Res: Res: [obm-l] SEQUENCIAS II
eh verdade Claudio, eu só estava me adiantando um pouco. Mas vou ver essa parte de limites de sequencias nas proximas semanas. - Mensagem original De: claudio.buffara <[EMAIL PROTECTED]> Para: obm-l Enviadas: Terça-feira, 10 de Abril de 2007 16:37:13 Assunto: Re:Res: [obm-l] SEQUENCIAS II Oi, Klaus: Sem querer ser chato (mas provavelmente sendo...): Como você pode demonstrar que uma sequência convergente (a_n) e a soma de Cesaro correspondente ((a_1+...+a_n)/n) têm o mesmo limite se, aparentemente, você nem sabe a definição precisa de limite de uma sequência? []s, Claudio. De:[EMAIL PROTECTED] Para:obm-l@mat.puc-rio.br Cópia: Data:Mon, 9 Apr 2007 15:58:35 -0700 (PDT) Assunto:Res: [obm-l] SEQUENCIAS II Valeu Bruno França. Tah meio complicado pra eu entender. Mas de qualquer forma valeu. - Mensagem original De: Bruno França dos Reis <[EMAIL PROTECTED]> Para: obm-l@mat.puc-rio.br Enviadas: Segunda-feira, 9 de Abril de 2007 18:22:29 Assunto: Re: [obm-l] SEQUENCIAS II > Isso aí vem da definição de limite. Seria bom vc tê-la muito clara em sua > mente antes de tentar tais demonstrações. > Veja só: > > Dizemos que a_k --> L quando k --> o se, para cada eps > 0 existir um natural > N tal que para todo n > N teremos |a_n - L| < eps. > > Ou seja: escolha uma distância ao ponto L (ie, um intervalinho centrado em L, > com o tamanho que vc quiser); vc então verificará que a partir de certo > instante, para algum N suficientemente grande, todos os elementos > subsequêntes da sua seqüência cairão dentro desse intervalinho. Se isso > ocorrer para qualquer tamanho de intervalinho, por menor que seja, então > diremos que a_k tende a L qd k --> 0 (essa é a definiçãoa de limite de > maneira informal e em texto). > > Pois bem, se b_k --> 0, isso quer dizer que para cada eps > 0 podemos > encontrar N natural tal que n > N ==> |b_n - 0| < eps <==> |b_n| < eps, isso > pela própria definição de limite, concorda? > Muito bem, se podemos garantir que existe esse número N tal que todos os > elementos a partir do N-ésimo caem todos a uma distância de no máximo eps do > pto 0, então podemos dizer o mesmo para uma outra distância, por exemplo, > eps/2. A essa nova distância corresponderá um outro número N', possivelmente > maior que N (isso é MUITO informal, mas só pra ficar mais fácil de > visualizar), tal que a partir do N'-ésimo elemento, todos estarão no máximo à > distância eps/2. > > Agora vc pode se perguntar, de onde veio esse eps/2? E pq ele falou de um > n_1? Isso é um artifício muito usado em demonstrações que envolvem uso de > limites, quando há somas, por exemplo. Se vc quiser demonstrar que a_n --> A > e b_n -> B implica (a_n + b_n) -> (A+B) (o que não é trivial), vc argumenta > mais ou menos assim: para qualquer eps positivo, podemos encontrar um natural > n_1 tal que todo mundo da sequência {a}, a partir desse n_1-ésimo elemento, > estará à distância máxima de eps/2 do número A. Da mesma forma, tomamos n_2 > para a seq. {b} de forma que a partir desse n_2-ésimo elemento, todo mundo > estará à dist. max. de eps/2 do número B. Agora, se vc pegar o maior dos dois > naturais n_1 e n_2 (chamemos de N), então com certeza, a partir de N, para > qualquer uma das seqüências, estaremos a uma dist. de no máximo eps/2 do > respectivo limite. Agora se vc pegar a seq. c_n = a_n + b_n, a partir desse N > estaremos à distância eps/2 + eps/2 = eps do valor A+B. Assim vemos que para qualquer eps, podemos encontrar um natural N tal que a partir dele, a seq. c_n = a_n + b_n estará a no máximo uma distância eps de A+B!!! > > Entendeu a idéia? Agora consegue entender essa passagem? > > Até mais > Bruno França dos Reis > On 4/9/07, Klaus Ferraz <[EMAIL PROTECTED]> wrote: > Ola Claudio, não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2." o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k| Para: obm-l Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28 Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II > > -- Cabeçalho original --- De: [EMAIL PROTECTED] Para: obm-l@mat.puc-rio.br Cópia: Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT) Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II > Suponha que a_n-->a. Mostre que : > 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a. > Essa eh a manjadissima soma de Cesaro. Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0. Seja eps > 0. b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2. Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < eps/2. Mas entao, tomando k > n_2, teremos: |b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <= |b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k < eps/2
Res: Res: [obm-l] SEQUENCIAS II
Vlw Claudio, vou pensar! - Mensagem original De: claudio.buffara <[EMAIL PROTECTED]> Para: obm-l Enviadas: Terça-feira, 10 de Abril de 2007 7:50:54 Assunto: Re:Res: [obm-l] SEQUENCIAS II b_k -> 0 significa que lim(k -> infinito) b_k = 0 Isso quer dizer que, dado eps > 0, existe n_1 em N (conjunto dos naturais) tal que: se k > n_1 entao |b_k - 0| = |b_k| < eps. Em portugues: dizer que b_k tende a 0 significa dizer que, para todos os k suficientemente grandes, b_k estarah tao proximo de zero quanto quisermos. Esta eh simplesmente a definicao de limite de uma sequencia. Que tal entrar no Google e digitar: "Cesaro sum"? De qualquer forma, a soma de Cesaro de uma sequencia (a_n) eh, por definicao, a sequencia (b_n) dada por: b_n = (a_1+a_2+...+a_n)/n. Eu disse que eh manjadissima porque praticamente todos os livros de analise demonstram ou pedem, como exercicio, a demonstracao do resultado abaixo: se a_n -> a, entao b_n -> a. Tambem pode acontecer de (a_n) divergir mas (b_n) convergir. Voce consegue dar um exemplo disso? []s, Claudio. -- Cabeçalho original --- De: [EMAIL PROTECTED] Para: obm-l@mat.puc-rio.br Cópia: Data: Mon, 9 Apr 2007 12:17:33 -0700 (PDT) Assunto: Res: [obm-l] SEQUENCIAS II > Ola Claudio, > não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2." > o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k| Nao encontrei nada sobre essa soma de Cesaro. > vlw. > > > - Mensagem original > De: claudio.buffara <[EMAIL PROTECTED]> > Para: obm-l > Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28 > Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II > > > -- Cabeçalho original --- > > De: [EMAIL PROTECTED] > Para: obm-l@mat.puc-rio.br > Cópia: > Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT) > Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II > > > Suponha que a_n-->a. Mostre que : > > 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a. > > > > Essa eh a manjadissima soma de Cesaro. > Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0. > Seja eps > 0. > b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2. > Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < > eps/2. > Mas entao, tomando k > n_2, teremos: > |b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <= > |b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k < > eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps. > Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a. > > > > Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule > > lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n. > > > > Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias > dos a_i. > Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero. > Caso contrario, escreva: > a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1). > Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==> > a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k. > Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o > limite procurado eh igual a a_k. > (alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma > infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da > soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k). > > Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+. > O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente. > > []s, > Claudio. > > > > = > Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em > http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html > = > > __ > Fale com seus amigos de graça com o novo Yahoo! Messenger > http://br.messenger.yahoo.com/ > = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html = __ Fale com seus amigos de graça com o novo Yahoo! Messenger http://br.messenger.yahoo.com/
Re:Res: [obm-l] SEQUENCIAS II
Oi, Klaus: Sem querer ser chato (mas provavelmente sendo...): Como você pode demonstrar que uma sequência convergente (a_n) e a soma de Cesaro correspondente ((a_1+...+a_n)/n) têm o mesmo limite se, aparentemente, você nem sabe a definição precisa de limite de uma sequência? []s, Claudio. De:[EMAIL PROTECTED] Para:obm-l@mat.puc-rio.br Cópia: Data:Mon, 9 Apr 2007 15:58:35 -0700 (PDT) Assunto:Res: [obm-l] SEQUENCIAS II Valeu Bruno França. Tah meio complicado pra eu entender. Mas de qualquer forma valeu. - Mensagem original De: Bruno França dos Reis <[EMAIL PROTECTED]> Para: obm-l@mat.puc-rio.br Enviadas: Segunda-feira, 9 de Abril de 2007 18:22:29 Assunto: Re: [obm-l] SEQUENCIAS II > Isso aí vem da definição de limite. Seria bom vc tê-la muito clara em sua > mente antes de tentar tais demonstrações. > Veja só: > > Dizemos que a_k --> L quando k --> o se, para cada eps > 0 existir um natural > N tal que para todo n > N teremos |a_n - L| < eps. > > Ou seja: escolha uma distância ao ponto L (ie, um intervalinho centrado em L, > com o tamanho que vc quiser); vc então verificará que a partir de certo > instante, para algum N suficientemente grande, todos os elementos > subsequêntes da sua seqüência cairão dentro desse intervalinho. Se isso > ocorrer para qualquer tamanho de intervalinho, por menor que seja, então > diremos que a_k tende a L qd k --> 0 (essa é a definiçãoa de limite de > maneira informal e em texto). > > Pois bem, se b_k --> 0, isso quer dizer que para cada eps > 0 podemos > encontrar N natural tal que n > N ==> |b_n - 0| < eps <==> |b_n| < eps, isso > pela própria definição de limite, concorda? > Muito bem, se podemos garantir que existe esse número N tal que todos os > elementos a partir do N-ésimo caem todos a uma distância de no máximo eps do > pto 0, então podemos dizer o mesmo para uma outra distância, por exemplo, > eps/2. A essa nova distância corresponderá um outro número N', possivelmente > maior que N (isso é MUITO informal, mas só pra ficar mais fácil de > visualizar), tal que a partir do N'-ésimo elemento, todos estarão no máximo à > distância eps/2. > > Agora vc pode se perguntar, de onde veio esse eps/2? E pq ele falou de um > n_1? Isso é um artifício muito usado em demonstrações que envolvem uso de > limites, quando há somas, por exemplo. Se vc quiser demonstrar que a_n --> A > e b_n -> B implica (a_n + b_n) -> (A+B) (o que não é trivial), vc argumenta > mais ou menos assim: para qualquer eps positivo, podemos encontrar um natural > n_1 tal que todo mundo da sequência {a}, a partir desse n_1-ésimo elemento, > estará à distância máxima de eps/2 do número A. Da mesma forma, tomamos n_2 > para a seq. {b} de forma que a partir desse n_2-ésimo elemento, todo mundo > estará à dist. max. de eps/2 do número B. Agora, se vc pegar o maior dos dois > naturais n_1 e n_2 (chamemos de N), então com certeza, a partir de N, para > qualquer uma das seqüências, estaremos a uma dist. de no máximo eps/2 do > respectivo limite. Agora se vc pegar a seq. c_n = a_n + b_n, a partir desse N > estaremos à distância eps/2 + eps/2 = eps do valor A+B. Assim vemos que para > qualquer eps, podemos encontrar um natural N tal que a partir dele, a seq. > c_n = a_n + b_n estará a no máximo uma distância eps de A+B!!! > > Entendeu a idéia? Agora consegue entender essa passagem? > > Até mais > Bruno França dos Reis > On 4/9/07, Klaus Ferraz <[EMAIL PROTECTED]> wrote: > Ola Claudio, não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2." o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k| Para: obm-l Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28 Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II > > -- Cabeçalho original --- De: [EMAIL PROTECTED] Para: obm-l@mat.puc-rio.br Cópia: Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT) Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II > Suponha que a_n-->a. Mostre que : > 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a. > Essa eh a manjadissima soma de Cesaro. Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0. Seja eps > 0. b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2. Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < eps/2. Mas entao, tomando k > n_2, teremos: |b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <= |b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k < eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps. Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a. > Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule > lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n. > Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias dos a_i. Se todos os
Re: [obm-l] SEQUENCIAS II
Ola Klaus, isto vem diretamente da definicao de lim b_k = 0 ... vejamos: lim a_k = L qualquer que seja eps>0, existe n tal que k > n implica |a_k - L| < eps basta fazermos L=0, a_k = b_k e, ao inves de eps, vamos colocar eps/2 abracos, Salhab On 4/9/07, Klaus Ferraz <[EMAIL PROTECTED]> wrote: Ola Claudio, não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2." o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k| Para: obm-l Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28 Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II -- Cabeçalho original --- De: [EMAIL PROTECTED] Para: obm-l@mat.puc-rio.br Cópia: Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT) Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II > Suponha que a_n-->a. Mostre que : > 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a. > Essa eh a manjadissima soma de Cesaro. Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0. Seja eps > 0. b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2. Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < eps/2. Mas entao, tomando k > n_2, teremos: |b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <= |b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k < eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps. Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a. > Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule > lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n. > Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias dos a_i. Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero. Caso contrario, escreva: a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1). Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==> a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k. Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o limite procurado eh igual a a_k. (alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k). Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+. O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente. []s, Claudio. = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html = __ Fale com seus amigos de graça com o novo Yahoo! Messenger http://br.messenger.yahoo.com/ = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
Re:Res: [obm-l] SEQUENCIAS II
b_k -> 0 significa que lim(k -> infinito) b_k = 0 Isso quer dizer que, dado eps > 0, existe n_1 em N (conjunto dos naturais) tal que: se k > n_1 entao |b_k - 0| = |b_k| < eps. Em portugues: dizer que b_k tende a 0 significa dizer que, para todos os k suficientemente grandes, b_k estarah tao proximo de zero quanto quisermos. Esta eh simplesmente a definicao de limite de uma sequencia. Que tal entrar no Google e digitar: "Cesaro sum"? De qualquer forma, a soma de Cesaro de uma sequencia (a_n) eh, por definicao, a sequencia (b_n) dada por: b_n = (a_1+a_2+...+a_n)/n. Eu disse que eh manjadissima porque praticamente todos os livros de analise demonstram ou pedem, como exercicio, a demonstracao do resultado abaixo: se a_n -> a, entao b_n -> a. Tambem pode acontecer de (a_n) divergir mas (b_n) convergir. Voce consegue dar um exemplo disso? []s, Claudio. -- Cabeçalho original --- De: [EMAIL PROTECTED] Para: obm-l@mat.puc-rio.br Cópia: Data: Mon, 9 Apr 2007 12:17:33 -0700 (PDT) Assunto: Res: [obm-l] SEQUENCIAS II > Ola Claudio, > não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2." > o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k| Nao encontrei nada sobre essa soma de Cesaro. > vlw. > > > - Mensagem original > De: claudio.buffara <[EMAIL PROTECTED]> > Para: obm-l > Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28 > Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II > > > -- Cabeçalho original --- > > De: [EMAIL PROTECTED] > Para: obm-l@mat.puc-rio.br > Cópia: > Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT) > Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II > > > Suponha que a_n-->a. Mostre que : > > 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a. > > > > Essa eh a manjadissima soma de Cesaro. > Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0. > Seja eps > 0. > b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2. > Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < > eps/2. > Mas entao, tomando k > n_2, teremos: > |b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <= > |b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k < > eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps. > Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a. > > > > Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule > > lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n. > > > > Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias > dos a_i. > Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero. > Caso contrario, escreva: > a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1). > Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==> > a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k. > Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o > limite procurado eh igual a a_k. > (alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma > infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da > soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k). > > Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+. > O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente. > > []s, > Claudio. > > > > = > Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em > http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html > = > > __ > Fale com seus amigos de graça com o novo Yahoo! Messenger > http://br.messenger.yahoo.com/ > = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
Res: [obm-l] SEQUENCIAS II
Valeu Bruno França. Tah meio complicado pra eu entender. Mas de qualquer forma valeu. - Mensagem original De: Bruno França dos Reis <[EMAIL PROTECTED]> Para: obm-l@mat.puc-rio.br Enviadas: Segunda-feira, 9 de Abril de 2007 18:22:29 Assunto: Re: [obm-l] SEQUENCIAS II Isso aí vem da definição de limite. Seria bom vc tê-la muito clara em sua mente antes de tentar tais demonstrações. Veja só: Dizemos que a_k --> L quando k --> o se, para cada eps > 0 existir um natural N tal que para todo n > N teremos |a_n - L| < eps. Ou seja: escolha uma distância ao ponto L (ie, um intervalinho centrado em L, com o tamanho que vc quiser); vc então verificará que a partir de certo instante, para algum N suficientemente grande, todos os elementos subsequêntes da sua seqüência cairão dentro desse intervalinho. Se isso ocorrer para qualquer tamanho de intervalinho, por menor que seja, então diremos que a_k tende a L qd k --> 0 (essa é a definiçãoa de limite de maneira informal e em texto). Pois bem, se b_k --> 0, isso quer dizer que para cada eps > 0 podemos encontrar N natural tal que n > N ==> |b_n - 0| < eps <==> |b_n| < eps, isso pela própria definição de limite, concorda? Muito bem, se podemos garantir que existe esse número N tal que todos os elementos a partir do N-ésimo caem todos a uma distância de no máximo eps do pto 0, então podemos dizer o mesmo para uma outra distância, por exemplo, eps/2. A essa nova distância corresponderá um outro número N', possivelmente maior que N (isso é MUITO informal, mas só pra ficar mais fácil de visualizar), tal que a partir do N'-ésimo elemento, todos estarão no máximo à distância eps/2. Agora vc pode se perguntar, de onde veio esse eps/2? E pq ele falou de um n_1? Isso é um artifício muito usado em demonstrações que envolvem uso de limites, quando há somas, por exemplo. Se vc quiser demonstrar que a_n --> A e b_n -> B implica (a_n + b_n) -> (A+B) (o que não é trivial), vc argumenta mais ou menos assim: para qualquer eps positivo, podemos encontrar um natural n_1 tal que todo mundo da sequência {a}, a partir desse n_1-ésimo elemento, estará à distância máxima de eps/2 do número A. Da mesma forma, tomamos n_2 para a seq. {b} de forma que a partir desse n_2-ésimo elemento, todo mundo estará à dist. max. de eps/2 do número B. Agora, se vc pegar o maior dos dois naturais n_1 e n_2 (chamemos de N), então com certeza, a partir de N, para qualquer uma das seqüências, estaremos a uma dist. de no máximo eps/2 do respectivo limite. Agora se vc pegar a seq. c_n = a_n + b_n, a partir desse N estaremos à distância eps/2 + eps/2 = eps do valor A+B. Assim vemos que para qualquer eps, podemos encontrar um natural N tal que a partir dele, a seq. c_n = a_n + b_n estará a no máximo uma distância eps de A+B!!! Entendeu a idéia? Agora consegue entender essa passagem? Até mais Bruno França dos Reis On 4/9/07, Klaus Ferraz <[EMAIL PROTECTED]> wrote: Ola Claudio, não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2." o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k| Para: obm-l Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28 Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II -- Cabeçalho original --- De: [EMAIL PROTECTED] Para: obm-l@mat.puc-rio.br Cópia: Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT) Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II > Suponha que a_n-->a. Mostre que : > 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a. > Essa eh a manjadissima soma de Cesaro. Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0. Seja eps > 0. b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2. Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < eps/2. Mas entao, tomando k > n_2, teremos: |b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <= |b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k < eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps. Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a. > Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule > lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n. > Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias dos a_i. Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero. Caso contrario, escreva: a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1). Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==> a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k. Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o limite procurado eh igual a a_k. (alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k). Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+. O limite nesse caso eh um
Re: [obm-l] SEQUENCIAS II
Isso aí vem da definição de limite. Seria bom vc tê-la muito clara em sua mente antes de tentar tais demonstrações. Veja só: Dizemos que a_k --> L quando k --> o se, para cada eps > 0 existir um natural N tal que para todo n > N teremos |a_n - L| < eps. Ou seja: escolha uma distância ao ponto L (ie, um intervalinho centrado em L, com o tamanho que vc quiser); vc então verificará que a partir de certo instante, para algum N suficientemente grande, todos os elementos subsequêntes da sua seqüência cairão dentro desse intervalinho. Se isso ocorrer para qualquer tamanho de intervalinho, por menor que seja, então diremos que a_k tende a L qd k --> 0 (essa é a definiçãoa de limite de maneira informal e em texto). Pois bem, se b_k --> 0, isso quer dizer que para cada eps > 0 podemos encontrar N natural tal que n > N ==> |b_n - 0| < eps <==> |b_n| < eps, isso pela própria definição de limite, concorda? Muito bem, se podemos garantir que existe esse número N tal que todos os elementos a partir do N-ésimo caem todos a uma distância de no máximo eps do pto 0, então podemos dizer o mesmo para uma outra distância, por exemplo, eps/2. A essa nova distância corresponderá um outro número N', possivelmente maior que N (isso é MUITO informal, mas só pra ficar mais fácil de visualizar), tal que a partir do N'-ésimo elemento, todos estarão no máximo à distância eps/2. Agora vc pode se perguntar, de onde veio esse eps/2? E pq ele falou de um n_1? Isso é um artifício muito usado em demonstrações que envolvem uso de limites, quando há somas, por exemplo. Se vc quiser demonstrar que a_n --> A e b_n -> B implica (a_n + b_n) -> (A+B) (o que não é trivial), vc argumenta mais ou menos assim: para qualquer eps positivo, podemos encontrar um natural n_1 tal que todo mundo da sequência {a}, a partir desse n_1-ésimo elemento, estará à distância máxima de eps/2 do número A. Da mesma forma, tomamos n_2 para a seq. {b} de forma que a partir desse n_2-ésimo elemento, todo mundo estará à dist. max. de eps/2 do número B. Agora, se vc pegar o maior dos dois naturais n_1 e n_2 (chamemos de N), então com certeza, a partir de N, para qualquer uma das seqüências, estaremos a uma dist. de no máximo eps/2 do respectivo limite. Agora se vc pegar a seq. c_n = a_n + b_n, a partir desse N estaremos à distância eps/2 + eps/2 = eps do valor A+B. Assim vemos que para qualquer eps, podemos encontrar um natural N tal que a partir dele, a seq. c_n = a_n + b_n estará a no máximo uma distância eps de A+B!!! Entendeu a idéia? Agora consegue entender essa passagem? Até mais Bruno França dos Reis On 4/9/07, Klaus Ferraz <[EMAIL PROTECTED]> wrote: Ola Claudio, não entendi *"b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2*." o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k| Para: obm-l Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28 Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II -- Cabeçalho original --- De: [EMAIL PROTECTED] Para: obm-l@mat.puc-rio.br Cópia: Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT) Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II > Suponha que a_n-->a. Mostre que : > 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a. > Essa eh a manjadissima soma de Cesaro. Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0. Seja eps > 0. b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2. Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < eps/2. Mas entao, tomando k > n_2, teremos: |b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <= |b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k < eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps. Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a. > Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule > lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n. > Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias dos a_i. Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero. Caso contrario, escreva: a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1). Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==> a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k. Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o limite procurado eh igual a a_k. (alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k). Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+. O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente. []s, Claudio. = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html = _
RES: [obm-l] SEQUENCIAS II
Com relação à sequencia das medias aritmeticas, um problema mais interesante e demonstrar que lim inf a_ <= lim inf s_n <= lim sup s_n <= lim sup a_n, sendo s_n a sequencia das medias aritmeticas de a_n. (admitindo-se que os limites possam ser infinitos). Isto implica automaticamente que, se lim a_n = a, entao lim s_n = a, mesmo que a = + oo - oo. Interessante que estas mesmas desigualdades valem se s_n for a sequencia das medias ponderadas de a_n com relacao aos pesos p_n >0, se Soma p_n = oo. Artur -Mensagem original- De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] nome de Klaus Ferraz Enviada em: segunda-feira, 9 de abril de 2007 16:18 Para: obm-l@mat.puc-rio.br Assunto: Res: [obm-l] SEQUENCIAS II Ola Claudio, não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2." o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k| Para: obm-l Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28 Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II -- Cabeçalho original --- De: [EMAIL PROTECTED] Para: obm-l@mat.puc-rio.br Cópia: Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT) Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II > Suponha que a_n-->a. Mostre que : > 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a. > Essa eh a manjadissima soma de Cesaro. Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0. Seja eps > 0. b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2. Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < eps/2. Mas entao, tomando k > n_2, teremos: |b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <= |b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k < eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps. Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a. > Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule > lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n. > Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias dos a_i. Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero. Caso contrario, escreva: a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1). Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==> a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k. Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o limite procurado eh igual a a_k. (alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k). Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+. O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente. []s, Claudio. = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html = __ Fale com seus amigos de graça com o novo Yahoo! Messenger http://br.messenger.yahoo.com/
Res: [obm-l] SEQUENCIAS II
Ola Claudio, não entendi "b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2." o que é n_1? pq vc tomou k>n_1? pq |b_k| Para: obm-l Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28 Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II -- Cabeçalho original --- De: [EMAIL PROTECTED] Para: obm-l@mat.puc-rio.br Cópia: Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT) Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II > Suponha que a_n-->a. Mostre que : > 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a. > Essa eh a manjadissima soma de Cesaro. Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0. Seja eps > 0. b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2. Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < eps/2. Mas entao, tomando k > n_2, teremos: |b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <= |b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k < eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps. Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a. > Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule > lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n. > Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias dos a_i. Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero. Caso contrario, escreva: a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1). Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==> a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k. Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o limite procurado eh igual a a_k. (alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k). Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+. O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente. []s, Claudio. = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html = __ Fale com seus amigos de graça com o novo Yahoo! Messenger http://br.messenger.yahoo.com/
Re:[obm-l] SEQUENCIAS II
-- Cabeçalho original --- De: [EMAIL PROTECTED] Para: obm-l@mat.puc-rio.br Cópia: Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT) Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II > Suponha que a_n-->a. Mostre que : > 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a. > Essa eh a manjadissima soma de Cesaro. Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k -> a, b_k -> 0. Seja eps > 0. b_k -> 0 ==> existe n_1 tal que k > n_1 implica |b_k| < eps/2. Fixado n_1, existe n_2 > n_1 tal que k > n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k < eps/2. Mas entao, tomando k > n_2, teremos: |b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k <= |b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k < eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k < eps/2 + eps/2 = eps. Ou seja, (b_1+...+b_k)/k -> 0 ==> (a_1+...+a_k)/k -> a. > Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule > lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n. > Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias dos a_i. Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero. Caso contrario, escreva: a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1). Isso implica que a_k^n <= a_1^n + ... + a_k^n <= k*a_k^n ==> a_k <= (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) <= k^(1/n)*a_k. Fazendo n -> infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o limite procurado eh igual a a_k. (alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k). Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n -> 0+. O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente. []s, Claudio. = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
[obm-l] SEQUENCIAS II
Suponha que a_n-->a. Mostre que : 1/n*sum_(k=1, n) a_k-->a. Suponha que 0<=a_1<=a_2<=.<=a_k. Calcule lim(n->oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n. Vlw. __ Fale com seus amigos de graça com o novo Yahoo! Messenger http://br.messenger.yahoo.com/