Sexta, 22 de março de 2002
V Semana da Quaresma, cor litúrgica roxa

Dia Mundial da Água

Leitura:
Jr 20, 10-13

Salmo:
17 (18), 2-3a. 3bc-4. 5-6. 7 
Evangelho:
Jo 10, 31-42

Santos do dia:
Basílio (sacerdote, Ancara Turquia), Léia (Roma), Deogratias (bispo de Cartago), Otaviano (mártir), Zacarias (papa), Benvindo de Ósimo (confessor franciscano italiano da 1ª ordem, bispo), Paulo de Narbonne, Deográcias (bispo), Isnardo de Chiampo (beato), Hugolino de Cortana (beato), Nicolau de Flue.


Leitura
Jr 20, 10-13
JEREMIAS NUTRE GRANDE FÉ

10Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando o medo em redor: "Denunciai-o, denunciemo-lo". Todos os amigos observavam minhas falhas: "Talvez ele cometa um engano e nós poderemos apanhá-lo e desforrar-nos dele". 11Mas o Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem cairão vencidos. Por não terem tido êxito, eles se cobrirão de vergonha. Eterna infâmia, que nunca se apaga! 12Ó Senhor dos exércitos, que provas o homem justo e vês os sentimentos do coração, rogo-te me faças ver tua vingança sobre eles; pois eu te declarei a minha causa. 13Cantai ao Senhor, louvai o Senhor, pois ele salvou a vida de um pobre homem das mãos dos maus.

 

Salmo
17 (18), 2-3a. 3bc-4. 5-6. 7  (R/.cf.7)
AO SENHOR EU INVOQUEI NA MINHA ANGÚSTIA E 
ELE ESCUTOU A MINHA VOZ

Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, minha rocha, meu refúgio e Salvador!

Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, minha força e poderosa salvação, sois meu escudo e proteção: em vós espero! Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! E dos meus perseguidores serei salvo!

Ondas da morte me envolveram totalmente, e as torrentes da maldade me aterraram; os laços do abismo me amarraram e a própria morte me prendeu em suas redes.

Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e elevei o meu clamor para o meu Deus; de seu templo ele escutou a minha voz, e chegou a seus ouvidos o meu grito.

 

Evangelho
Jo 10, 31-42
A MISSÃO DE JESUS NÃO É COMPREENDIDA NEM ACEITA POR TODOS

Naquele tempo, 31os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus. 32E ele lhes disse: "Por ordem do Pai, mostrei-vos muitas obras boas. Por qual delas me quereis apedrejar?" 33Os judeus responderam: "Não queremos te apedrejar por causa das obras boas, mas por causa de blasfêmia, porque sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!" 34Jesus disse: "Acaso não está escrito na vossa lei: 'Eu disse: vós sois deuses?' 35Ora, ninguém pode anular a escritura: se a lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a palavra de Deus, 36por que então me acusais de blasfêmia, quando eu digo que sou Filho de Deus, eu a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo? 37Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. 38Mas, se eu as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai". 39Outra vez procuravam prender Jesus, mas ele escapou das mãos deles. 40Jesus passou para o outro lado do Jordão, e foi para o lugar onde, antes, João tinha batizado. E permaneceu ali. 41Muitos foram ter com ele e diziam: "João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que ele disse a respeito deste homem, é verdade". 42E muitos, ali, acreditaram nele.

 

Comentando o Evangelho(*)
UM HOMEM FAZENDO-SE DEUS?

Embora, Jesus jamais tivesse afirmado "Eu sou Deus!", seus adversários acusavam-no de, sendo apenas um homem, pretender passar por Deus. E chegavam a esta conclusão, não por causa de uma declaração peremptória de Jesus, e sim pelo modo como ele falava e agia. Suas palavras tinham uma autoridade desconhecida, e pareciam ir de encontro a tudo quanto, até então, era ensinado como Palavra de Deus. Esta liberdade diante da tradição religiosa revelava, no pensar dos inimigos, que Jesus estava pretendendo ocupar o lugar de Deus. Quanto aos sinais que realizava, eram de tal modo portentosos que só das mãos de Deus poderiam provir. Quem, a não ser Deus, pode curar os doentes, ressuscitar os mortos, transformar a água em vinho? Este poder criador é prerrogativa divina.

Essas falsas acusações foram rebatidas com dois argumentos. O primeiro foi tirado das Escrituras, precisamente do Salmo que, referindo-se aos juizes deste mundo, declara: "Vocês são deuses!". Eles, ao julgar, exercem um poder divino. Se as Escrituras fazem tal declaração, é possível aplicá-la também a Jesus. O segundo é tirado da própria pregação do Mestre. Suas palavras exatas foram "Eu sou o Filho de Deus Esta consciência de ser Filho era o pano de fundo de tudo quanto fazia e ensinava. Sem isto, suas palavras cairiam no vazio e seriam sem sentido. Ele é, sim, o Filho santificado e enviado ao mundo para fazer as obras do Pai. E elas são as primeiras a testemunhar em seu favor.

 

(*) Jaldemir Vitório é sacerdote jesuíta, professor das Sagrada Escritura no Centro de Estudos Superiores, em Belo Horizonte, MG. Este comentário foi extraído do livro O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1998

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