Res: Res: [obm-l] SEQUENCIAS II

2007-04-11 Por tôpico Klaus Ferraz
eh verdade Claudio, eu só estava me adiantando um pouco. Mas vou ver essa parte 
de limites de sequencias nas proximas semanas.


- Mensagem original 
De: claudio.buffara <[EMAIL PROTECTED]>
Para: obm-l 
Enviadas: Terça-feira, 10 de Abril de 2007 16:37:13
Assunto: Re:Res: [obm-l] SEQUENCIAS II


Oi, Klaus:
 
Sem querer ser chato (mas provavelmente sendo...):
Como você pode demonstrar que uma sequência convergente (a_n) e a soma de 
Cesaro correspondente ((a_1+...+a_n)/n) têm o mesmo limite se, aparentemente, 
você nem sabe a definição precisa de limite de uma sequência?
 
[]s,
Claudio.
 
De:[EMAIL PROTECTED]

Para:obm-l@mat.puc-rio.br

Cópia:

Data:Mon, 9 Apr 2007 15:58:35 -0700 (PDT)

Assunto:Res: [obm-l] SEQUENCIAS II

Valeu Bruno França. Tah meio complicado pra eu entender. Mas de qualquer forma 
valeu.


- Mensagem original 
De: Bruno França dos Reis <[EMAIL PROTECTED]>
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Segunda-feira, 9 de Abril de 2007 18:22:29
Assunto: Re: [obm-l] SEQUENCIAS II


> Isso aí vem da definição de limite. Seria bom vc tê-la muito clara em sua 
> mente antes de tentar tais demonstrações.
> Veja só:
>  
> Dizemos que a_k --> L quando k --> o se, para cada eps > 0 existir um natural 
> N tal que para todo n > N teremos |a_n - L| < eps.
>  
> Ou seja: escolha uma distância ao ponto L (ie, um intervalinho centrado em L, 
> com o tamanho que vc quiser); vc então verificará que a partir de certo 
> instante, para algum N suficientemente grande, todos os elementos 
> subsequêntes da sua seqüência cairão dentro desse intervalinho. Se isso 
> ocorrer para qualquer tamanho de intervalinho, por menor que seja, então 
> diremos que a_k tende a L qd k --> 0 (essa é a definiçãoa de limite de 
> maneira informal e em texto). 
>  
> Pois bem, se b_k --> 0, isso quer dizer que para cada eps > 0 podemos 
> encontrar N natural tal que n > N ==> |b_n - 0| < eps <==> |b_n| < eps, isso 
> pela própria definição de limite, concorda?
> Muito bem, se podemos garantir que existe esse número N tal que todos os 
> elementos a partir do N-ésimo caem todos a uma distância de no máximo eps do 
> pto 0, então podemos dizer o mesmo para uma outra distância, por exemplo, 
> eps/2. A essa nova distância corresponderá um outro número N', possivelmente 
> maior que N (isso é MUITO informal, mas só pra ficar mais fácil de 
> visualizar), tal que a partir do N'-ésimo elemento, todos estarão no máximo à 
> distância eps/2. 
>  
> Agora vc pode se perguntar, de onde veio esse eps/2? E pq ele falou de um 
> n_1? Isso é um artifício muito usado em demonstrações que envolvem uso de 
> limites, quando há somas, por exemplo. Se vc quiser demonstrar que a_n --> A 
> e b_n -> B implica (a_n + b_n) -> (A+B)  (o que não é trivial), vc argumenta 
> mais ou menos assim: para qualquer eps positivo, podemos encontrar um natural 
> n_1 tal que todo mundo da sequência {a}, a partir desse n_1-ésimo elemento, 
> estará à distância máxima de eps/2 do número A. Da mesma forma, tomamos n_2 
> para a seq. {b} de forma que a partir desse n_2-ésimo elemento, todo mundo 
> estará à dist. max. de eps/2 do número B. Agora, se vc pegar o maior dos dois 
> naturais n_1 e n_2 (chamemos de N), então com certeza, a partir de N, para 
> qualquer uma das seqüências, estaremos a uma dist. de no máximo eps/2 do 
> respectivo limite. Agora se vc pegar a seq. c_n = a_n + b_n, a partir desse N 
> estaremos à distância eps/2 + eps/2 = eps do valor A+B. Assim vemos que
 para qualquer eps, podemos encontrar um natural N tal que a partir dele, a 
seq. c_n = a_n + b_n estará a no máximo uma distância eps de A+B!!! 
>  
> Entendeu a idéia? Agora consegue entender essa passagem?
>  
> Até mais
> Bruno França dos Reis

 
> On 4/9/07, Klaus Ferraz <[EMAIL PROTECTED]> wrote: 
> 
Ola Claudio,
 não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2."
o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k|
Para: obm-l 
Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28 
Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II 
> 


> -- Cabeçalho original ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia: 
Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT)
Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II

> Suponha que a_n-->a. Mostre que :
> 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a.
> 

Essa eh a manjadissima soma de Cesaro. 
Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0.
Seja eps > 0.
b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2.
Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < 
eps/2. 
Mas entao, tomando k > n_2, teremos:
|b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <=
|b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k <
eps/2 

Res: Res: [obm-l] SEQUENCIAS II

2007-04-10 Por tôpico Klaus Ferraz
Vlw Claudio, vou pensar!


- Mensagem original 
De: claudio.buffara <[EMAIL PROTECTED]>
Para: obm-l 
Enviadas: Terça-feira, 10 de Abril de 2007 7:50:54
Assunto: Re:Res: [obm-l] SEQUENCIAS II


b_k -> 0 significa que lim(k -> infinito) b_k = 0
Isso quer dizer que, dado eps > 0, existe n_1 em N (conjunto dos naturais) tal 
que:
se k > n_1 entao |b_k - 0| = |b_k| < eps.
Em portugues: dizer que b_k tende a 0 significa dizer que, para todos os k 
suficientemente grandes, b_k estarah tao proximo de 
zero quanto quisermos. Esta eh simplesmente a definicao de limite de uma 
sequencia.

Que tal entrar no Google e digitar: "Cesaro sum"?
De qualquer forma, a soma de Cesaro de uma sequencia (a_n) eh, por definicao, a 
sequencia (b_n) dada por:
b_n = (a_1+a_2+...+a_n)/n. Eu disse que eh manjadissima porque praticamente 
todos os livros de analise demonstram ou 
pedem, como exercicio, a demonstracao do resultado abaixo: se a_n -> a, entao 
b_n -> a.
Tambem pode acontecer de (a_n) divergir mas (b_n) convergir. Voce consegue dar 
um exemplo disso?

[]s,
Claudio.

-- Cabeçalho original ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia: 
Data: Mon, 9 Apr 2007 12:17:33 -0700 (PDT)
Assunto: Res: [obm-l] SEQUENCIAS II

> Ola Claudio,
>  não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2."
> o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k| Nao encontrei nada sobre essa soma de Cesaro.
> vlw.
> 
> 
> - Mensagem original 
> De: claudio.buffara <[EMAIL PROTECTED]>
> Para: obm-l 
> Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28
> Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II
> 
> 
> -- Cabeçalho original ---
> 
> De: [EMAIL PROTECTED]
> Para: obm-l@mat.puc-rio.br
> Cópia: 
> Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT)
> Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II
> 
> > Suponha que a_n-->a. Mostre que :
> > 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a.
> > 
> 
> Essa eh a manjadissima soma de Cesaro.
> Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0.
> Seja eps > 0.
> b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2.
> Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < 
> eps/2.
> Mas entao, tomando k > n_2, teremos:
> |b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <=
> |b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k <
> eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps.
> Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a.
> 
> 
> > Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule 
> > lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n.
> >
> 
> Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias 
> dos a_i.
> Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero.
> Caso contrario, escreva:
> a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1).
> Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==>
> a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k.
> Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o 
> limite procurado eh igual a a_k.
> (alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma 
> infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da 
> soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k).
> 
> Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+. 
> O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente.
> 
> []s,
> Claudio.
> 
> 
> 
> =
> Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
> =
> 
> __
> Fale com seus amigos  de graça com o novo Yahoo! Messenger 
> http://br.messenger.yahoo.com/ 
> 


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=

__
Fale com seus amigos  de graça com o novo Yahoo! Messenger 
http://br.messenger.yahoo.com/ 

Re:Res: [obm-l] SEQUENCIAS II

2007-04-10 Por tôpico claudio\.buffara
Oi, Klaus:

Sem querer ser chato (mas provavelmente sendo...):
Como você pode demonstrar que uma sequência convergente (a_n) e a soma de 
Cesaro correspondente ((a_1+...+a_n)/n) têm o mesmo limite se, aparentemente, 
você nem sabe a definição precisa de limite de uma sequência?

[]s,
Claudio.

De:[EMAIL PROTECTED]

Para:obm-l@mat.puc-rio.br

Cópia:

Data:Mon, 9 Apr 2007 15:58:35 -0700 (PDT)

Assunto:Res: [obm-l] SEQUENCIAS II

Valeu Bruno França. Tah meio complicado pra eu entender. Mas de qualquer forma 
valeu.


- Mensagem original 
De: Bruno França dos Reis <[EMAIL PROTECTED]>
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Segunda-feira, 9 de Abril de 2007 18:22:29
Assunto: Re: [obm-l] SEQUENCIAS II


> Isso aí vem da definição de limite. Seria bom vc tê-la muito clara em sua 
> mente antes de tentar tais demonstrações.
> Veja só:
>
> Dizemos que a_k --> L quando k --> o se, para cada eps > 0 existir um natural 
> N tal que para todo n > N teremos |a_n - L| < eps.
>
> Ou seja: escolha uma distância ao ponto L (ie, um intervalinho centrado em L, 
> com o tamanho que vc quiser); vc então verificará que a partir de certo 
> instante, para algum N suficientemente grande, todos os elementos 
> subsequêntes da sua seqüência cairão dentro desse intervalinho. Se isso 
> ocorrer para qualquer tamanho de intervalinho, por menor que seja, então 
> diremos que a_k tende a L qd k --> 0 (essa é a definiçãoa de limite de 
> maneira informal e em texto).
>
> Pois bem, se b_k --> 0, isso quer dizer que para cada eps > 0 podemos 
> encontrar N natural tal que n > N ==> |b_n - 0| < eps <==> |b_n| < eps, isso 
> pela própria definição de limite, concorda?
> Muito bem, se podemos garantir que existe esse número N tal que todos os 
> elementos a partir do N-ésimo caem todos a uma distância de no máximo eps do 
> pto 0, então podemos dizer o mesmo para uma outra distância, por exemplo, 
> eps/2. A essa nova distância corresponderá um outro número N', possivelmente 
> maior que N (isso é MUITO informal, mas só pra ficar mais fácil de 
> visualizar), tal que a partir do N'-ésimo elemento, todos estarão no máximo à 
> distância eps/2.
>
> Agora vc pode se perguntar, de onde veio esse eps/2? E pq ele falou de um 
> n_1? Isso é um artifício muito usado em demonstrações que envolvem uso de 
> limites, quando há somas, por exemplo. Se vc quiser demonstrar que a_n --> A 
> e b_n -> B implica (a_n + b_n) -> (A+B)  (o que não é trivial), vc argumenta 
> mais ou menos assim: para qualquer eps positivo, podemos encontrar um natural 
> n_1 tal que todo mundo da sequência {a}, a partir desse n_1-ésimo elemento, 
> estará à distância máxima de eps/2 do número A. Da mesma forma, tomamos n_2 
> para a seq. {b} de forma que a partir desse n_2-ésimo elemento, todo mundo 
> estará à dist. max. de eps/2 do número B. Agora, se vc pegar o maior dos dois 
> naturais n_1 e n_2 (chamemos de N), então com certeza, a partir de N, para 
> qualquer uma das seqüências, estaremos a uma dist. de no máximo eps/2 do 
> respectivo limite. Agora se vc pegar a seq. c_n = a_n + b_n, a partir desse N 
> estaremos à distância eps/2 + eps/2 = eps do valor A+B. Assim vemos que para 
> qualquer eps, podemos encontrar um natural N tal que a partir dele, a seq. 
> c_n = a_n + b_n estará a no máximo uma distância eps de A+B!!!
>
> Entendeu a idéia? Agora consegue entender essa passagem?
>
> Até mais
> Bruno França dos Reis


> On 4/9/07, Klaus Ferraz <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
>
Ola Claudio,
 não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2."
o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k|
Para: obm-l 
Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28
Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II
>


> -- Cabeçalho original ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia:
Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT)
Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II

> Suponha que a_n-->a. Mostre que :
> 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a.
>

Essa eh a manjadissima soma de Cesaro.
Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0.
Seja eps > 0.
b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2.
Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < 
eps/2.
Mas entao, tomando k > n_2, teremos:
|b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <=
|b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k <
eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps.
Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a.


> Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule
> lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n.
>

Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias dos 
a_i.
Se todos os

Re: [obm-l] SEQUENCIAS II

2007-04-10 Por tôpico Marcelo Salhab Brogliato

Ola Klaus,

isto vem diretamente da definicao de lim b_k = 0 ...
vejamos:
lim a_k = L
qualquer que seja eps>0, existe n tal que k > n implica |a_k - L| < eps

basta fazermos L=0, a_k = b_k e, ao inves de eps, vamos colocar eps/2

abracos,
Salhab



On 4/9/07, Klaus Ferraz <[EMAIL PROTECTED]> wrote:


Ola Claudio,
 não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| <
eps/2."
o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k|
Para: obm-l 
Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28
Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II



-- Cabeçalho original ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia:
Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT)
Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II

> Suponha que a_n-->a. Mostre que :
> 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a.
>

Essa eh a manjadissima soma de Cesaro.
Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0.
Seja eps > 0.
b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2.
Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k <
eps/2.
Mas entao, tomando k > n_2, teremos:
|b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <=
|b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k <
eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps.
Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a.


> Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule
> lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n.
>

Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias
dos a_i.
Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero.
Caso contrario, escreva:
a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1).
Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==>
a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k.
Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o
limite procurado eh igual a a_k.
(alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma
infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da
soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k).

Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+.
O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente.

[]s,
Claudio.



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


__
Fale com seus amigos de graça com o novo Yahoo! Messenger
http://br.messenger.yahoo.com/


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re:Res: [obm-l] SEQUENCIAS II

2007-04-10 Por tôpico claudio\.buffara
b_k -> 0 significa que lim(k -> infinito) b_k = 0
Isso quer dizer que, dado eps > 0, existe n_1 em N (conjunto dos naturais) tal 
que:
se k > n_1 entao |b_k - 0| = |b_k| < eps.
Em portugues: dizer que b_k tende a 0 significa dizer que, para todos os k 
suficientemente grandes, b_k estarah tao proximo de 
zero quanto quisermos. Esta eh simplesmente a definicao de limite de uma 
sequencia.

Que tal entrar no Google e digitar: "Cesaro sum"?
De qualquer forma, a soma de Cesaro de uma sequencia (a_n) eh, por definicao, a 
sequencia (b_n) dada por:
b_n = (a_1+a_2+...+a_n)/n. Eu disse que eh manjadissima porque praticamente 
todos os livros de analise demonstram ou 
pedem, como exercicio, a demonstracao do resultado abaixo: se a_n -> a, entao 
b_n -> a.
Tambem pode acontecer de (a_n) divergir mas (b_n) convergir. Voce consegue dar 
um exemplo disso?

[]s,
Claudio.

-- Cabeçalho original ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia: 
Data: Mon, 9 Apr 2007 12:17:33 -0700 (PDT)
Assunto: Res: [obm-l] SEQUENCIAS II

> Ola Claudio,
>  não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2."
> o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k| Nao encontrei nada sobre essa soma de Cesaro.
> vlw.
> 
> 
> - Mensagem original 
> De: claudio.buffara <[EMAIL PROTECTED]>
> Para: obm-l 
> Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28
> Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II
> 
> 
> -- Cabeçalho original ---
> 
> De: [EMAIL PROTECTED]
> Para: obm-l@mat.puc-rio.br
> Cópia: 
> Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT)
> Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II
> 
> > Suponha que a_n-->a. Mostre que :
> > 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a.
> > 
> 
> Essa eh a manjadissima soma de Cesaro.
> Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0.
> Seja eps > 0.
> b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2.
> Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < 
> eps/2.
> Mas entao, tomando k > n_2, teremos:
> |b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <=
> |b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k <
> eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps.
> Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a.
> 
> 
> > Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule 
> > lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n.
> >
> 
> Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias 
> dos a_i.
> Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero.
> Caso contrario, escreva:
> a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1).
> Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==>
> a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k.
> Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o 
> limite procurado eh igual a a_k.
> (alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma 
> infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da 
> soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k).
> 
> Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+. 
> O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente.
> 
> []s,
> Claudio.
> 
> 
> 
> =
> Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
> =
> 
> __
> Fale com seus amigos  de graça com o novo Yahoo! Messenger 
> http://br.messenger.yahoo.com/ 
> 


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Res: [obm-l] SEQUENCIAS II

2007-04-09 Por tôpico Klaus Ferraz
Valeu Bruno França. Tah meio complicado pra eu entender. Mas de qualquer forma 
valeu.


- Mensagem original 
De: Bruno França dos Reis <[EMAIL PROTECTED]>
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Segunda-feira, 9 de Abril de 2007 18:22:29
Assunto: Re: [obm-l] SEQUENCIAS II


Isso aí vem da definição de limite. Seria bom vc tê-la muito clara em sua mente 
antes de tentar tais demonstrações.
Veja só:
 
Dizemos que a_k --> L quando k --> o se, para cada eps > 0 existir um natural N 
tal que para todo n > N teremos |a_n - L| < eps.
 
Ou seja: escolha uma distância ao ponto L (ie, um intervalinho centrado em L, 
com o tamanho que vc quiser); vc então verificará que a partir de certo 
instante, para algum N suficientemente grande, todos os elementos subsequêntes 
da sua seqüência cairão dentro desse intervalinho. Se isso ocorrer para 
qualquer tamanho de intervalinho, por menor que seja, então diremos que a_k 
tende a L qd k --> 0 (essa é a definiçãoa de limite de maneira informal e em 
texto). 
 
Pois bem, se b_k --> 0, isso quer dizer que para cada eps > 0 podemos encontrar 
N natural tal que n > N ==> |b_n - 0| < eps <==> |b_n| < eps, isso pela própria 
definição de limite, concorda?
Muito bem, se podemos garantir que existe esse número N tal que todos os 
elementos a partir do N-ésimo caem todos a uma distância de no máximo eps do 
pto 0, então podemos dizer o mesmo para uma outra distância, por exemplo, 
eps/2. A essa nova distância corresponderá um outro número N', possivelmente 
maior que N (isso é MUITO informal, mas só pra ficar mais fácil de visualizar), 
tal que a partir do N'-ésimo elemento, todos estarão no máximo à distância 
eps/2. 
 
Agora vc pode se perguntar, de onde veio esse eps/2? E pq ele falou de um n_1? 
Isso é um artifício muito usado em demonstrações que envolvem uso de limites, 
quando há somas, por exemplo. Se vc quiser demonstrar que a_n --> A e b_n -> B 
implica (a_n + b_n) -> (A+B)  (o que não é trivial), vc argumenta mais ou menos 
assim: para qualquer eps positivo, podemos encontrar um natural n_1 tal que 
todo mundo da sequência {a}, a partir desse n_1-ésimo elemento, estará à 
distância máxima de eps/2 do número A. Da mesma forma, tomamos n_2 para a seq. 
{b} de forma que a partir desse n_2-ésimo elemento, todo mundo estará à dist. 
max. de eps/2 do número B. Agora, se vc pegar o maior dos dois naturais n_1 e 
n_2 (chamemos de N), então com certeza, a partir de N, para qualquer uma das 
seqüências, estaremos a uma dist. de no máximo eps/2 do respectivo limite. 
Agora se vc pegar a seq. c_n = a_n + b_n, a partir desse N estaremos à 
distância eps/2 + eps/2 = eps do valor A+B. Assim vemos que para
 qualquer eps, podemos encontrar um natural N tal que a partir dele, a seq. c_n 
= a_n + b_n estará a no máximo uma distância eps de A+B!!! 
 
Entendeu a idéia? Agora consegue entender essa passagem?
 
Até mais
Bruno França dos Reis

 
On 4/9/07, Klaus Ferraz <[EMAIL PROTECTED]> wrote: 
Ola Claudio,
 não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2."
o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k|
Para: obm-l 
Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28 
Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II 



-- Cabeçalho original ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia: 
Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT)
Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II

> Suponha que a_n-->a. Mostre que :
> 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a.
> 

Essa eh a manjadissima soma de Cesaro. 
Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0.
Seja eps > 0.
b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2.
Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < 
eps/2. 
Mas entao, tomando k > n_2, teremos:
|b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <=
|b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k <
eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps. 
Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a.


> Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule 
> lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n.
>

Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias dos 
a_i. 
Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero.
Caso contrario, escreva:
a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1).
Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==> 
a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k.
Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o limite 
procurado eh igual a a_k.
(alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma 
infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da 
soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k).

Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+. 
O limite nesse caso eh um

Re: [obm-l] SEQUENCIAS II

2007-04-09 Por tôpico Bruno França dos Reis

Isso aí vem da definição de limite. Seria bom vc tê-la muito clara em sua
mente antes de tentar tais demonstrações.
Veja só:

Dizemos que a_k --> L quando k --> o se, para cada eps > 0 existir um
natural N tal que para todo n > N teremos |a_n - L| < eps.

Ou seja: escolha uma distância ao ponto L (ie, um intervalinho centrado em
L, com o tamanho que vc quiser); vc então verificará que a partir de certo
instante, para algum N suficientemente grande, todos os elementos
subsequêntes da sua seqüência cairão dentro desse intervalinho. Se isso
ocorrer para qualquer tamanho de intervalinho, por menor que seja, então
diremos que a_k tende a L qd k --> 0 (essa é a definiçãoa de limite de
maneira informal e em texto).

Pois bem, se b_k --> 0, isso quer dizer que para cada eps > 0 podemos
encontrar N natural tal que n > N ==> |b_n - 0| < eps <==> |b_n| < eps, isso
pela própria definição de limite, concorda?
Muito bem, se podemos garantir que existe esse número N tal que todos os
elementos a partir do N-ésimo caem todos a uma distância de no máximo eps do
pto 0, então podemos dizer o mesmo para uma outra distância, por exemplo,
eps/2. A essa nova distância corresponderá um outro número N', possivelmente
maior que N (isso é MUITO informal, mas só pra ficar mais fácil de
visualizar), tal que a partir do N'-ésimo elemento, todos estarão no máximo
à distância eps/2.

Agora vc pode se perguntar, de onde veio esse eps/2? E pq ele falou de um
n_1? Isso é um artifício muito usado em demonstrações que envolvem uso de
limites, quando há somas, por exemplo. Se vc quiser demonstrar que a_n --> A
e b_n -> B implica (a_n + b_n) -> (A+B)  (o que não é trivial), vc argumenta
mais ou menos assim: para qualquer eps positivo, podemos encontrar um
natural n_1 tal que todo mundo da sequência {a}, a partir desse n_1-ésimo
elemento, estará à distância máxima de eps/2 do número A. Da mesma forma,
tomamos n_2 para a seq. {b} de forma que a partir desse n_2-ésimo elemento,
todo mundo estará à dist. max. de eps/2 do número B. Agora, se vc pegar o
maior dos dois naturais n_1 e n_2 (chamemos de N), então com certeza, a
partir de N, para qualquer uma das seqüências, estaremos a uma dist. de no
máximo eps/2 do respectivo limite. Agora se vc pegar a seq. c_n = a_n + b_n,
a partir desse N estaremos à distância eps/2 + eps/2 = eps do valor A+B.
Assim vemos que para qualquer eps, podemos encontrar um natural N tal que a
partir dele, a seq. c_n = a_n + b_n estará a no máximo uma distância eps de
A+B!!!

Entendeu a idéia? Agora consegue entender essa passagem?

Até mais
Bruno França dos Reis


On 4/9/07, Klaus Ferraz <[EMAIL PROTECTED]> wrote:


 Ola Claudio,
 não entendi *"b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| <
eps/2*."
o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k|
Para: obm-l 
Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28
Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II

-- Cabeçalho original ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia:
Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT)
Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II

> Suponha que a_n-->a. Mostre que :
> 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a.
>

Essa eh a manjadissima soma de Cesaro.
Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0.
Seja eps > 0.
b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2.
Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k <
eps/2.
Mas entao, tomando k > n_2, teremos:
|b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <=
|b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k <
eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps.
Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a.


> Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule
> lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n.
>

Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias
dos a_i.
Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero.
Caso contrario, escreva:
a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1).
Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==>
a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k.
Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o
limite procurado eh igual a a_k.
(alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma
infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da
soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k).

Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+.

O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente.

[]s,
Claudio.



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=



_

RES: [obm-l] SEQUENCIAS II

2007-04-09 Por tôpico Artur Costa Steiner
Com relação à sequencia das medias aritmeticas, um problema mais interesante e 
demonstrar que lim inf a_ <= lim inf s_n <= lim sup s_n <= lim sup a_n, sendo 
s_n a sequencia das medias aritmeticas de a_n. (admitindo-se que os limites 
possam ser infinitos). Isto implica automaticamente que, se lim a_n = a, entao 
lim s_n = a, mesmo que a = + oo - oo.
 
Interessante que estas mesmas desigualdades valem se s_n for a sequencia das 
medias ponderadas de a_n com relacao aos pesos p_n >0, se Soma p_n = oo. 
 
Artur
 
 

-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] nome de Klaus Ferraz
Enviada em: segunda-feira, 9 de abril de 2007 16:18
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Assunto: Res: [obm-l] SEQUENCIAS II


Ola Claudio,
 não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2."
o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k|
Para: obm-l 
Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28
Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II


-- Cabeçalho original ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia: 
Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT)
Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II

> Suponha que a_n-->a. Mostre que :
> 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a.
> 

Essa eh a manjadissima soma de Cesaro.
Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0.
Seja eps > 0.
b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2.
Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < 
eps/2.
Mas entao, tomando k > n_2, teremos:
|b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <=
|b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k <
eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps.
Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a.


> Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule 
> lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n.
>

Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias dos 
a_i.
Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero.
Caso contrario, escreva:
a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1).
Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==>
a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k.
Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o limite 
procurado eh igual a a_k.
(alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma 
infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da 
soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k).

Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+. 
O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente.

[]s,
Claudio.



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


__
Fale com seus amigos de graça com o novo Yahoo! Messenger 
http://br.messenger.yahoo.com/ 



Res: [obm-l] SEQUENCIAS II

2007-04-09 Por tôpico Klaus Ferraz
Ola Claudio,
 não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2."
o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k|
Para: obm-l 
Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28
Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II


-- Cabeçalho original ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia: 
Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT)
Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II

> Suponha que a_n-->a. Mostre que :
> 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a.
> 

Essa eh a manjadissima soma de Cesaro.
Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0.
Seja eps > 0.
b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2.
Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < 
eps/2.
Mas entao, tomando k > n_2, teremos:
|b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <=
|b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k <
eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps.
Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a.


> Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule 
> lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n.
>

Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias dos 
a_i.
Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero.
Caso contrario, escreva:
a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1).
Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==>
a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k.
Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o limite 
procurado eh igual a a_k.
(alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma 
infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da 
soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k).

Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+. 
O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente.

[]s,
Claudio.



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=

__
Fale com seus amigos  de graça com o novo Yahoo! Messenger 
http://br.messenger.yahoo.com/ 

Re:[obm-l] SEQUENCIAS II

2007-04-08 Por tôpico claudio\.buffara
-- Cabeçalho original ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia: 
Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT)
Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II

> Suponha que a_n-->a. Mostre que :
> 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a.
> 

Essa eh a manjadissima soma de Cesaro.
Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0.
Seja eps > 0.
b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2.
Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < 
eps/2.
Mas entao, tomando k > n_2, teremos:
|b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <=
|b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k <
eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps.
Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a.


> Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule 
> lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n.
>

Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias dos 
a_i.
Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero.
Caso contrario, escreva:
a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1).
Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==>
a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k.
Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o limite 
procurado eh igual a a_k.
(alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma 
infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da 
soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k).

Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+. 
O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente.

[]s,
Claudio.
 


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


[obm-l] SEQUENCIAS II

2007-04-05 Por tôpico Klaus Ferraz
Suponha que a_n-->a. Mostre que :
1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a.

Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule 
lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n.

Vlw.

__
Fale com seus amigos  de graça com o novo Yahoo! Messenger 
http://br.messenger.yahoo.com/