Re: [PSL-Brasil] Sobre a importação de mensagens do Outlook Express para o Thunderbird

2009-02-01 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb  1, 2009, "Queridinhozinho"  wrote:

> O atual sistema de importação de mensagens do Outlook Express para o
> Thunderbird é muito falho e confuso!
> Tomara que a equipe Mozilla Thunderbird esteja trabalhando num sistema
> de importação maia aperfeiçoado, que respeite TUDO que tenho no
> Outlook Express nos mínimos detalhes, como as várias identidades que
> tenho, mensagens lidas/não lidas, configurações, etc.

> Tomara que vocês estejam tratando isso com mais carinho, pois isso é
> para o bem da expansão do Linux, que pretendo usar ao invés do Windows
> Vista! Ainda uso o Windows XP mas sou simpatizante do software livre!

Obrigado pelo bug report, mas psl-brasil não é o canal mais adequado
para que erros e limitações do Mozilla Thunderbird sejam corrigidos.

Sugiro seguir o procedimento recomendado pela própria comunidade de
desenvolvedores desse software, e acrescentar bem mais detalhes no seu
bug report sobre as limitações em que você está esbarrando.

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Re: [PSL-Brasil] Gobuntu e gNewSense. Qual é o melhor?

2009-02-01 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb  2, 2009, "Queridinhozinho"  wrote:

> A Gobuntu

Não existe mais.

> gNewSense?

Essa é ótima.

> Já estão em português?

Não sei.  Talvez pra bom suporte a português seja mais adequado tentar
as distros sul-americanas que têm participação de brasileiros, como a
Musix GNU/Linux e UTUTO XS.

Que eu saiba, gNewSense e BLAG não têm esforços individuais de tradução
de pacotes para português, mas usam pacotes de distros que o fazem.

> Elas geram muitos contratempos para o usuário comum?

Nah.

> Posso usar, por exemplo, o Second Life sem problemas?

Sei lá.  Second Life é Livre, então não é pra ter grandes problemas.

Hmm...  Acho que Second Life talvez dependa de recursos 3D de placas de
vídeo.  OpenGL até setembro do ano passado não era Livre, por isso
distros 100% Livres pra valer mesmo removiam.  Foi liberado, e estão
colocando de volta.  Resta ainda a dificuldade para suporte 3D nas
placas de vídeo.  Acho que só Intel fica bem nessa categoria.  nVidia
exige driver e firmware não Livre pra funcionar 3D.  ATI até tem driver
Livre, exceto pelo firmware "escondido" no driver.  Sem o firmware,
algumas placas ATI até funcionam com aceleração 2D, mas o 3D parece que
não vai muito longe.  Triste, isso...

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Re: [PSL-Brasil] ALTLinux Desktop 4.1.1

2009-02-01 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb  1, 2009, Peter Senna Tschudin  wrote:

> Mas será que para o usuário brasileiro típico não é mais importante
> ter o flash player da Adobe do que estar rodando 100% software livre?

Com gnash e swfdec funcionando tão bem quanto funcionam?

E, se esse seu argumento vale alguma coisa, como justificar parar no
flash player, e não instalar um monte de outros Softwares não-Livres
também, até um sistema operacional inteiro?

> Quantos realmente sabem o que se passa?

Educação (no sentido de formação) é um direito humano.  Se não sabem,
têm o direito de saber.

> Mas e o exemplo do Flash? Será que um usuário brasileiro típico não
> acha que a falta de liberdade está em não poder ver conteúdo em Flash?

Se alguém acha tão importante assim, não há ninguém impedindo de
instalá-lo.  Daí a querer que o Ubuntu (ou qualquer outro) ajude a Adobe
a tolher a liberdade dos usuários, a distância é grande.

> E no caso do Ubuntu, quantas pessoas se deparam com problemas práticos
> causados pelo software não livre embarcado?

/me levanta a mão, não especificamente no caso do Ubuntu, mas de outras
distros e firmwares fornecidos por fabricantes de hardware que
lamentavelmente tive oportunidade de usar.

>> Se você sacrifica sua liberdade hoje, pode até comprar um pouquinho de
>> conforto, mas o seu sacrifício de hoje vai ser usado pra tomar de volta
>> o seu conforto depois, e aí uma hora você fica sem os dois.

> Quem quer comprar conforto não está preocupado com liberdade. Esse
> escolheu ser feliz e viver a ilusão. Ele não quer ser livre. Nem sabe
> o que é isso.

E, como escrevi, pode até ser feliz, até que a liberdade perdida seja
usada para tomar-lhe o conforto de volta.  Aí fica sem os dois.  Já
dizia Benjamin Franklin: quem sacrifica uma liberdade fundamental por
uma segurança temporária não merece nem a liberdade nem a segurança.  E,
complemento eu, acaba sem as duas.

> Para ser feliz, basta deixar que pensem por você, que decidam por
> você.

Só funciona enquanto decidam de acordo com suas preferências, enquanto
respeitem seu conforto.  Sem liberdade, no momento em que deixem de
respeitar, você não conseguirá nem batalhar pra conquistá-lo de volta.

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Re: [PSL-Brasil] ALTLinux Desktop 4.1.1

2009-02-01 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb  1, 2009, Ricardo Bánffy  wrote:

> 2009/1/31 Alexandre Oliva :
>> Igual os habitantes de Cuba, que noutra thread você parecia qualificar
>> como ingênuos felizes.

> Você agora vai comparar um tipo de liberdade com outro?

Certamente.  Ou você vai dizer que cercear uma liberdade fundamental é
certo só porque é uma liberdade menorzinha?

Desrespeitar o próximo pode ser mais ou menos errado, mas é uma
diferença de grau, o sinal é o mesmo.  É -10 comparado a -1, não -5
comparado a +3.

É como eu esclareci no mesmo e-mail:

>> Deixa eu usar uma forma de cerceamento de liberdades ainda mais
>> fundamentais, pra testar esse raciocínio.


> Acha mesmo que dá pra comparar as duas coisas?

Guardando as devidas proporções, claro que dá.

> É como comparar uma amputação com motosserra com uma espinha no nariz.

Uma espinha no nariz acho que é indiscutivelmente algo ruim, mas não
vejo uma questão moral aí.

Já uma amputação com motosserra pode até parecer algo horrível, mas se a
amputação for necessária para salvar a vida da pessoa, e se não houver
recurso mais adequado, pode até ser bom e moralmente correto.

> Sem dúvida, a inclusão de software proprietário é um problema que
> precisa ser resolvido,

+1

> assim como educar a população sobre as vantagens de tê-lo

Onde o 'lo' em 'tê-lo' suponho que se refira a Software Livre, não ao
proprietário, como a frase fez parecer.  Certo?

>>> Muitos usuários de Ubuntu nunca tocam software proprietário.
>> 
>> Impossível.  Ele está lá, nas mídias, e instalado em *todas* as cópias
>> de Ubuntu.

> Qual?

Veja o que o linux-libre remove.  Está tudo lá no Ubuntu.  E ainda corre
o risco de o Ubuntu adicionar mais alguma coisa não-Livre sem avisar.

> mas, acho que de resto, ele é bem livre

Qual a placa de vídeo?  Placas ATI e Matrox têm microcódigo não-Livre
escondido no kernel.

Qual a placa de rede?  Diversas têm firmware não-Livre escondido no
kernel.

Qual o processador?  Processadores Intel normalmente recebem
atualizações de microcódigo não-Livre do sistema operacional (não
incluído no kernel Linux).

Se você pelo menos experimentasse o gNewSense, saberia.  Se tudo
continuasse funcionando normalmente, você poderia continuar usando-o.
Se não, você saberia o quanto você ainda não é Livre.  De um jeito ou de
outro, você sai ganhando.

> Um software livre exceto por um pedaço proprietário que nunca é
> executado ainda pode ser chamado de livre?

Não, né?  Não é só porque você não usa uma funcionalidade do programa
que você ganha a possibilidade de executá-lo para qualquer fim, estudar
seu código fonte, adaptá-lo para que faça o que você quiser, fazer
cópias dele e distribuir pra quem você quiser, melhorá-lo e distribuir
as melhorias pra quem você quiser.

Um litro de leite ao qual foi adicionado menos de 0,1% de material
radioativo ainda pode ser chamado de leite puro? :-)

> Não me lembro de ter sido sequestrado em Estocolmo. Pode ser um
> artifício da minha memória sabidamente imperfeita.

:-)


>>> Ainda assim, é melhor do que vê-los usando coisas piores.

>> Claro.  Nessa lógica, você estaria defendendo o socialismo, por ser,
>> dentro da sua lógica e dos seus argumentos, menos pior que o comunismo.
>> Não importa se é aceitável ou não, basta ser menos pior.

> Não consigo seguir seu raciocínio. Comunismo ser pior do que
> socialismo e como isso tem relação com a questão que eu levantei.

É assim: não é só porque algo é menos pior que é aceitável ou deve ser
defendido ou promovido.  Pode ser menos inaceitável, pode ser mais
desejável que o pior, mas se há algo melhor imediatamente alcançável,
qual o sentido de defender ou promover algo pior?

> Porque até o próximo parágrafo, pelo seu ponto de vista, usar Ubuntu
> parece ser tão ruim quanto usar Windows.

Não é, nunca foi.  Mas está poluído e, pior, corre o risco de acomodar o
usuário no "um pouco mais livre", ou, pior ainda, de não entender o que
é "ser livre", e acabar dando margem pra liberdade ser progressivamente
perdida de novo.  Porque tirar a liberdade toda de uma vez, ninguém
aceita.  Mas, citando o Pedro Rezende de novo (Síndrome de Estocolmo
Digital é dele), quando vão tirando as liberdades um pouquinho de cada
vez, temos a tendência de ir deixando, com o argumento que você usou lá
no começo do e-mail, de que "ah, mas isso não é tão ruim assim", "você
vai comparar essa liberdade com aquela outra?".  Assim como os Sapos
Piramidais, que vão sendo cozidos aos poucos, sem perceber o aumento
gradual da temperatura da panela que vai por fim à sua liberdade última.

>> Que usar Ubuntu é menos pior que usar Windows ou MacOS X, é.  Mas está
>> longe de ser algo bom pra quem usa ou pra sociedade.

> Menos pior pode não ser ideal, mas não vejo como isso possa não ser um
> progresso.

É progresso.  Mas precisa tomar cuidado pra não se acomodar ali.  Pra
não divulgar como o supra sumo, pra que quem já está à frente no caminho
pra liberdade não dê passo pra trás.  Pra que ninguém que estava bem
mais longe ache que já

[PSL-Brasil] Gobuntu e gNewSense. Qual é o me lhor?

2009-02-01 Por tôpico Queridinhozinho

Qual é a melhor distribuição totalmente livre? A Gobuntu ou a gNewSense?
Já estão em português?
Elas geram muitos contratempos para o usuário comum?
Posso usar, por exemplo, o Second Life sem problemas?

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[PSL-Brasil] Sobre a importação de mensagens do Outlook Express para o Thunderbird

2009-02-01 Por tôpico Queridinhozinho

Olá, camaradas!
O atual sistema de importação de mensagens do Outlook Express para o 
Thunderbird é muito falho e confuso!
Tomara que a equipe Mozilla Thunderbird esteja trabalhando num sistema de 
importação maia aperfeiçoado, que respeite TUDO que tenho no Outlook Express 
nos mínimos detalhes, como as várias identidades que tenho, mensagens 
lidas/não lidas, configurações, etc.


Tomara que vocês estejam tratando isso com mais carinho, pois isso é para o 
bem da expansão do Linux, que pretendo usar ao invés do Windows Vista! Ainda 
uso o Windows XP mas sou simpatizante do software livre!


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Re: [PSL-Brasil] ALTLinux Desktop 4.1.1

2009-02-01 Por tôpico Peter Senna Tschudin
2009/1/30 Alexandre Oliva :
> On Jan 30, 2009, Peter Senna Tschudin  wrote:
>
>> Para um usuário doméstico brasileiro típico, o que ele ganha por usar
>> o gNewSense ao invés do Ubuntu?
>
> A liberdade, que é a motivação fundamental do movimento Software Livre.
> A certeza de que está usando Software Livre.
>
>> Em que a vida dele fica melhor?
>
> Talvez não faça diferença na prática.  Falta de liberdade a gente só
> sente na hora que quer fazer uma coisa que não pode.  Pode ser que o
> usuário tenha sorte e nunca pise nas minas escondidas no Ubuntu.

Mas será que para o usuário brasileiro típico não é mais importante
ter o flash player da Adobe do que estar rodando 100% software livre?

>
>> E se esse usuário usar Ubuntu ao invés do Windows, não é bom para o
>> software livre?
>
> É e não é.
>
> O usuário fica mais Livre, sem dúvida.
>
> Mas pode viver a ilusão de que é Livre, quando não é.

Aí voltamos a pergunta da ideologia... Quantos realmente sabem o que se passa?

>
> E pode difundir essa ilusão pra outros, espalhando o mal que a mentira
> faz.

Aqui concordo com você. Não tem como ser mais ou menos software livre.
Ou é ou não é. O que não é software livre não deve ser distribuído
como sendo. Mesmo que a terminologia livre/gratuito não afete a
maioria das pessoas, existe uma distinção clara que deve ser
respeitada.

>
>> Ou para ser bom para o software livre, a escolha tem que ser
>> filosófica e não prática?
>
> Enquanto movimento filosófico fundamentado em razões práticas, não é
> sempre que precisa escolher entre uma e outra.  Mas às vezes a escolha é
> entre a prática no curto e longo prazo.  Muita gente tende a favorecer o
> curto prazo, ou a se iludir achando que um certo sacrifício de liberdade
> seja temporário, e que venha a trazer avanços práticos sem precisar
> contar com a boa vontade justamente daqueles que já não a demonstram
> hoje.

Mas e o exemplo do Flash? Será que um usuário brasileiro típico não
acha que a falta de liberdade está em não poder ver conteúdo em Flash?
E no caso do Ubuntu, quantas pessoas se deparam com problemas práticos
causados pelo software não livre embarcado?


>> Só aqueles que compreendem que ser livre é mais importante do que ser
>> feliz
>
> Ao contrário, ser livre é fundamental pra ser feliz.

Não concordo. A felicidade é um conforto, uma ilusão, um estado de
espírito. O conforto é a desgraça da liberdade. Sua felicidade não vem
da sua liberdade. O que te torna livre, não te torna feliz. Ser livre
te torna forte e independente.

> Se você sacrifica sua liberdade hoje, pode até comprar um pouquinho de
> conforto, mas o seu sacrifício de hoje vai ser usado pra tomar de volta
> o seu conforto depois, e aí uma hora você fica sem os dois.

Quem quer comprar conforto não está preocupado com liberdade. Esse
escolheu ser feliz e viver a ilusão. Ele não quer ser livre. Nem sabe
o que é isso.

> Pra ser feliz é preciso poder guiar suas próprias decisões.  Ceder
> liberdade é ceder controle sobre elas.  Você pode até ter sorte durante
> algum tempo e ser feliz enquanto quem decide por você vai coincidindo
> com suas preferências.  Mas no dia em que você quiser algo diferente,
> vai ver o quanto valia a liberdade que você vendeu baratinho.  E aí vai
> ficar infeliz.  Curto x longo prazo.  Familiar?

Para ser LIVRE, forte ou independente, é preciso poder guiar suas
próprias decisões. Para ser feliz, basta deixar que pensem por você,
que decidam por você.

>
>> é que estão de fato contribuindo para o software livre? Se sim,
>> o que você sugere?
>
> You must be the change you wish to see in the world. -- Gandhi
> Be Free! -- http://FSFLA.org/
>
> :-)
>
> free{};
>
> --
> Alexandre Oliva   http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
> You must be the change you wish to see in the world. -- Gandhi
> Be Free! -- http://FSFLA.org/   FSF Latin America board member
> Free Software Evangelist  Red Hat Brazil Compiler Engineer
>
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Re: [PSL-Brasil] ALTLinux Desktop 4.1.1

2009-02-01 Por tôpico Ricardo Bánffy
2009/1/31 Alexandre Oliva :
> Igual os habitantes de Cuba, que noutra thread você parecia qualificar
> como ingênuos felizes.

Você agora vai comparar um tipo de liberdade com outro? Acha mesmo que
dá pra comparar as duas coisas? É como comparar uma amputação com
motosserra com uma espinha no nariz.

> E, como há algumas exceções, que tentam fugir do modelo que poda
> liberdades fundamentais das pessoas, podemos concluir (usando a sua
> lógica e os seus argumento) que se trata de um modelo ruim, que precisa
> ser corrigido, e a população educada para reconhecer o problema e
> combatê-lo.

Sem dúvida, a inclusão de software proprietário é um problema que
precisa ser resolvido, assim como educar a população sobre as
vantagens de tê-lo, porque, como eu disse na mensagem anterior, a
imensa maioria não vê grande vantagem nisso.

E, por isso, é bom educá-los. Mais do que assustá-los.

>> Muitos usuários de Ubuntu nunca tocam software proprietário.
>
> Impossível.  Ele está lá, nas mídias, e instalado em *todas* as cópias
> de Ubuntu.

Qual? Meu notebook usa um blob fechado para o wireless Atheros (eu sei
que existe a opção de um driver melhor, mas eu instalo ele no próximo
upgrade - tenho mais o que fazer além de administrar meu próprio
computador), mas, acho que de resto, ele é bem livre. Se tem um driver
proprietário para mais alguma coisa, eu não sei, mas é possível que
ele esteja lá sem nunca ser executado.

Um software livre exceto por um pedaço proprietário que nunca é
executado ainda pode ser chamado de livre?

>> Uns poucos infelizes acabam usando, às vezes sem saber
>
> Pode trocar "poucos infelizes" aí por "imensa maioria".  De repente você
> também vive essa ilusão e luta para preservá-la.  Isso tem nome:
> Síndrome de Estocolmo Digital.

Não me lembro de ter sido sequestrado em Estocolmo. Pode ser um
artifício da minha memória sabidamente imperfeita.

>> Ainda assim, é melhor do que vê-los usando coisas piores.
>
> Claro.  Nessa lógica, você estaria defendendo o socialismo, por ser,
> dentro da sua lógica e dos seus argumentos, menos pior que o comunismo.
> Não importa se é aceitável ou não, basta ser menos pior.

Não consigo seguir seu raciocínio. Comunismo ser pior do que
socialismo e como isso tem relação com a questão que eu levantei.

Porque até o próximo parágrafo, pelo seu ponto de vista, usar Ubuntu
parece ser tão ruim quanto usar Windows.

> Que usar Ubuntu é menos pior que usar Windows ou MacOS X, é.  Mas está
> longe de ser algo bom pra quem usa ou pra sociedade.

Menos pior pode não ser ideal, mas não vejo como isso possa não ser um
progresso.

Para usar analogias tão boas como as suas, seria como adiar a entrega
de ajuda humanitária, digamos a uma população faminta até que fosse
possível oferecer três refeições diárias.

Não. Você faz o melhor que pode a cada passo do caminho, mas não se
recusa a dar um passo à frente só porque ele não é o ideal.

Ou se recusa, e isso explica algumas das nossas dificuldades.

> Ainda mais quando
> a transição pra algo inteiramente Livre é muitíssimo mais fácil que a
> transição do socialismo de partido único pro capitalismo fascista, por
> exemplo.

De novo. Talvez você tenha mais sucesso com analogias com automóveis.

>> A postura da Canonical com o Ubuntu pode ser descrita como "livre
>> quando dá, proprietário quando não, mas funcionando até onde for
>> possível".
>
> Deixa eu usar uma forma de cerceamento de liberdades ainda mais
> fundamentais, pra testar esse raciocínio.
>
> Tipo, você só vai comprar escravos pra fazer o trabalho que você não
> consegue fazer você mesmo? ;-)
>
> Como você está se comportando menos pior que os que compram escravos pra
> fazer todo o trabalho, está tudo bem, você merece respeito e admiração
> de todos, inclusive a gratidão dos escravos?

Eu não acho que usando Ubuntu eu esteja oprimindo alguém, estou? Estou
oprimindo você? Estou renunciando a uma liberdade porque, se não o
fizesse, teria que usar Windows (deus me livre) ou comprar um Mac.

>> para quem acha mais importante não usar software proprietário do que
>> ter um wireless que faz WPA2
>
> Vai algum temperinho pro FUD aí? :-)
>
> Qual o wireless que não faz WPA2 quando você usa só Software Livre?
> É bom qualificar aí, senão o pessoal pode achar que os cartões WiFis que
> respeitam sua liberdade, como os Atheros e os Realtek, o fazem
> privando-o de algumas funcionalidades.  Não conheço nenhum que seja
> Livre exceto no que diz respeito ao WPA2.  De qual você tá falando?

prism2. Meu notebook antigo usa isso. Por bastante tempo, nem WEP ela
fazia. Os Broadcom mais novos também não são nada cooperativos. O novo
usa um Atheros que está rodando usando o blob proprietário que vai ser
trocado no próximo Grande Upgrade.

>> Fundamentalismo não vai nos levar muito longe.
>
> Ãrrã.  Afinal, estaríamos no mesmo lugar mesmo que alguém de princípios
> (que é o que você quer dizer quando escreve fundamentalista, uma vez que
> se tire a conotação negativa pretendida) houves