O  filósofo, assim ele se proclama, Olavo de Carvalho devia se abster de falar 
sobre o que não conhece. O conjunto dos inteiros e o dos pares  são conceitos 
matematicamente distintos. Não são iguais simplesmente porque nem todo inteiro 
é par.

Eles tem a mesma cardinalidade, há uma bijeção entre eles.  Uma das 
características de conjuntos infinitos é terem a mesma cardinalidade que um de 
seus subconjuntos próprios. 

Não tem nada a ver com a parte ser igual ao todo. Aliás, para dizer  isto de 
forma matematicamente correta, é preciso definir o que significa ser maior. No 
caso de conjuntos, costuma-se às vezes dizer que A é menor que B se A for 
subconjunto próprio de B. Sendo assim, o o conjunto dos pares é menor do que o 
dos inteiros.

Para deixar Olavo ainda mais louco, diga a ele que no intervalo (0, 1) há 
tantos elementos quanto em toda a reta real. E também tantos quanto em todo o 
espaço R^3... Segundo ele, isto implica que o intervalo (0, 1) e o espaço R^3 
são a mesma coisa.....

Ele talvez tenha a resposta para a hipótese do contínuo. 

Artur Costa Steiner

> Em 14 de out de 2015, às 12:37, antoni...@openmailbox.org escreveu:
> 
> Boa tarde grupo
> 
> Um amigo meu apresentou um texto de um professor que teria refutado Cantor.
> O texto está entre as páginas 104 e 106 
> (http://forum.antinovaordemmundial.com/attachment.php?aid=2523)
> No texto ele diz o seguinte:
> 
> Só para dar um exemplo: O célebre Georg Cantor acreditou poder refutar o
> 5º princípio de Euclides ( de que o todo é maior que a parte ) pelo 
> argumento de
> que o conjunto dos números pares, embora sendo parte do conjunto dos números
> inteiros, pode ser posto em correspondência biunívoca com ele, de modo
> que os dois conjuntos teriam o mesmo número de elementos e, assim, a parte
> seria igual ao todo.
> 
> Ele termina dizendo isto:
> 
> No seu “argumento”, não se trata de uma verdadeira distinção entre 
> todo e
> parte, mas sim de uma comparação meramente verbal entre um todo e o mesmo
> todo, diversamente denominado. Não se tratando de um verdadeiro todo e de
> uma verdadeira parte, não se pode falar então de uma igualdade de elementos
> entre todo e parte, nem, portanto, de uma refutação do 5º princípio de 
> Euclides.
> Cantor erra o alvo por muitos metros
> 
> Existe alguma demonstração neste texto que Cantor estaria errado?
> 
> sds
> 
> ----
> Antonio G Oliveira
> 
> 
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> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> acredita-se estar livre de perigo.
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> Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.


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http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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