afirmativo, determinativo >>>>> >> > Predicação: de dependência >>>>> >> > >>>>> >> > Segundo a qualidade: afirmativo >>>>> >> > Segundo a quantidade: universal >>>>> >> > Segundo a relação: categórico assertórico >>>>> >> > Segundo a modalidade: assertórico >>>>> >> > >>>>> >> > >>>>> >> > > Segunda proposição: Sócrates é homem. >>>>> >> > Conceito específico: Sócrates >>>>> >> > Conceito genérico: homem >>>>> >> > >>>>> >> > Conceito com mais conteúdo: Sócrates >>>>> >> > Conceito com menos conteúdo: homem >>>>> >> > Conceito mais extenso: homem >>>>> >> > Conceito menos extenso: Sócrates >>>>> >> > Conceito com maior compreensão: Sócrates >>>>> >> > Conceito com menor compreensão: homem >>>>> >> > >>>>> >> > Subordinante: homem >>>>> >> > Subordinado: Sócrates >>>>> >> > >>>>> >> > Conceito-sujeito: Sócrates >>>>> >> > Conceito-predicado: homem >>>>> >> > Cópula: é >>>>> >> > >>>>> >> > Tipo: juízo afirmativo, determinativo >>>>> >> > Predicação: de dependência >>>>> >> > >>>>> >> > Segundo a qualidade: afirmativo >>>>> >> > Segundo a quantidade: particular >>>>> >> > Segundo a relação: categórico assertório >>>>> >> > Segundo a modalidade: assertório >>>>> >> > >>>>> >> > >>>>> >> > > Terceira proposição: logo, Sócrates é mortal. >>>>> >> > Conceito específico: Sócrates >>>>> >> > Conceito genérico: mortal >>>>> >> > >>>>> >> > Conceito com mais conteúdo: Sócrates >>>>> >> > Conceito com menos conteúdo:mortal >>>>> >> > Conceito mais extenso: mortal >>>>> >> > Conceito menos extenso: Sócrates >>>>> >> > Conceito com maior compreensão: Sócrates >>>>> >> > Conceito com menor compreensão: mortal >>>>> >> > >>>>> >> > Subordinante: mortal >>>>> >> > Subordinado: Sócrates >>>>> >> > >>>>> >> > Conceito-sujeito: Sócrates >>>>> >> > Conceito-predicado: mortal >>>>> >> > Cópula: é >>>>> >> > >>>>> >> > Tipo: juízo afirmativo, determinativo >>>>> >> > Predicação: de dependência >>>>> >> > >>>>> >> > Segundo a qualidade: afirmativo >>>>> >> > Segundo a quantidade: particular >>>>> >> > Segundo a relação: categórico assertório >>>>> >> > Segundo a modalidade: assertório >>>>> >> > >>>>> >> > Minhas dúvidas: >>>>> >> > >>>>> >> > 1 - A proposição "Todo homem é mortal" me parece ser, segundo a >>>>> relação, categórica, e segundo a modalidade, assertória. Mas não seria o >>>>> juízo segundo a modalidade, necessário? Pois na própria proposição está >>>>> sendo afirmado que "todo" homem é mortal, logo, não está abrindo brecha >>>>> para dúvidas em relação a mortalidade do homem, de acordo com a estrutura >>>>> do próprio juízo aplicado, ele não deve ser do tipo necessário segundo a >>>>> sua modalidade? >>>>> >> > >>>>> >> > 2 - A questão é que levando em consideração o próprio conceito de >>>>> "homem", vejo dois problemas, um é a concepção de alma imortal que está >>>>> ligada ao homem, e o segundo problema é a questão da possibilidade de no >>>>> futuro o homem poder ser imortal, seja pelo avanço tecnológico ou seja lá >>>>> pelo que for. Logo, em ambas as situações, isso remete a noção de >>>>> contingência e não de necessidade, portanto a minha outra dúvida, que de >>>>> certa forma está ligada com a primeira: afinal, algo estar ligado a >>>>> realidade temporal torna a coisa contingente e acaba que excluindo a >>>>> necessidade dela? >>>>> >> > >>>>> >> > 3 - Sintetizando as duas dúvidas e formulando uma terceira, >>>>> afinal, na aplicação de um juízo não se deve trata-lo tanto logicamente >>>>> quanto levando em consideração a sua correspondência com a realidade? >>>>> >> > >>>>> >> > 4 - E nessa, consequentemente eu não irei levar em consideração a >>>>> análise mais aprofundada dos próprios conceitos, de seus respectivos >>>>> significados? >>>>> >> > >>>>> >> > 5 - E isso não afetará, fatalmente, na própria validade do juízo >>>>> e da proposição? >>>>> >> > >>>>> >> > >>>>> >> > Por fim, se eu errei em algum ponto, por favor, se não for >>>>> incômodo, me digam para me ajudar nos estudos. >>>>> >> >>>>> >> -- >>>>> >> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/ >>>>> >> >>>>> >> -- >>>>> >> Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo >>>>> "LOGICA-L" dos Grupos do Google. >>>>> >> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails >>>>> dele, envie um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br. >>>>> >> Para postar neste grupo, envie um e-mail para >>>>> logica-l@dimap.ufrn.br. >>>>> >> Visite este grupo em https://groups.google.com/a/ >>>>> dimap.ufrn.br/group/logica-l/. >>>>> >> Para ver esta discussão na web, acesse https://groups.google.com/a/ >>>>> dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAO6j_Lg%3DDB7zMeS5UutpUbFhUT05TtotSxZ3 >>>>> F4wxqUkF2hR%3D%3Dg%40mail.gmail.com. >>>>> > >>>>> > -- >>>>> > Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" >>>>> dos Grupos do Google. >>>>> > Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, >>>>> envie um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br. >>>>> > Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br >>>>> . >>>>> > Acesse esse grupo em https://groups.google.com/a/ >>>>> dimap.ufrn.br/group/logica-l/. >>>>> > Para ver essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/a/ >>>>> dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAAbLrd%2BVXpMmY3xAgWhLwE0_ >>>>> TzRGRfVfM3cA4JWp-%3DDshjeD%2Bg%40mail.gmail.com. >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> -- >>>>> ----------------------------------------------- >>>>> Walter Carnielli >>>>> Centre for Logic, Epistemology and the History of Science and >>>>> Department of Philosophy >>>>> State University of Campinas –UNICAMP >>>>> 13083-859 Campinas -SP, Brazil >>>>> >>>>> >>>>> http://www.cambridge.org/br/academic/subjects/philosophy/ >>>>> twentieth-century-philosophy/significance-new-logic?format= >>>>> HB&isbn=9781107179028 >>>>> >>>>> >>>>> Institutional e-mail: walter.carnie...@cle.unicamp.br >>>>> Website: http://www.cle.unicamp.br/prof/carnielli >>>>> CV Lattes : http://lattes.cnpq.br/1055555496835379 >>>>> >>>>> -- >>>>> Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo >>>>> "LOGICA-L" dos Grupos do Google. >>>>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, >>>>> envie um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br. >>>>> Para postar neste grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br. >>>>> Visite este grupo em https://groups.google.com/a/ >>>>> dimap.ufrn.br/group/logica-l/. >>>>> Para ver esta discussão na web, acesse https://groups.google.com/a/ >>>>> dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CA%2Bob58O-H%2BzDW%2BLzwGMTVcm3Np6- >>>>> RoAyGyUbTKBa4Vd-qC8DQg%40mail.gmail.com. >>>>> >>>> >>>> >>>> >>>> -- >>>> >>>> "The evil that men do lives after them; The good is oft interred with >>>> their bones.” W. Shakeaspeare, J.C. >>>> >>>> "The good men do is oft interred with their bones, but the evil that >>>> men do lives on". B. Dickinson. >>>> >>>> "(...) há animais humanos mentalmente retardados cujos cérebros >>>> envergonhariam um chimpanzé". N. Wiener, 22º Parágrafo do 4º Cap. de >>>> *Cibernética >>>> e Sociedade*. >>>> >>>> "De qualquer forma, se existe uma realidade independente do homem, >>>> também existe a verdade relativa a esta realidade; e de certa forma a >>>> negação da primeira gera a negação da existência da seguinte" Einstein em >>>> seus diálogos com Tagore. >>>> >>>> >>>> >>>> -- >>>> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos >>>> Grupos do Google. >>>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, >>>> envie um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br. >>>> Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br. >>>> Acesse esse grupo em https://groups.google.com/a/ >>>> dimap.ufrn.br/group/logica-l/. >>>> Para ver essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/a/ >>>> dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAO5LKz5EPxZqjJ9E2v2y_ >>>> cTkQU5m3FFW0w3pdxwBXnqoZW2X2Q%40mail.gmail.com >>>> <https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAO5LKz5EPxZqjJ9E2v2y_cTkQU5m3FFW0w3pdxwBXnqoZW2X2Q%40mail.gmail.com?utm_medium=email&utm_source=footer> >>>> . >>>> >>> -- >>> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos >>> Grupos do Google. >>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, >>> envie um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br. >>> Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br. >>> Acesse esse grupo em https://groups.google.com/a/ >>> dimap.ufrn.br/group/logica-l/. >>> Para ver essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/a/ >>> dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CA%2Bob58MYjONV29AaHZEytZGQ5tF- >>> HmH%2BxrXPBr5NGb%3DwzcW3AQ%40mail.gmail.com >>> <https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CA%2Bob58MYjONV29AaHZEytZGQ5tF-HmH%2BxrXPBr5NGb%3DwzcW3AQ%40mail.gmail.com?utm_medium=email&utm_source=footer> >>> . >>> >> >> -- >> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos >> Grupos do Google. >> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, >> envie um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br. >> Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br. >> Acesse esse grupo em https://groups.google.com/a/ >> dimap.ufrn.br/group/logica-l/. >> Para ver essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/a/ >> dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAGJaJ%2B-5c%2B69K18zi7Z0d%3DgVthL0soNiT_ >> mjJMO171g4KsF0gw%40mail.gmail.com >> <https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAGJaJ%2B-5c%2B69K18zi7Z0d%3DgVthL0soNiT_mjJMO171g4KsF0gw%40mail.gmail.com?utm_medium=email&utm_source=footer> >> . >> > -- > Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos > Grupos do Google. > Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie > um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br. > Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br. > Acesse esse grupo em https://groups.google.com/a/ > dimap.ufrn.br/group/logica-l/. > Para ver essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/a/ > dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAAbLrd%2Bysbfnd%2BSA%3D0233_ > KOT6AqXDD9AaJSPJFpjYvL6MUM%2BQ%40mail.gmail.com > <https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAAbLrd%2Bysbfnd%2BSA%3D0233_KOT6AqXDD9AaJSPJFpjYvL6MUM%2BQ%40mail.gmail.com?utm_medium=email&utm_source=footer> > . > -- Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos Grupos do Google. 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