2010/2/2 Artur Steiner <artur_stei...@hotmail.com>

>  Eu gostaria de frisar que, na minha opinião, o principal furo é se tentar
> provar uma hipótese partindo do princípio de que a mesma é verdadeira. Isto
> é um sofisma lógico, não pode ser empregado nem mesmo para provar o que é
> verdade. Por exemplo, se n é ímpar, então n^2 = 1 (mod 4). Isto pode ser
> provado, mas considerando-se outras propriedades dos números ímpares. Embora
> a proposição seja verdadeira, não podemos prová-la já supondo que  n^2= 1
> (mod 4). Isto, simplesmente, não é prova.
> Artur
>
Eu acredito que a prova por contradição está seguindo a forma correta. Se
temos que uma proposição implica a falsidade, temos (usando usando a
equivalência disto à antipositiva) que a verdade implica a negativa da
proposição.
Com símbolos (pra ficar mais claro):
x->y  sse   ¬y -> ¬x
( "¬"  é o sinal de negação)

x -> falso  sse verdadeiro -> ¬x sse ¬x

Ou seja, se a partir de x chegamos na falsidade, com certeza ¬x é
verdadeiro. Este é o modelo da prova por contradição.

A prova dada anteriormente foi:

Suponha que existe um número natural maior tal que n > 1. Esta é proposição
'x'.

O maior número natural n é tal que para todo número natural m, n >= m. Esta
é a definição de maior número natural.
Utilizando algumas propriedades de multiplicação em inequações (algo que
pode ser livremente suposto), temos que:
n > 1 implica em n*n > n

No entanto, o 'n' é o maior número e n*n é natural, mas como n*n > n e
também n >= n*n ambas as proposições chegam a uma contradição (implicam
falso).

No entanto a prova incorreta diz que o '¬x' é 'n=1', mas, na verdade, '¬x' é
'n = 1 ou não há maior número'. Neste ponto é que se "usa" o fato de que 'há
maior número' caindo no sofisma descrito, apesar de que esta utilização é
apenas efeito colateral de um possível engano de quem imaginou que 'x' seria
a proposição 'n>1'.

Um adendo: Durante a prova por contradição não se usou o fato de que o maior
número natural é 1 para se chocar com o fato de que é também maior que 1.

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