Com certeza!
Mas o que eu quero é uma prova DIRETA de que é impossível escolher os b(i)
de modo que o número 0,b(1)b(2)b(3)... seja irracional.

[]s,
Claudio.


2018-04-18 8:32 GMT-03:00 Thácio Hahn dos Santos <thaci...@gmail.com>:

> Não se garante, neste caso, que todo número formado pelos b(i) seja
> racional, não obtendo-se, portanto, a procurada bijeção entre racionais e
> naturais. Ela pode ser obtida percorrendo diagonalmente uma tabela contendo
> todas as frações, começando por 0/1, 1/1, -1/1, 1/2, -1/2, 1/3, -1/3 ... na
> primeira linha, 2/1, -2/3, 2/2, -2/2, 2/3, -2/3 ... na segunda e assim por
> diante. O conjunto das frações equivalentes como 1/2 e 2/4 é enumerável e
> pode ser descartado, restando uma bijeção entre racionais e inteiros (que
> são enumeráveis).
>
> Um abraço.
>
> On Wed, Apr 18, 2018, 7:58 AM Claudio Buffara <claudio.buff...@gmail.com>
> wrote:
>
>> Agora, uma pergunta:
>>
>> E se fossemos fazer uma lista de todos os racionais (dízimas periódicas)
>> entre 0 e 1 (por exemplo, escolhendo, quando houver ambiguidade, a versão
>> que termina por 9999...)?
>> Neste caso, o método da diagonal deveria falhar, certo, já que Q inter
>> (0,1) é enumerável?
>> Mas, de cara, me parece possível escolher, para todo i em N, um algarismo
>> b(i) diferente de a(i,i) (= i-ésimo algarismo do número na i-ésima linha da
>> lista).
>> Como pode?
>>
>> []s,
>> Claudio.
>>
>>
>> 2018-04-17 22:52 GMT-03:00 Anderson Torres <torres.anderson...@gmail.com>
>> :
>>
>>> Em 15 de abril de 2018 09:43, Luiz Antonio Rodrigues
>>> <rodrigue...@gmail.com> escreveu:
>>> > Olá, Ronei!
>>> > Fiz essa pergunta para o Bernardo...
>>> > Um abraço!
>>> > Luiz
>>> >
>>> >
>>> > On Sun, Apr 15, 2018, 7:23 AM Ronei Lima Badaró <rlbad...@gmail.com>
>>> wrote:
>>> >>
>>> >> Não é a tal diagonal de Cantor?
>>>
>>> Sim, é este o nome.
>>>
>>> >>
>>> >> Em Dom, 15 de abr de 2018 07:05, Bernardo Freitas Paulo da Costa
>>> >> <bernardo...@gmail.com> escreveu:
>>> >>>
>>> >>> 2018-04-15 5:36 GMT-03:00 Luiz Antonio Rodrigues <
>>> rodrigue...@gmail.com>:
>>> >>> > Olá, amigos!
>>> >>> > Bom dia!
>>> >>> > Estou lendo "Matemática Discreta" da SBM e me deparei com o trecho
>>> que
>>> >>> > eu
>>> >>> > reproduzi abaixo.
>>> >>> >
>>> >>> >
>>> >>> > A principal contribuição de Cantor foi exibir casos em que não é
>>> >>> > possível
>>> >>> > obter uma bijeção entre dois conjuntos infinitos.
>>> >>> > (...)
>>> >>> > Seja C o conjunto de todas as sequências infinitas em que todos os
>>> >>> > termos
>>> >>> > são iguais a zero ou um.
>>> >>> > Suponhamos que fosse possível uma função f: N -> C, em que cada
>>> >>> > sequência de
>>> >>> > C aparecesse exatamente uma vez como imagem. Vamos construir uma
>>> >>> > sequência s
>>> >>> > formada por 0s e 1s (ou seja, um elemento de C) do seguinte modo:
>>> se o
>>> >>> > primeiro termo da sequência f(1) é zero, o primeiro termo de s é 1;
>>> >>> > senão, é
>>> >>> > zero. Se o segundo termo da sequência f(2) é zero, o segundo termo
>>> de s
>>> >>> > é 1;
>>> >>> > senão, é zero. Prosseguimos, sempre escolhendo o n-ésimo termo s(n)
>>> >>> > como
>>> >>> > sendo o oposto do n-ésimo termo da sequência f(n). A sequência s
>>> assim
>>> >>> > construída difere pelo menos na posição n de cada sequência f(n).
>>> Logo,
>>> >>> > não
>>> >>> > pertence à imagem de f. Mas nossa suposição era de que todos os
>>> >>> > elementos de
>>> >>> > C aparecessem como imagem!
>>> >>> > Temos, assim, uma contradição, que mostra a impossibilidade de
>>> >>> > construir uma
>>> >>> > bijeção de N em C.
>>> >>> >
>>> >>> > Já o reli diversas vezes. Eu "travei" na frase "A sequência s assim
>>> >>> > construída difere pelo menos na posição n de cada sequência f(n)."
>>> >>>
>>> >>> Acho que ajuda a entender se você fizer um exemplo.  Claro que um
>>> >>> exemplo não prova nada, mas espero que ilumine a construção usada.
>>> >>>
>>> >>> Suponha, assim, que f seja da seguinte forma:
>>> >>> 1 -> 0100101010101
>>> >>> 2 -> 010101010101
>>> >>> 3 -> 1111111111001
>>> >>> 4 -> 000000000000
>>> >>> 5 -> 1110111010101
>>> >>>
>>> >>> Agora, vou construir a tal da sequência s, "descobrindo" o valor de
>>> >>> cada um dos elementos, um a um:
>>> >>>
>>> >>> O primeiro elemento de s é o "oposto" do primeiro elemento de f(1).
>>> >>> Como o primeiro elemento de f(1) é 0, vai ser um:
>>> >>>
>>> >>> s = 1....
>>> >>>
>>> >>> O segundo elemento de s é o oposto do segundo elemento de f(2) (que
>>> é 1):
>>> >>>
>>> >>> s = 10....
>>> >>>
>>> >>> O terceiro elemento, oposto do terceiro de f(3), dá s = 100...
>>> >>> O quarto, s = 1001...
>>> >>> O quinto, s = 10010
>>> >>>
>>> >>> Agora, repare s não pode ser f(1), nem f(2), nem f(3), nem f(4), ...
>>> >>> Porque o primeiro elemento de s é diferente do primeiro de f(1).  O
>>> >>> segundo de s, diferente do segundo de f(2). E assim por diante.
>>> >>> Muitas vezes, num quadro-negro, o pessoal faz a tabela que eu esbocei
>>> >>> acima, e envolve os elementos da "diagonal descendente", e depois
>>> cria
>>> >>> a sequência dos opostos.
>>> >>>
>>> >>> Abraços,
>>> >>> --
>>> >>> Bernardo Freitas Paulo da Costa
>>> >>>
>>> >>> --
>>> >>> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>>> >>>  acredita-se estar livre de perigo.
>>> >>>
>>> >>>
>>> >>> ============================================================
>>> =============
>>> >>> Instru�ões para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
>>> >>> http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
>>> >>> ============================================================
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>>> >>
>>> >>
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>>> >> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>>> >> acredita-se estar livre de perigo.
>>> >
>>> >
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>>> > Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>>> > acredita-se estar livre de perigo.
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>>>  acredita-se estar livre de perigo.
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>>> Instru�ões para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
>>> http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
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