Re: [obm-l] sutileza, o retorno

2004-10-04 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Sat, Oct 02, 2004 at 02:18:43AM -0300, Osvaldo Mello Sponquiado wrote:
> Falando em absurdos matemáticos, eu conheço um site 
> muito bom que tem alguns destes absurdos. Vou colocar 
> uma aqui :
> 
> Seja S a soma dos termos infinitos de uma PG de 
> números estritamente positivos com razão 2 e a_1=1.
> 
> S = (1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ...) => a partir do a2, 
> todos os termos são múltiplos de 2.
> 
> Se colocarmos o 2 em evidência, teremos:
> 
> S = 1 + 2 . ( 1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ... ) => como 
> S = ( 1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ... ), temos:
> 
> S = 1 + 2.S
> S - 2.S = 1
> 
> S = - 1
> 
> Pergunta: por que o argumento é inválido ?

Se é que *é* inválida.

É claro que a série 1 + 2 + 4 + 8 + 16 + ... diverge no sentido usual.
Em algumas áreas existe muito interesse, entretanto, em definições
mais amplas de soma de uma série. Uma tal definição é via prolongamento
analítico, que dá exatamente a resposta que você obteve e o seu argumento
é quase uma demonstração. Transforme a sua série em uma série de potências:
f(x) = 1 + 2x + 4x^2 + 8x^3 + ... = 1/(1-2x) para |x| < 1/2.
Infelizmente, a série não converge em x = 1; podemos fazer
o prolongamento analítico e teremos um único polo em x = 1/2.
O valor de f(1) é de fato -1.

[]s, N.
=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


RE: [obm-l] sutileza, o retorno

2004-10-03 Por tôpico Osvaldo Mello Sponquiado
> > O argumento eh invalido porque 1 + 2 + 4tende 
a 
> infinito. As operacoes
> > validas no corpo dos reais nao podem ser 
> arbitrariamente extendidas para
> > somas infinitas que tendem a infinito.
> > 
> > Se vc tivesse 1 + 1/2 + 1/4., um argumento 
> similar estaria correto. 1 +
> > 1/2 +1/4= 2 (esta serie geometrica converge 
para 
> 2). Considerando agora
> > as classicas propriedades dos limites de series 
> convergentes, temos que  1 +
> > 1/2 + 1/4... = 1 + (1/2)(1 + 1/2 +1/4...) = 1 + 
(1/2)
> (2) = 1+1 = 2.
> > Deixo para vc explicar porque agora dah certo.
> > Artur 
> 
> Tipo, a soma de uma série é dada como sendo o limite 
> das somas parciais desta quando o indexador 
> (indice "n") tende a mais infinito.
> Se este lim é um número a série tem soma finita e é 
> convergente. Existem algumas propriedades quando se 
> soma um número escalar real a S (S=soma parcial da 
> serie) que dizem que não se altera o limite (que no 
> caso é igual à soma da serie) no caso de 
divergencia, 
> como no nosso caso onde o limite das somas parciais 
> quando n tende a infinito, não se tem esta 
> propriedade, logo é imediato o que você disse.
> 
> Se não me engano é algo do tipo lim (S+k)=k+lim(S) 
> quando a serie "diverge" 

eu quis dizer converge.  




e lim (S+k)=lim(S) se a serie é 
> divergente. Não me lembro bem das propriedades... 
> talvez não esteja okay, mas acho que é por ai. 
> 
> Até mais.
> 
> 
> 
> > 
> > - Mensagem Original 
> > De: [EMAIL PROTECTED]
> > Para: "obm-l" <[EMAIL PROTECTED]>
> > Assunto: RE: [obm-l] sutileza, o retorno
> > Data: 02/10/04 02:30
> > 
> > Falando em absurdos matemáticos, eu conheço um 
site 
> > muito bom que tem alguns destes absurdos. Vou 
> colocar 
> > uma aqui :
> > 
> > Seja S a soma dos termos infinitos de uma PG de 
> > números estritamente positivos com razão 2 e a_1=1.
> > 
> > S = (1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ...) => a partir do 
> a2, 
> > todos os termos são múltiplos de 2.
> > 
> > Se colocarmos o 2 em evidência, teremos:
> > 
> > S = 1 + 2 . ( 1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ... ) => 
> como 
> > S = ( 1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ... ), temos:
> > 
> > S = 1 + 2.S
> > S - 2.S = 1
> > 
> > S = - 1
> > 
> > Pergunta: por que o argumento é inválido ?
> > 
> > Além disso, neste site você encontra matemática do 
> > ensino fundamental, médio, superior, softwares 
> > matemáticos, curiosidades e BIOGRAFIAS de A a Z de 
> > matemáticos (se não me engano alguém procurava 
isto 
> na 
> > lista)
> > 
> > Fonte: www.somatematica.com.br (é necessário se 
> > cadastrar gratuitamente.)
> > 
> > Até mais
> > 
> > 
> > 
> > Atenciosamente,
> > 
> > Osvaldo Mello Sponquiado 
> > 2º ano em Engenharia Elétrica 
> > UNESP - Ilha Solteira
> > 
> > 
> > 
> 
___
> ___
> > Acabe com aquelas janelinhas que pulam na sua tela.
> > AntiPop-up UOL - É grátis!
> > http://antipopup.uol.com.br/
> > 
> > 
> > 
> > 
> 
===
> ==
> > Instruções para entrar na lista, sair da lista e 
> usar a lista em
> > http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
> > 
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> ==
> > 
> > 
> > OPEN Internet e Informática
> > @ Primeiro provedor do DF com anti-vírus no 
servidor 
> de e-mails @
> > 
> > 
> > 
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> ==
> > Instruções para entrar na lista, sair da lista e 
> usar a lista em
> > http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
> > 
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> ==
> > 
> 
> Atenciosamente,
> 
> Osvaldo Mello Sponquiado 
> Engenharia Elétrica, 2ºano 
> UNESP - Ilha Solteira
> 
>  
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> Acabe com aquelas janelinhas que pulam na sua tela.
> AntiPop-up UOL - É grátis!
> http://antipopup.uol.com.br/
> 
> 
> 
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> Instruções para entrar na lista, sair da lista e 
usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
> 
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Atenciosamente,

Osvaldo Mello Sponquiado 
Engenharia Elétrica, 2ºano 
UNESP - Ilha Solteira

 
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RE: [obm-l] sutileza, o retorno

2004-10-02 Por tôpico Osvaldo Mello Sponquiado
> O argumento eh invalido porque 1 + 2 + 4tende a 
infinito. As operacoes
> validas no corpo dos reais nao podem ser 
arbitrariamente extendidas para
> somas infinitas que tendem a infinito.
> 
> Se vc tivesse 1 + 1/2 + 1/4., um argumento 
similar estaria correto. 1 +
> 1/2 +1/4= 2 (esta serie geometrica converge para 
2). Considerando agora
> as classicas propriedades dos limites de series 
convergentes, temos que  1 +
> 1/2 + 1/4... = 1 + (1/2)(1 + 1/2 +1/4...) = 1 + (1/2)
(2) = 1+1 = 2.
> Deixo para vc explicar porque agora dah certo.
> Artur 

Tipo, a soma de uma série é dada como sendo o limite 
das somas parciais desta quando o indexador 
(indice "n") tende a mais infinito.
Se este lim é um número a série tem soma finita e é 
convergente. Existem algumas propriedades quando se 
soma um número escalar real a S (S=soma parcial da 
serie) que dizem que não se altera o limite (que no 
caso é igual à soma da serie) no caso de divergencia, 
como no nosso caso onde o limite das somas parciais 
quando n tende a infinito, não se tem esta 
propriedade, logo é imediato o que você disse.

Se não me engano é algo do tipo lim (S+k)=k+lim(S) 
quando a serie diverge e lim (S+k)=lim(S) se a serie é 
divergente. Não me lembro bem das propriedades... 
talvez não esteja okay, mas acho que é por ai. 

Até mais.



> 
> - Mensagem Original 
> De: [EMAIL PROTECTED]
> Para: "obm-l" <[EMAIL PROTECTED]>
> Assunto: RE: [obm-l] sutileza, o retorno
> Data: 02/10/04 02:30
> 
> Falando em absurdos matemáticos, eu conheço um site 
> muito bom que tem alguns destes absurdos. Vou 
colocar 
> uma aqui :
> 
> Seja S a soma dos termos infinitos de uma PG de 
> números estritamente positivos com razão 2 e a_1=1.
> 
> S = (1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ...) => a partir do 
a2, 
> todos os termos são múltiplos de 2.
> 
> Se colocarmos o 2 em evidência, teremos:
> 
> S = 1 + 2 . ( 1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ... ) => 
como 
> S = ( 1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ... ), temos:
> 
> S = 1 + 2.S
> S - 2.S = 1
> 
> S = - 1
> 
> Pergunta: por que o argumento é inválido ?
> 
> Além disso, neste site você encontra matemática do 
> ensino fundamental, médio, superior, softwares 
> matemáticos, curiosidades e BIOGRAFIAS de A a Z de 
> matemáticos (se não me engano alguém procurava isto 
na 
> lista)
> 
> Fonte: www.somatematica.com.br (é necessário se 
> cadastrar gratuitamente.)
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> Até mais
> 
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> Atenciosamente,
> 
> Osvaldo Mello Sponquiado 
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Atenciosamente,

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Re: [obm-l] sutileza, o retorno

2004-10-02 Por tôpico Artur Costa Steiner
>Citando o critério de Lesbegue para integração, >andei procurando sobre o
princípio dos >intervalos encaixantes, o que eu adoro. Alguem >ai tem um
link que fale mais sobre esse >princípio ? Não consegui achar nada de
>específico no google.com, nem no astalavista...

Mas o criterio de Lebesgue para integracao nao eh uma consequencia do
principio dos intervalos encaixantes. Vc se refere ao teorema que diz que f
eh Riemamn integravel em [a,b] sse f for limitada em [a,b] e o conjunto de
suas descontinuidades em [a,b] tiver medida (de Lebesgue) 0, certo? Este
criterio, cuja demonstracao eh bonita e um pouco enrolada, facilita muito
algumas demosnstracoes. Por exemplo, para demonstrar que, se f eh Riemamn
integr. em [a,b] e g eh continua em f([a,b]), entao g o f eh Riemamn int. em
[a,b]. Demonstrar isto pelo ferramental classico da teoria de Riemamn, com
particoes, refinamentos, somas superiores e inferiores, eh um parto (nao que
seja dificil, mas eh bem trabalhoso). Pelo critero de Lebesgue, eh quase
imediato. 

No Google hah referencias sobre o p. dos intervalos encaixantes, sim. No
famoso grupo internacional de matematica  sci. math hah muitas referencias
para nested intervals.
Artur


OPEN Internet e Informática
@ Primeiro provedor do DF com anti-vírus no servidor de e-mails @


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RE: [obm-l] sutileza, o retorno

2004-10-02 Por tôpico Artur Costa Steiner
O argumento eh invalido porque 1 + 2 + 4tende a infinito. As operacoes
validas no corpo dos reais nao podem ser arbitrariamente extendidas para
somas infinitas que tendem a infinito.

Se vc tivesse 1 + 1/2 + 1/4., um argumento similar estaria correto. 1 +
1/2 +1/4= 2 (esta serie geometrica converge para 2). Considerando agora
as classicas propriedades dos limites de series convergentes, temos que  1 +
1/2 + 1/4... = 1 + (1/2)(1 + 1/2 +1/4...) = 1 + (1/2)(2) = 1+1 = 2.
Deixo para vc explicar porque agora dah certo.
Artur 

- Mensagem Original 
De: [EMAIL PROTECTED]
Para: "obm-l" <[EMAIL PROTECTED]>
Assunto: RE: [obm-l] sutileza, o retorno
Data: 02/10/04 02:30

Falando em absurdos matemáticos, eu conheço um site 
muito bom que tem alguns destes absurdos. Vou colocar 
uma aqui :

Seja S a soma dos termos infinitos de uma PG de 
números estritamente positivos com razão 2 e a_1=1.

S = (1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ...) => a partir do a2, 
todos os termos são múltiplos de 2.

Se colocarmos o 2 em evidência, teremos:

S = 1 + 2 . ( 1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ... ) => como 
S = ( 1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ... ), temos:

S = 1 + 2.S
S - 2.S = 1

S = - 1

Pergunta: por que o argumento é inválido ?

Além disso, neste site você encontra matemática do 
ensino fundamental, médio, superior, softwares 
matemáticos, curiosidades e BIOGRAFIAS de A a Z de 
matemáticos (se não me engano alguém procurava isto na 
lista)

Fonte: www.somatematica.com.br (é necessário se 
cadastrar gratuitamente.)

Até mais



Atenciosamente,

Osvaldo Mello Sponquiado 
2º ano em Engenharia Elétrica 
UNESP - Ilha Solteira


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OPEN Internet e Informática
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Re: [obm-l] sutileza, o retorno

2004-10-02 Por tôpico Augusto Cesar de Oliveira Morgado
O google fornece 116 000 referências para nested intervals.

==
Mensagem  enviada  pelo  CIP  WebMAIL  - Nova Geração - v. 2.1
CentroIn Internet Provider  http://www.centroin.com.br
Tel: (21) 2542-4849, (21) 2295-3331Fax: (21) 2295-2978
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-- Original Message ---
From: "Osvaldo Mello Sponquiado" <[EMAIL PROTECTED]>
To: "obm-l" <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Sat,  2 Oct 2004 01:56:16 -0300
Subject: Re: [obm-l] sutileza, o retorno

> Assim como a afirmacao "todo dragao (daqueles
> > que poem fogo pelas ventas) eh um profundo 
> conhecedor da integral de
> > Lebesgue" tambem eh. Nao ha pedras que Deus nao 
> possa caregar. Logo, por
> > vacuidade, tais pedras satisfazem ateh mesmo aa 
> propreidade de nao poderem
> > ser carregada por Deus. Nao ha contadicao.
> > Artur
> 
> Citando o critério de Lesbegue para integração, andei 
> procurando sobre o princípio dos intervalos 
> encaixantes, o que eu adoro. Alguem ai tem um link que 
> fale mais sobre esse princípio ? Não consegui achar 
> nada de específico no google.com, nem no astalavista...
> 
> Atenciosamente,
> 
> Osvaldo Mello Sponquiado 
> 2º ano em Engenharia Elétrica 
> UNESP - Ilha Solteira
> 
> __
> Acabe com aquelas janelinhas que pulam na sua tela.
> AntiPop-up UOL - É grátis!
> http://antipopup.uol.com.br/
> 
> =
> Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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--- End of Original Message ---

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RE: [obm-l] sutileza, o retorno

2004-10-01 Por tôpico Osvaldo Mello Sponquiado
Falando em absurdos matemáticos, eu conheço um site 
muito bom que tem alguns destes absurdos. Vou colocar 
uma aqui :

Seja S a soma dos termos infinitos de uma PG de 
números estritamente positivos com razão 2 e a_1=1.

S = (1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ...) => a partir do a2, 
todos os termos são múltiplos de 2.

Se colocarmos o 2 em evidência, teremos:

S = 1 + 2 . ( 1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ... ) => como 
S = ( 1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 32 + ... ), temos:

S = 1 + 2.S
S - 2.S = 1

S = - 1

Pergunta: por que o argumento é inválido ?

Além disso, neste site você encontra matemática do 
ensino fundamental, médio, superior, softwares 
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Re: [obm-l] sutileza, o retorno

2004-10-01 Por tôpico Osvaldo Mello Sponquiado
 Assim como a afirmacao "todo dragao (daqueles
> que poem fogo pelas ventas) eh um profundo 
conhecedor da integral de
> Lebesgue" tambem eh. Nao ha pedras que Deus nao 
possa caregar. Logo, por
> vacuidade, tais pedras satisfazem ateh mesmo aa 
propreidade de nao poderem
> ser carregada por Deus. Nao ha contadicao.
> Artur   

Citando o critério de Lesbegue para integração, andei 
procurando sobre o princípio dos intervalos 
encaixantes, o que eu adoro. Alguem ai tem um link que 
fale mais sobre esse princípio ? Não consegui achar 
nada de específico no google.com, nem no astalavista...


Atenciosamente,

Osvaldo Mello Sponquiado 
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Re:[obm-l] sutileza, o retorno

2004-10-01 Por tôpico Osvaldo Mello Sponquiado




> 0 = 0
> 0 = 0 + 0 + ... + 0
> 0 = (1-1) + (1-1) + ... + (1-1) 
> 0 = 1-1+1-1+1-1...+1-1
> 0 = "1" - (-1+1) + (-1+1) + ... + (-1+1)
> 0 = 1 + 0 + 0 + ... + 0
> 0 = 1
> 
> Justifique o erro que estah nessa sutileza. 
> 

Da onde surgiu o 1 colocado entre aspas acima ? 
simplesmente foi somado 1 no segundo membro e não no 
primeiro membro.


> Considere o paradoxo de Godel:
> Suponha que Deus existe. Se Deus existe então ele 
pode 
> todas as coisas. Então peça a Deus para construir 
uma 
> pedra que ele não pode carregar. 
> Explique porque esse argumento não prova que Deus 
nao 
> existe.


Atenciosamente,

Osvaldo Mello Sponquiado 
2º ano em Engenharia Elétrica 
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RE: [obm-l] sutileza, o retorno

2004-10-01 Por tôpico Leandro Lacorte Recova
Olha so, para n=3, 

0 = 0

0 = 0 + 0 + 0 

0 = (1-1) + (1-1) + (1-1) 

0 = 1 + (-1+1) + (-1+1) -1 

Isso e ainda zero.

Vamos ver para um numero par. Seja N=4, 

0 = 0 
0 = 0 + 0 + 0 + 0
0 = (1-1) + (-1-1) + (-1+1) + (-1-1)

0 = 1 + (-1+1) + (-1+1) + (-1+1) -1 

Ainda zero. 

Generalizando, para n parcelas 0, deveriamos ter 1 parcelas "1" , 1 parcelas
"-1" e (n-1) parcelas (-1+1). Assim, 


0 = 1 + (-1+1) + (-1+1) + .+ (-1+1) -1 

O erro seu esta em colocar o primeiro sinal negativo e nao ter colocado a
parcela "-1" no final da expressao. O agrupamento que voce fez nao esta
certo. Basta ver os exemplos que fiz pra 3 e 4 parcelas acima. 

Leandro
Los Angeles, CA. 



-Original Message-
From: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] On
Behalf Of eritotutor
Sent: Friday, October 01, 2004 12:44 PM
To: obm-l
Subject: [obm-l] sutileza, o retorno

Desculpe-me doutor, 
Eu soh fiz uma pergunta, caso não queira responde-la, 
fique a vontade, mas não perder a polidez, afinal isso 
eh uma lista de discussão, lembra?
A palavra sutileza eh apenas um icone, na verdade 
gostaria de saber onde estah o erro na demonstraçao 
abaixo e o seu argumento nao estah correto.

> Qual a sua definicao de sutileza?
> 
> >From: "eritotutor" <[EMAIL PROTECTED]>
> >
> >0 = 0
> >0 = 0 + 0 + ... + 0
> >0 = (1-1) + (1-1) + ... + (1-1)
> >0 = 1-1+1-1+1-1...+1-1
> >0 = 1 - (-1+1) + (-1+1) + ... + (-1+1)
> 
> Esse primeiro '1' vc tirou de onde?
> Nao precisa responder pq menores participam
> da lista tambem.
> 
> >0 = 1 + 0 + 0 + ... + 0
> >0 = 1
> >
> >Justifique o erro que estah nessa sutileza.
> >
> >Considere o paradoxo de Godel:
> >Suponha que Deus existe. Se Deus existe então ele 
pode
> >todas as coisas. Então peça a Deus para construir uma
> >pedra que ele não pode carregar.
> >Explique porque esse argumento não prova que Deus nao
> >existe.
> >
> >
> >
> >
> >
> 
>___
___
> >Acabe com aquelas janelinhas que pulam na sua tela.
> >AntiPop-up UOL - É grátis!
> >http://antipopup.uol.com.br/
> >
> >
> >
> 
>===
==
> >Instruções para entrar na lista, sair da lista e 
usar a lista em
> >http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
> 
>===
==
> 
> 

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RE: [obm-l] sutileza, o retorno

2004-10-01 Por tôpico Qwert Smith
Nao acho ki meu email anterior seja
grosseiro, um humor seco talvez, mas
nao necessariamente grosseiro.  Nunca
iriar ofender alguem so porque ele/ela
nao compartilha de meu conhecimento
colossal [eh...pode rir ki eu deixo...na
verdade essa eh a intencao]
Ja que somos amiguinhos novamente,
vou defender meu argumento vc trocou
0s por duplas de '1' com paridade diferente.
Depois vc inverteu a paridade em cada dupla
mas com um dos pares subtraidos... subtrair ou
somar eh irrelevante aki...o problema, como eu
ja apontei esta no '1' sobrando no comeco.
Vc muito sutilmente trocou um numero par de
'1's ( poderia ter sido '2's, '345's ki nao ia fazer
diferenca) por um numero impar de '1's.
Quanto ao paradoxo...
Se Deus pode tudo, entao por definicao
pode ater criar (e descriar) impossibilidades
pelo menos IMHO.  Espero nao desegradar
o colega.

From: "eritotutor" <[EMAIL PROTECTED]>
Desculpe-me doutor,
Eu soh fiz uma pergunta, caso não queira responde-la,
fique a vontade, mas não perder a polidez, afinal isso
eh uma lista de discussão, lembra?
A palavra sutileza eh apenas um icone, na verdade
gostaria de saber onde estah o erro na demonstraçao
abaixo e o seu argumento nao estah correto.
> Qual a sua definicao de sutileza?
>
> >From: "eritotutor" <[EMAIL PROTECTED]>
> >
> >0 = 0
> >0 = 0 + 0 + ... + 0
> >0 = (1-1) + (1-1) + ... + (1-1)
> >0 = 1-1+1-1+1-1...+1-1
> >0 = 1 - (-1+1) + (-1+1) + ... + (-1+1)
>
> Esse primeiro '1' vc tirou de onde?
> Nao precisa responder pq menores participam
> da lista tambem.
>
> >0 = 1 + 0 + 0 + ... + 0
> >0 = 1
> >
> >Justifique o erro que estah nessa sutileza.
> >
> >Considere o paradoxo de Godel:
> >Suponha que Deus existe. Se Deus existe então ele
pode
> >todas as coisas. Então peça a Deus para construir uma
> >pedra que ele não pode carregar.
> >Explique porque esse argumento não prova que Deus nao
> >existe.
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Re: [obm-l] sutileza, o retorno

2004-10-01 Por tôpico Artur Costa Steiner
Se vc tiver um numero finito de zeros, entao ao substituir cada um por 1 -1
vc vai obter o mesmo numero de 1s e de -1s. A passagem que leva a 0 = 1 -
(-1+1) + (-1+1) + ... + (-1+1) estah obviamente errada, pois nela o numero
de 1s excede de uma unidade ao numero de -1s. O rearranjo foi feito errado.
Se vc supuser uma serie infinita de 1s e de -1s distribuidos alternadamente,
entao esta serie nao eh absolutamente convergente e rearranjos podem levar a
limites distintos ou a divergencia.
Assim, a serie 1+(-1) + 1 +(-1)...nao converge, pois suas somas parcias sao
1 para n impar e o para n par.  
Mas e vc rearranjar a serie isolando o primeiro 1 e agrupando os outros 2 a
2, vc obtem 1 + (-1+1) + (-1 +1)..., que converge para 1. Agrupando-se os
termos 2 a 2 deste o primeiro, dah (1-1) + (1-1)que converge para 0.
Como sao limites de series diferentes, nao dah pra dizer que 1 =0. 

Acho que a questao do paradoxo tem a ver com aquelas afirmacoes verdadeiras
por vacuidade. O que nao existe satisfaz a qualquer propriedade que se
queira. Por exemplo, a afirmacao "se x eh real e x^2<0, entao x= 13" eh
verdadeira (por vacuidade). Assim como a afirmacao "todo dragao (daqueles
que poem fogo pelas ventas) eh um profundo conhecedor da integral de
Lebesgue" tambem eh. Nao ha pedras que Deus nao possa caregar. Logo, por
vacuidade, tais pedras satisfazem ateh mesmo aa propreidade de nao poderem
ser carregada por Deus. Nao ha contadicao.
Artur   

- Mensagem Original 
De: [EMAIL PROTECTED]
Para: "obm-l" <[EMAIL PROTECTED]>
Assunto: [obm-l] sutileza, o retorno
Data: 01/10/04 16:25

0 = 0
0 = 0 + 0 + ... + 0
0 = (1-1) + (1-1) + ... + (1-1) 
0 = 1-1+1-1+1-1...+1-1
0 = 1 - (-1+1) + (-1+1) + ... + (-1+1)
0 = 1 + 0 + 0 + ... + 0
0 = 1

Justifique o erro que estah nessa sutileza. 

Considere o paradoxo de Godel:
Suponha que Deus existe. Se Deus existe então ele pode 
todas as coisas. Então peça a Deus para construir uma 
pedra que ele não pode carregar. 
Explique porque esse argumento não prova que Deus nao 
existe.





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RE: [obm-l] sutileza, o retorno

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Qual a sua definicao de sutileza?
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0 = 0
0 = 0 + 0 + ... + 0
0 = (1-1) + (1-1) + ... + (1-1)
0 = 1-1+1-1+1-1...+1-1
0 = 1 - (-1+1) + (-1+1) + ... + (-1+1)
Esse primeiro '1' vc tirou de onde?
Nao precisa responder pq menores participam
da lista tambem.
0 = 1 + 0 + 0 + ... + 0
0 = 1
Justifique o erro que estah nessa sutileza.
Considere o paradoxo de Godel:
Suponha que Deus existe. Se Deus existe então ele pode
todas as coisas. Então peça a Deus para construir uma
pedra que ele não pode carregar.
Explique porque esse argumento não prova que Deus nao
existe.


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