[obm-l] RE: [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega

2008-11-12 Por tôpico Samuel Wainer

Tudo bom?
 
Eu imaginei um solução aqui, mas não sei se está correta.
 
Assim, um dado do problema é que existe a doença na ilha, ou seja, pelo menos 
uma gaivota está doente (essa é a minha dúvida, posso afirmar isso?). Assim, se 
apenas uma gaivota estivesse doente, na primeira reunião ela (a doente) olharia 
a nuca de todas as outras, e não veria mancha alguma, logo só ela pode estar 
doente. Ela se mata na mesma noite. Agora, se duas tiverem doentes, qualquer 
uma delas (as doentes) olharia a nuca de cada uma das outras e veria apenas uma 
gaivota com mancha. Portanto ela esperaria uma noite e se a gaivota que ela viu 
com a mancha não se matasse, elas se encontrariam na reunião do dia seguinte, 
assim saberiam (as duas) que ela e outra que ela viu estariam com a mancha e se 
matariam na mesma noite (segunda noite). De mesmo modo se tivéssemos 3 gaivotas 
doentes elas se matariam na noite do terceiro dia. Por fim, como solução do 
problema (eu acho) teríamos nailha 39 gaivotas doentes. From: [EMAIL 
PROTECTED] To: obm-l@mat.puc-rio.br Subject: Re: [obm-l] RES: [obm-l] Traição 
numa ilha grega Date: Wed, 12 Nov 2008 11:33:42 -0200  Olá!  Vou lhe 
enviar a solução asap, mas não espere nada de (muito) inteligente: a solução é 
bem fajuta.  Sds., AB  - Original Message - From: João Paulo V. 
Bonifácio [EMAIL PROTECTED] To: obm-l@mat.puc-rio.br Date: Wed, 12 Nov 
2008 07:02:43 -0200 Subject: Re: [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega 
  Olá,  Muito legal esse problema... não consegui resolvê-lo. Poste a 
solução, por  favor, Bouskela.Abraços2008/11/4 Bouskela 
[EMAIL PROTECTED] Olá! Este problema é bastante conhecido. 
Faltaram, entretanto, nesta versão que   você apresentou, algumas 
informações, sem as quais a solução (mesmo inexata   - ver adiante) não é 
possível: 1] TODAS as mulheres gregas se reúnem uma única vez por 
dia, mas não   falam - ABERTAMENTE - sobre a traição dos parceiros das 
outras;   2] EXATAMENTE, não há uma solução possível dentro da Lógica 
Cartesiana,   i.e., a solução possível é um tanto ou quanto acochambrada; 
  3] O enunciado clássico (e mais cuidadoso) deste problema é, dentre   
outras variantes possíveis, o seguinte:   Havia uma ilha habitada 
apenas por gaivotas. Algumas dessas gaivotas   contraíram uma doença letal, 
porém não contagiosa. O único sintoma da doença   é uma mancha escura na 
nuca, mas sem qualquer protuberância ou aumento de   sensibilidade na 
região, de modo que não é possível para a gaivota que tem a   mancha ter 
consciência disso, mas todas podem perceber facilmente a mancha   na nuca de 
cada uma das outras. Depois de alguns meses, as gaivotas   infectadas morrem 
de maneira terrível. Por isso, para minimizar o   sofrimento, quando uma 
gaivota tem certeza de possuir a doença, ela comete   suicídio exatamente às 
23:00h do mesmo dia que toma conhecimento de estar   doente. Essas gaivotas 
são muitíssimo inteligentes, mas não conseguem se   comunicar umas com as 
outras. Elas sabem contar e sabem qual é o número   total de gaivotas na 
ilha. Uma vez por dia, exatamente às 12:00h, todas elas   se reúnem para que 
umas vejam as manchas nas nucas das outras, mas nunca uma   consegue ver a 
mancha na própria nuca nem pode receber essa informação de   outras 
gaivotas. Se uma gaivota tem mancha na nuca, necessariamente tem a   doença. 
Durante os primeiros 39 dias de reuniões, nenhuma delas se   suicida.   
  Transcorridos 39 dias e feitas 39 reuniões, todas as gaivotas com mancha 
na   nuca se suicidaram às 23:00h. Desde a primeira reunião até o 
dia dos suicídios, não nasce e não morre   nenhuma gaivota, nenhuma vai 
embora e não chega nenhuma gaivota nova.   Quantas gaivotas se suicidaram e 
como elas descobriram que tinham a mancha? Sds.,   AB  
 [EMAIL PROTECTED]   [EMAIL PROTECTED] 
--   *De:* [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL 
PROTECTED] *Em   nome de *Ojesed Mirror   *Enviada em:* terça-feira, 4 de 
novembro de 2008 23:08   *Para:* obm-l@mat.puc-rio.br   *Assunto:* 
[obm-l] Traição numa ilha grega As mulheres de uma ilha grega sabem 
quais delas estão sendo traídas por   seus perceiros, mas não sabem sobre si 
mesmas.   Se alguma delas tiver certeza da traíção de seu parceiro, tem o 
direito de   cortar o mal pela raíz.   Elas não falam sobre este assunto 
entre si.   Um dia chega a Rainha nesta ilha e afirma que lá existe pelo 
menos um   traidor e vai embora.   O que acontece depois disto ?
 Ojesed.  --   João Paulo Vieira Bonifácio
Universidade Federal de Uberlândia  Faculdade de Engenharia Elétrica  
Programa de Educação Tutorial (PET/Eng. Elétrica)  Fone: (34) 9942 - 7427 / 
(34) 3239 - 4754  
= 
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em 
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html 

Re: [obm-l] RE: [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega

2008-11-12 Por tôpico Bouskela
Olá!

A solução que você apresentou está correta. Na verdade existem muitas soluções 
- todas elas são variantes desta que você apresentou.

Repare, entretanto, que se trata de uma solução pra lá de chinfrim - explico-me:

Veja que, ao adotarem um comportamento padronizado, i.e., pactuado a priori, as 
gaivotas violaram uma condição de contorno do problema - e logo a mais 
importante: uma gaivota não pode se comunicar com outra gaivota, logo não é 
possível concretizar um comportamento coletivamente pactuado!

Se tal fosse admitido, seria mais simples - e mais eficaz! - que uma gaivota, 
ao ver uma outra infectada, lhe desse uma bicada, lhe tacasse um pescado nas 
fuças, lhe atirasse um ovo, sei lá...

Bem, de qualquer maneira, a solução é esta mesmo. Quem gostou, gostou, que não 
gostou, paciência...

Saudações,
AB



- Original Message -
From: Samuel Wainer [EMAIL PROTECTED]
To: listaobm obm-l@mat.puc-rio.br
Date: Wed, 12 Nov 2008 15:47:19 +
Subject: [obm-l]  RE: [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega

 
 Tudo bom?
  
 Eu imaginei um solução aqui, mas não sei se está correta.
  
 Assim, um dado do problema é que existe a doença na ilha, ou seja, pelo menos 
 uma gaivota está doente (essa é a minha dúvida, posso afirmar isso?). Assim, 
 se apenas uma gaivota estivesse doente, na primeira reunião ela (a doente) 
 olharia a nuca de todas as outras, e não veria mancha alguma, logo só ela 
 pode estar doente. Ela se mata na mesma noite. Agora, se duas tiverem 
 doentes, qualquer uma delas (as doentes) olharia a nuca de cada uma das 
 outras e veria apenas uma gaivota com mancha. Portanto ela esperaria uma 
 noite e se a gaivota que ela viu com a mancha não se matasse, elas se 
 encontrariam na reunião do dia seguinte, assim saberiam (as duas) que ela e 
 outra que ela viu estariam com a mancha e se matariam na mesma noite (segunda 
 noite). De mesmo modo se tivéssemos 3 gaivotas doentes elas se matariam na 
 noite do terceiro dia. Por fim, como solução do problema (eu acho) teríamos 
 nailha 39 gaivotas doentes. From: [EMAIL PROTECTED] To: 
 obm-l@mat.puc-rio.br Subject: Re:!
 [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega Date: Wed, 12 Nov 2008 11:33:42 
-0200  Olá!  Vou lhe enviar a solução asap, mas não espere nada de (muito) 
inteligente: a solução é bem fajuta.  Sds., AB  - Original Message 
- From: João Paulo V. Bonifácio [EMAIL PROTECTED] To: 
obm-l@mat.puc-rio.br Date: Wed, 12 Nov 2008 07:02:43 -0200 Subject: Re: 
[obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega   Olá,  Muito legal esse 
problema... não consegui resolvê-lo. Poste a solução, por  favor, Bouskela. 
   Abraços2008/11/4 Bouskela [EMAIL PROTECTED] Olá!   
  Este problema é bastante conhecido. Faltaram, entretanto, nesta versão que 
  você apresentou, algumas informações, sem as quais a solução (mesmo 
inexata   - ver adiante) não é possível: 1] TODAS as mulheres 
gregas se reúnem uma única vez por dia, mas não   falam - ABERTAMENTE - 
sobre a traição dos parceiros das outras;   2] EXATAMENTE, não há uma!
 solução possível dentro da Lógica Cartesiana,   i.e., a s!
olução possível é um tanto ou quanto acochambrada;   3] O enunciado 
clássico (e mais cuidadoso) deste problema é, dentre   outras variantes 
possíveis, o seguinte:   Havia uma ilha habitada apenas por 
gaivotas. Algumas dessas gaivotas   contraíram uma doença letal, porém não 
contagiosa. O único sintoma da doença   é uma mancha escura na nuca, mas sem 
qualquer protuberância ou aumento de   sensibilidade na região, de modo que 
não é possível para a gaivota que tem a   mancha ter consciência disso, mas 
todas podem perceber facilmente a mancha   na nuca de cada uma das outras. 
Depois de alguns meses, as gaivotas   infectadas morrem de maneira terrível. 
Por isso, para minimizar o   sofrimento, quando uma gaivota tem certeza de 
possuir a doença, ela comete   suicídio exatamente às 23:00h do mesmo dia 
que toma conhecimento de estar   doente. Essas gaivotas são muitíssimo 
inteligentes, mas não conseguem se   comunicar umas com as out!
ras. Elas sabem contar e sabem qual é o número   total de gaivotas na ilha. 
Uma vez por dia, exatamente às 12:00h, todas elas   se reúnem para que umas 
vejam as manchas nas nucas das outras, mas nunca uma   consegue ver a mancha 
na própria nuca nem pode receber essa informação de   outras gaivotas. Se 
uma gaivota tem mancha na nuca, necessariamente tem a   doença. Durante os 
primeiros 39 dias de reuniões, nenhuma delas se   suicida. 
Transcorridos 39 dias e feitas 39 reuniões, todas as gaivotas com mancha na  
 nuca se suicidaram às 23:00h. Desde a primeira reunião até o dia 
dos suicídios, não nasce e não morre   nenhuma gaivota, nenhuma vai embora e 
não chega nenhuma gaivota nova.   Quantas gaivotas se suicidaram e como elas 
descobriram que tinham a mancha? Sds.,   AB   [EMAIL 
PROTECTED]   [EMAIL PROTECTED] --   
*De:* [EMAIL PROTECTED] [mailto:owner

Re: [obm-l] RE: [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega

2008-11-12 Por tôpico Felipe
pode explicar com detalhes qual o problema que voce ve nessa solucao??
Felipe

2008/11/12 Bouskela [EMAIL PROTECTED]

 Olá!

 A solução que você apresentou está correta. Na verdade existem muitas
 soluções - todas elas são variantes desta que você apresentou.

 Repare, entretanto, que se trata de uma solução pra lá de chinfrim -
 explico-me:

 Veja que, ao adotarem um comportamento padronizado, i.e., pactuado a
 priori, as gaivotas violaram uma condição de contorno do problema - e logo a
 mais importante: uma gaivota não pode se comunicar com outra gaivota, logo
 não é possível concretizar um comportamento coletivamente pactuado!

 Se tal fosse admitido, seria mais simples - e mais eficaz! - que uma
 gaivota, ao ver uma outra infectada, lhe desse uma bicada, lhe tacasse um
 pescado nas fuças, lhe atirasse um ovo, sei lá...

 Bem, de qualquer maneira, a solução é esta mesmo. Quem gostou, gostou, que
 não gostou, paciência...

 Saudações,
 AB



 - Original Message -
 From: Samuel Wainer [EMAIL PROTECTED]
 To: listaobm obm-l@mat.puc-rio.br
 Date: Wed, 12 Nov 2008 15:47:19 +
 Subject: [obm-l]  RE: [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega

 
  Tudo bom?
 
  Eu imaginei um solução aqui, mas não sei se está correta.
 
  Assim, um dado do problema é que existe a doença na ilha, ou seja, pelo
 menos uma gaivota está doente (essa é a minha dúvida, posso afirmar isso?).
 Assim, se apenas uma gaivota estivesse doente, na primeira reunião ela (a
 doente) olharia a nuca de todas as outras, e não veria mancha alguma, logo
 só ela pode estar doente. Ela se mata na mesma noite. Agora, se duas tiverem
 doentes, qualquer uma delas (as doentes) olharia a nuca de cada uma das
 outras e veria apenas uma gaivota com mancha. Portanto ela esperaria uma
 noite e se a gaivota que ela viu com a mancha não se matasse, elas se
 encontrariam na reunião do dia seguinte, assim saberiam (as duas) que ela e
 outra que ela viu estariam com a mancha e se matariam na mesma noite
 (segunda noite). De mesmo modo se tivéssemos 3 gaivotas doentes elas se
 matariam na noite do terceiro dia. Por fim, como solução do problema (eu
 acho) teríamos nailha 39 gaivotas doentes. From: [EMAIL PROTECTED] To:
 obm-l@mat.puc-rio.br Subject: Re:!
  [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega Date: Wed, 12 Nov 2008
 11:33:42 -0200  Olá!  Vou lhe enviar a solução asap, mas não espere nada
 de (muito) inteligente: a solução é bem fajuta.  Sds., AB  -
 Original Message - From: João Paulo V. Bonifácio 
 [EMAIL PROTECTED] To: obm-l@mat.puc-rio.br Date: Wed, 12 Nov
 2008 07:02:43 -0200 Subject: Re: [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha
 grega   Olá,  Muito legal esse problema... não consegui resolvê-lo.
 Poste a solução, por  favor, Bouskela.Abraços2008/11/4
 Bouskela [EMAIL PROTECTED] Olá! Este problema é
 bastante conhecido. Faltaram, entretanto, nesta versão que   você
 apresentou, algumas informações, sem as quais a solução (mesmo inexata  
 - ver adiante) não é possível: 1] TODAS as mulheres gregas se
 reúnem uma única vez por dia, mas não   falam - ABERTAMENTE - sobre a
 traição dos parceiros das outras;   2] EXATAMENTE, não há uma!
  solução possível dentro da Lógica Cartesiana,   i.e., a s!
 olução possível é um tanto ou quanto acochambrada;   3] O enunciado
 clássico (e mais cuidadoso) deste problema é, dentre   outras variantes
 possíveis, o seguinte:   Havia uma ilha habitada apenas por
 gaivotas. Algumas dessas gaivotas   contraíram uma doença letal, porém
 não contagiosa. O único sintoma da doença   é uma mancha escura na nuca,
 mas sem qualquer protuberância ou aumento de   sensibilidade na região,
 de modo que não é possível para a gaivota que tem a   mancha ter
 consciência disso, mas todas podem perceber facilmente a mancha   na nuca
 de cada uma das outras. Depois de alguns meses, as gaivotas   infectadas
 morrem de maneira terrível. Por isso, para minimizar o   sofrimento,
 quando uma gaivota tem certeza de possuir a doença, ela comete   suicídio
 exatamente às 23:00h do mesmo dia que toma conhecimento de estar  
 doente. Essas gaivotas são muitíssimo inteligentes, mas não conseguem se 
  comunicar umas com as out!
 ras. Elas sabem contar e sabem qual é o número   total de gaivotas na
 ilha. Uma vez por dia, exatamente às 12:00h, todas elas   se reúnem para
 que umas vejam as manchas nas nucas das outras, mas nunca uma   consegue
 ver a mancha na própria nuca nem pode receber essa informação de   outras
 gaivotas. Se uma gaivota tem mancha na nuca, necessariamente tem a  
 doença. Durante os primeiros 39 dias de reuniões, nenhuma delas se  
 suicida. Transcorridos 39 dias e feitas 39 reuniões, todas as
 gaivotas com mancha na   nuca se suicidaram às 23:00h. Desde a
 primeira reunião até o dia dos suicídios, não nasce e não morre   nenhuma
 gaivota, nenhuma vai embora e não chega nenhuma gaivota nova.   Quantas
 gaivotas se suicidaram e como elas descobriram que tinham a mancha?   
  Sds

Re: [obm-l] RE: [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega

2008-11-12 Por tôpico Bouskela
Já expliquei: a principal condição de contorno do problema foi violada, i.e., 
quando as gaivotas firmaram um pacto de comportamento coletivo, elas, 
inequivocamente, se comunicaram, o que não é permitido!

Vou repetir:

Veja que, ao adotarem um comportamento padronizado, i.e., pactuado a priori, as 
gaivotas violaram uma condição de contorno do problema - e logo a mais 
importante: uma gaivota não pode se comunicar com outra gaivota, logo não é 
possível concretizar um comportamento coletivamente pactuado!

ESTE COMPORTAMENTO PADRONIZADO SÓ PODE SER PACTUADO ATRAVÉS DE ALGUM TIPO DE 
COMUNICAÇÃO ENTRE AS GAIVOTAS. REPARE QUE OUTROS COMPORTAMENTOS SÃO IGUALMENTE 
POSSÍVEIS, BASTA QUE AS GAIVOTAS O ADMITAM E, ASSIM, PACTUEM - VEJA ABAIXO:

Se tal fosse admitido, seria mais simples - e mais eficaz! - que uma gaivota, 
ao ver uma outra infectada, lhe desse uma bicada, lhe tacasse um pescado nas 
fuças, lhe atirasse um ovo, sei lá...

- Original Message -
From: Felipe [EMAIL PROTECTED]
To: obm-l@mat.puc-rio.br
Date: Wed, 12 Nov 2008 14:04:59 -0300
Subject: Re: [obm-l] RE: [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega

 pode explicar com detalhes qual o problema que voce ve nessa solucao??
 Felipe
 
 2008/11/12 Bouskela [EMAIL PROTECTED]
 
  Olá!
 
  A solução que você apresentou está correta. Na verdade existem muitas
  soluções - todas elas são variantes desta que você apresentou.
 
  Repare, entretanto, que se trata de uma solução pra lá de chinfrim -
  explico-me:
 
  Veja que, ao adotarem um comportamento padronizado, i.e., pactuado a
  priori, as gaivotas violaram uma condição de contorno do problema - e logo a
  mais importante: uma gaivota não pode se comunicar com outra gaivota, logo
  não é possível concretizar um comportamento coletivamente pactuado!
 
  Se tal fosse admitido, seria mais simples - e mais eficaz! - que uma
  gaivota, ao ver uma outra infectada, lhe desse uma bicada, lhe tacasse um
  pescado nas fuças, lhe atirasse um ovo, sei lá...
 
  Bem, de qualquer maneira, a solução é esta mesmo. Quem gostou, gostou, que
  não gostou, paciência...
 
  Saudações,
  AB
 
 
 
  - Original Message -
  From: Samuel Wainer [EMAIL PROTECTED]
  To: listaobm obm-l@mat.puc-rio.br
  Date: Wed, 12 Nov 2008 15:47:19 +
  Subject: [obm-l]  RE: [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega
 
  
   Tudo bom?
  
   Eu imaginei um solução aqui, mas não sei se está correta.
  
   Assim, um dado do problema é que existe a doença na ilha, ou seja, pelo
  menos uma gaivota está doente (essa é a minha dúvida, posso afirmar isso?).
  Assim, se apenas uma gaivota estivesse doente, na primeira reunião ela (a
  doente) olharia a nuca de todas as outras, e não veria mancha alguma, logo
  só ela pode estar doente. Ela se mata na mesma noite. Agora, se duas tiverem
  doentes, qualquer uma delas (as doentes) olharia a nuca de cada uma das
  outras e veria apenas uma gaivota com mancha. Portanto ela esperaria uma
  noite e se a gaivota que ela viu com a mancha não se matasse, elas se
  encontrariam na reunião do dia seguinte, assim saberiam (as duas) que ela e
  outra que ela viu estariam com a mancha e se matariam na mesma noite
  (segunda noite). De mesmo modo se tivéssemos 3 gaivotas doentes elas se
  matariam na noite do terceiro dia. Por fim, como solução do problema (eu
  acho) teríamos nailha 39 gaivotas doentes. From: [EMAIL PROTECTED] To:
  obm-l@mat.puc-rio.br Subject: Re:!
   [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega Date: Wed, 12 Nov 2008
  11:33:42 -0200  Olá!  Vou lhe enviar a solução asap, mas não espere nada
  de (muito) inteligente: a solução é bem fajuta.  Sds., AB  -
  Original Message - From: João Paulo V. Bonifácio 
  [EMAIL PROTECTED] To: obm-l@mat.puc-rio.br Date: Wed, 12 Nov
  2008 07:02:43 -0200 Subject: Re: [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha
  grega   Olá,  Muito legal esse problema... não consegui resolvê-lo.
  Poste a solução, por  favor, Bouskela.Abraços2008/11/4
  Bouskela [EMAIL PROTECTED] Olá! Este problema é
  bastante conhecido. Faltaram, entretanto, nesta versão que   você
  apresentou, algumas informações, sem as quais a solução (mesmo inexata  
  - ver adiante) não é possível: 1] TODAS as mulheres gregas se
  reúnem uma única vez por dia, mas não   falam - ABERTAMENTE - sobre a
  traição dos parceiros das outras;   2] EXATAMENTE, não há uma!
   solução possível dentro da Lógica Cartesiana,   i.e., a s!
  olução possível é um tanto ou quanto acochambrada;   3] O enunciado
  clássico (e mais cuidadoso) deste problema é, dentre   outras variantes
  possíveis, o seguinte:   Havia uma ilha habitada apenas por
  gaivotas. Algumas dessas gaivotas   contraíram uma doença letal, porém
  não contagiosa. O único sintoma da doença   é uma mancha escura na nuca,
  mas sem qualquer protuberância ou aumento de   sensibilidade na região,
  de modo que não é possível para a gaivota que tem a   mancha ter
  consciência disso, mas todas podem perceber