Obrigado pelas mensagens, Mauricio e Valeria! > sou contra qualquer periódico que avalie artigos em um par de semanas. É o > caso de MDPI, e outros periódicos.
Já tendo agido como parecerista para praticamente todos os grandes periódicos da nossa área, sou pessoalmente contra _qualquer_ prazo que faça alguém me cobrar por algo que estou fazendo de graça... ;-) Mas sempre temos a opção de dizer *não*, evidentemente, quando alguém nos pedir para fazer um trabalho destes em um prazo que nos pareça incompatível com o trabalho demandado. Ninguém está "por conta", né? (eu recebo uma média de um paper para avaliar a cada 11 dias, então _tenho_ que dizer muitos nãos, pois sou um leitor lento... cuidadoso?) Dito isto, realmente o prazo exíguo de entrega de pareceres faz parte do modelo de negócios da MDPI (reduzir o tempo de entrega é por certo objetivo de _todo negócio_). Quer me parecer, contudo, que, assim como acontece com os valores exigidos para pagar a publicação open access, também os prazos de avaliação praticados são razoavelmente compatíveis com os valores gastos para participação em eventos da área de Computação e com os prazos concedidos aos PCs destes mesmos eventos de Computação. Eu particularmente não gosto, mas é assim que é. O que _eu_ acho mais maluco é que eventos da Computação se orgulhem de *publicar* os papers antes mesmo da palestra correspondente ser apresentada. A apresentação, assim, vira pura performance, e o feedback recebido da plateia não pode mais ser incorporado ao paper... > Por exemplo IEEE Access. João Marcos passou um link muito preciso no qual se > caracteriza corretamente o > tipo de emprendimento como insustentável e de formato piramidal. Apenas se > sustenta porque a cada ano > são mais os autores pagando publicações nessas médias. O mais vergonhoso e > termos CCs da CAPES > classificando periódicos dessa indóle nos estratos superiores do Qualis. A avaliação tupiniquim dos periódicos não é baseada na "qualis-dade" dos artigos ali publicados? Com relação a críticas mais ideológicas, eu digo que seria interessante *ver as contas*. Quais os valores (vergonhosos?) que a CAPES gasta, ao longo do tempo, para termos acesso aos papers e periódicos publicados pela Elsevier ou pela Springer (que a gente mesmo escreveu, avaliou, ou organizou, quase sempre sem receber nada especial por isso)? Por fim, entendo que pra gente fazer o que a Valeria propôs, por exemplo, a gente precisa de tempo. E, bem, tempo é $$$... %%% Opinião: Considero muito desejável que o Brasil consiga implementar uma política mais agressiva de acesso livre para aquilo que é financiado com verba pública, como tem feito mais e mais a Europa (https://www.scienceeurope.org/our-priorities/open-access). De todo modo, sempre há servidores de preprints de livre acesso por aí, não é? (eles também têm seus custos de manutenção, claro, mas são bem mais baixos e a gente aqui raramente paga por eles) %%% []s, Joao Marcos -- http://sequiturquodlibet.googlepages.com/ -- LOGICA-L Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de Lógica <logica-l@dimap.ufrn.br> --- Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos Grupos do Google. Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br. Para ver esta discussão na web, acesse https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAO6j_LhS%3DuLQueC7uwjwfWdSB6iNY5SNXMcvV41hsUqxFDLorA%40mail.gmail.com.