Caro professor JYB, Ainda estou começando a minha carreira como lógico e não sei muito bem interpretar argumentos mais sofisticados. Você poderia explicar um pouco melhor essa analogia? Não entendi de onde viria a efetividade dela. Está em equivaler a justificativa de um estupro com a justificativa dos repúdios? Ou em colocar a si mesmo como análogo a uma vítima de uma situação que todos aqui, pelo tema da discussão, não poderiam deixar de defender?
Afinal, e sei que é porque ainda não cheguei ao nível intelectual dos grandes mestres, não entendi o argumento implícito de porque essa analogia de fato é valida. Poderia esclarecer? Muito obrigado. -- Juan F. Meleiro Em 22 de set de 2020 20:40 -0300, jyb <jyb.logic...@gmail.com>, escreveu: > pode ser ... mas fundamentalmente é a inocência > > Le mardi 22 septembre 2020 à 20:27:01 UTC-3, eduardoochs a écrit : > > A garotinha é você, né?... =( > > > > [[]], E. > > > > On Tue, 22 Sep 2020 at 20:21, jyb <jyb.lo...@gmail.com> wrote: > > > > > > Certo Eduardo, mas estou fazendo uma metafora, uma analogia ! > > > penso quem é este gangue e quem representa esta garotinha > > > ai neste discussão da paraconsistent newsletter ... > > > > > > Le mardi 22 septembre 2020 à 20:09:50 UTC-3, eduardoochs a écrit : > > >> > > >> Essa discussão é antiga e tem tantos elementos que acho difícil tratar > > >> desse assunto em e-mails curtinhos. No link que eu postei alguns > > >> e-mails atrás - este aqui, > > >> > > >> > > >>http://duncankennedy.net/documents/Photo%20articles/Sexual%20Abuse,%20Sexy%20Dressing%20and%20the%20Eroticization%20of%20Domination.pdf > > >> > > >> pra um artigo publicado na New England Law Review em 1992 - ou seja, > > >> antes da Camille Paglia virar uma referência canônica! - o trecho > > >> principal sobre esse assunto começa na página 1350 (página 42 do > > >> PDF)... > > >> > > >> [[]], E. > > >> > > >> On Tue, 22 Sep 2020 at 19:29, jyb <jyb.lo...@gmail.com> wrote: > > >> > > > >> > Caro JM > > >> > Enquanto lógico universal certamente aprecio sua vontade de abstrair e > > >> > sistematizar. > > >> > Mas é sempre bom confrontar o universal ao particular, para não ficar > > >> > só no "general abstract nonsense". > > >> > Imagina então uma garotinha bonitinha andando na rua feliz da vida, > > >> > e ela é estuprada por um gangue de babacas. > > >> > Para se justificar eles dizem: a garota estava andando semi nua na rua > > >> > nos provocando. > > >> > Será que a moça tem que pedir desculpa? > > >> > Um abraço, JYB > > >> > PS: isso não é a minha ultima mensagem sobre o assunto, tem que ir até > > >> > o transfinito para ultrapassar todas as barreiras dos preconceitos > > >> > agressivos das pessoas que acham que tem razão. > > >> > > > >> > Le mardi 22 septembre 2020 à 13:49:43 UTC-3, Joao Marcos a écrit : > > >> >> > > >> >> E não é que esta é mesmo uma lista de "discussão"?! > > >> >> > > >> >> O fenômeno todo aqui é bastante ilustrativo da multicolorida > > >> >> (ir)racionalidade humana. Sem nenhuma ordem particular: > > >> >> > > >> >> (0) Pessoas crêem que alcançarão seus objetivos usando uma estratégia > > >> >> questionável ou propositalmente afrontosa. > > >> >> > > >> >> (1) Pessoas da comunidade se irritam porque consideram a forma de > > >> >> comunicação escolhida por outra pessoa plenamente inaceitável. > > >> >> > > >> >> (2) Pessoas acreditam que podem chamar outras à razão chamando-lhes a > > >> >> atenção publicamente para isso. > > >> >> > > >> >> (3) Pessoas ficam preocupadas (ou mesmo iradas) porque acreditam > > >> >> (justificadamente ou não) que a reação gerada contra as atitudes de > > >> >> outrem respingará na comunidade por eles partilhada. > > >> >> > > >> >> (4) Pessoas estão convencidas de que não precisam se desculpar por > > >> >> terem (inadvertidamente ou propositalmente) ofendido outras classes > > >> >> de pessoas ao se expressar ou agir de uma forma que não é > > >> >> presentemente considerada socialmente aceitável. (Há muito espaço > > >> >> para questionamento aqui --- um exemplo disto está na "polêmica" que > > >> >> teria levado Ao recente abandono do Twitter por parte de John Carlos > > >> >> Baez.) > > >> >> > > >> >> (5) Pessoas que se encontram anteriormente indispostas com outras (ou > > >> >> com a infeliz situação política mundial), por motivos recentes (bem > > >> >> justificados ou não) ou tirados do fundo do baú, mostram uma > > >> >> irritação aparentemente desproporcional a respeito de manifestações > > >> >> destas últimas. > > >> >> > > >> >> (6) Pessoas acusam outras de se posicionarem sobre um determinado > > >> >> assunto de forma supostamente vaga ou não suficientemente incisiva. > > >> >> > > >> >> (7) Pessoas não se convencem (ou não desejam se convencer) que atraem > > >> >> antipatia contra si e contra o seu trabalho por motivos completamente > > >> >> alheios à qualidade científica da sua contribuição. > > >> >> > > >> >> (8) Pessoas movem mundos, propõem abaixo-assinados e escrevem > > >> >> manifestos de censura com objetivos (aparentemente) primordialmente > > >> >> performativos. > > >> >> > > >> >> (9) Pessoas que preferem se omitir, ou que preferem silenciar, ou que > > >> >> não têm interesse no diálogo argumentativo (ou simplesmente não levam > > >> >> jeito para isso), ou que estão dispostas a todo tipo de malabarismo > > >> >> argumentativo. > > >> >> > > >> >> (...) > > >> >> > > >> >> (\aleph) Pessoas emitem suas opiniões de forma interminável, > > >> >> acreditando serem capazes de identificar o comportamento irracional > > >> >> de _outras_ pessoas. > > >> >> > > >> >> E por aí corre a história, num diálogo de surdos, entre alfinetadas, > > >> >> ponderações, e ações de cancelamento... Sem prejuízo ao direito de > > >> >> réplica, tréplica ou esclarecimento, peço somente aos colegas que não > > >> >> se esforcem para vestir carapuças --- há provavelmente carapuças > > >> >> suficientes aqui para quase todos os participantes da discussão > > >> >> (inclusive para mim). Precisamos de mais e melhor Filosofia para > > >> >> desenrolar tudo isto! > > >> >> > > >> >> Talvez um raciocínio paraconsistente seja útil para conseguirmos > > >> >> entender como podemos tantos de nós estarmos certos e errados ao > > >> >> mesmo tempo? > > >> >> > > >> >> Esta é minha última mensagem sobre este assunto. Saudações, > > >> >> Joao Marcos > > >> >> > > >> > -- > > >> > Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" > > >> > dos Grupos do Google. > > >> > Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, > > >> > envie um e-mail para logica-l+u...@dimap.ufrn.br. > > >> > Para ver essa discussão na Web, acesse > > >> > https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/5d22a221-033f-45b1-aad5-661f1b2b8340n%40dimap.ufrn.br. > -- > Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos > Grupos do Google. > Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um > e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br. > Para ver essa discussão na Web, acesse > https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/41ed2788-630b-4a4d-b2e5-0461d2db8851n%40dimap.ufrn.br. -- Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos Grupos do Google. 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