Até onde saiba, a decisão do juiz foi bloquear o acesso ao vídeo
especificamente, e não ao site inteiro. Isso foi decorrência de má
interpretação e, desculpem a expressão, cú na mão de quem administra os
provedores. Porque até onde eu saiba nem a Gretchen nem a Rita Cadillac
processaram o acesso ao Pornotube, por divulgar seu vídeos pornôs,
protegidos por propriedade intelectual (acho que é irônico chamar
pornografia de algo intelectual, mas...).

Quanto a transar em local público, vários com certeza já passaram por isso,
e com mais certeza ainda, sabiam dos riscos ao fazê-lo. Ela assumiu o risco
ao fazê-lo. Como eu disse antes, ela é uma celebridade, que não tomou os
devidos cuidados, e assumiu o risco. Não quer ser flagrada? Que transe no
quarto do hotel. Não quero nem saber do atentado ao pudor, é apenas uma
coisa lógica. E o Youtube não é o único site com o video da vítima.
Inclusive, recebi-o várias vezes por e-mail, ou seja, não adianta bloquear o
site, a mídia vai continuar se espalhando, até ficarem de saco cheio dela.
Ou seja, uns 10 anos, até a Cicarelli não ser nada ou ficar caída. Realidade
de estrela, fazer o que?

2007/1/7, Olival Júnior <[EMAIL PROTECTED]>:

Acho q está havendo um claro caso de erro no alvo das reclamações
acerca do caso do bloqueio do YouTube. No geral, estou lendo muito
"som e fúria" especificamente contra aquela q, em teoria, teria
causado a comoção, mas não estou vendo o significado disso. Como, ao
final, percebi q meu texto ficou longo, vou logo reproduzir no início
a conclusão do mesmo:

** Se alguém realmente acha q em um país democrático e livre uma
pessoa (não importa quem seja) buscar defender direitos q acredita
ter (nem sempre se tem razão) é algo injusto, me desculpem os q
professam isso, mas aí estamos a um passo da Ditadura.

No entanto, se a questão aqui é q a decisão do juiz foi infeliz e
desvinculada com a realidade das coisas, aí já temos uma base para
discussão muito mais prolífica e apoiada nos fatos. **

Agora, volto ao texto em si:

Nas últimas mensagens observei um sem número de adjetivos pouco
amigáveis a uma personagem pública ("personagem" pq a "pessoa" por
trás daquilo já foi há muito diluída pelos esforços da mídia, sendo
impossível para quem não tenha travado conhecimento com a pessoa
saber quem realmente é a figura), mas pouca gente realmente
questionando o mérito da questão. Ou méritos.

Primeiro: não é natural q uma figura (mesmo pública) tenha direito a
recorrer à justiça caso tenha considerado q um direito seu foi
violado? Seja a Daniella Cicarelli, seja o namorado à época (não sei
se ainda é o mesmo), recorrer aos tribunais não é algo natural no tal
"Estado de Direito"? Aliás, sobre o namorado, pouca gente aqui
considera q ele tem mais à perder do q ela. Sua posição profissional
não era exatamente de um "zé mané" e suas atividades certamente não
obtém o benefício da exposição q, por bem ou por mal, acabam por
alavancar carreiras de apresentadores de televisão.

Segundo: já vi não sei qtas msgs aqui dizendo q eles tinham de ser
processados por "atentado ao pudor" e coisas similares. Ora, quem
assistiu ao famoso vídeo percebe claramente q a fase dos "amassos" na
areia da praia estão na média do q vc vê (ou faz) em diversas praias
"da moda" do litoral tupiniquim. Quem nunca viu, me desculpe, mas
precisa trocar os óculos ou começar a usar correção.

Depois, na hora em q a coisa começa a esquentar, o casal se move para
um local mais discreto, longe dos populares e *dentro* da água. Local
público? Sim, mas longe de ser um show aberto na cara de todo mundo.
Inclusive, para quem não está ciente, a gravação foi feita com
teleobjetiva (ou algo similar, não sei se é este o termo qdo são
câmeras de vídeo). O paparazzi estava a algumas centenas de metros,
não exatamente ao lado do casal.

NA MINHA HUMILDE OPINIÃO, quem aqui nunca fez sexo em um local
"perigoso", sob o risco de ser pego no ato, deve ter levado uma
juventude muito monótona ou nunca teve chance para tanto. E isso não
tem nada a ver com a capacidade de arcar com os custos de um quarto
de motel, se é q alguém aqui me entende . . . ;-)

Assim, acho q a questão aqui não é uma pessoa buscar na justiça um
direito q acredita ter. O problema está na decisão do juiz q pode ter
sido tomada sem levar em conta a realidade de um mundo conectado 24h
por dia, totalmente descentralizado (qtos adolescentes não devem ter
uma cópia do vídeo em seus HDs agora?), enfim, um mundo diferente
daquele em q se recolhiam as revistas q estavam à disposição na banca
(ou as fitas VHS à venda) e passava-se uma borracha sobre quaisquer
indiscrições passadas.

Agora, alguém aqui sabe o nome do juiz? Alguém aqui já xingou a mãe
dele? Já questionaram se ele fez isso "para se promover" (afinal, foi
uma decisão polêmica com conseqüências desproporcionais à situação q
a originou)? Já levantaram o histórico do ilustre operador do
Direito? É mais produtivo ficar xingando a Cicarelli ou descobrir
quem é o tal juiz e enviar e-mails de protesto para a figura (acho q
em uma msg foi passado o e-mail do sujeito), esclarecendo o tamanho
da confusão q ele arrumou?

Aliás, ficar sem acesso direto ao YouTube é *realmente* tão
prejudicial assim à população brasileira ou somente à pequena elite q
tem computadores e usa a banda larga? São tantas pessoas assim? Eu
realmente não gostei de ficar sem acesso ao site, mas admito q boa
parte da utilidade dele para mim se traduz em puro lazer. Não q eu
ache q isso seja justo, apenas acredito q é preciso colocar as coisas
em perspectiva, para poder demonstrar corretamente o impacto da decisão.

Eu, infelizmente, só poderia dizer q fiquei triste com a decisão
judicial pq não pude assistir ao último episódio de Chad Vader, night-
shift manager, mas acredito q isso está longe de representar uma
perda tão gde para mim. De repente posso até aproveitar esse tempo
para ler um livro, assistir um DVD, atualizar meu blog, etc. O mundo
não acaba pq o YouTube não funciona.

Repetindo a linha de abertura:

Se alguém realmente acha q em um país democrático e livre uma pessoa
buscar defender direitos q acredita ter (nem sempre se tem razão) é
algo injusto, me desculpem os q professam isso, mas aí estamos a um
passo da Ditadura.

No entanto, se a questão aqui é q a decisão do juiz foi infeliz e
desvinculada com a realidade das coisas, aí já temos uma base para
discussão muito mais prolífica.

Feliz Ano Novo para Todos,

olival.junior_______________________________________________
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