On Feb 28, 2008, "Omar Kaminski" <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
> Creio que não haja confusão. > A obra precisa ter algum comando/marca para ser interpretada pelo > DRM. Não é a obra que tem a marca, a marca é aposta à obra, como uma moldura é aposta a uma pintura, ou uma etiqueta de preço é aposta a um livro. Apor a marca não resulta uma nova obra, assim como converter uma música, uma imagem ou um filme de um formato para outro não resulta uma nova obra, ou descompilar um programa. É a mesma obra, mas num formato diferente. Tipo, o DRM do padrão de DVD não está no DVD (o disco). O sistema de DRM do DVD usa (entre outras coisas) criptografia, isto é, a obra está armazenada em forma codificada, manipulada de forma mecânica: é a mesma obra, não há esforço criativo na criptografia. Uma vez que eu tenha um player que decodifica qualquer região, não tem DRM. Já um player impeça você de assistir ao filme porque ele está configurado para outra região, esse tem DRM. Mas não só a obra é a mesma, como até o DVD é o mesmo. Mudou só o player. Onde está o DRM, mesmo? :-) > Então por exclusão a obra que não tem poderia a priori ser > considerada livre (pelo menos de DRM). Livre no sentido de Software Livre, ou mesmo de Cultura Livre, de fato não dá pra afirmar nada. Em se tratando de obra passível de direito autoral, precisa no mínimo ver os termos de licenciamento pra dizer se é livre. Livre de DRM, talvez, ainda que DRM não se faça só através de marcas. Tem DRM por criptografia (acima), tem DRM por degradação de sinal (também DVD, HD-DVD, MS Windows DRM à Vista), por formato secreto ou patenteado (muitas vezes uma combinação das duas coisas), DRM que não transmite a informação para agente não autorizado, um montão de jeitos. As marcas são usadas como mecanismo de reconhecimento, seja da obra, para fins de localização ou verificação de cópias não autorizadas, disponibilizadas para o público ou não, seja de qualquer outra informação aposta à obra, como por exemplo instruções codificadas para um sistema de DRM, dizendo a ele o que o autor ou o distribuidor quer que o sistema de DRM deixe ou não deixe, a despeito do que a lei de direito autoral permite ou não. > Mas uma das questões que coloquei é justamente essa: o arquivo > (ebook/software/filme/musica) não possuir um comando/marca DRM não é > suficiente para atestá-la como livre. Nem uma marca indicando que é livre confere atestado suficiente. Da mesma forma que tem gente que pega código do outro e libera sob licença incompatível, ou de forma não permitida, seja para torná-la mais liberal, seja para torná-la mais restritiva (vide MS-Zune). -- Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/ FSF Latin America Board Member http://www.fsfla.org/ Red Hat Compiler Engineer [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org} Free Software Evangelist [EMAIL PROTECTED], gnu.org}
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