O que vc tem que mostrar é que <x,Ty> = 0 para todo x E para todo y. Uma 
maneira de fazer isso é trocar v por x+y, depois por x+iy e ver o que aparece :)

From: sswai...@hotmail.com
To: obm-l@mat.puc-rio.br
Subject: RE: [obm-l] problema estranho
Date: Sat, 7 May 2011 20:08:20 +0000








Olá, 

Obrigado pelo esclarecimento,

mas eu ainda fiquei com uma pulga atrás da orelha. O que acontece se meu 
operador não tem vetor próprio diferente de zero?

Por que eu quero mostrar que T - T* = 0, portanto (T-T*)(v) = 0 para todo v em 
V. Mas se eu tenho um vetor prórpio <(T-T*)(vp),vp> = 0 =>( T - T*)(vp) = 0.

Estou um pouco perdido.

Obrigado 
 

> Date: Sat, 7 May 2011 08:05:03 +0200
> Subject: Re: [obm-l] problema estranho
> From: bernardo...@gmail.com
> To: obm-l@mat.puc-rio.br
> 
> 2011/5/7 Samuel Wainer <sswai...@hotmail.com>:
> > Se V é um C espaço vetorial, com produto interno e T:V - > V
> > Mostrar que se <T(v),v> pertencce aos reais para todo v em V, então T = T*
> > (adjunto)
> >
> > Se <T(v),v> = <v,T*(v)> para todo v em V
> > portanto <v,T(v) - T*(v)> = 0 para todo v em V
> > agora vem minha dúvida, isso implica que T(v) - T*(v) = 0 para todo v em V
> Veja que, a princípio, você apenas pode concluir que T(v) - T*(v) é
> ortogonal (enfim, no sentido do produto hermitiano, mas é quase a
> mesma coisa) a v. O que quer dizer que sobra muito espaço para o T(v)
> passear.
> 
> Acontece que <v,A(v)> tem mais informação do que só isso, justamente
> por ligar v e a sua imagem.
> 
> Vamos pensar num caso bem conhecido (e real) para ter uma idéia do que
> está acontecendo. Seja A um operador linear simétrico. Assim, você
> pode diagonalizar, e, o que é mais importante, você têm vetores
> próprios. Seja u um vetor próprio de A, lambda o valor próprio
> associado, ou seja, Au = lambda * u (lembre-se, lambda é real). Assim,
> <u, Au> = <u, lambda*u> = lambda*<u,u> = lambda *||u||^2. Se <v, Av> =
> 0 para todo v, em particular para os vetores próprios, você conclui
> que todos os valores próprios são 0. Como a matriz é simétrica, ela é
> nula. (Se não fosse simétrica, você podia ter uma parte nilpotente; se
> você nunca ouviu falar nisso, não se preocupe)
> 
> Observação: a minha idéia pra resolver esse problema vem do fato que
> <v, Av> mede o quanto A "dilata" os vetores. Sendo mais claro, se
> ||v|| = 1, você tem que <v, Av> pertence ao intervalo delimitado pelos
> menor e maior valores próprios de A. Isso é basicamente o fato que <u,
> Au> = lambda_u se u é um vetor próprio, e umas desigualdades. Assim,
> quando eu me lembrei disso, eu pensei "Puxa, na verdade T - T* dilata
> sempre 0. Estranho, deve dar pra concluir daí."
> 
> O caso complexo é exatamente igual, trocando simétrico por
> auto-adjunto, produtos internos por produtos hermitianos. E, o que é
> importante, é que A = T - T*, mesmo sem ser auto-adjunta (ela é
> "anti-auto-adjunta", A* = -A), ela é normal (AA* = A*A) e você ainda
> consegue diagonalizar sobre C.
> 
> > Pois daí T = T*
> 
> Abraços,
> -- 
> Bernardo Freitas Paulo da Costa
> 
> =========================================================================
> Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
> =========================================================================
                                          

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