Olá pessoal, Vou tentar comentar algumas passadas...
2009/1/18 Bruno Salgado <brunosalg...@gmail.com> > > Liberdade é isso. E o software livre nos dá essa liberdade. Vejo que > na base do software tem muito da defesa da liberdade, do produção, do > uso, do compartilhamento, do socialmente correto. E isso é belo, sem > dúvidas. > > Já o capitalismo não tem uma base tão pura, correta e bela quanto a > do software livre. Por isso o modelo sofre uma tendência maior se ser > questionado. Mas o capitalismo tem em sua base a liberdade tb. Vc pode > o levar para qualquer lado. O capitalismo pode ser um bicho feio ou um > belo sistema, depende de cada um ou de cada grupo. Outros sistemas > podem e até são "mais belos" em sua origem, mas em sua grande maioria, > e na maioria dos locais aonde foram implantados, não conseguiu > resultados práticos e nem chegar perto das metas de sua origem. E no > geral, os resultados conseguidos sempre terão um enorme peso em sua > avaliação como um todo. Para qualquer "coisa". A questão de fundo é como se dá essa liberdade. A liberdade do Capitalismo é uma liberdade burguesa, ou seja, você tem direito a dizer "sou dono dessa terra/produtos", você tem liberdade de explorar a mão de obra de terceiros, essa é a falsa liberdade que o Capitalismo lhe dá. Ele lhe dar uma liberdade individualizada e não coletiva (alguma relação com copyleft? :-P), por outro lado, peguemos o socialismo, ele torna os meios de produção algo coletivo, onde não é uma pessoa quem decide e sim um coletivo. Ele de fato faz a democracia radical, onde todos tem o poder em suas mãos e etc. Ele deixa existir espaço para diversas opiniões, mas ele cria algumas regras básicas, onde o coletivo é mais importante (droga, copyleft denovo!) e não aceita absurdos como propriedade privada. Então essa liberdade do capitalismo é uma falsa liberdade, pois ela é focada no individual. > Concluo, então, que sou a favor de um capitalismo socialmente > responsável, onde o lucro é uma obrigação, não o objetivo. Se o lucro não é o objetivo, então temos outro sistema. O próprio nome já diz seu foco (capital). Essa idéia de o lucro ser uma obrigação e não o objetivo é muito ingênua, se ele é uma obrigação, então ele tem que existir. Me soa como algo assim "o lucro a gente sempre tem que ter, mas vamos tentar fazer algo legal". Por exemplo: vamos preservar o meio-ambiente, mas se isso fere o nosso lucro, não podemos preservar menos ou não preservar, afinal temos a obrigação de ter lucro. Dessa forma, acho que essa de licro obrigação e não objetivo é mais um jogo de palavra e retórica. > Mas o capitalismo, assim como o software livre, permite a convivência > de pessoas com pensamentos distintos. E essa variedade do pensar é > benéfica(ou até essencial) para ambos os modelos. Sempre teremos os > mais radicais, os menos radicais. E de tempos em tempos teremos mais > threads gigantescas. Se a discussão sempre acontecer junto com a > teoria, e, em conjunto com os resultados, acho extremamente válido. Software Livre é similar ao capitalismo, pois permite a convivência de pessoas com pensamentos distintos? Bom, vamos com calma, o capitalismo realmente trabalha com pessoas e etc (sistemas político/economicos trabalham com pessoas) e o S.L. com programas. O Software Livre não permite a convivência de programas com licenças distintas, por exemplo: pego um programa com copyleft, modifico e fecho tudo? Bom, já temos algo que o S.L. não permite... Entramos então na questão de que tipo de Software Livre permite essa convivência com pessoas/programas e etc? Eu não defendo a filosofia non-copyleft (desculpem-me os BSDeiros, mas sou contra), pois como o Capitalismo ela é uma liberdade individualizada e não coletiva. Já falei acima do tipo de "liberdade" que o Capitalismo lhe dá. 2009/1/18 Glauber Machado Rodrigues (Ananda) <glauber.rodrig...@gmail.com> > > > 2009/1/18 Alexandre Oliva <lxol...@fsfla.org> > >> Uau, lembra a inevitabilidade da revolução do proletariado, mas é uma >> revolução que nasce a partir de uma elite! Que legal! >> > > Então você acha esse cenário possível? > Eu não acho... Essa de revolução pela Elite eu deixo para Star Wars e seus Jedi's, mas fica só em hollywood :-) > Eu via a economia como um bando de gente estudando como manipular o mercado > para tirar mais proveito dos outros, e eis que encontro vários trabalhos de > economistas que pareciam realmente dedicados em resolver vários problemas do > capitalismo, elaborando teorias bacanas, etc. Lógico que existem esses economistas. "O Capital" (Obra de Karl Marx e Engels) é uma obra de economia. Existem economista que estudam forma de fortalecer o Capitalismo, outros formas de humanizar o capitalismo, sistemas que iriam contra a ele. Existem diversos pensamentos, basta você passear dentro de universidades que encontrará isso... 2009/1/18 Omar Kaminski <o...@kaminski.com> Apropriação do conhecimento? Acho que seria o contrário... > > Veja o que o dicionário diz sobre "apropriar". Tem a ver com a palavrinha > que vários detestam: propriedade. Não detestamos propriedade. Eu, pessoalmente falando, detesto a propriedade com o adjetivo "privada" (propriedade privada). Apropriação do conhecimento é algo fundamental. Porém, apropriação do conhecimento só é possível quando ele está livre (S.L) para que todos possam tê-lo e não somente uns ou outros (isso se torna privado). Acredito que o S.L. ele existe dentro do sistema do qual participamos devido a "ser natural". O Capitalismo impede que essa filosofia/ação se dê por completo, se dê para todos, mas ele tenta pegar a parte que lhe interessa (opensource) e incorporar a sua lógica de lucro. Sem dúvida o modelo de desenvolvimento do OpenSource é muito mais lucrativo para o sistema do que o modelo fechado. É muito bom utilizar os colaboradores como mão-de-obra não remunerada :-) Abração, Roberto Parente
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