Olá Sandra e demais colegas da lista,

Em Thu, 19 Feb 2009 13:24:14 -0300
Sandra <san...@sapiensinfotec.com.br> escreveu:

> Como é o funcionamento do WINE?

Em primeiro lugar, desculpe-me pela demora da resposta. Estou com uma
reforma em casa e minha conexão está precária (pra usar um termo
otimista)...  ;-)

Voltando à sua pergunta, o Wine NÃO é um emulador. Inclusive o nome é
uma brincadeira com isso. Wine é um acrônimo recursivo que significa
"Wine Is Not a Emulator".

Na verdade a forma como ele funciona é bem inteligente. Ele recria as
APIs de controle do Windows. O que significa isso na prática? Bom,
vocês já devem ter reparado que na maioria dos softwares para Windows,
quando se clica no item de menu "Abrir", por exemplo, ele abre sempre a
mesma janela, independente da aplicação. Isso porque não é o software
que cria aquela janela. Ele simplesmente manda o comando para o Windows
e ele faz o resto. É assim com um monte de outras funções dos
softwares. Essas são as APIs do Windows (explicando bem grosseiramente).

O que o Wine faz é ocupar o papel dessas APIs. Dessa forma o programa
"pensa" que está mandando o pedido para o Windows quando, na verdade,
quem está atendendo é o GNU/Linux. Por isso a execução de aplicações
pelo Wine é tão rápida quanto no Windows, ao contrário das emulações,
onde sempre existe perda de performance. Aliás, algumas aplicações
rodam MAIS RÁPIDAS no GNU/Linux do que no Windows, coisa que já
presenciei na minha máquina.

O problema é que o Wine não consegue atender a todas as requisições.
Algumas são muito intrínsecas ao sistema, especialmente as realizadas
pelos produtos da Microsoft, como o Office (por que vocês acham que as
aplicações dela rodam mais rápido que as outras similares?). Mas já é
possível utilizar bastante coisa no pinguim.

Um abraço e até mais.


Frederico
-- 
Linux User #228171
Sítio pessoal: http://teia.bio.br
Projeto Software Livre Educacional: http://sleducacional.org
Perfil no FriendFeed: http://friendfeed.com/aracnus

"Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há
ninguém que explique e ninguém que não entenda." (Cecília Meireles)

Responder a