Dadas as regras dos jogos de dados usuais, se alguém for usar um dado
viciado, e se o único vício tecnicamente factível for "dar sempre o mesmo
número", então é de se esperar que um dado viciado vá produzir somente o
resultado 6 e, assim, se observarmos uma sequência de 10 x 6, nossa
suspeita será justificada.

Mas podemos imaginar um jogo mais complexo e pouco ortodoxo, possivelmente
com dados virtuais (ou seja, em computador), no qual a sequência
(6,1,5,2,6,3,1,4,2,5)
seja a mais desejável. Neste caso, se esta sequência sair em 10
lançamentos, a suspeita de dado viciado será justificável.
O dado terá que ser virtual pois é difícil (mas não impossível) imaginar um
dado físico "programado" para dar aquela sequência.

Ou seja, a ocorrência ou não do (pseudo)-paradoxo psicológico depende das
regras do jogo.

[]s,
Claudio.


2018-07-14 23:21 GMT-03:00 Artur Steiner <artur.costa.stei...@gmail.com>:

> Se jogarmos n vezes de forma aleatória um dado equilibrado, a
> probabilidade de qualquer sequência de resultados é de (1/6)^n. Assim, se
> jogarmos um dado, digamos, 10 vezes e sempre obtivermos 6, não há
> matematicamente nenhuma evidência de que o dado seja viciado. Mas se isso
> acontecer, quase todo mundo vai suspeitar - e muitos vão afirmar - que o
> dado é viciado. Eu, por exemplo, embora sabendo que todas as possíveis
> sequências são equiprováveis, vou ter sérias dúvidas sobre a honestidade do
> dado.
>
> Mas se der 6 1 5 2 6 3 1 4 2 5, ningúem vai se chocar.
>
> Como explicar este paradoxo probabilístico/psicológico?
>
> Artur Costa Steiner
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> acredita-se estar livre de perigo.

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.

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