Re: [zope-pt] Bireme descobre PZP

2006-08-01 Por tôpico Rodrigo Dias Arruda Senra
[ Luciano Ramalho [EMAIL PROTECTED] ]:

|
|  On 7/31/06, Ruda Filgueiras [EMAIL PROTECTED] wrote:
|   O grande desafio (trabalho) a meu ver para eles utilizarem Plone é a
|   integração com SQL, já que eles possuem uma enorme massa de dados, que
|   se não me engano está em Oracle e que cresce rapidamente.

Não acho que precisem de um banco relacional, pois o principal caso de
uso (no meu parco entendimento) é indexação de referências bibliográficas.
Ou seja, não existe tanto a necessidade de cruzamento de dados e consultas
genéricas via SQL. Outrossim, é preciso uma eficiente estrutura de indexação
e recuperação de texto.

|  Eles têm um outro desafio ainda mais interessante: encontrar um futuro
|  para a plataforma ISIS da Unesco [1]. ISIS é uma família de softwares
|  usados para armazenar e recuperar registros bibliográficos.
|  
|  O código pertence à Unesco e à Bireme, e os produtos são gratuitos e
|  mas não exatamente livres porque a política de distribuição não é
|  clara (tem que pedir licença para usar) e o código-fonte em C não é
|  aberto (possivelmente não fica nem em um repositório com controle
|  versões). O caso é que estes produtos são largamente utilizados em
|  bibliotecas de países em desenvolvimento, particularmente o WinISIS,
|  que roda até em Windows 3.1 mas dá conta de fazer buscas muito
|  rápidas.

Pois é, este padrão é o famoso aberto pero no mucho. Enquanto eu estava
conversando com o Milton solicitei diversas vezes as especificações do
padrão, e na Internet achei referências mas todas pagas. Todavia, tive
a excelente oportunidade de ouvir do próprio Diretor da Bireme (Sr.Abel)
uma explicação sobre a natureza técnica do ISIS, mas a sua explicação abaixo 
agregou *mais* informação ainda. Fico contente que vc Luciano esteja 
atuando neste projeto, pois não conheço outra pessoa *mais* indicada
para encarar este desafio.

|  Uma característica marcante da família ISIS é que ela não usa um banco
|  de dados relacional, mas sim um sistema próprio que tem duas
|  características que simplificam muito a montagem de bases
|  bibliográficas: sub-campos e campos multi-valorados. Os sub-campos são
|  marcas que se colocam dentro de um campo de texto, para permitir a
|  indexação separada de partes do campo (por exemplo, imagine um campo
|  chamado endereço, onde marcas especiais indicam o logradouro,
|  complemento, CEP etc). Campos multi-valorados são campos que permitem
|  múltiplos valores indexados separadamente. Estas e outras
|  características não-convencionais têm levado alguns especialistas da
|  Unesco e da Bireme a considerar que o ZODB pode ser uma boa
|  alternativa para a migração das bases ISIS.

Uma coisa que pensei com meus botões é: qual a diferença conceitual entre
o **modelo ISIS** e o **modelo hierárquico** do ZODB ? Uma opção, caso
não haja mismatch(incompatibilidade), seria criar um backend/storage do
ZODB que entendesse o padrão binário de armazenamento do ISIS. Mas não
estudei o padrão ISIS para saber se isso seria possível! A vantagem seria
reaproveitar o armazenamento (pelo reuso do padrão binário) e facilitar
a integração com Zope (pelo reuso do front-end). Todavia, o middleware
seria indubitavelmente não trivial, a pergunta é o quanto !?

A outra alternativa de migrar para ZODB usando seus backends tradicionais
(FileStorage e DirectoryStorage) também é viável e quiçá até mais fácil.
Resta a tarefa de levantar quais os riscos envolvidos neste caminho:
desempenho, compatibilidade de modelo, migração de dados, recuperação
de banco após corrupção, etc. 

|  Enfim: a Unesco chegou à conclusão que precisam dar um futuro à base
|  instalada de bancos de dados ISIS, e estão discutindo como seria feita
|  uma nova geração de produtos ISIS que atendesse às necessidades da
|  base instalada atual. Existe consenso de que o atual código ISIS
|  precisa ser jogado fora a médio prazo, portanto o campo está aberto
|  para se adotar uma nova linguagem. Me parece que no momento as duas
|  principais concorrentes são Java e Python.

Boa sorte nesta tarefa, sem dúvida é um projeto T que terá
grande impacto para a comunidade PZP dentro e fora das terras
brazucas. 

Abração,
Senra

-
Rodrigo Senra
GPr Sistemas


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Re: [zope-pt] Bireme descobre PZP

2006-07-31 Por tôpico Luciano Ramalho
On 7/31/06, Ruda Filgueiras [EMAIL PROTECTED] wrote:
 O grande desafio (trabalho) a meu ver para eles utilizarem Plone é a
 integração com SQL, já que eles possuem uma enorme massa de dados, que
 se não me engano está em Oracle e que cresce rapidamente.

Eles têm um outro desafio ainda mais interessante: encontrar um futuro
para a plataforma ISIS da Unesco [1]. ISIS é uma família de softwares
usados para armazenar e recuperar registros bibliográficos.

O código pertence à Unesco e à Bireme, e os produtos são gratuitos e
mas não exatamente livres porque a política de distribuição não é
clara (tem que pedir licença para usar) e o código-fonte em C não é
aberto (possivelmente não fica nem em um repositório com controle
versões). O caso é que estes produtos são largamente utilizados em
bibliotecas de países em desenvolvimento, particularmente o WinISIS,
que roda até em Windows 3.1 mas dá conta de fazer buscas muito
rápidas.

Uma característica marcante da família ISIS é que ela não usa um banco
de dados relacional, mas sim um sistema próprio que tem duas
características que simplificam muito a montagem de bases
bibliográficas: sub-campos e campos multi-valorados. Os sub-campos são
marcas que se colocam dentro de um campo de texto, para permitir a
indexação separada de partes do campo (por exemplo, imagine um campo
chamado endereço, onde marcas especiais indicam o logradouro,
complemento, CEP etc). Campos multi-valorados são campos que permitem
múltiplos valores indexados separadamente. Estas e outras
características não-convencionais têm levado alguns especialistas da
Unesco e da Bireme a considerar que o ZODB pode ser uma boa
alternativa para a migração das bases ISIS.

Enfim: a Unesco chegou à conclusão que precisam dar um futuro à base
instalada de bancos de dados ISIS, e estão discutindo como seria feita
uma nova geração de produtos ISIS que atendesse às necessidades da
base instalada atual. Existe consenso de que o atual código ISIS
precisa ser jogado fora a médio prazo, portanto o campo está aberto
para se adotar uma nova linguagem. Me parece que no momento as duas
principais concorrentes são Java e Python.

[ ]s
Luciano

[1] www.unesco.org/isis/


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Re: [zope-pt] Bireme descobre PZP

2006-07-31 Por tôpico Luciano Ramalho
On 7/31/06, Ruda Filgueiras [EMAIL PROTECTED] wrote:
 De qualquer forma um banco ORDBMS com o PostgreSQL e o Oracle podem
 ser bem modelados para uma situação como essa, já que é possível criar
 novos tipos de dados complexos.

O caso de uso mais comum do ISIS é catalogar 10k ou 100k livros de uma
biblioteca. Este caso de uso não comporta um SGBDR que exige (1)
recursos excessivos da hardware e (2) um procedimento de instalação
complexo demais para um biblioteca sem especialistas em TI. O ideal é
um gerenciador de dados embutido na própria aplicação. Na plataforma
Java, está sendo estudado o Derby (que é um BD SQL escrito em Java
mesmo).

[ ]s
Luciano


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Re: [zope-pt] Bireme descobre PZP

2006-07-31 Por tôpico Ruda Filgueiras
On 7/31/06, Luciano Ramalho [EMAIL PROTECTED] wrote:
 On 7/31/06, Ruda Filgueiras [EMAIL PROTECTED] wrote:
  De qualquer forma um banco ORDBMS com o PostgreSQL e o Oracle podem
  ser bem modelados para uma situação como essa, já que é possível criar
  novos tipos de dados complexos.

 O caso de uso mais comum do ISIS é catalogar 10k ou 100k livros de uma
 biblioteca. Este caso de uso não comporta um SGBDR que exige (1)
 recursos excessivos da hardware e (2) um procedimento de instalação
 complexo demais para um biblioteca sem especialistas em TI. O ideal é
 um gerenciador de dados embutido na própria aplicação. Na plataforma
 Java, está sendo estudado o Derby (que é um BD SQL escrito em Java
 mesmo).

Sobre o uso do Oracle está descartado, mas o PostgreSQL pode ser
integrada numa aplicação de forma a ser instalado e gerenciado
diretamente por ela, de forma transparente para o usuário e atualmente
ele tem um instalador e roda nativo em Windows XP também.

Nesse caso o ZOBD pode ser muito interessante sim. :-) E de forma
análoga, é preciso ter ferramentas de backup, importação e exportação
de dados integrada na aplicação, de forma transparente para o usuário.

De qualquer forma essa nova aplicação vai precisar rodar em máquinas
potentes e com um SO mais atual que o Windows3.11.

--
Rudá Porto Filgueiras
Empresa Livre
http://www.empresalivre.com.br


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[zope-pt] Bireme descobre PZP

2006-07-27 Por tôpico Luciano Ramalho
Bireme, o importante centro de informações da OPAS (Organização
Paramenicana de Saúde) está avaliando a plataforma Python/Zope/Plone
para diversas aplicações de disseminação de conhecimento em medicina.

O Senra e as equipes da Simples Consultoria e da Incubadora Fapesp
participaram da evangelização até agora, mas um grande impulso no
interesse deles aconteceu quando o coordenador de desenvolvimento
Milton Lapido, um profissional com larga experiência em
desenvolvimento para Web, presenciou nossa vibrante e talentosa
comunidade em ação na PyCon.

Vejam a simpática notícia publicada em português, espanhol e inglês em
uma das newsleters da Bireme:

Cresce no Brasil a Comunidade Python, Zope e Plone
http://tinyurl.com/z3e99

[ ]s
Luciano


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Re: [zope-pt] Bireme descobre PZP

2006-07-27 Por tôpico Hugo Ramos
Oi pessoal,

Se contarmos com o grupo de desenvolvedores mesmo, o que inclui tambem
quem implementa sites mas nao desenvolve produtos, acho que 500 deve
ter so na Inglaterra.

Na europa a comunidade eh muito extensa e os paises mais fortes sao
Inglaterra, Franca e Alemanha. Existem muito mais de 500 developers
por la... Se contarmos com os do Brasil e Estados Unidos esse numero
esta errado.

Parabens ao Luciano por encontrar a noticia e divulgar. Acho que
fiquei bem na foto apesar de um pouco despenteado!!! :-)


CU
Hugo



On 7/27/06, Luciano Ramalho [EMAIL PROTECTED] wrote:

 On 7/27/06, Harlley Roberto [EMAIL PROTECTED] wrote:
 
 
  ...comunidade que conta com mais de 500 desenvolvedores espalhados pelo 
  mundo.  É só isso mesmo???


 Depende de como você define desenvolvedores.

 Uma possível definição é considerar que desenvolvedores em uma comunidade 
 de SL são aqueles que criam produtos colocados à disposição da comunidade. 
 Neste caso, o número deve ser por aí. A maioria dos profissionais que 
 trabalham instalando, configurando e customizando o Plone não são 
 desenvolvedores pela definição acima: são integradores (um papel definido nos 
 documentos de projeto do CMF, do Plone e do Zope 3).

 [ ]s

 Luciano

   




-- 
Hugo Ramos - [EMAIL PROTECTED]
Consultor CMS/Zope

~~ @ ~~
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=10082105466310142690
http://otuggapoesia.blogspot.com/
http://otugga.blogspot.com/


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