2009/2/25 aracele lima <aracelel...@yahoo.com.br>:
> Não é tão simples assim. Acho que o caminho para mudar essa forma de mercado
> não é a abstenção. Nos abstendo de comprar um produto como um cd, por
> exemplo, acabamos por nos abster também de exigir o direito de acesso aos
> bens culturais.

Mas de onde você tirou a idéia de que eu tenho algum direito de
desfrutar de um trabalho artístico sem a permissão do seu dono?

Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
(metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.

Não se tem um direito apenas porque se quer tê-lo. Não se pode violar
leis apenas porque elas são inconvenientes. Desobediência civil é uma
coisa muito mais séria do que isso - e banalizá-la dessa forma não
ajuda ninguém.

> Outra coisa, é preciso lembrar que nem todos têm acesso a internet como você
> e de que também nem todos preferem ouvir músicas através dela.

A distorção aqui está na noção de que a vontade de se ter alguma coisa
traz o direito a ela.

A palavra final sobre o destino de uma obra é do seu criador e de mais
ninguém. Ou de quem quer que seja aquele para quem o artista vendeu
esses direitos.

Quanto à cabeça-dura das gravadoras e estúdios, não é por burrice. O
que elas querem é alguma forma de "imposto sobre largura de banda" a
ser distribuído entre elas. E o download indiscriminado só fortalece a
tese delas de que isso é necessário.
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