Guilherme H. S. Ostrock escreveu:
Se o software livre é uma questão de liberdade e não de preço, eu devo
ter a liberdade de instalar um JVM proprietário se aceitar sua
licença, logo ele irá funcionar, sendo assim, a questão quanto a
aceitar ou não a licença passa a ser ideológica, mas os conceitos
particulares não interferem no funcinamento do programa.
Às vezes acho q devíamos ter uma psl-brasil-newbies, para não termos de
todo ano, cedo ou tarde, cair nas mesmas velhas discussões e distorções
sobre os conceitos de SL (Software Livre, não SecondLife).
O slogan da FSF "software livre é questão de liberdade, não de preço"
omite alguns termos para q a frase não se torne um pequeno texto. A
rigor, teríamos de dizer q "software livre é uma questão de liberdade
para copiar, redistribuir, estudar, modificar e melhorar o programa (...)".
Como a palavra "liberdade" é bastante maleável qto ao seu uso, já
chegamos a escutar por aqui até mesmo q a licença BSD seria a mais
"livre" de todas, pois permitiria pegar o trabalho de outros,
modificá-lo e distribuí-lo como software **Proprietário** (como a Apple
faz, por explo).
Mas, novamente, no contexto de SL "liberdade" tem uma aplicação bem
definida qto ao seu objeto. A partir do momento em q vc instala um
programa proprietário sobre uma plataforma livre, vc está abrindo mão
dessas liberdades e contrariando os preceitos q embasam a razão de ser
do SL.
Em boa parte das vezes, não há impedimentos legais para vc fazer isso e
manter um sistema "híbrido", mas a questão moral permanece.
Agora, sobre as razões deste slogan, acredito q é uma evolução do debate
SL x SP (Software Proprietário, não São Paulo), pois uma das razões de
adoção mais citadas há alguns anos atrás era o custo zero de
licenciamento. Inclusive, alguns dos projetos de lei pró-SL em
tramitação no Congresso falam sobre isso explicitamente na sua
justificativa.
Mas, o mundo do SP acordou e resolveu demonstrar q há casos em q a
adoção de SL é mais cara do q a de SP (com estudos de caso nem sempre
tão "rigorosos" assim). Ou resolveu simplesmente entregar suas licenças
a custo zero ou próximo disso (vide o pacote Windows+Office de USD 3,00).
Como as liberdades do SL embutem bem mais do q apenas um preço camarada,
este slogan tenta chamar a atenção para isso. Se alguém realmente se
interessar, é só procurar q encontra as diversas outras razões pelas
quais adotar SL é uma boa, em especial para países em desenvolvimento.
Para mim, o principal benefício do SL estaria em um termo q encontrei
pela primeira vez em um texto do Sérgio Amadeu: "globalização
contra-hegemônica". Inclusive, este termo ajudar a explicar pq os
ufanistas de plantão tbém erram ao apoiar SL como se ele simplesmente
valorizasse a mão-de-obra nacional.
[ ]s,
OJr.
P.S.: em um assunto completamente diferente e fora do escopo desta
conversa, me surpreendi ao encontrar em meu RSS um texto do Steve Jobs
no sítio do PSL-Brasil. Será q agora, além do FISL divulgar Software
Proprietário, o portal do PSL-Brasil vai fazer propaganda de CEOs de
empresas de Software Proprietário?
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