Re: [PSL-BA] Quais os limites da propriedade intelectu al numa Universidade Pública?
Oi Vicente, Gostaria de participar mas caiu numa época ruim para mim. Amanhã tenho audiências de manhã e pela tarde, no sábado tenho um curso na Oab e no domingo tenho compromissos familiares. Infelizmente vou perder essa. Abraços, André Pinto - Original Message - From: "Vicente Aguiar" <[EMAIL PROTECTED]> To: "Integração do Projeto Software Livre Bahia" Sent: Thursday, November 29, 2007 11:38 AM Subject: Re: [PSL-BA]Quais os limites da propriedade intelectual numa Universidade Pública? Oi André, Em 19/11/07, André Pinto<[EMAIL PROTECTED]> escreveu: > Oi Vicente. > Gostei de sua intervenção :) > Eu tinha assistido este vídeo mas ele foca em músicas e fonogramas e neste > ponto como fica o compositor? Para responder esta e outras questões dessa natuireza, sugiro você participar do *Fórum de Música, Mercado e Tecnologia* que começa amanhã! http://www.fundacaocultural.ba.gov.br/noticias/2007/11novembro/2007-11-27_forumdemusica.htm Imperdível! ;-) Eles não mostram uma saída para a remuneração > do mesmo. A vantagem do programador para o compositor literário ou > artistico > é que estes não podem prestar serviços do conhecimento que geram. > Não conhecia o openbusiness, muito interessante, obrigado pela informação. > Superficialente me parece que, com relação aos programadores, não há muito > o > que se discutir sobre propiedade intelectual pois há a possibilidade de > sustentar-se através de prestação de serviços e suporte. > Achei interessante sua opinião. > Abraços, > André Pinto > > - Original Message - > From: "Vicente Aguiar" <[EMAIL PROTECTED]> > To: "Integração do Projeto Software Livre Bahia" > > Sent: Monday, November 19, 2007 11:57 AM > Subject: Re: [PSL-BA]Quais os limites da propriedade intelectual numa > Universidade Pública? > > > Oi André, > > Que bom ter mais pessoas da área de Direito por aqui. :-) > > Em 17/11/07, André Pinto<[EMAIL PROTECTED]> escreveu: > > > > Concordo com a idéia de que o conhecimento deve ser livre, ainda mais > > nos > > países subdesenvolvidos, mas enquanto não criarem um mecanismo para os > > autores serem remunerados eu acho inviável ser totalmente contra a > > propriedade intelectual, destaco que a exploração eterna de uma > > propriedade > > intelectual é um absurdo. > > Cara, os mecanismos já existem... resta agora que boa parte das > empresas e governos se atualizem. ;-) > > Para você entender melhor o que eu estou falando, dê uma olhda neste > vídeo: > "Good Copy - Bad Copy" - http://www.goodcopybadcopy.net/ [1] > > Com entrevistas que vão desde o DJ Girl Talk, até o produtor nigeriano > Charles Igwe e passando pelo presidente da International Federation of > the Phonografic Industry, John Kennedy, este documentário conseguiu > captar a tensão existente no debate atual entre detentores de conteúdo > da indústria tradicional e artistas da nova indústria. > > E que nova Indústria é esta? Boa parte dos exemplos da nova indústria > fonográficos que foram apresentados no documentário estão aqui: > http://openbusiness.cc/ > > Contudo, existem outros diversos exemplos de organizações que estão > gerando renda, inovação e desenvolvimento com conteúdo abertos, > disponíveis na internet e, em alguns casos, 100% livres. Eu mesmo > participo de uma empresa de TI que só trabalha e desenvolve softwares > livres (www.colivre.coop.br). E nós não estamos só, pois fazemos parte > de uma rede de 6 empresas cooperativas com o mesmo perfil no Brasil. > > > Vivemos numa sociedade que precisamos do capital para nos sobreviver, > > sem > > este não podemos nos alimentar e ter forçar para produzir conhecimento. > > Com certeza, concordo 100% contigo. E a proposta das licenças livres é > permitir que mais pessoas possam viver da produção de música, software > ou qualquer outro bem não-rival sem prejudicar o acesso da sociedade à > essa riqueza. No entanto, para isto, existe também uma proposta de > reformulação da atual indústria. > > > O ponto chave é...como é que vai viver um programador, para enfocar > > melhor > > o > > assunto, se ele não é remunerado pela sua criação, pode-se alegar em > > prestação de serviço e suporte, mas e aquele que só gosta de programar? > > Ele será pago pelo trabalho que teve para desenvolver o software > > A remuneração é gerada pelo serviço de desenvolvimento e não pela > venda ou "aluguel" da propriedade intelectual. De forma simplificada, > esta é mudança do paradigma industrial afinal, software livre não > é, necessariamente, trabalho gratuito. Ao contrário. O sonho da > maioria dos hackers que conheço é de poder viver de software livre. E > tenha certeza que muitos já estão realizando este sonho. ;-) > > > É um debate interessante e só crescemos quando expomos nosso pontos de > > vista. > > Com certeza! > > Vamo que vamo... > > [1] Link com Torrent Legendado: > http://thepiratebay.org/tor/3720299/Good_Copy_Bad_Copy_%28Legendas_PTBR%29 > > Vicente Aguiar :-) > > Colivre - www.Colivre.coop.br > Cooperativ
Re: [PSL-BA] Quais os limites da propriedade intelectu al numa Universidade Pública?
Oi André, Em 19/11/07, André Pinto<[EMAIL PROTECTED]> escreveu: > Oi Vicente. > Gostei de sua intervenção :) > Eu tinha assistido este vídeo mas ele foca em músicas e fonogramas e neste > ponto como fica o compositor? Para responder esta e outras questões dessa natuireza, sugiro você participar do *Fórum de Música, Mercado e Tecnologia* que começa amanhã! http://www.fundacaocultural.ba.gov.br/noticias/2007/11novembro/2007-11-27_forumdemusica.htm Imperdível! ;-) Eles não mostram uma saída para a remuneração > do mesmo. A vantagem do programador para o compositor literário ou artistico > é que estes não podem prestar serviços do conhecimento que geram. > Não conhecia o openbusiness, muito interessante, obrigado pela informação. > Superficialente me parece que, com relação aos programadores, não há muito o > que se discutir sobre propiedade intelectual pois há a possibilidade de > sustentar-se através de prestação de serviços e suporte. > Achei interessante sua opinião. > Abraços, > André Pinto > > - Original Message - > From: "Vicente Aguiar" <[EMAIL PROTECTED]> > To: "Integração do Projeto Software Livre Bahia" > Sent: Monday, November 19, 2007 11:57 AM > Subject: Re: [PSL-BA]Quais os limites da propriedade intelectual numa > Universidade Pública? > > > Oi André, > > Que bom ter mais pessoas da área de Direito por aqui. :-) > > Em 17/11/07, André Pinto<[EMAIL PROTECTED]> escreveu: > > > > Concordo com a idéia de que o conhecimento deve ser livre, ainda mais nos > > países subdesenvolvidos, mas enquanto não criarem um mecanismo para os > > autores serem remunerados eu acho inviável ser totalmente contra a > > propriedade intelectual, destaco que a exploração eterna de uma > > propriedade > > intelectual é um absurdo. > > Cara, os mecanismos já existem... resta agora que boa parte das > empresas e governos se atualizem. ;-) > > Para você entender melhor o que eu estou falando, dê uma olhda neste vídeo: > "Good Copy - Bad Copy" - http://www.goodcopybadcopy.net/ [1] > > Com entrevistas que vão desde o DJ Girl Talk, até o produtor nigeriano > Charles Igwe e passando pelo presidente da International Federation of > the Phonografic Industry, John Kennedy, este documentário conseguiu > captar a tensão existente no debate atual entre detentores de conteúdo > da indústria tradicional e artistas da nova indústria. > > E que nova Indústria é esta? Boa parte dos exemplos da nova indústria > fonográficos que foram apresentados no documentário estão aqui: > http://openbusiness.cc/ > > Contudo, existem outros diversos exemplos de organizações que estão > gerando renda, inovação e desenvolvimento com conteúdo abertos, > disponíveis na internet e, em alguns casos, 100% livres. Eu mesmo > participo de uma empresa de TI que só trabalha e desenvolve softwares > livres (www.colivre.coop.br). E nós não estamos só, pois fazemos parte > de uma rede de 6 empresas cooperativas com o mesmo perfil no Brasil. > > > Vivemos numa sociedade que precisamos do capital para nos sobreviver, sem > > este não podemos nos alimentar e ter forçar para produzir conhecimento. > > Com certeza, concordo 100% contigo. E a proposta das licenças livres é > permitir que mais pessoas possam viver da produção de música, software > ou qualquer outro bem não-rival sem prejudicar o acesso da sociedade à > essa riqueza. No entanto, para isto, existe também uma proposta de > reformulação da atual indústria. > > > O ponto chave é...como é que vai viver um programador, para enfocar melhor > > o > > assunto, se ele não é remunerado pela sua criação, pode-se alegar em > > prestação de serviço e suporte, mas e aquele que só gosta de programar? > > Ele será pago pelo trabalho que teve para desenvolver o software > > A remuneração é gerada pelo serviço de desenvolvimento e não pela > venda ou "aluguel" da propriedade intelectual. De forma simplificada, > esta é mudança do paradigma industrial afinal, software livre não > é, necessariamente, trabalho gratuito. Ao contrário. O sonho da > maioria dos hackers que conheço é de poder viver de software livre. E > tenha certeza que muitos já estão realizando este sonho. ;-) > > > É um debate interessante e só crescemos quando expomos nosso pontos de > > vista. > > Com certeza! > > Vamo que vamo... > > [1] Link com Torrent Legendado: > http://thepiratebay.org/tor/3720299/Good_Copy_Bad_Copy_%28Legendas_PTBR%29 > > Vicente Aguiar :-) > > Colivre - www.Colivre.coop.br > Cooperativa de Tecnologias Livres. > (71) 3331-2299 > ___ > PSL-BA mailing list > PSL-BA@listas.dcc.ufba.br > https://mail.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba > > > __ Informação do NOD32 IMON 2666 (20071119) __ > > Esta mensagem foi verificada pelo NOD32 sistema antivírus > http://www.eset.com.br > > > ___ > PSL-BA mailing list > PSL-BA@listas.dcc.ufba.br > https://mail.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba > -- Vicen
Re: [PSL-BA] Quais os limites da propriedade intelectu al numa Universidade Pública?
André Pinto escreveu isso aí: > Concordo com a idéia de que o conhecimento deve ser livre, ainda mais nos > países subdesenvolvidos, mas enquanto não criarem um mecanismo para os > autores serem remunerados eu acho inviável ser totalmente contra a > propriedade intelectual, destaco que a exploração eterna de uma propriedade > intelectual é um absurdo. > > Quando o colega diz que "Criações intelectuais (idéias) não podem ter > donos", realmente não podem e não são, na legislação brasileira o que se > protege não é a idéia e sim a expressão. > > Para ser mais claro darei um exemplo de informática, o Orkut pode ser > registrado mas o que não se pode ser registrado é a idéia de redes de > relacionamento. Infelizmente na realidade o buraco é um pouco mais embaixo. O escritório de patentes dos Estados Unidos tem aceitado patentes (sim, patentes) de software. E várias delas são esdrúxulas, porque registram coisas banais. Por exemplo: 1) A Microsoft é dona da patente do "duplo-clique" http://www.freepatentsonline.com/6727830.html 2) A Amazon é dona da patente do "buy on click" (o carrinho de compras de lojas on-line) http://www.freepatentsonline.com/5960411.html Existem n outros exemplos. Chegamos a um ponto que hoje é impossível escrever qualquer software sem infringir uma patente de alguma empresa. Hoje essas patentes ainda não são usáveis em boa parte do mundo, mas isso pode mudar e aí f&$*& a Bahia. -- Antonio Terceiro <[EMAIL PROTECTED]> http://people.softwarelivre.org/~terceiro/ GnuPG ID: 0F9CB28F ___ PSL-BA mailing list PSL-BA@listas.dcc.ufba.br https://mail.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba
Re: [PSL-BA] Quais os limites da propriedade intelectu al numa Universidade Pública?
Oi Vicente. Gostei de sua intervenção :) Eu tinha assistido este vídeo mas ele foca em músicas e fonogramas e neste ponto como fica o compositor? Eles não mostram uma saída para a remuneração do mesmo. A vantagem do programador para o compositor literário ou artistico é que estes não podem prestar serviços do conhecimento que geram. Não conhecia o openbusiness, muito interessante, obrigado pela informação. Superficialente me parece que, com relação aos programadores, não há muito o que se discutir sobre propiedade intelectual pois há a possibilidade de sustentar-se através de prestação de serviços e suporte. Achei interessante sua opinião. Abraços, André Pinto - Original Message - From: "Vicente Aguiar" <[EMAIL PROTECTED]> To: "Integração do Projeto Software Livre Bahia" Sent: Monday, November 19, 2007 11:57 AM Subject: Re: [PSL-BA]Quais os limites da propriedade intelectual numa Universidade Pública? Oi André, Que bom ter mais pessoas da área de Direito por aqui. :-) Em 17/11/07, André Pinto<[EMAIL PROTECTED]> escreveu: > > Concordo com a idéia de que o conhecimento deve ser livre, ainda mais nos > países subdesenvolvidos, mas enquanto não criarem um mecanismo para os > autores serem remunerados eu acho inviável ser totalmente contra a > propriedade intelectual, destaco que a exploração eterna de uma > propriedade > intelectual é um absurdo. Cara, os mecanismos já existem... resta agora que boa parte das empresas e governos se atualizem. ;-) Para você entender melhor o que eu estou falando, dê uma olhda neste vídeo: "Good Copy - Bad Copy" - http://www.goodcopybadcopy.net/ [1] Com entrevistas que vão desde o DJ Girl Talk, até o produtor nigeriano Charles Igwe e passando pelo presidente da International Federation of the Phonografic Industry, John Kennedy, este documentário conseguiu captar a tensão existente no debate atual entre detentores de conteúdo da indústria tradicional e artistas da nova indústria. E que nova Indústria é esta? Boa parte dos exemplos da nova indústria fonográficos que foram apresentados no documentário estão aqui: http://openbusiness.cc/ Contudo, existem outros diversos exemplos de organizações que estão gerando renda, inovação e desenvolvimento com conteúdo abertos, disponíveis na internet e, em alguns casos, 100% livres. Eu mesmo participo de uma empresa de TI que só trabalha e desenvolve softwares livres (www.colivre.coop.br). E nós não estamos só, pois fazemos parte de uma rede de 6 empresas cooperativas com o mesmo perfil no Brasil. > Vivemos numa sociedade que precisamos do capital para nos sobreviver, sem > este não podemos nos alimentar e ter forçar para produzir conhecimento. Com certeza, concordo 100% contigo. E a proposta das licenças livres é permitir que mais pessoas possam viver da produção de música, software ou qualquer outro bem não-rival sem prejudicar o acesso da sociedade à essa riqueza. No entanto, para isto, existe também uma proposta de reformulação da atual indústria. > O ponto chave é...como é que vai viver um programador, para enfocar melhor > o > assunto, se ele não é remunerado pela sua criação, pode-se alegar em > prestação de serviço e suporte, mas e aquele que só gosta de programar? Ele será pago pelo trabalho que teve para desenvolver o software A remuneração é gerada pelo serviço de desenvolvimento e não pela venda ou "aluguel" da propriedade intelectual. De forma simplificada, esta é mudança do paradigma industrial afinal, software livre não é, necessariamente, trabalho gratuito. Ao contrário. O sonho da maioria dos hackers que conheço é de poder viver de software livre. E tenha certeza que muitos já estão realizando este sonho. ;-) > É um debate interessante e só crescemos quando expomos nosso pontos de > vista. Com certeza! Vamo que vamo... [1] Link com Torrent Legendado: http://thepiratebay.org/tor/3720299/Good_Copy_Bad_Copy_%28Legendas_PTBR%29 Vicente Aguiar :-) Colivre - www.Colivre.coop.br Cooperativa de Tecnologias Livres. (71) 3331-2299 ___ PSL-BA mailing list PSL-BA@listas.dcc.ufba.br https://mail.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba __ Informação do NOD32 IMON 2666 (20071119) __ Esta mensagem foi verificada pelo NOD32 sistema antivírus http://www.eset.com.br ___ PSL-BA mailing list PSL-BA@listas.dcc.ufba.br https://mail.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba
Re: [PSL-BA] Quais os limites da propriedade intelectu al numa Universidade Pública?
Oi André, Que bom ter mais pessoas da área de Direito por aqui. :-) Em 17/11/07, André Pinto<[EMAIL PROTECTED]> escreveu: > > Concordo com a idéia de que o conhecimento deve ser livre, ainda mais nos > países subdesenvolvidos, mas enquanto não criarem um mecanismo para os > autores serem remunerados eu acho inviável ser totalmente contra a > propriedade intelectual, destaco que a exploração eterna de uma propriedade > intelectual é um absurdo. Cara, os mecanismos já existem... resta agora que boa parte das empresas e governos se atualizem. ;-) Para você entender melhor o que eu estou falando, dê uma olhda neste vídeo: "Good Copy - Bad Copy" - http://www.goodcopybadcopy.net/ [1] Com entrevistas que vão desde o DJ Girl Talk, até o produtor nigeriano Charles Igwe e passando pelo presidente da International Federation of the Phonografic Industry, John Kennedy, este documentário conseguiu captar a tensão existente no debate atual entre detentores de conteúdo da indústria tradicional e artistas da nova indústria. E que nova Indústria é esta? Boa parte dos exemplos da nova indústria fonográficos que foram apresentados no documentário estão aqui: http://openbusiness.cc/ Contudo, existem outros diversos exemplos de organizações que estão gerando renda, inovação e desenvolvimento com conteúdo abertos, disponíveis na internet e, em alguns casos, 100% livres. Eu mesmo participo de uma empresa de TI que só trabalha e desenvolve softwares livres (www.colivre.coop.br). E nós não estamos só, pois fazemos parte de uma rede de 6 empresas cooperativas com o mesmo perfil no Brasil. > Vivemos numa sociedade que precisamos do capital para nos sobreviver, sem > este não podemos nos alimentar e ter forçar para produzir conhecimento. Com certeza, concordo 100% contigo. E a proposta das licenças livres é permitir que mais pessoas possam viver da produção de música, software ou qualquer outro bem não-rival sem prejudicar o acesso da sociedade à essa riqueza. No entanto, para isto, existe também uma proposta de reformulação da atual indústria. > O ponto chave é...como é que vai viver um programador, para enfocar melhor o > assunto, se ele não é remunerado pela sua criação, pode-se alegar em > prestação de serviço e suporte, mas e aquele que só gosta de programar? Ele será pago pelo trabalho que teve para desenvolver o software A remuneração é gerada pelo serviço de desenvolvimento e não pela venda ou "aluguel" da propriedade intelectual. De forma simplificada, esta é mudança do paradigma industrial afinal, software livre não é, necessariamente, trabalho gratuito. Ao contrário. O sonho da maioria dos hackers que conheço é de poder viver de software livre. E tenha certeza que muitos já estão realizando este sonho. ;-) > É um debate interessante e só crescemos quando expomos nosso pontos de > vista. Com certeza! Vamo que vamo... [1] Link com Torrent Legendado: http://thepiratebay.org/tor/3720299/Good_Copy_Bad_Copy_%28Legendas_PTBR%29 Vicente Aguiar :-) Colivre - www.Colivre.coop.br Cooperativa de Tecnologias Livres. (71) 3331-2299 ___ PSL-BA mailing list PSL-BA@listas.dcc.ufba.br https://mail.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba
Re: [PSL-BA] Quais os limites da propriedade intelectu al numa Universidade Pública?
Cara Tatiana, Inicialmente fico feliz por você manifestar seu ponto de vista. Realmente analisando a minha colocação percebo que fui infeliz, o que quis enfocar, e fiz erroneamente, foi com relação à programação de maneira colaborativa em projetos coletivos de programas livres e gratuitos, mas ao vislumbrar a situação, pode-se alegar que o programador colabora de acordo com sua vontade e tempo livre. Já que a colega é programadora e presta serviços de programação, gostaria de saber se ao programar o seu nome consta na lista de programadores dos softwares que participa ou o mesmo leva somente o nome da empresa contratante? Agradeço novamente à sua manifestação. Abraços, André Pinto - Original Message - From: "Tatiana Coutinho" <[EMAIL PROTECTED]> To: Sent: Sunday, November 18, 2007 10:53 AM Subject: Re: [PSL-BA]Quais os limites da propriedade intelectual numa Universidade Pública? On Nov 17, 2007 3:50 PM, André Pinto <[EMAIL PROTECTED]> wrote: > O ponto chave é...como é que vai viver um programador, para enfocar melhor > o > assunto, se ele não é remunerado pela sua criação, pode-se alegar em > prestação de serviço e suporte, mas e aquele que só gosta de programar? eu sou programadora e ganho pelo meu trabalho. Não entendi sua colocação de "como é que vai viver um programador". Os desenvolvedores de software livre prestam serviço como programador para garantir seu sustento. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Eu não tenho muito o que comentar sobre esse assunto, eu simplesmente discordo de propriedade intelectual pelos motivos que o Terceiro comentou. Acho um absurdo pensar que um ser é dono de uma idéia, pensamento ou criação. Mesmo tendo sido ele o "criador" de tal coisa, é impossível hoje em dia as coisas serem criadas do nada. Tudo vem de um conceito anterior. Tudo vem de algo que ele aprendeu antes. Se todos prenderem seus conhecimentos, nada vai evoluir, nada mais vai ser criado pq sempre vai ser necessário comprar algo do outro, e isso é inviável e injusto. -- Tatiana Coutinho (71) 8812-1113 (71) 3405-6961 ___ PSL-BA mailing list PSL-BA@listas.dcc.ufba.br https://mail.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba __ Informação do NOD32 IMON 2665 (20071117) __ Esta mensagem foi verificada pelo NOD32 sistema antivírus http://www.eset.com.br ___ PSL-BA mailing list PSL-BA@listas.dcc.ufba.br https://mail.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba
Re: [PSL-BA] Quais os limites da propriedade intelectu al numa Universidade Pública?
On Nov 17, 2007 3:50 PM, André Pinto <[EMAIL PROTECTED]> wrote: > O ponto chave é...como é que vai viver um programador, para enfocar melhor o > assunto, se ele não é remunerado pela sua criação, pode-se alegar em > prestação de serviço e suporte, mas e aquele que só gosta de programar? eu sou programadora e ganho pelo meu trabalho. Não entendi sua colocação de "como é que vai viver um programador". Os desenvolvedores de software livre prestam serviço como programador para garantir seu sustento. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Eu não tenho muito o que comentar sobre esse assunto, eu simplesmente discordo de propriedade intelectual pelos motivos que o Terceiro comentou. Acho um absurdo pensar que um ser é dono de uma idéia, pensamento ou criação. Mesmo tendo sido ele o "criador" de tal coisa, é impossível hoje em dia as coisas serem criadas do nada. Tudo vem de um conceito anterior. Tudo vem de algo que ele aprendeu antes. Se todos prenderem seus conhecimentos, nada vai evoluir, nada mais vai ser criado pq sempre vai ser necessário comprar algo do outro, e isso é inviável e injusto. -- Tatiana Coutinho (71) 8812-1113 (71) 3405-6961 ___ PSL-BA mailing list PSL-BA@listas.dcc.ufba.br https://mail.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba
Re: [PSL-BA] Quais os limites da propriedade intelectu al numa Universidade Pública?
Caro Colega, Com relação ao ponto de "Tratar tudo como um conjunto uniforme é um erro (IMHO)" há de se destacar como mencionado anteriormente os mesmos são frutos da criatividade humana esta junção é didática e como Stalmann deixou claro na palestra que tudo é lei, logo, esta divisão é didática para os estudos de direito, onde me incluo. Creio que o problema seja apenas entender que é didático e esta divisão facilita o entendimento daqueles que se iniciam no estudos da propriedade intelectual. Vale destacar que o campo é vasto e os especialistas em direito são alocados entre os focos internos(autoral, conexos, patentário, marcário, concorrência desleal, desenho industrial, localização geográfica e proteção de variedade de plantas) e não em propriedade intelectual como um todo. Concordo com a idéia de que o conhecimento deve ser livre, ainda mais nos países subdesenvolvidos, mas enquanto não criarem um mecanismo para os autores serem remunerados eu acho inviável ser totalmente contra a propriedade intelectual, destaco que a exploração eterna de uma propriedade intelectual é um absurdo. Quando o colega diz que "Criações intelectuais (idéias) não podem ter donos", realmente não podem e não são, na legislação brasileira o que se protege não é a idéia e sim a expressão. Para ser mais claro darei um exemplo de informática, o Orkut pode ser registrado mas o que não se pode ser registrado é a idéia de redes de relacionamento. Vivemos numa sociedade que precisamos do capital para nos sobreviver, sem este não podemos nos alimentar e ter forçar para produzir conhecimento. O ponto chave é...como é que vai viver um programador, para enfocar melhor o assunto, se ele não é remunerado pela sua criação, pode-se alegar em prestação de serviço e suporte, mas e aquele que só gosta de programar? É um debate interessante e só crescemos quando expomos nosso pontos de vista. Destaco que coloquei minha opinião mas ela não é imutável pois a discussão nos leva à reflexão, à mudança ou fortalecimento de nossos posicionamentos. Convido aos demais integrantes da lista a debater este tema. Abraços, André Pinto P.S.: Caso este tópico esteja fora do foco da lista peço que continuem em contato comigo pelo e-mail [EMAIL PROTECTED] . - Original Message - From: "Antonio Terceiro" <[EMAIL PROTECTED]> To: Sent: Saturday, November 17, 2007 1:46 PM Subject: Re: [PSL-BA]Quais os limites da propriedade intelectual numa Universidade Pública? André Pinto escreveu isso aí: > Eu discordo do posicionamento do Antônio Terceiro pois a idéia de > propriedade intelectual é justamente agrupar os direitos autorais, > patentários e marcários pois os mesmos são frutos da criatividade humana e > não estão apenas misturados "num mesmo saco". Direito autoral diz respeito a criações literárias, artísticas, musicais, e programas de computador. Patentes são um mecanismo de proteção a criações que possuam aplicações industriais. Marcas dizem respeito ao direito exclusivo de explorar comercialmente nomes e imagens. Elas são coisas diferentes, são regidas por legislações diferentes, acordos internacionais diferentes. Tratar tudo como um conjunto uniforme é um erro (IMHO). > Pode ser coincidência mas o posicionamento e declaração do colega está > parecendo a reprodução do discurso do Richard Stalmann no Icba nesta > sexta-feira ;) Não é coincidência. Ambos acreditamos que o conhecimento livre é um dos pilares para uma sociedade melhor. Criações intelectuais (idéias) não podem ter donos, por quê não são bens rivais: a posse de uma idéia por uma pessoa não impede a posse por outra. Atribuir donos a coisas que não podem fisicamente estar em posse de alguém é absurdo. O conhecimento é um bem da humanidade. Enquanto existir a possibilidade de alguém ser dono de conhecimento em detrimento dos seus pares, existirá desigualdade de oportunidades, concentração de poder, exploração e o sentimento de que a competição é a melhor forma de se atingir resultados. Continuar o regime da apropriação privada de idéias só vai aprofundar as desigualdades que ele ajudou a criar. -- Antonio Terceiro <[EMAIL PROTECTED]> http://people.softwarelivre.org/~terceiro/ GnuPG ID: 0F9CB28F ___ PSL-BA mailing list PSL-BA@listas.dcc.ufba.br https://mail.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba __ Informação do NOD32 IMON 2665 (20071117) __ Esta mensagem foi verificada pelo NOD32 sistema antivírus http://www.eset.com.br ___ PSL-BA mailing list PSL-BA@listas.dcc.ufba.br https://mail.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba
Re: [PSL-BA] Quais os limites da propriedade intelectu al numa Universidade Pública?
André Pinto escreveu isso aí: > Eu discordo do posicionamento do Antônio Terceiro pois a idéia de > propriedade intelectual é justamente agrupar os direitos autorais, > patentários e marcários pois os mesmos são frutos da criatividade humana e > não estão apenas misturados "num mesmo saco". Direito autoral diz respeito a criações literárias, artísticas, musicais, e programas de computador. Patentes são um mecanismo de proteção a criações que possuam aplicações industriais. Marcas dizem respeito ao direito exclusivo de explorar comercialmente nomes e imagens. Elas são coisas diferentes, são regidas por legislações diferentes, acordos internacionais diferentes. Tratar tudo como um conjunto uniforme é um erro (IMHO). > Pode ser coincidência mas o posicionamento e declaração do colega está > parecendo a reprodução do discurso do Richard Stalmann no Icba nesta > sexta-feira ;) Não é coincidência. Ambos acreditamos que o conhecimento livre é um dos pilares para uma sociedade melhor. Criações intelectuais (idéias) não podem ter donos, por quê não são bens rivais: a posse de uma idéia por uma pessoa não impede a posse por outra. Atribuir donos a coisas que não podem fisicamente estar em posse de alguém é absurdo. O conhecimento é um bem da humanidade. Enquanto existir a possibilidade de alguém ser dono de conhecimento em detrimento dos seus pares, existirá desigualdade de oportunidades, concentração de poder, exploração e o sentimento de que a competição é a melhor forma de se atingir resultados. Continuar o regime da apropriação privada de idéias só vai aprofundar as desigualdades que ele ajudou a criar. -- Antonio Terceiro <[EMAIL PROTECTED]> http://people.softwarelivre.org/~terceiro/ GnuPG ID: 0F9CB28F ___ PSL-BA mailing list PSL-BA@listas.dcc.ufba.br https://mail.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba
Re: [PSL-BA] Quais os limites da propriedade intelectu al numa Universidade Pública?
Eu discordo do posicionamento do Antônio Terceiro pois a idéia de propriedade intelectual é justamente agrupar os direitos autorais, patentários e marcários pois os mesmos são frutos da criatividade humana e não estão apenas misturados "num mesmo saco". Pode ser coincidência mas o posicionamento e declaração do colega está parecendo a reprodução do discurso do Richard Stalmann no Icba nesta sexta-feira ;) Abraços a todos, André Pinto - Original Message - From: "Antonio Terceiro" <[EMAIL PROTECTED]> To: Sent: Saturday, November 17, 2007 1:20 AM Subject: Re: [PSL-BA]Quais os limites da propriedade intelectual numa Universidade Pública? [cross-post é feio] Vicente Aguiar escreveu isso aí: > Qual então é a sua opinião como contribuinte (que sustenta as > universidades públicas), pesquisador/a, estudante, professor/a ou > cidadão? Pra começo de conversa, o termo "propriedade intelectual" é uma desonestidade porquê implicitamente mistura num mesmo saco questões que ao menos em conceito são distintas: direito autoral, patentes, e registro de marcas. E pelo que eu vi no site do NIT (sic) ainda querem botar outras coisas nesse bolo. Agora essa onda de "propriedade intelectual" nas universidades brasileiras é ridícula. Depois de décadas de existência dessa cultura em universidades estrangeiras, parece que acham realmente que ainda dá pra pular e agarrar na grade de um bonde que já passou, ao invés de investir num modelo de criação global cooperativa de conhecimento aberto que é muito mais viável para a sociedade do que ficar criando incentivo a "propriedade intelectual". -- Antonio Terceiro <[EMAIL PROTECTED]> http://people.softwarelivre.org/~terceiro/ GnuPG ID: 0F9CB28F ___ PSL-BA mailing list PSL-BA@listas.dcc.ufba.br https://mail.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba __ Informação do NOD32 IMON 2665 (20071117) __ Esta mensagem foi verificada pelo NOD32 sistema antivírus http://www.eset.com.br ___ PSL-BA mailing list PSL-BA@listas.dcc.ufba.br https://mail.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba
Re: [PSL-BA] Quais os limites da propriedade intelectu al numa Universidade Pública?
[cross-post é feio] Vicente Aguiar escreveu isso aí: > Qual então é a sua opinião como contribuinte (que sustenta as > universidades públicas), pesquisador/a, estudante, professor/a ou > cidadão? Pra começo de conversa, o termo "propriedade intelectual" é uma desonestidade porquê implicitamente mistura num mesmo saco questões que ao menos em conceito são distintas: direito autoral, patentes, e registro de marcas. E pelo que eu vi no site do NIT (sic) ainda querem botar outras coisas nesse bolo. Agora essa onda de "propriedade intelectual" nas universidades brasileiras é ridícula. Depois de décadas de existência dessa cultura em universidades estrangeiras, parece que acham realmente que ainda dá pra pular e agarrar na grade de um bonde que já passou, ao invés de investir num modelo de criação global cooperativa de conhecimento aberto que é muito mais viável para a sociedade do que ficar criando incentivo a "propriedade intelectual". -- Antonio Terceiro <[EMAIL PROTECTED]> http://people.softwarelivre.org/~terceiro/ GnuPG ID: 0F9CB28F ___ PSL-BA mailing list PSL-BA@listas.dcc.ufba.br https://mail.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba