Sem ser muito rigoroso, a variável aleatória X = 'soma das faces que saíram
para cima em n lançamentos de um dado honesto' tem uma distribuição que se
aproxima da normal à medida que n aumenta.

Com n = 3, a distribuição de X já fica da seguinte maneira:

[image: image.png]
Ou seja, assumindo que o evento "lançar um dado e observar a face virada
para cima" tem distribuição uniforme (tal dado é honesto), quando
construímos a V.A. X, temos que P(X=6n)=1/(6^n), enquanto a probabilidade
de X estar próximo de 3,5*n é muito grande. Então se ao lançar um dado n
vezes e ocorrer 6 em todas as n vezes, temos evidências sim de que a
distribuição de cada lançamento do dado pode não ser uniforme e rejeitar
essa hipótese fixando algum nível de significância.

On Sat, Jul 14, 2018 at 11:31 PM Artur Steiner <
artur.costa.stei...@gmail.com> wrote:

> Se jogarmos n vezes de forma aleatória um dado equilibrado, a
> probabilidade de qualquer sequência de resultados é de (1/6)^n. Assim, se
> jogarmos um dado, digamos, 10 vezes e sempre obtivermos 6, não há
> matematicamente nenhuma evidência de que o dado seja viciado. Mas se isso
> acontecer, quase todo mundo vai suspeitar - e muitos vão afirmar - que o
> dado é viciado. Eu, por exemplo, embora sabendo que todas as possíveis
> sequências são equiprováveis, vou ter sérias dúvidas sobre a honestidade do
> dado.
>
> Mas se der 6 1 5 2 6 3 1 4 2 5, ningúem vai se chocar.
>
> Como explicar este paradoxo probabilístico/psicológico?
>
> Artur Costa Steiner
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> acredita-se estar livre de perigo.

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.

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