Pessoal, a idéia é bem interessante. Obrigado mesmo.
Eder

--- Em sáb, 15/1/11, Bernardo Freitas Paulo da Costa <bernardo...@gmail.com> 
escreveu:

De: Bernardo Freitas Paulo da Costa <bernardo...@gmail.com>
Assunto: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] construir bijeção
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Data: Sábado, 15 de Janeiro de 2011, 6:06

2011/1/15 Pedro Angelo <pedro.fon...@gmail.com>:
> eu tive a mesma dúvida um tempo atrás, e achei esse artigo aqui
> http://planetmath.org/encyclopedia/ClosedOpen.html , que eu achei muito bom.
> Ele dá duas demonstrações de que os dois conjuntos (o aberto e o fechado)
> têm a mesma cardinalidade. A primeira delas é o seguinte "existe uma
> injetiva de um no outro, e uma injeiva do outro no um, portanto pelo teorema
> de Zwardjenjizfgyulpoz
= Cantor-Bernstein-Schroder. Coitados deles, não mutile o nome assim
;-) (Ah, e o tal do teorema não é tão impossível assim de ser
demonstrado não!! Não se deixem assustar, a idéia é muito bonita, e,
de certa forma, intuitiva: vale a pena ver e entender)

> existe uma bijeção entre os dois". Na segunda
> demonstração, ele de fato constrói uma bijeção que é, em suma, o seguinte:
> ele enumera o conjunto dos racionais entre 0 e 1, de modo que os dois
> "primeiros" racionais sejam o próprio zero e o um. Aí ele faz uma bijeção
> entre os dois conjuntos "arrastando" o conjunto dos racionais duas unidades
> pra direita (ou seja, o "primeiro" racional vira o "terceiro", o "segundo"
> vira o quarto, o terceiro vira o quinto, etc.), e deixando invarianes os
> irracionais.
>
> eu levei um tempo até acreditar e entender. Quando eu tava pesquisando sobre
> isso, eu tinha na cabeça a idéia de que essa bijeção tinha que ser contínua.
> Agora eu já acho que é meio óbvio que não dá pra uma bijeção entre esses
> dois conjuntos ser contínua. (essa em particular não é conínua em nenhum
> ponto!)
Talvez seja legal *provar* que não existe bijeção contínua entre [0,1]
e (0,1). Dica: considere f: [0,1] -> (0,1) e em seguida f( (0,1] ).

Outra coisa é que a sua bijeção pode ser bem simplesmente modificada
(na verdade, segundo a idéia do Renji) : escolha em vez de todos os
racionais, apenas uma quantidade infinita deles (tente "deixar a maior
parte de lado", mesmo que isso não faça muito sentido...). Você pode
pensar como "aproximações decimais de uma dízima periódica", por
exemplo. Ao fazer isso, a função que você construir, com um "shift"
nesse conjunto, e identidade no resto, será contínua em todos os
pontos *exceto* no conjunto infinto que você escolheu (e no limite
dele também, claro). Uma pergunta talvez mais difícil seria: será que
é possível fazer uma bijeção de [0,1] em (0,1) que seja descontínua
num número *finito* de pontos ? Se sim, qual é o mínimo de
descontinuidades ?

> boa sorte : )

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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